Quando vai acabar a água do Cantareira e do Alto Tietê? Cenários, por Sérgio Reis

Para “celebrar” o 29º artigo a respeito da crise hídrica, resolvi montar um fluxograma para tentar explicar didaticamente aos leitores o futuro dos sistemas Cantareira e Alto Tietê. O fundamento desse exercício é basicamente a questão: nas condições atuais, até quando eles vão durar?

A maneira básica para estipular esse prazo se dá por meio de uma técnica chamada de “construção de cenários”. Em linhas gerais, trata-se de determinar, com base em algum critério razoável, como se comportarão determinadas variáveis consideradas importantes para a explicação do resultado que se está tentando prever.

Considerando-se a gravidade da crise hídrica e a validade do próprio argumento, exaustivamente empregado pelo Governo Alckmin, a respeito da excepcionalidade hidrológica e pluviométrica enfrentada, seria óbvio admitir como cenário possível (e, até mesmo, provável), a continuidade das condições atuais ao longo dos próximos meses. Isso é particularmente evidente quando notamos que não há, até o presente momento, elementos que nos forneçam indícios de que o futuro será radicalmente diferente.

No entanto, o “plano de contingência” delineado pela SABESP não fez isso. Pelo contrário, construiu 3 cenários e considerou, como o pior deles, a repetição da estiagem de 1953 (sendo os outros a própria média histórica e o equivalente a 50% dessa média, em todos os casos a partir das vazões de entrada de água). O problema é que, em 2014, observamos que a água que entra no sistema tem equivalido a apenas 44% desse pior ano. Se já faria pouco sentido não considerar o prolongamento desse contexto vigente como o mais plausível na confecção do planejamento, sequer considera-lo como um cenário a ser desenhado beira a mais absoluta irresponsabilidade.

Por óbvio, contudo, a razão para essa não admissão desse contexto nos cálculos (e apenas a sua utilização como retórica de defesa para justificar a crise) está, simplesmente, no fato de o governo não dispor de alternativas para o caso de a escassez permanecer. E não seria nada alentador, é claro, se a SABESP confessasse isso ou plotasse os dados desse cenário mais adverso em seus relatórios.

Para contribuir nesse sentido, resolvi montar dois fluxogramas: um para o Sistema Cantareira, outro para o Alto Tietê. Para o caso do Cantareira, o que fiz foi: 1) calcular, para o período considerado crítico do ponto de vista da estiagem (Janeiro-Outubro/2014) qual a relação percentual entre as vazões de entrada e as vazões médias históricas (22,43%); 2) utilizar o valor encontrado para estipular as vazões de entrada para os próximos meses, considerando-se esse referencial; 3) admitir a vazão média de saída de 22,5 m³/s (aproximadamente a atual, a partir da soma entre os 18 m³/s que vão para São Paulo – valor prometido pela SABESP – com os 4,5 m³/s enviados para as cidades da Bacia do PCJ – valor atual); 4) calcular o déficit diário e mensal, a partir das variáveis acima.

O resultado pode ser conferido abaixo:

 

Como é possível observar na figura, busquei considerar outras questões possíveis, como a eventual impossibilidade de extrair toda a 2ª cota do volume morto, ou a judicialização da questão a partir da extração da 3ª cota (que impedirá, nas condições atuais, o envio obrigatório de água para o PCJ), ou ainda a inviabilidade técnica de extração, na parte ou no todo, dessa 3ª cota. De todo modo, fica claro perceber que, mesmo que seja possível retirar toda a água restante no Sistema – sem qualquer óbice operacional –, notamos que o Cantareira duraria até 21 de Julho de 2015. A partir daí, ele estaria totalmente esgotado, e passaríamos a viver em uma situação ainda pior do que a observada, atualmente, para a cidade de Itu. Seria o caos completo para, pelo menos, 10 milhões de habitantes.

Dadas as crescentes dificuldades operacionais, contudo, é válido supor que o esgotamento (ou a inviabilidade da continuidade do abastecimento) ocorreria antes – talvez em Abril, quando o Sistema se encontraria, aproximadamente, com – 31% de sua capacidade operacional (o valor, em Abril de 2014, era de 15% positivo). Como sabemos, não parece o Governo dispor, pelo menos para daqui a 2 ou 3 anos, de alternativas capazes de compensar devidamente o esgotamento do Cantareira. O futuro, nesse cenário, é o da total e absoluta falta de água para todas as atividades humanas – das mais triviais e satisfacionais, até aquelas relacionadas à produção agrícola, comercial e industrial. O impacto disso sobre a vida em sociedade é incalculável.

No Alto Tietê, a situação ainda é incrivelmente mais dramática

Se a situação do Cantareira é apavorante, no Alto Tietê ela é nada menos do que indescritível. Para a construção do fluxograma abaixo, voltado a apresentar a continuidade do cenário atual, admitimos: 1) a continuidade das vazões atuais de saída, de cerca de 15 m³/s; 2) a manutenção dos padrões de déficit atuais (verificados, pelo menos, desde Julho, quando iniciei um monitoramento diário do Sistema) para as represas de Paraitinga e Ponte Nova (de cerca de 520 milhões de litros ao dia) e para as represas de Biritiba-Mirim, Jundiaí e Taiaçupeba (de cerca de 346,65 milhões de litros ao dia); 3) o cálculo dos déficits diárias, verificando-se o impacto deles nas reservas remanescentes das represas.

A confecção desse cenário resultou no seguinte fluxograma:

 

Notamos, então, que a extrema gravidade da situação do Alto Tietê pode ser percebida a partir do fato de que, mesmo que admitamos a completa extração dos volumes mortos de Biritiba-Mirim e de Jundiaí, o Sistema se esgota completamente em meados de Janeiro (no dia 15, de acordo com a simulação). Isso significa o fim do abastecimento para mais de 5 milhões de pessoas, em um prazo seis meses mais cedo do que o identificado para o Cantareira.

Vale dizer que a contabilidade dos volumes mortos sequer tem sido admitida pela SABESP, embora ela já esteja a pleno vapor, há várias semanas, no caso da represa de Biritiba (mais de 4 bilhões de litros já foram retirados). Os estudos, para esse sistema, são bem mais precários, de forma que temos muito menos noção de se, efetivamente, toda essa água situada abaixo dos níveis operacionais poderia ser, de fato, extraída. Qualquer imprevisto nessa condição significaria o desabastecimento já para Dezembro ou, até mesmo, para Novembro.

No caso do Sistema Cantareira, um Comitê Anticrise foi formado, a partir de iniciativa federal, e então forçou-se a gradativa redução da retirada de água dos seus reservatórios (hoje, as vazões de saída correspondem a pouco mais da metade das observadas em Janeiro, logo antes da criação do GTAG). No caso do Alto Tietê, sistema sobre o qual a ANA não possui qualquer interferência legal, a SABESP manteve as elevadíssimas vazões de saída – as quais foram irresponsavelmente autorizadas pelo DAEE em Fevereiro, quando a crise já era óbvia (conforme assinalou a recente – e indeferida – Ação Civil Pública protocolada pelo Ministério Público Estadual). A tragédia desse sistema, então, é a verbalização mais clara da gestão criminosa realizada pelo Governo do Estado de São Paulo.

Em síntese, a crise hídrica vai adquirindo proporções jamais imagináveis para qualquer um de nós mesmo há cerca de 6 meses, quando ela ganhou alguma publicidade. Suas consequências vão se tornando cada vez mais trágicas e tétricas para um público potencial de praticamente 10% da população brasileira. Mais do que nunca, levando-se em conta a completa inação do Governo Alckmin, será preciso que a sociedade – a Academia, as ONGs, os militantes e quem mais se dispuser – tome as rédeas do processo de tentativa de sua superação. A arrogância do governo tucano em lidar com o problema, como já aprendemos por mal, jamais poderá ser a sua solução, mas apenas um lastimável tapar de sol com a peneira – exatamente o contrário do que precisamos.

