Recado dos quartéis, por Mauricio Dias

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Ao prever um ano difícil, o general Villas Bôas faz transparecer o temor de agitação popular. E vem à baila o artigo 142 da Constituição

Por Mauricio Dias 

Da CartaCapital

Quem anda preocupado com o destino da democracia, após o golpe contra Dilma Rousseff, deve ficar atento. O ano de 2016 despediu-se com um recado. Passou despercebido, porém, por ter sido sufocado pelo bimbalhar de sinos e pela explosão de fogos de artifício, cuja finalidade é a de dar boas-vindas ao ano seguinte. Neste caso, o pouco auspicioso 2017. 

O aviso não veio da política nem da economia. Surgiu dos quartéis, na voz mansa e fria do general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército. Síntese do comunicado:

“Neste ano difícil (…) em meio a uma persistente crise política, econômica e, sobretudo, ética (…), vislumbro para o ano que se aproxima o agravamento das dificuldades que assolam o País”.

Villas Bôas gravou a mensagem dirigindo-se aos comandados dele. O diálogo, porém, foi além dos quartéis. Publicada no site oficial do Exército, os três minutos da fala do general foram imediatamente espalhados pelas redes sociais. 

As previsões ruins para 2017, as crises econômica, política e ética, são aguçadas pela pauta de reformas de Temer, na qual se destacam as mudanças na legislação trabalhista e previdenciária

Daí nasce a expectativa de manifestações de rua mais fortes após o fim do recesso parlamentar, em fevereiro. Há uma intensa articulação apoiada, agora, na ilegítima retirada de direitos adquiridos. A reação virá.

Esta é a preocupação dos militares. 

A inquietação dos quartéis está embutida na mensagem de fim de ano do comandante do Exército e consolidada em sucessivas entrevistas. Numa delas, no passado mês de dezembro, o general falou dos “tresloucados” ou “malucos” que aparecem cobrando intervenção no processo democrático. 

E o que Villas Bôas faz?

“Eu respondo com o artigo 142 da Constituição. Está tudo ali. Ponto.” 

Pela cor da farda e pelo status profissional, Villas Bôas representa as instituições militares, Exército, Marinha e Aeronáutica. A Constituição assegura a igualdade entre as Forças Armadas. O uniforme verde, no entanto, é mais igual. 

Os militares preocupam os civis. 

No artigo 142 mora o perigo. É atribuída às Forças Armadas, “sob a autoridade suprema do presidente”, a garantia “da lei e da ordem” no País. 

A repressão ao direito de manifestação pública poderá, em nome da lei e da ordem, ser reprimida pelo Exército por convocação de um dos três Poderes. No Executivo, o caminho está aberto por um governo autoritário, nascido de um golpe e em constante assédio à democracia. 

Temer não terá dúvidas em convocar o Exército, se necessário.  

Tem sido a Constituição a base de sustentação das intervenções militares no País, como ocorreu. Em 1988, o artigo 142 chegou a ser extirpado na construção da Constituinte. Houve, porém, forte reação dos quartéis. 

O Exército, sob o comando do general Leônidas Pires Gonçalves, “garantiu” a permanência do discutido artigo na Constituição com o apoio de FHC. O então senador paulista integrava a Comissão de Segurança Nacional da Constituinte. Para a tranquilidade de Leônidas, coordenou com sucesso uma operação política chamada por ele mesmo de “golpe de mão”. 

O artigo 142 ficou onde antes estava. E permanece lá. 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

36 Comentários

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  1. Nassif
    Boa

    Nassif

    Boa tarde

    Lamentavelmente,  a “republicana Dilma” perdeu uma ótima oportunidade de usar o artigo 142!

    Se for preciso, o Temeroso,  não perderá !!!

     

    1. Se o Tinhoso utilizar o artigo 142, além do fora Temer, …….

      Se o Tinhoso utilizar o artigo 142, além do fora Temer, teremos algo como Forca para Temer, a situação do Tinhoso não é nada confortável, se eu fosse ele na situação atual já começava a negociar o exílio em outro país.

  2. Eu fico aqui a imaginar que

    Eu fico aqui a imaginar que DILMA poderia ter feito uso desse artigo, que era um dever dela para com os que votaram nela e para com o povo brasileiro em geral e NÃO O FEZ. Preferiu deixar o Brasil cair sob o comando de uma quadrilha que hoje destroi o Brasil.

