Presidente do Clube Militar incita golpe, em defesa de Bolsonaro

"O Poder Executivo (...) que utilize o Art 142 da Constituição Federal para restabelecer a Lei e a Ordem. Que as algemas voltem a ser utilizadas", afirmou

Foto: Reprodução

Jornal GGN – O presidente do Clube Militar, general Eduardo José Barbosa, publicou uma nota defendendo o uso do artigo 142 da Constituição, que permite o uso das Forças Armadas para, segundo ele, “restabelecer a ordem”, com ameaças ao Legislativo, Judiciário, oposição ao governo Bolsonaro e à imprensa.

Em apologia e incitação a um golpe, Barbosa afirma que o Executivo, ou seja, Jair Bolsonaro, é o único Poder que cumpriria a Constituição, e defende “que as algemas voltem a ser utilizadas” nos “verdadeiros criminosos que estão à serviço do ‘Poder das Trevas'”.

“O Poder Executivo, único dos três poderes que está sendo obrigado a seguir a Constituição a risca, que utilize o Art 142 da Constituição Federal para restabelecer a Lei e a Ordem. Que as algemas voltem a ser utilizadas, mas não nos trabalhadores que querem ganhar o sustento dos seus lares, e sim nos verdadeiros criminosos que estão a serviço do ‘Poder das Trevas’.”

As “Trevas”, segundo o general, são a oposição ao governo Bolsonaro, representadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os membros da CPI da Covid.

“E como ‘as trevas’ têm poder devastador, no dia 27 de abril de 2021, instalou-se uma CPI no Senado, encabeçada por um senador cuja família foi presa recentemente por acusações de esquema de corrupção no Amazonas”, escreveu, referindo-se ao senador Omar Aziz (PSD).

Em ataques ao STF, o presidente do Clube Militar disse: “Se não conseguem inocentar o bandido de estimação, basta encontrar subterfúgios para anular processos”. E, falando em “Deus” e “inferno”, defendeu o mandatário Jair Bolsonaro: “Bastou a eleição de um Presidente que acredita em Deus para que todo o inferno se levantasse contra ele.”

A nota do general foi publicada após o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, encontrar-se com militares da reserva no Rio de Janeiro, no último final de semana. A pasta não divulgou os nomes dos militares que se reuniram com o ministro do governo.

Redação

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