Os: Abaixo, deixei os links para todos os 28 artigos anteriores que publiquei aqui no Blog do Nassif e no Jornal GGN a respeito da crise hídrica. Conforme sabem os colegas mais assíduos, desde Abril eu tenho buscado informar, a partir de uma perspectiva crítica, a população, compartilhando minhas análises, estudos e achados. Pretendo continuar dando minha contribuição, sabendo, agora, que felizmente, muitos cidadãos igualmente indignados estão se articulando e produzindo conteúdos para que venhamos a refletir e agir sobre essa trágica crise.

 

  1. http://www.jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/o-factoide-da-3%C2%AA-cota-do-volume-morto-e-as-futuras-guerras-pela-agua-por-sergio-reis
  2. http://www.jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/crise-hidrica-sera-que-as-obras-do-segundo-volume-morto-ficarao-prontas-a-tempo
  3. http://www.jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/o-alto-tiete-chega-ao-volume-morto-e-o-cantareira-ao-fio-da-navalha
  4. http://www.jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/a-crise-hidrica-e-culpa-da-falta-de-planejamento-e-gestao-de-alckmin-dados-e-fatos
  5. http://www.jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/o-levanta-e-corta-entre-mp-e-sabesp-na-crise-da-agua-por-sergio-reis
  6. http://www.jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/sergio-reis-por-que-a-crise-da-agua-nao-impactou-a-eleicao-para-o-governo-de-sp
  7. https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/crise-hidrica-a-historica-incompetencia-gerencial-de-alckmin 
  8. https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/alckmin-a-entrevista-para-a-folha-e-a-mitomania-na-crise-hidrica-por-sergio-reis
  9. https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/o-otimismo-do-governo-de-sp-sobre-duracao-dos-reservatorios-por-sergio-reis
  10. https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/sergio-reis-e-possivel-tirar-mais-106-bilhoes-de-litros-do-jaguari-jacarei
  11. https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/agua-a-operacao-abafa-da-midia-e-os-truques-estatisticos-da-sabesp-por-sergio-reis
  12. https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/a-hora-da-verdade-da-crise-hidrica-em-sao-paulo-por-sergio-reis
  13. https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/a-lastimavel-situacao-da-represa-jaguari-jacarei-o-coracao-do-cantareira-em-videos
  14. https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/especial-crise-hidrica-na-folha-como-a-nossa-imprensa-isenta-o-governo-de-sp
  15. https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/historia-recente-da-gestao-do-abastecimento-de-agua-em-sao-paulo-por-sergio-reis
  16. https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/sistema-alto-tiete-chega-ao-pior-nivel-de-sua-historia-ate-quando-ele-vai-durar
  17. https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/a-crise-hidrica-no-1%C2%BA-debate-para-o-governo-de-sp-por-sergio-reis
  18. https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/a-nova-falacia-de-alckmin-e-o-fordismo-da-midia-na-crise-da-agua-por-sergio-reis
  19. https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/que-papel-poderia-ter-o-governo-federal-diante-de-outro-pedido-de-uso-do-volume-morto-pela-sabesp
  20. https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/crise-agua-em-sp-como-um-problema-de-planejamento-e-gestao-por-sergio-reis
  21. https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/alckmin-a-crise-da-agua-e-o-sequestro-da-tecnica-pela-politica-autointeressada
  22. https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/a-inseguranca-hidrica-de-alckmin-em-dois-atos
  23. https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/um-diagnostico-sobre-a-dramatica-situacao-do-sistema-alto-tiete
  24. https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/a-estrategia-de-comunicacao-do-governo-alckmin-com-relacao-a-crise-hidrica-e-a-cumplicidade-da-midia
  25. https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/um-novo-capitulo-da-crise-da-agua-em-sao-paulo-sistema-alto-tiete-chega-a-apenas-30-de-capacidade
  26. https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/a-democratizacao-da-midia-como-um-dos-maiores-desafios-do-nosso-tempo-pensando-o-tema-a-partir-da-questao-da-a
  27. https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/de-quem-e-a-responsabilidade-pela-crise-hidrica-uma-comparacao-entre-a-pesquisa-do-datafolha-e-a-do-data-popul
  28. https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/a-questao-da-agua-em-sao-paulo

 

 

 

Redação

51 Comentários

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  1. Chuchu

    Nesta crise da capitania vitalícia PSDBista representada pelo homem bom Alkimim, O que mais prospera nessa quadra é a plantação de chuchu.

    Numa situação desta, onde já se começa a pensar na evacuação da capital, visto que a vaca não cosegue atolar no brejo seco, melhor rir, porque chorar NÃO vai encher a represa.

  2. limite da irresponsabilidade

    A que ponto chega uma sociedade ,a qual se vangloria de ser a mais culta e racional dos povos brasileiros e a sua submissão a midía dominante ,nós coloca na humilhante situação hidríca jamais vista ,o governo tungano foi alertado

    em 2004 sobre o colapso em curso do sistema cantareira ,deu no que deu ,agora e o Deus nos acuda ,chegaram ão limite da irresponsabilidade…………………………………………….

     

    1. Os paulistas tão lembrando a tragédia do pastor Jim Jones…..

      Foi uma das maiores tragédias  da atualidade. Porém, todo mundo lá aceitou bovinamente, as ordens do pastor do “diabo”.    

      Crescer, é  aprender com os  erros dos outros e  jamais repeti-los  !!

  3. No R7 tem um video de um

    No R7 tem um video de um garotinho chorando falando do poblema da falta de água, que serve de alerta para economizar água, esse video deria servir de exemplo e passar no Domingo Espetacular para que o povo faça a sua parte. Todo mundo tem que colaborar! 

  4. Se isso estiver correto, NÃO

    Se isso estiver correto, NÃO HEVRÁ OBRA QUE CHEGUE ANTES DO ESGOTAMENTO FINAL!

    RESPONSABILIDADE TOTAL DO GOVERNADOR!

  5. ÁGUA DE BEBER (Vinícius de Moraes)

    Na atualidade, o consumo médio de água por pessoa equivale a 143 litros/dia

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Saneamento_no_Brasil

    Isto equivale a 143/24 = 5,96 l/h = 0,00596 m3/h

    São Paulo (cidade) possui 11,89 milhões de habitantes, que consumirão então: 70.864 m3/h

    Esse número poderá agora ser confrontado com a água que será utilizada por algumas mineradoras nos próximos anos e a sua equivalência com eventuais cidadãos abastecidos:

    1.       Projeto Minas-Rio (Anglo American): 2.500 m3/h (1.300 mineroduto + 1200 usina). 2500/0,00596 = 420 mil habitantes (cidades inteiras do tamanho de: Santos, Diadema ou Mogi das Cruzes, no Estado de São Paulo; ou Betim, em Minas Gerais);

    2.       Projeto Vale do Rio Pardo (SAMA, Norte de Minas): 4.000 m3/h (incluído mineroduto de mais de 400 km): 4000/0,00596 = 670.000 habitantes (cidades inteiras como São José dos Campos e Ribeirão Preto, em São Paulo, ou a cidade de Uberlândia);

  6. A irresponsabilidade


    A irresponsabilidade criminosa e a inacreditável falta de planejamento do governo neoliberal do estado de São Paulo, em relação ao maior crime ambiental já praticado no Brasil, e possivelmente um dos mairoes crimes ambientais do mundo, em se falando de água tratada para a população.

    E a imprensa vendida e BEM paga não fala nada. Os técnicos sérios e que realmente tratam os problemas, tem que se posicionar e procurar um caminho para amenizar o desatre eminente.

    Os técnicos da SABESP, pelo visto estão amordaçados pelos neoliberais, que usam e abusam desta prática de terrorismo. Haja visto os exemplos nas áreas de energia elétrica e telefonia (quando eram empresas públicas – CESP / TELESP / etc… .  

  7. Dúvidas

    Sérgio, parabéns pela análise. Tenho algumas perguntas, que podemos discutir por aqui ou em separado, uma vez que são relativamente técnicas.

    1. No gráfico sobre o sistema Alto Tietê, aparece uma proporção de vazão de entrada com relação à média histórica idêntica à proporção do sistema Cantareira. Acredito que elas sejam diferentes, ainda mais porque você menciona no texto que só conseguiu medir essa razão de forma exata a partir de julho (devido à falta de dados da Sabesp). Qual foi a proporção calculada para o Alto Tietê?