    Dilma votei em vc e por causa disso a desprezo tanto quanto o Temer. VIDA LONGA a Lula, Putin e Erdogan os estadistas que enfrentam o IMPÉRIO.

    1. Já chamei a atenção para isso.

      A pergunta que fica é: apresidenta Dilma tinha o comando e a lealdade das FFAA? A resposta hoje é conhecida: NÃO. Por isso ela não recorreu aos militares, poi se fizesse isso em vez de auxiliá-la seriam eles a derribá-la numa segunda versão de 1964.

      As FFAA, covardes e antipatrióticas, estão alinhadas com o golpe e com os golpistas. Essa é a dura realidade.

  3. na verdade, …

    o que os ladrões golpistas pretendem é isso mesmo . Sinais claros foram dados quando não se mexeu nos direitos, rendimentos e aposentadorias dos militares.

    Os ladrões golpistas esperavam que uma rebelião explosiva  surgisse no país para, em nome da ordem institucional, colocar o país sob as armas dos militares que se encontram a serviço não do Brasil, e sim dos USA.

    Sabiamente, as lideranças da oposição refrearam sua militância, e tem combatido dentro das regras democráticas, tirando assim o pretexto que os ladrões golpistas tanto querem…

    Uma nova tentativa parece estar nascendo pelas articulações do “ministro” da justiça, usando o crime organizado para tumultuar o país….

    vamos aguardar os desdobramentos disso….

  4. Quando o ” povão ” resolve se

    Quando o ” povão ” resolve se mexer,e vai pra rua,não tem exercito que segura.A menos que queiram uma guerra civil.Ai é outra historia.Mas de qualquer forma,eu ja comentei aqui,do jeito que as coisas estão,prefiro que os militares assumam o poder,destituam a camara o senado e todo o judiciario,deem um prazo de cinco anos para,novas eleições e um novo judiciario,que seja altentico e imparcial.Se querem impedir a esqueda de assumir,então que ninguém assuma.Até la,os animos terão sido amainados.Vamos começar do zero!

    1. É uma pena. Parece que não

      É uma pena. Parece que não tens idade o suficiente para ter vivido esta situação. Eu vivi e atesto que não quero outra vez.

    2. Que “povão” meu filho ?
      que

      Que “povão” meu filho ?

      que que é isso que vc ta falando?

      Tirando esse detalhe sem pé nem cabeça, … contra um exécito armado nas ruas, só outro dá conta.

  5. As FFAA merecem serem

    As FFAA merecem serem comandas por por um traidor, golpista e informantes dos EEUU.

    Merecem que todos os projetos de defensa nacionais sejam destruídos.

    Merecem bater continencia para o governo golpista Temer.

    E merecem mais, serem força auxiliares dos americanos. E sob o comando de um gal.americano serem mandados como bucha para atividade militares menores.

    Não são patriotas e nacionalistas, são cervos obedientes.

  6. FHC? Porque será que não me

    FHC? Porque será que não me surpreende? Pegue uma parte ruim da constituição de 88 e com certeza lá estará um dedo, ou melhor, bico de tucano

  7. Estão entregando o petróleo e

    Estão entregando o petróleo e desmontando a Petrobrás? E daí?

    Estão paralisando  projetos de segurança nacional e entregando segredos aos gringos? E daí?

    Estão destruindo a economia, direitos sociais e trabalhistas e atirando o país um precipício? E dai?

    O povo vai pra rua protestar contra tudo isto? Opa, isso não pode!

  8. Sinceramente, vocês acham que as forças armadas seguram?

    Há uma verdadeira lenda urbana que talvez deva ser desmanchada, conforme o grau de “pertubação da ordem” que o Tinhoso conseguir criar no Brasil e conforme o tempo de reação das forças armadas brasileiras elas não tem a capacidade de segurar contestações difusas e espalhadas pelo país.

    Se começaram manifestações democráticas e pacíficas e as forças policiais devido a sua truculência e falta de comando que são características do Estado brasileiro atual, poderá começar a PIPOCAR (o termo pipocar é uma bela imagem) por aqui e por ali atos de protesto, que o pior de tudo, não terão uma cordenação central e verticalizada de comando.

