Presidente da Eletrobras não prometeu salvar empresa da privatização, diz assessoria

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil
 
 
Jornal GGN – A assessoria de imprensa da Eletrobras encontrou em contato com o GGN, nesta segunda (13), para rebater uma nota em que funcionários da empresa afirmam que o presidente Wilson Ferreira Pinto “mente” quando diz que se posicionou contra a privatização da companhia apenas em 2016, no início do mandato.
 
“O presidente da Eletrobras Wilson Pinto mente quando argumenta que as suas declarações contra a privatização foram dadas apenas no início do seu segundo mandato no ano de 2016. Um dia após o anúncio da decisão de privatizar a Eletrobras feito pelo Ministério de Minas e Energia, foi distribuída nota interna dirigida aos empregados em que o mesmo afirma que era contra a privatização da empresa e que o seu intuito sempre foi o de recuperá-la”, diz uma carta das associações e entidades que representam os empregados da Eletrobras.
 
Ao GGN, a assessoria da estatal enviou a carta que Wilson enviou aos trabalhadores no dia 21 de agosto de 2017, informando que acabara de receber o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o aviso sobre a “desestatização da Eletrobras.”
 
“Esclareço a cada um de vocês que essa desestatização depende ainda de vários fatores, como autorizações governamentais, avaliação das autorizações legais e regulatórias que serão necessárias, avaliação do modelo a ser adotado e observância dos procedimentos específicos, por se tratar de sociedade de economia mista, de capital aberto, com ações listadas nas bolsas de São Paulo, de Nova York (Nyse) e Madri (Latibex)”, escreveu Ferreira.
 
“A proposta ainda será mais bem detalhada e me comprometo a trazer a vocês todas as informações na medida em que forem confirmadas. Tenho a convicção de que o governo federal quer a perpetuidade de nossa empresa, que ela se recupere e volte a orgulhar todos os brasileiros. Neste momento, é fundamental que todos façam sua parte para seguirmos neste caminho de mudanças”, acrescentou.
 
A assessoria da Eletrobras disse ao GGN que há “incorreção” na manifestou dos trabalhadores sobre o posicionamento de Wilson Ferreira, justamente porque na carta interna, o presidente da estatal não se compromete a se posicionar contra a privatização.
 
Na nota que enviou ao portal, os trabalhadores afirmaram que Wilson tem se comportado como um “presidente que mente sem nenhuma culpa e joga com as palavras irresponsavelmente como lhe convém, a depender da plateia que tem diante de si, com o único fim de enganar e desinformar a opinião pública e gerar falsas expectativas no mercado e nos investidores não merece o nosso respeito e o do povo brasileiro.” 
 
“A Eletrobras é estratégica para o futuro e o desenvolvimento econômico e social do País e só isso já é mais do que suficiente para  justificar sua permanência sob o controle direto do Estado brasileiro.”
 
A Eletrobras não rebateu nenhum outro ponto da nota dos funcionários. Ela está disponível aqui.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. Privatize-se Tudo

    Imagem relacionada

    A mim parece-me bem.

    Privatize-se Machu Picchu, privatize-se Chan Chan,
    privatize-se a Capela Sistina,
    privatize-se o Pártenon,
    privatize-se o Nuno Gonçalves,
    privatize-se a Catedral de Chartres,
    privatize-se o Descimento da Cruz,
    de Antonio da Crestalcore,
    privatize-se o Pórtico da Glória
    de Santiago de Compostela,
    privatize-se a Cordilheira dos Andes,
    privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu,
    privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei,
    privatize-se a nuvem que passa,
    privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno
    e de olhos abertos.

    E, finalmente, para florão e remate de tanto privatizar,
    privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez
    a exploração deles a empresas privadas,
    mediante concurso internacional.
    Aí se encontra a salvação do mundo…

    E, já agora, privatize-se também
    a puta que os pariu a todos.
    – José Saramago, em “Cadernos de Lanzarote – Diário III”. Lisboa: Editorial Caminho, 1996.

     

  2. Interesse

    A quem interessa saber o que esse senhor acha ou deixou de achar? Pensa ou deixou de pensar? Disse ou não? O que interessa à maioria dos brasileiros, legítimos proprietários do controle da empresa, é que ele caia fora. Logo.

  3. E o GGN dando corda…

    Impressionantes a ingenuidade a teimosia, a persistência no erro e no auto-engano que caracterizam Luís Nassif em algumas questões, como a de dar crédito ao que diz esse atual ocupante da presidência da Eletrobrás? Quem colocou esse cara no cargo? Com que intenções? O que o fantoche hoje no MME entende do setor energético, em especial do elétrico? Quem são os controladores da CPFL, depois que esse cara que hoje privatiza a Eletrobrás passou por lá? Quem adquiriu a concessão das maiores usinas hidrelétricas da CEMIG? De que países são esses controladores? Precisa desenhar?

    Se Nassif sabe que a privataria da Eletrobrás é uma negociata – como ele e outros, inclusive profissionais do setor elétrico, já mostraram – por que dar crédito às bravatas que diz o atual ocupante da presidência da empresa?

  4. Ele não promete porque, quem
    Ele não promete porque, quem promete cumpre tem vídeo dele falando sobre fazer da eletrobras uma empresa forte, ele negando ou não estará sempre faltando com a verdade

  5. Ele não promete porque, quem
    Ele não promete porque, quem promete cumpre tem vídeo dele falando sobre fazer da eletrobras uma empresa forte, ele negando ou não estará sempre faltando com a verdade

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