    2. O cenário aqui apresentado representa muito provavelmente o “worst case scenario”. Se trabalharmos com cenários menos extremos, como por exemplo os cenários da própria Sabesp, qual é o risco de a Região Metropolitana de São Paulo ficar sem água em 2015 nos cenários delineados pela Sabesp? Não estou perguntando isso para isentar a Sabesp: qualquer planejamento para a gestão de bens de primeira necessidade, como é o caso dos recursos hídricos, deve ser feito com base no pior cenário possível, por mais improvável que seja. Porém uma coisa é o planejamento da Sabesp, outra é a probabilidade de consequências dramáticas para a população.

    3. Existe a possibilidade de empurrar o problema com a barriga por mais tempo, aumentando a captação de outras represas, como Guarapiranga e Billings, ou a Sabesp não tem condição técnica de fazê-lo? Caso isso seja possível, talvez permita segurar as pontas enquanto desenvolve novas fontes de abastecimento para a RMSP.

    Estou perguntando isso para entender melhor qual é a situação atual e quais são as perspectivas que temos pela frente, nunca para defender a gestão da Sabesp nem a postura do Alckmin, que já critiquei abertamente no passado. Diante da iminência do desastre que afetaria o maior polo econômico do país, temos a obrigação de estudar todas as alternativas, para ver como evitá-lo.

    Finalmente, você não levou em consideração na sua análise o fato de que um dos grandes motivos pela redução da vazão média de saída do sistema Cantareira foi o abastecimento de uma parcela bem maior da RMSP pelo sistema Alto Tietê. Diante do colapso a curto prazo deste último, obrigatoriamente a vazão de saída do Cantareira deverá aumentar para abastecer os municípios e bairros da cidade antes supridos pelo Alto Tietê. Isso forçosamente reduzirá a vida útil do Cantareira.

    Mais uma vez, parabéns pelo estudo e os vários posts que você publicou sobre este assunto.

    1. Oi, Nicolas,

      Oi, Nicolas, obrigado.

      Desculpe, houve um erro da minha parte no desenho do fluxograma do Alto Tietê. O que ocorreu é que tinha feito uma primeira versão, mas o programa travou. Tive que refazê-la, mas esqueci de alterar as legendas principais (na lateral está escrito “esgotamento do sistema cantareira”, e em cima também está descrito o cenário para o cantareira). Como estou sem o programa aqui, não tenho como editar agora. Mas os dados são os seguintes para o Alto Tiet^:

      Vazão média de entrada no sistema (Julho-Outubro/2014): 5 m3/s

      Razão entre a média verificada em 2014 com as médias históricas (vazões de entrada): 68% (veja que, no Alto Tietê, a situação é bem menos crítica, de um ponto de vista hidrológico) do que a encontrada no Cantareira. Eu trabalhei esse percentual em um artigo publicado, se não me engano, no final de Julho (acho que se chama “Um diagnóstico sobre o estado do Sistema Alto Tietê”). Nele, eu mostro um slide de uma apresentação de um diretor da SABESP, Paulo Massato, no qual os dados que informam esse cálculo (indicados, mês a mês, desde pelo menos Janeiro) estão apresentados. O que não consigo ver é a vazão de entrada em cada um dos 5 reservatórios, o que torna o cálculo um pouco menos preciso do que o feito para o Cantareira.

      Embora o auxílio do Alto Tietê ao Cantareira contribua para o seu esvaziamento, acredito que o fator mais relevante para tanto foi, na verdade, a autorização dada pelo DAEE, na renovação da Outorga que ocorreu em Fevereiro de 2014, para fazer com que as vazões de saída do Sistema saíssem de 10 para 15 m3/s. Já os avanços por sobre as áreas antes atendidas pelo Cantareira foram de cerca de 1,6 m3/s. O ponto é que tanto um como outro não poderiam ter ocorrido, em tese, porque para tanto era pressuposto que a represa Taiaçupeba deveria estar com sua capacidade operacional plena, de 78 hm3 (mas ela não foi enchida, e estava com cerca de 30 hm3). Então o Alto Tietê não poderia ter sua capacidade de produção ampliada nesse momento.

      Há, na verdade, toda uma série de problemas de origem: 1) a expansão da capacidade de produção desse sistema, prevista para 2002, ficou pronta em 2005 (represas de Biritiba e Paraitinga); 2) no entanto, era preciso expandir a capacidade de tratamento da água, o que só ocorreu a partir da expansão da ETA Taiaçupeba em 2011 (era p/ ter ficado pronta em 2007); 3) era preciso ter enchido a represa Taiaçupeba (havia um problema legal, em razão da presença de uma fábrica na região, e de algumas ocupações, as quais impediam a ampliação do reservatório – isso foi resolvido definitivamente em 2008), mas isso não ocorreu. A renovação da outorga pelo DAEE desconsiderou esse e outros fatores, e o drástico esvaziamento do Alto Tietê em período tão curto (aliada à sua utilização para compensar o Cantareira) levaram ao trágico cenário atual.

      2. Sobre a questão dos cenários, você tem razão. Pensei na pior situação possível (ainda que, relativamente, os dados de vazão da estação chuvosa de 2014 tenham sido um pouco piores do que aqueles que previ para 2015). Se quiser dar uma olhada no planejamento da SABESP, recomendo dar uma olhada neste link, ná pág. 5: http://arquivos.ana.gov.br/imprensa/noticias/20141010080339_Projeção%20de%20demanda%20do%20Sist%20Cantareira.10.10.pdf

      Nesse documento, que se restringe a analisar o Sistema Cantareira, vc verificará que os cenários construídos pela SABESP são consideravelmente mais otimistas do que o que delineei aqui. Em nenhum deles é possível identificar chances de esgotamento do sistema, até porque eles não tiveram a coragem, em nenhuma das possibilidades, de avançar para além de Abril (como vc pôde ver, fui até Julho, momento em que se verifica o esgotamento total desse sistema). A SABESP, então, não admite chance alguma de esvaziamento pleno do Cantareira, e nada, absolutamente nada diz sobre o Alto Tietê (que apresenta, conforme tentei mostrar, uma situação ainda muito pior!). Fazendo um rápido cálculo aqui, caso tenhamos, no prolongamento da estimativa de vazões similares às de 1953 para Abril em diante (a chamada estação seca), o esgotamento poderia ocorrer em fins de Outubro (perdas de cerca de 50 bilhões de litros ao mês).

      3. Você tem razão a respeito do necessário fim do auxílio do Alto Tietê para o Cantareira, o que ocorreria a partir de Janeiro. Talvez, uma parte dos 1,6 m3/s que o Alto Tietê passou a enviar para os bairros atendidos pelo Cantareira seja compensado com avanços da represa de Rio Claro. Talvez, pequenos avanços possam ocorrer por parte de Guarapiranga, mas seriam muito modestos. Isso porque eles ocorrem não a partir da interligação física entre os reservatórios, mas sim por meio da instalação de boosters em adutoras regionais que permitem com que a água ali situada seja enviada um pouco mais adiante. Mas há limites topográficos claros em regiões importantes da zona metropolitana.

      O ponto é que esses processos simplesmente transferem um problema de um ponto a outro. O fulcro da questão é outro: vivemos, desde há muito, uma situação de extremo estresse hídrico, o que jamais foi resolvido pelo PSDB. Isso pode ser compreendido em dois fronts:

      a) déficit de produção de água: continuamos, ano após ano, tendo uma produção de água inferior à demanda. Isso significa, metaforicamente, a existência de um cobertor hídrico curto, questão que se agravou mais recentemente, sem que o Governo tivesse expandido os reservatórios. Historicamente, os racionamentos ocorreram em razão dessa incapacidade de suprir a demanda;

      b) “caixas d’água” pequenas para o tamanho da população: os reservatórios, mesmo somados, têm um tamanho muito pequeno para o tamanho da população atendida. Em outras palavras, eles duram muito pouco em cenários de escassez. O Governo, em vez  de expandi-los, buscou “resolver” o problema do outro front por meio do aumento da retirada de mais água de cada reservatório (foi o que ocorreu com o Alto Tietê, conforme acima, e o que aconteceu com o Cantareira na renovação da outorga de 2004). Isso só acelerou um já conhecido problema de estresse hídrico. A estiagem só acelerou o processo. Já disse em outros artigos, contudo, que mesmo que as vazões e chuvas tivessem ocorrido na média ao longo de 2014 nós teríamos, da mesma forma, uma grave crise (não tão profunda como a atual, mas certamente muito relevante, pior do que a ocorrida em 2004), pois a gestão adotada pela SABESP, diante dos dois fatores acima, não foi sustentável, levando os reservatórios ao colapso diante da falta de investimentos.