    Explico melhor. O Tinhoso está levando a adquirir a unaminidade na reprovação ao seu governo, ou seja, ele está conseguindo algo tremendamente difícil de atingir, levar todas as forças políticas e tendência desde as mais organizadas até as completamente anárquicas (não no sentido de ideologia anarquista) a se posicionar CONTRA O GOVERNO DA TINHOSO, logo a resistência ao seu governo passou a ser um fato geral.

    Se a partir de uma manifestação de qualquer tipo, levada por qualquer grupo, desde grupos de esquerda claramente estabelecida até grupos daqueles que pedem intervenção militar, se houver uma, só uma, ação truculenta de uma, só uma polícia militar de algum estado da federação a chance de isto degenerar em tumultos por todo o país é imensa,é só identificar esta ação truculenta ao governo do Tinhoso.

    Certamente os serviços de inteligência das forças armadas estão monitorando todos os grupos que ELES ACHAM QUE PODEM PRODUZIR PROBLEMAS, principalmente grupos que se identificam com a esquerda, porém a maior chance de haver um gatilho que possa produzir o início do fenômeno é que este gatilho parta de grupos não perfeitamente definidos e fora do monitoramento desses serviços de inteligência, porém a própria intervenção das forças armadas tem sérias chances de ser o elemento magnificador do que foi acionado pelo gatilho.

    Agora vem o básico, porque as forças armadas que são como diz o nome, são armadas, não teriam condições para segurar tumultos que podem começar em qualaquer momento, por vários motivos que passo a relatar:

    1º) As forças armadas não são treinadas nem seus comandantes nem seu comandados a combaterem tumultos.

    2º) Tumultos são dispersos e uma organização militar não tem capacidade de combater este tipo de problema, é só ver que tanto nos USA como na Europa as forças armadas entram auxiliando, no caso norte-americano, a guarda nacional e no caso Francês, por exemplo, o CRS.

    3º) O número de soldados treinados nas forças armadas com capacidade de intervenção efetiva é pequeno, concentrados em determinadas regiões e seu treinamento é militar típico, treinamento contra tropas regulares, não contra pessoas envolvidas em tumultos. O Brasil tem excelentes torpas de combate formadas com nível internacional, porém não são especializadas em tumultos e são pouco numerosas.

    4º) Após algum tempo certamente as forças armadas tem perfeitas condições de abafar estes tumultos, porém o tempo que será necessário para isto não é algumas semanas.

    5º) Se numa atitude preventiva as forças armadas agirem para evitar tumultos elas mesmo serão o gatilho dos tumultos.

    6º) Já fora do âmbito das forças armadas, as polícias militares e civis que normalmente agiriam no caso da degeneração em tumultos. nos dias atuais são minimamente confiáveis para agir neste caso, pois apesar de todo o treinamento militar, elas se encontram totalmente fragmentadas e fragilizadas pela situação política e econômica dos estados.

     

  9. Diferenças e semelhanças com 1964

    Desde a saída da ditadura, os militares conseguiram se manter como força acima do poder político graças à existência desse famigerado artigo 142 contrabandeado para dentro da Constiuição “cidadã”.

    Nestes 32 anos (29 se contarmos apenas a partir da vigência da Constituição) este artigo tem representado uma espada de Dâmocles sobre a cabeça do poder civil. Um lembrete de que a liberdade conquistada não é tão livre assim.

    Assim, volta e meia, a possibilidade de uma intervenção militar sobre o poder civil é aventada e comentada.

    A realidade nacional e internacional de hoje é muito diferente daquela de 1964. Isso nos leva a considerar quais cenários poderiam prevalecer caso os militares viessem a se decidir por uma aventura desse calibre.

    O quadro em 1964:

    Internacionalmente vigia uma guerra fria entre as duas superpotências da época. Os EUA, a superpotência situada acima das nossas cabeças, vivia o auge da paranoia comunista. Paranoia esta que chegava ao extremo de acreditar que Jango e Brizola eram comunistas que estariam prontos para reeditar a revolução cubana no Brasil.

    Em função dessa paranoia um trabalho prévio de convencimento interno foi realizado entre as lideranças militares e civis (imprensa, empresários e políticos americanófilos).

    Internamente, a desestabilização do país foi realizada com êxito, tendo as lideranças civís clamado, em uníssono, o restabelecimento da ordem através do poder militar.

    Um simulacro de democracia, com a criação de dois “partidos”, deu o pretexto que a imprensa precisava para dar o seu apoio incondicional no início.