      Infelizmente, obras de infraestrutura capazes de mitigar efetivamente o problema demoram muitos anos para ficarem prontas. Em um outro texto, mostro como a crise seria muito, muito menos grave caso a SABESP tivesse entregado pelo menos parte das expansões prometidas ainda em 2004 (eu diria que teríamos segurança hídrica até se tivéssemos tido as piores precipitações em mil anos – o que desmonta o argumento de que a excepcionalidade hidrológica de 2014 é o fator chave para a crise). Neste momento, infelizmente, não vejo muito para onde corrermos: é preciso adotar algumas soluções momentâneas – especialmente o investimento na água de reuso, notadamente nos meios agrícola e industrial – e reduzir drasticamente o consumo. E, ainda que tenhamos eficácia nessas medidas, enfrentaremos longos anos de escassez adiante.

       

       

      1. Verdade

        Sérgio, para quem tem um mínimo de discernimento, o próprio relatório da Sabesp mostra um panorama desolador.

        Qualquer temporada com volume de chuva inferior à média histórica levará a começar a estação seca (abril/15) com o nível do sistema Cantareira inferior ao nível deste ano. Haja dança da chuva para manter a esperança…

        Uma coisa que não consigo entender, em termos de estratégia empresarial, é a manutenção da tarifa mínima para quem consome até 10 m³ por mês. Num cenário de incentivo à economia, o mais lógico seria premiar a redução do consumo em todas as faixas, não só em quem consome muito.

        Qual é o incentivo para uma pessoa/casa que consome 9 m³ por mês em reduzir o consumo de água, se ela continuará pagando o mesmo? Pelo contrário, quem consome 5.000 litros por mês pode perfeitamente dobrar o consumo, que não pagará um centavo a mais.

        Do ponto de vista de incentivo à economia, essa estratégia não tem o menor cabimento. Já do ponto de vista de resultado…

        1. Vamos entender o conceito de ração mínima.

          Digamos que abaixo de 2000 kilocalorias caracteriza um quadro de desnurição grave. Pedir que alguém se sacrifique abaixo desse limite é desumano, um atentado a dignidade das pessoas ao impor a tortura pela fome. Então, é razoável que não se peça sacrifício desse grupo de pessoas que estão nesse limite. Corte percentual linear pode significar dieta de emagrecimento para alguns, mas para outros significaria morte por inanição.

          Os 10 m³ mensais, cerca de 300 litros diários, caracteriza o mínimo de uso para uma família em torno de quatro pessoas, pedir para baixar é sacanagem. Não se trata de estratégia ou lógica empresarial, isso é coisa de mentalidade tecno(auto)crática, o mesmo raciocínio das pessoas que trouxeram a situação para o atual quadro crítico. Veja as coisas de outra maneira: quem andou dentro desse limite contribuiu muito pouco para deplecionar os reservatórios, o sacrifício tem de ser exigido dos que extrapolaram e causaram a depleção. O tarifaço fica para quem estourar o limite, até para tomarem vergonha na cara, aprenderem a votar e engrossar as fileiras que vão pedir o impedimento, desses bandidos que aplicaram um estelionato eleitoral.

          Um abraço.

          1. Em termos

            Almeida, eu enxergo essa questão sob uma outra perspectiva. Concordo que 10 m3 mensais são o mínimo para uma família de 4 pessoas. Não estou sugerindo, longe disso, que se aumente o preço da água para esse consumo, nem que se corte esse piso em caso de racionamento.

            Agora, veja o caso de um casal de aposentados, vivendo com a pensão de um dos dois e nada mais, que consome 5 m3 por mês. É justo que eles paguem por um consumo que não tiveram? Por outro lado, caso eles consumam os 10.000 litros mensais em função de alguns desperdícios que poderiam ser facilmente resolvidos, não seria interessante, num cenário de escassez extrema como o atual, oferecer algum incentivo para eles  reduzirem o consumo? Hoje a tarifa mínima da Sabesp não permite essa redução de despesa.

            Poucos dias atrás havia reclamações de moradores de Itu, queixando-se de que mesmo sem ter recebido uma única gota d’água ao longo do mês, ainda assim tinham que pagar os 10 m3 de consumo mínimo.

            Sei que se trata de uma gota no oceano, e que com certeza meu casal hipotético acima não é nem de longe o maior responsável pela situação calamitosa da água em SP, mas hoje infelizmente, a incompetência na gestão dos recursos hídricos junto com a ganância de uma empresa privatizada fazem com que tenhamos que procurar todas as formas de economizar. Uma delas é o incentivo financeiro. 

            Sei também com toda probabilidade que todos os incentivos possíveis não serão capazes de evitar um cenário de falta total de água na RMSP, apesar de todas as declarações tranquilizadoras do nosso amado governador, mas quanto mais pudermos adiar esse desastre anunciado, melhor, tanto para os paulistas e paulistanos quanto para todo o país.

            Abraço

      2. Vazão do Alto Tietê

        Sérgio Reis, parabéns pelas análises argutas sobre a crise hídrica em SP. Você se transformou em uma referência fundamental para quem quer entender e se informar sobre o assunto, já que os órgãos públicos estão cumprindo a função inversa, de desinformar. Também estou fazendo balanços para acompanhar a situação. Gostaria de saber onde posso encontrar dados sobre a vazão do Alto Tietê (como vazão de afluência e de retirada), que você utiliza nos seus textos. Do Cantareira, obtenho os dados no boletim mensal da ANA. Mas a agência não acompanha o Alto Tietê. Muito grata se puder ajudar!

  8. Crime ambiental – O que fizeram com a agua?

    Em 1941, o matemático Milankovitch descreveu, na sua teoria da paleoclimatologia, os principais efeitos que os fenómenos astronómicos podem ter no clima da Terra.

    Existem diversas teorias que tratam de mudanças do clima e da vida no planeta Terra. O que é consenso é de que as condições da vida nunca foram imutaveis, pelo contrario os eventos naturais nos ensinam que a vida vem se estabelencendo em condições extremamentes incostantes, desde a formação da atmosfera a regra são as mudanças.

    A Terra conserva em si os traços evidentes da sua formação. Acompanham-se-lhe as fases com precisão matemática, nos diferentes terrenos que lhe constituem o arcabouço.

    Neste ponto, não há simples hipótese; há o resultado rigoroso da observação dos fatos e, diante dos fatos, nenhuma dúvida se justifica. A história da formação da Terra está escrita nas camadas geológicas, de maneira bem mais certa do que nos livros preconcebidos, porque é a própria Natureza que fala, que se põe a nu, e não a imaginação dos homens a criar sistemas.

    As perturbações, os cataclismos que se produziram na Terra, desde a sua origem, lhe mudaram as condições de aptidão para entretenimento da vida e fizeram desaparecessem gerações inteiras de seres vivos.

    O maior equivoco da classe cientifica é montar teorias baseada num entendimento linear de se fazer ciencia, sem considerar a possibilidade de ruptura de padrões acreditando que os eventos passados, forçosamente se repetem no futuro.

    A Teoria de Milankovitch estabelece que as variações cíclicas da órbita e da rotação da Terra produzem variações na quantidade de energia solar que chega à Terra (insolação). Os três ciclos de Milankovitch são: a variação da excentricidade da órbita da Terra (a forma da órbita da Terra à volta do Sol muda); a variação da obliquidade (o ângulo do eixo da Terra com o plano da sua órbita varia); e a precessão (alteração na direcção do eixo de rotação da Terra).

    Na minha opinião pessoal não considero toda a teoria de Milankovitch como plausivel, porem dentro de um contexto é possivel mescla-la com outras teorias e conseguir um entendimento mais completo da vida e do contexto em que se realiza.

    Contudo, somente estas premissas de sua teoria ja torna possivel uma refutação para a ignorancia que grassa na opinião publica a respeito de mudança climatica e o aproveitamento pelos oportunistas desta ignorancia, com este papo de aquecimento global antropogenico e pela desfaçatez dos inocentes uteis, massa de manobra das ONGs internacional a respeito de desmatamento como responsável de mudanças climáticas global. O que os fatos vem demonstrando que tanto o desmatamento, qto a emissão de gases de efeito estufa são responsáveis por mudanças climáticas regionais, e nunca de forma global, somente os modelos de computador preconcebidos para corroborarem com teorias oportunisticas que afirmam o AGA.

    O que preocupa é que os digníssimos governantes, como a maioria das pessoas, ignoram esta realidade.

    O clima muda e cabe ao administrador sério e competente acompanhar estas mudanças no intuito de proteger e servir as pessoas que estão sob sua responsabilidade.

    A orientação da inclinação do eixo da Terra muda com o tempo. Como uma ponta giratória que está girando para baixo, o eixo se move em um círculo. Esse movimento é chamado precessão. Ele ocorre por volta de 26.000 anos. Isso faz com que as estações sejam lentamente alteradas durante o ano. 13.000 anos atrás o hemisfério norte era inclinado na direção do sol em dezembro, em vez de em junho. Inverno e verão eram invertidos. Eles mudarão de novo daqui a 13.000 anos.

    Esses três fatores: inclinação, forma e precessão, combinam-se para criar mudanças no clima. Como essas dinâmicas estão operando em diferentes escalas de tempo, suas interações são complicadas. Algumas vezes seus efeitos reforçam um ao outro e algumas vezes tendem a anular um ao outro. Por exemplo, daqui a 13.000 anos, quando a precessão tiver feito o verão no hemisfério norte começar em dezembro, o efeito de um aumento na radiação solar no periélio, em janeiro, e a redução no afélio, em julho, irá extremar as diferenças sazonais no hemisfério norte, em vez de suavizá-las, como é o caso hoje. Mas também não é assim tão simples, pois as datas do periélio e do afélio também estão mudando.

    É do conhecimento da geologia que os sedimentos mudam e mudaram nos últimos 13.000anos.E que é um fato natural.

    Bom, o que tem isto tudo com a seca paulistana?

    Tem tudo a ver. É necessário uma nova postura dos governos, até agora estão tratando desta realidade com pouco caso e displicência assustadora. È necessário urgentemente a bem de milhões de pessoas uma abordagem seria que leve em consideração, não somente interesses políticos e financeiros, mas, antes de tudo a sobrevivência e o bem estar de populações inteira. É necessário a congregação do conhecimento cientifico e a elaboração de planejamentos que conte com estes conhecimentos.

    1. Não entendi

      Desculpe minha ignorância a respeito da teoria de Milankovitch, mas não consigo entender como essa teoria pode influenciar na seca paulista.

      Pelo que pude entender do que você escreveu, estamos falando de ciclos de 26.000 anos. Como um ciclo tão longo pode explicar variações climáticas brutais dos últimos 20 a 30 anos, como no caso do clima paulista e paulistano? 

      De qualquer forma, concordo com a sua crítica à postura dos governantes quanto às mudanças climáticas, seja qual for o motivo delas.

       

      1. Clima

        Eh ai Nicolas blz?

        O ciclo de 26.000 anos é sobre a precessaõ dos equinocios, este ciclo explica as mudanças das condições do clima de forma global, não existe a estabilidade climatica que se tenta vender para a opinião publica, os oportunistas utilizam a estratégia de desviar a atençaõ qdo se trata de não assumir responsabilidades.

        O importante é a refutação adequada para esclarecer a ignorancia que grassa na opinião publica a respeito de mudança climatica e o aproveitamento pelos oportunistas desta ignorancia, com este papo de aquecimento global antropogenico e pela desfaçatez dos inocentes uteis, massa de manobra das ONGs internacional a respeito de desmatamento como responsável de mudanças climáticas global. O que os fatos vem demonstrando que tanto o desmatamento, qto a emissão de gases de efeito estufa são responsáveis por mudanças climáticas regionais, e nunca de forma global, somente os modelos de computador preconcebidos para corroborarem com teorias oportunisticas que afirmam o AGA.

        E mais estas mudanças ocorrem atualmente no mundo todo e não somente nestas regiões no Brasil, e isto é natural a ação deleteria do homem sobre o meio ambiente não tem nada aver com estas mudanças. Seria responsabilidade dos governos estabelecer regras que possibilitasse a maior qualidade de vida possivel, para as populações, inibindo poluidores e destruidores do meio am,biente, mas como isto seria possivel se o proprio governo é o maior criminoso em se tratando de proteger o meio ambiente, vide o que o govervo de São Paulo esta fazendo com a Billings. Ai a coisa complica.

         

         

        1. Resumindo:

          A culpa da falta de água em SP seria do aquecimento global antropogênico e do desmatamento da floresta amazônica. Logo, Alckmin não teria  culpa alguma.

          Aliás, a culpada seria da Dilma. Afinal, como presidente, ela é responsável em coibir o desmatamento da floresta amazônica.

          Acreditem: já ouvi este argumento de coxinhas. 

          Com certeza essa lenga-lenga de desmatamento da floresta amazônica associada às anomalias do clima em São Paulo é coisa da GloboNews dada à velocidade que esta estorinhase espalhou e pelo público que vem repetindo essa besteira.

           

           

  9. Por que não ligar umas mangueirinhas da Billings para Guarapiran

    Bastar ligar umas manguerinhas da Billings que está transbordando água para a Guarapiranga, não precisa nem de 20 metros de tubos, enche a Guarapiranga e a usa para abastecer São Paulo?

    Não fazem porque não querem, vontade política.

  10. Tenho direito a informação!

    O fluido atmosférico e principalmente o oceânico são os niveladores energéticos, inclusive àquelas perturbadas pelas oscilações astronômicas descobertas por Milankovitch e eles agem produzindo ondas para desconcentrar o aumento da energia do intertrópico, causado pelo fortalecimento do Efeito Estufa, pulsando trens de ondas que aparecem também na aceleração do fenômeno El Niño. Essas ondas têm velocidade controlada pela diferença de temperatura do intertrópico/polos, produzindo um padrão estacionário das Ondas de Rossby, as que geram e mantém os sistemas frontais e linhas de instabilidade; o que explica em parte as ondas de calor e frio que geram eventos extremos de secas e enchentes devido aos bloqueios. Exijo que as administrações, universidades, USP, CREA e mídia saiam de suas zonas de conforto, para explicar-nos o que ocorre, pois quero ver a cobra morta e não só o pau!

    1. O Alckmin também providenciou a falência da USP

      resta os “especialistas da mídia”, aí sim os tucanos providenciam o impresnsalão para que não haja falência no sistema de “enformação” do eleitor.

       

  11. E Guarapiranga?

    Obrigado Sérgio pela excelente analisis. Tenho umas perguntas:

    1/ No ritmo de queda do nivel do reservatório das ultimas semanas, uma grosseira estimação baseada nos dados da Sabesp aponta para Fevereiro/Março antes do sistema Guarapiranga acabar. Chegou a fazer uma analise deste sistema também?

    2/ Como reagem as pessoas (amigos, familia, …) com que você conversa sobre o tema?

    3/ Não sei se você vive em São Paulo, mas qual é teu plano se (quando) o “game over”  acontecer (em Março/Abril?): ficar em SP sem agua dia sim dia não? Migrar para outra região ou pais?

    Grato mais uma vez,

    1. Obrigado, Nicolas.
      Ainda não

      Obrigado, Nicolas.