    O apoio da imprensa, das lideranças empresariais e daqueles políticos, que pensavam surfar na crista da onda do golpe, foi fundamental para a consolidação do golpe.

    O quadro em 2017

    Internacionalmente o mundo se tornou mais multipolar, embora a superpotência situada acima das nossas cabeças continue mantendo muito do poder (soft e hard) que possuía em 1964.

    O grande inimigo dos EUA, hoje, é o terrorismo e não mais o comunismo. Nenhuma paranoia antiterrorista poderia fazer alguém acreditar o Brasil esteja se transformando em foco do terrorismo internacional.

    Internamente, o quadro de instabilidade atual pode ter sido bastante útil para os EUA que via o Brasil deslanchando como um global player independente e capaz de futuramente vir a se tornar menos dócil ao poder hemisférico exercido pelos norte-americanos. A descoberta do pré-sal pode ter aumentado em muito essas preocupações por parte de seus estrategistas de longo prazo.

    A volta de um poder militar com o objetivo de colocar “ordem” no país, pode não lhes ser interessante desta vez. Um aberto apoio norte-americano desmascararia o discurso de que esse tipo de política teria ficado ultrapassado juntamente com a guerra fria. Mesmo um apoio encoberto, do ponto de vista lógico-racional, não parece fazer muito sentido.

    Naturalmemente o raciocínio acima prevalecia antes da eleição de Trump.

    Com Trump no poder, entretanto, fica mais fácil imaginar uma reação não racional que poderia vir a ser desde um apoio encoberto até um apoio aberto a uma aventura militar no Brasil.

    Mas um apoio vindo de uma loucura de Trump precisaria contar também com um certo grau de loucura de nossos militares. Embora difícil, não impossível. E caso viesse a ocorrer, não me pareceria muito sólido. Em suma, seria contar com uma dupla loucura, vinda ao mesmo tempo de Trump e também dos milicos.

    Do ponto de vista interno, o apoio civil/imprensa, fora os já expressos por alguns setores nostálgicos da ditadura, não parece garantido.

    Boa parte do empresariado de peso, encontra-se, hoje, na cadeia. Construir estradas, investir na infraestrutura do país, além da falta de recursos financeiros, esbarraria na falta de quem pudesse assumir este papel. Reabilitar esses empresários em nome da “segurança nacional” poderia ser a alternativa, mas iria contar com muitas vozes contrárias.

    A imprensa já está escaldada com a aventura militar de 1964. Para obter algum apoio da imprensa, a nova ditadura deveria vir travestida de muitas concessões às aparências de democracia. A criação de dois partidos, um oficial e outro de oposição, além de lembrar procedimento igual ocorrido em 1964, também não parece de muito fôlego.

    No mundo político, também não existem os Lacerdas, os Magalhães Pinto nem os Adhemares de Barros, prontos a aderir, ainda que apenas no início, ao movimento.

    Como seria, em 2017, o dia seguinte após uma intervenção das FFAA?

    Em função da análise acima, acredito que uma tomada miltar do poder seja de muito difícil manutenção. (Espero que eu tenha razão).

    As primeiras ações de um governo de força teriam que ser compostas pelo fechamento do Congresso e do STF. Se o fechamento do Congresso pode vir a render aplauso entre parcelas da opinião pública globotomizada, o fechamento do STF se mostra mais difícil de ser engolido.

    Em um equilíbrio de jogar para a plateia em busca de apoio, as prisões de Lula e Dilma seriam decretadas imediatamente.

    Colocar o PT na ilegalidade, talvez não venha a ser necessário, se no processo, todos os partidos venham a ser extintos. Não consigo imaginar um poder discricionário extinguindo apenas o PT e deixando livres todos os demais.

    Mesmo as prisões de Lula e de Dilma, se em um primeiro momento possam vir a gerar manifestações de alegria entre alguns coxinhas, estas não poderão ocorrer sem que medida idêntica venha a ser tomada contra toda a cúpula do PMDB. Incluindo, principalmente, o Presidente a ser deposto.

    Enganariam-se os tucanos se acreditassem-se a salvo vendo a prisão de seus adversários petistas e peemedebistas: FHC, Aécio, Serra, Alckmin, certamente os seguiriam.

    E, uma vez derrubado o primeiro dominó, a sequência certamente levaria Marina Silva.