      Ainda não tive tempo de analisar especificamente o Guarapiranga, mas lhe diria que a situação desse reservatório já é, também, adversa. Ele se encontra na pior marca em 6 anos, e na segunda pior em 11 anos. Como está contribuindo com aproximadamente 2,1 m3/s para salvar o Cantareira, então as perdas tem sido mais rápidas, e o tamanho da “caixa d’água” é bastante pequeno (170 bihões de litros, contra 520 bilhões do Alto Tietê e 1,46 trilhões do Cantareira), sem contar, aparentemente, com volume morto relevante. Um aspecto positivo desse reservatório é que ele está situado em um regime de chuvas mais favorável do que o existente, p.ex., no Cantareira. Então isso dá chance para que o sistema consiga se recuperar um pouco nesse verão. Se isso não ocorrer, contudo, a perspectiva é aterradora para 2015. Eu diria que apenas o Sistema Rio Grande (Billings) não corre risco de colapso no próximo ano.

      Eu lhe diria que as pessoas com as quais converso tem reagido com bastante indignação, em um processo crescente de tomada de consciência sobre a questão. Como o funcionamento do Estado e das políticas públicas em geral são coisas muito distantes da população, elas tendem a olhar para o vazio dos reservatórios e para a falta de chuvas e acham que a crise é uma coisa imponderável, uma situação inevitável, até o momento em que passam a entender o sentido da gestão pública e a complexidade das variáveis que permeiam a questão: a não expansão dos reservatórios, a não preservação dos mananciais, a não redução das perdas em razão de encanamentos velhos, a emissão de lucros bilionários para acionistas, a falta de transparência no diálogo com a população, a ausência de esforços no sentido de conscientizá-la, todos esses elementos, aos poucos, começam a ser compreendidos como de responsabilidade do poder público. Ao observarem todos esses fatores, a inação do Estado e o agravamento da crise, as pessoas estão começando a ficar desesperadas. Temo, de verdade, sobre como serão esses próximos meses para milhões de pessoas, inclusive do ponto de vista da “sanidade social”.

      Eu nasci e fui criado em São Paulo, em Interlagos (abastecido pelo Guarapiranga). Há dois anos, fui morar em Brasília. Mas meus pais moram lá, e eu os visito mensalmente. Foi impactante estar lá neste segundo turno, beber da água cheia de bactericida e passar mal. Até os tantos artigos que já escrevi adquirem outro sentido e profundidade quando se experiencia diretamente o apuro que é ficar sem água (ou ser abastecido com uma água não potável). Diante da desorganização da ação do estado, temo que as pessoa busquem soluções individuais, caso tenham condições financeiras para tanto – enquanto outras fiquem desguarnecidas. Temo que sejam a maioria.

  12. Com o Mensalão, colou!

    Por uma questão de eficiência, o cérebro humano evoluiu para completar os pontos de um “desenho” situacional automaticamente, de forma a não comprometer mais circuitaria cerebral com questões corriqueiras e banais, de tal forma que nossa cabeça não ultrapasse seus 5 kg e só gaste 15% da energia corporal. Aproveitando-se desse fato de fechar pontos, os prestidigitadores midiáticos e trollers disfarçados em inocentes ingênuos frequentadores de blogs progressistas, fornecem, maquiavelicamente, soluções que permitem que o adorador do PSDB continue a odiar o PT ao ligar os pontos do último “desenho” que tenho visto ser disseminado, para esconder a criminosa incompetência gerencial tucana. Essa história de que a devastação de 20% da Amazônia é a responsável pela seca está tão repetida que desconfio de mais uma operação de cobertura dos malfeitos bicudos; é o já aprovado em combate “se colar, colou” visto no Mensalão. Acho que teremos que repetir: o Nordeste não recebe umidade amazônica e está seco, e pelo contrário, até deveria estar mais úmido, porque a Célula de Walker que sobe a partir da floresta afundando e abafando o aprofundamento das nuvens no NE, daí gerando o semi árido graças a uma alta pressão, deveria estar enfraquecendo a seca por lá, portanto a Dilma só é culpada por ganhar a eleição, ouviu seu ramao!

  13. Alto Tiête – Aumento do Volume

    Prezado Sérgio,

    Há alguma explicação para o aumento do volume do sistema Alto Tiête, registrado pela Sabesp, entre os dias 01/11 e 02/11? Em um dia, com 23mm de chuva, o volume aumentou 2,4%. Foi de 6,5% para 8,9%. No dia 27/09, choveu os mesmos 23mm e o volume do sistema aumentou apenas 0,2%. A resposta estaria na utilização de alguma cota de volume morto?

     

     

     

     

    1. Me fiz exatamente a mesma

      Me fiz exatamente a mesma pergunta! O volume morto foi adicionada oficialmente finalmente? Ou talvez occoreu um erro técnico na divulgação dos números?

      Tomara que seja a chava só mesmo…

      1. Não foi a chuva, não, embora

        Não foi a chuva, não, embora em Paraitinga tenha chovido 71 mm (uma precipitação elevadíssima). Mas os níveis de todas as represas baixaram ontem, mesmo com as chuvas. Se incluirmos o volume morto de Biritiba (o que ainda não foi oficialmente reconhecido pela SABESP), o nível subiria para algo como 7,9%. Só se incluíssemos também os 15 bilhões do suposto volume morto de Jundiaí é que chegaríamos a cerca de 10,9%. Mas não sei se foi isso que ocorreu. Os dados não batem, então vamos aguardar. Se tiver novidades, aviso por aqui.

        1. Alto Tiête

          Realmente a variação de volume do Alto Tiête apresentada no site da Sabesp está estranha. Não está refletindo o comportamento nos últimos dias do próprio sistema e nem dos outros mananciais.

           

           

          1. Alteração de número divulgado pela Sabesp

            A Sabesp também alterou o valor do volume do Alto Tiête que tinha divulgado para o dia 01/11. No dia 01/11, por volta de 09:30h, o valor divulgado era de 6,5%. Agora, ao consultar o sistema, aparece o valor de 8,9%.

            Em virtude dessa alteração a Folha, em artigo publicado hoje, não notou esse aumento de volume de um dia para o outro.

            http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/11/1542174-chuva-forte-nao-evita-queda-no-indice-do-cantareira.shtml

          2. Foram “alterados” porque ta

            Foram “alterados” porque ta legalizado, so por causa disso.  Em qualquer pais do mundo essa Sabesp ja nao existiria e um monte de gente estaria presa…

            O governo vai esperar pra eles declararem falencia ou vai tomar as redeas desse porcaria de compania de uma vez?

        2. Olá vigilante Sergio, notícia do estadão de hoje traz alerta RED

          Baixo nível de represa intermediária do Cantareira ameaça abastecimento

          Crucial para transferir água do volume morto, Reservatório Cachoeira perdeu 67% da capacidade em um mês

          A queda rápida do nível da Represa Cachoeira, crucial para transferir a água do volume morto entre os maiores reservatórios do Sistema Cantareira, pode colocar em xeque o abastecimento para 12 milhões de pessoas das regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas que ainda dependem do manancial em crise. 

          Localizado em Piracaia, a 90 quilômetros da capital, o reservatório Cachoeira perdeu 67% da capacidade em um mês e ficou com o nível de armazenamento pouco mais de um metro acima do limite mínimo do túnel que transfere a água por gravidade para a próxima represa do sistema, a Atibainha, em Nazaré Paulista.

          http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,baixo-nivel-de-represa-intermediaria-do-cantareira-ameaca-abastecimento,1586693

          1. Estamos exatamente na

            Estamos exatamente na situação que o Sergio denunciou no penultimo post: as obras da segunda cota do VM estão atrasadas e corremos o risco de ter alguns dias sem absolutamente nenhuma agua para milhoes que dependem do Cantareira se não acabarem as obras nas proximas 3 semanas visto que a chuva não esta dando nenhum alivio ao nivel des represas por enquanto…

            O “worst case cenário” do fluxograma do Sergio esta se materializando… alerta RED mesmo!

          2. Olá, Iara, obrigado. É

            Olá, Iara, obrigado. É exatamente o que o Nicolas colocou. Tratei dessa hipótese de atraso nas obras neste post (http://www.jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/crise-hidrica-sera-que-as-obras-do-segundo-volume-morto-ficarao-prontas-a-tempo). Lamentavelmente, pelo visto, não se trata mais de uma hipótese. Não duvido, contudo, que a SABESP venha a cometer uma série de ilegalidades (como deixar de destinar parte das vazões para o PCJ, determinação da outorga e de decisão judicial recente) para garantir o atendimento da região metropolitana mesmo que as obras atrasem alguns dias (e vai ter muita gente que achará essa “hierarquização de cidadanias” um feito heroico de Alckmin).

        3. Aumento do volume do Alto Tiête

          A folha atribuiu o aumento do volume do Alto Tiête às chuvas do final de semana, conforme pode ser visto no link abaixo.

          http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/11/1542365-chuva-ameniza-situacao-do-sistema-alto-tiete.shtml

          De acordo com o que foi dito e comentado sobre o assunto, acho muito improvável que o volume do sistema tenha aumentado 2,4% em apenas 1 dia com 23mm de chuvas registrados pela Sabesp.

  14. Abordarei aqui o que é básico

    Abordarei aqui o que é básico num relação social. responsabilidade. É minha opinião que numa sociedade existe escalas de responsabilidade… Dos filhos com seus pais e destes com seus pais ( avós daqueles). Ora, se nas relações mais próximas a responsabilidade é cada dia menor como exigir que autoridades demonstrem alguma responsabilidade com a sociedade? Vivemos uma crise de responsabilidade. 

    Como exigir que os mais dotados de recursos e saberes formais usem esses saberes em prol da sociedade, se a cada dia são “largados nas estradas” pais, amigos de outrora e todo e qualquer humano? 

    Os endinheirados de rebelaram ( A Rebelião das Elites, Lasch) . Uma elite baladeira, irresponsável que adquiriu características de Sociopata. 

    Além disso núcleos urbanos como São Paulo estão na segyinte situação:

    “O relatório São Paulo Megacity Mental Health Surve mostrou que a região metropolitana de São Paulo possui a maior incidência de perturbações mentais no mundo. O estudo feito pela OMS revela que 29,6% dos paulistanos, e moradores da região metropolitana, sofrem de algum tipo de perturbação mental. O levantamento pesquisou 24 grandes cidades em diferentes países.”

    Perturdados aos milhões é o que nossa sociedade vem produzindo. Talvez ainda seja bom para os negócios, pois esses doentes também são grandes consumidores, mas são péssimos para uma sociedade que pretenda dizer-se evoluída.

    Água faltando em São Paulo? Que usem Perrier!

  15. Abordarei aqui o que é básico

    Abordarei aqui o que é básico num relação social. responsabilidade. É minha opinião que numa sociedade existe escalas de responsabilidade… Dos filhos com seus pais e destes com seus pais ( avós daqueles). Ora, se nas relações mais próximas a responsabilidade é cada dia menor como exigir que autoridades demonstrem alguma responsabilidade com a sociedade? Vivemos uma crise de responsabilidade. 

    Como exigir que os mais dotados de recursos e saberes formais usem esses saberes em prol da sociedade, se a cada dia são “largados nas estradas” pais, amigos de outrora e todo e qualquer humano? 

    Os endinheirados de rebelaram ( A Rebelião das Elites, Lasch) . Uma elite baladeira, irresponsável que adquiriu características de Sociopata. 

    Além disso núcleos urbanos como São Paulo estão na segyinte situação:

    “O relatório São Paulo Megacity Mental Health Surve mostrou que a região metropolitana de São Paulo possui a maior incidência de perturbações mentais no mundo. O estudo feito pela OMS revela que 29,6% dos paulistanos, e moradores da região metropolitana, sofrem de algum tipo de perturbação mental. O levantamento pesquisou 24 grandes cidades em diferentes países.”

    Perturdados aos milhões é o que nossa sociedade vem produzindo. Talvez ainda seja bom para os negócios, pois esses doentes também são grandes consumidores, mas são péssimos para uma sociedade que pretenda dizer-se evoluída.

    Água faltando em São Paulo? Que usem Perrier!

  16. Falta de transparência?

    Olá, Sérgio. Você reparou que o nível do Sistema Alto Tietê subiu 2,4% hoje (02/11)? Passou de 6,5 para 8,9%. Será real, ou já estão contabilizando o volume morto do sistema, de 25 bilhões de litros?

    1. Oi, Milena, percebi, sim.

      Oi, Milena, percebi, sim. Comentei mais abaixo, respondendo a um colega do blog. Difícil, ainda, saber o que ocorreu. O que é certo, exatamente em razão disso, é que esse é mais um case de falta de transparência por parte da SABESP. Se contabilizarem só o VM de Biritiba, o nível subiria para 7,9% (já que 4,5 bilhões de litros dele já foram utilizados). Se considerarmos a entrada de 10 bi, o que seria um erro, aí sim iria p/ 8,9% –  talvez tenha sido isso o que aconteceu. O mandraque, aparentemente, é que o nível real do sistema, hoje, seria de 6,9% nas 4 represas restantes (considerando Biritiba igual a 0). Eles estavam deduzindo alguns décimos a partir da extração do VM do Biritiba (como a ANA está fazendo em seus relatórios de monitoramento diários a partir da extração da 2ª cota do VM do Atibainha). Agora, parece que simplesmente fizeram uma mágica numérica: deixaram de deduzir o VM do Biritiba do cálculo normal e ainda admitiram os 10 bi do seu volume morto em um novo cálculo (o que não faz o menor sentido). E, mais grave, sem nenhum anúncio oficial a respeito da extração desse VM (o que vem ocorrendo há cerca de 3 semanas, conforme venho apresentando em meus artigos). 

  17. Sugestão

    Olá Sergio Reis.

    Já pensou em implementar estes fluxogramas, de tal forma que fossem online, usando programação?

    Isto permitiria que voce atualizasse os dados de entradas diariamente.

    Tais dados seriam aqueles variáveis diariamente, tais como consumo diário, acréscimos devido a alguma chuva, etc e outros mais que fossem relevantes para o processo.

    Isso permitiria que seu fluxograma representasse sempre a situação atual, mesmo ao longo do tempo.

    Abraços

     

     

  18. Irresponsabilidade do alkimim e do psdb/pig

    Há com o tempo estiagens que assustam, MAS qualquer estudozinho estatistico mostraria que isso poderia acontecer.

    Faltou ação preventiva. Mas faltou mesmo. Irresponsabilissima.

    Mas muito pior, há dois anos já se sabe que o problema era sério e que foi que o governo alkimim fez? Que foi que os especialistas fizeram, qual foi a atuação do pig além de esconder o fato. Porque há um ano não começou um program de racinanmeto programado? O alkimim erresponsavelmente esperou que a chuva viesse e escondeu o probleam, na verdade esconde até hoje. O pig tão preocupado com a mesma seca no caso do apagão de energia e irresponsavelmete esondeu do paulista um problema muitissimo mais sério a seca de sp. No caso do apagão de energia seria por falta de providencia do governo federal, que curiosamente fez o que deveria ter feito, e a acusação foi diária e violenta ao mesmo tempo que escondiam o desastre o psdb em sp.

    E agora que o fato está quase consumado ( tomara que não aconteça) o que as autoridade do alkimim estão recomendando? Não haverá medidas séria e contundentes para a população que minimize o problema. Como se vive em uma cidade de 15 milhões de habitantes sem agua? Como?. Vão deixar acontecer? ESTÃO ESPERANDO O QUE?

    Falar em falta de chuva, clima, seca geral,etc, já prevista por qualquer especilaista para os futuros 10 anos, futuros eu disse, não resolve o problema causado pelo alkimim. Nem noções de economizar agua agora, neste momento, vale. É despiste. Valeria um ou dois anos atrás.

    O alkimim e o pig/psdb têm toda a culpa do mundo.

     Ainda que chova canivete e os reservatórios fiquem repletos, a irresponsabilidade prevalece.

  19. Lembra que eu falei do ponto de não-retorno?

    Parece que nós já o ultrapassamos, né?

    De resto, agora só mesmo com alternativas dignas de ficção científica para acabar com a falta d’água.

    Como por exemplo, plantar estações de bombeamento no litoral (baixada santista) e no alto da serra para mandar água dessalinizada por uma estação de dessalinização colocada também na baixada. Logicamente, o conjunto seria alimentado logicamente por uma (ou mais) usinas nucleares. Ou então, pelo menos uma das usinas nucleares poderia ser substituído por um parque eólico a ser instalado em Mongaguá ou Itanhaém.

    Além dessas soluções de ficção científica, que outras obras podem ser feitas – a médio e longo prazo – para diminuir o tamanho dessa encrenca? Fazer um aqueduto desde as cataratas do Iguaçu até aqui?

  20. SECA DE 7 ANOS
    ESTOU ENVIANDO ESSE EMAIL, A TODA DIRETORIA E ASSESSORES DA A.N.A. SENHORES(AS),                VENHO ALERTAR A AGENCIA NACIONAL DE ÁGUAS  QUE: HAVERÁ NO MUNDO TODO UMA SECA DE 7 ANOS, TODO OS RIOS E CÓRREGOS IRÃO SECAR, HAVERÁ POUCAS CHUVAS, E ELAS  NÃO SERÃO O SUFICIENTE PARA MANTER A ÁGUA  SOBRE OS LEITOS DO RIOS.                                         O GOVERNO DEVE FREAR IMEDIATAMENTE  O CONSUMO DA ÁGUA,  CONTROLAR A ÁGUA SOBRE TODO O TERRITÓRIO NACIONAL, COMO SE ELA JÁ NÃO EXISTISTE MAIS, POIS SE ESSA AÇÃO DEMORAR, NÃO HAVERÁ ÁGUA O BASTANTE PARA OS PRIMEIROS ANOS DE SECA, E METADE DA POPULAÇÃO DO BRASIL, IRAR MORRER.             DEVE FREAR TAMBÉM A PERFURAÇÃO DE POÇOS ARTESIANOS, E AUTORIZAR O FUNCIONAMENTO DELES,  APENAS PARA AS NECESSIDADES MAIS BÁSICAS DA POPULAÇÃO EM NÍVEL DE RACIONAMENTO MAIS HOSTIL .              DEVERA SER CRIADAS  LEIS EM MEDIDAS DE EMERGÊNCIA, ONDE AUTORIZA A FORÇA NACIONAL A PROTEGER NOSSAS ÁGUAS RESTANTES, QUE LOGO NÃO EXISTIRÃO MAIS.FUI AO PALÁCIO DO PLANALTO, E FIZ LÁ, ESSE ALERTA , FALEI COM O ASSESSOR DIRETO DO GABINETE PESSOAL DA PRESIDENTE DILMA, JORGE LUIZ DE LIMA, DISSE A ELE ,SOBRE A CHEGADA DA GRANDE SECA, INFORMEI A ELE TAMBÉM OS MOTIVOS QUE LEVARAM AO INICIO DESSA SECA.DISSE A ELE, QUE: O BRASIL, PRECISAVA IMEDIATAMENTE PARAR COM AS EXPORTAÇÕES DE ALIMENTOS E COMEÇAR A ESTOCAR COM URGÊNCIA ALIMENTOS PARA  NOSSO POVO, SOBREVIVER A ESSES  SETE ANOS DE SECA.QUEM SOU?  PROF. JOEDES, DIRETOR PRESIDENTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR, FACULDADE BRASIL CENTRAL EM GOIÂNIA, FBCBRASIL, AUTORIZADA PELO MEC (Código) Nome da IES:  (12928) FACULDADE BRASIL CENTRAL (GOIÂNIA)- FBCBrasil, AUTORIZADA EM 2011, NÃO INICIEI NENHUM VESTIBULAR ATÉ AGORA. PRA QUE VESTIBULAR? SE A SECA ESTA SE INICIANDO. MEU SÓCIO ESTA LÁ REFORMANDO O PRÉDIO, MAS EU ESTOU AQUI, ALERTANDO O MUNDO SOBRE O QUE HÁ DI VIR.ONDE DESCOBRIMOS ESSA INFORMAÇÃO VITAL?  SOU CASADO COM GECIENNY, TENHO 4 FILHAS DE 2, 4, 6, E 11 ANOS, ELAS E MINHA ESPOSA SÃO VIDENTES, NUNCA REVELEI ISSO A NINGUÉM. MAIS AGORA CHEGOU A HORA, POIS ESTOU CASADO A 15 ANOS, E NESSE TEMPO PRESENCIEI COISAS  QUE ATÉ OS CIENTISTAS FICARIAM DESLUMBRADOS. RECEBEMOS ESSA INFORMAÇÃO DE ALGUM LUGAR DO UNIVERSO, NÃO SABEMOS QUEM É QUE FALA CONOSCO, SÓ SABEMOS QUE TUDO QUE NOS FOI DITO NESSES 15 ANOS SOBRE O NOSSO FUTURO, ACONTECEU. ENTÃO PORQUE DUVIDAR DA SECA DE SETE ANOS. SE FOI DITA PELA MESMA VOZ.            MAS O QUE NOS REALMENTE QUEREMOS E QUE PESQUISEM E COMPROVEM A INFORMAÇÃO QUE ESTAMOS PASSANDO A VOCÊS, LIGUEM NO GABINETE DA PRESIDENTE E FALEM COM O SR. JORGE, E VEJAM QUE EU ESTIVE LA, A DOIS ANOS ATRÁS, VERIFIQUEM OS EMAILS QUE ENVIEI AO GOVERNO DE SÃO PAULO, ALERTANDO SOBRE A SECA,  QUANDO O CANTAREIRA APENAS INICIAVA SUA DESCIDA.          PARA UM FUTURO MUITO BREVE, COISAS PIORES ESTÃO POR VIR. A SECA SERA APENAS O INICIO. ASSIM FOI NOS DITO.           PARA O FUTURO TEMOS TAMBÉM OUTRAS REVELAÇÕES, MAS ESPEREMOS A CHEGADA DA SECA, PARA QUE SAIBAM QUE QUANDO, FALARMOS NOVAMENTE, SABERÃO QUE AUGUEM MAIOR DO QUE NOS, FALOU Á NOS, PARA QUE FALÁSSEMOS AO MUNDO. NA TENTATIVA DE FAZER CHOVER, OS GOVERNANTES USARÃO AVIÕES PARA PULVERIZAR OS CÉUS COM QUÍMICA PESADA, E PROVOCARÃO GRANDES TEMPESTADES DE VENTOS, ÁGUA E GRANIZOS. JOEDES – (62) 9650-4827   / 62 9130-3820 – SE QUISEREM PODEM ME LIGAR PARA MAIORES INFORMAÇÕES.  (OBS.: NÃO POSSUÍMOS NENHUMA RELIGIÃO, APENAS ACREDITAMOS EM DEUS). ACHO QUE FOMOS ESCOLHIDOS PARA PASSAR ESSAS INFORMAÇÕES, PELO SIMPLES FATO, QUE REALMENTE IRIAMOS PASSA-LA.QUE DEUS NOS AJUDE.  ESTOU ENVIANDO ESSE EMAIL, A TODA DIRETORIA E ASSESSORES DA A.N.A. JOEDES.

     

     

  21. Amigos….quem ainda não

    Amigos….
    quem ainda não guviu falar do colapso de abstecimentos num planeta super lotado?
    Não há com que espantar, esse cenário era conhecido, era questão de tempo, e agora esse tempo chegou!

    Ranger dos dentes… a sobrevivência do mais forte… caos… desordem…

  22. Falta d’água

    A verdade, é que estamos nos fins dos tempos….

    Pestes, falta d’água, câncer, vírus, pai matando filho, prostituição e por ai vai….

    Só Jesus pra salvar o Brasil e o mundo!

    Daqui a pouco vai ter gente matando gente, querendo beber água!

    A água vai acabar em breve….O governo é que não quer falar.

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