    A alternativa, então, que sobra para os milicos é a de ocuparem integralmente todo o poder. Teriam capacidade para tanto?

    Espero bem que não queiram tentar.

     

     

     

     

     

     

     

  10. Reza a fábula que o Brasil,

    Reza a fábula que o Brasil, uma vez que não tem inimigos externos, não precisa de forças armadas, por isso o sucateamento, mas isso é só conto da carochinha, uma vez que os militares estão sempre aquartelados … 

  11. Lavando as mãos ou sujando a barra de Temer?

    Por que o comandante do exército perderia tempo para ressaltar uma obrigação constitucional antes da hora?

    Se tivesse que cumpri-la, bastaria esperar a ordem e dizer: desculpa aí, foi maus, a culpa é da Constituição.

    Tirar a lebre da cartola agora pode significar: Temer, olhá lá o que você vai me arrumar…

    1. eu vi o video da mesagem de

      eu vi o video da mesagem de final de ano do comandante do Exercito brasileiro. esse video circulou nas redes sociais. e voce está certo. o que preocupa o Exercito brasileiro é a nossa Soberania… o senhor Leonidas cita Getúlio Vargas. pra bom entendedor meia palavra basta…  eu vou tentar encontrar e vou postar aqui. do jeito que está publicado aqui parece que o Exercito quer um golpe???? não foi esse o sentido da mensagem…

    2. eu vi o video da mesagem de

      eu vi o video da mesagem de final de ano do comandante do Exercito brasileiro. esse video circulou nas redes sociais. e voce está certo. o que preocupa o Exercito brasileiro é a nossa Soberania… o senhor Leonidas cita Getúlio Vargas. pra bom entendedor meia palavra basta…  eu vou tentar encontrar e vou postar aqui. do jeito que está publicado aqui parece que o Exercito quer um golpe???? não foi esse o sentido da mensagem…


    3. É uma ameaça ao PODER CONSTITUÍDO!
      Ou seja, ao golpe!

      Mas sabotadores das esquerdas Vão tentar fazer vc pensar o inverso!
      …Porque são pagos para isso…O PSOL….pago para isso. Substituir o PT e se submeter. A esquerda do Leblon!
      Porque seja o que for que aconteça, tem que existir UM partido de esquerda….só não pode ser O PT.

  12. Que nossas forças armadas se

    Que nossas forças armadas se mirem no exemplo daquelas da Venezuela: legalistas, democráticas e nacionalistas, e que, ao assim egirem, assegurem, pelos meios que a Nação lhes propicia e outotga, a guarda do nosso bem maior: a soberania brasileira.

  13. são como máquinas nas mãos de qualquer um, nossas forças…

    muitos,e de qualquer uma delas, infelizmente ainda acreditam que devem ser amados até mesmo pelos que odeiam o que elas fazem

    é por isso que nunca deixarão de ser o que são, máquinas nas mãos de qualquer um

    1. além do mais, tudo que não é “pensante”…

      só podemos interpretar e entender após uma reação daquele que as têm em mãos

      é por isso que tanto pode reagir à desordem, que já se tou sangrenta, ou fortalecer ou reativar outras

      eu queria amar nossas forças de todas as formas e a qualquer tempo, mas não se deve amar o desconhecido

  14. pelo meu ponto de vista, nem uma coisa nem outra…

    o lance de lavar as mãos ou sujar pro lado de Temer

    uma vez que há diferenças entre reagir e reativar. E que não pensantes não reagem é uma delas

    1. e não só com nossas forças…

      podemos dizer o mesmo do STF, por exemplo

      aguardem o que vai sair dessa desordem sangrenta para concluírem se estou certo ou errado

      é o fim de tudo quando chegamos à desordem sangrenta em qualquer uma das partes do que chamamos de sociedade

  15. peguem o que já foi interpretado como Dilma “guerrilheira”…

    na cabeça de muitos idiotas de fé e pensem, mas não melhor, um pouco mais

  16. A verdadeira sabotagem
    É fazer VC pensar que o exército está contra O Povo.

    O exército vira as ruas para proteger o Povo da PM!

    Sem o exército não haverá sucesso contra O Golpe PORQUE eles tem armas (PMs) e Vcs não.
    E quem tem a PM não precisa de exército.

    Portanto a lógica do artigo é para levar o SEU pensamento a direção errada!
    A de sempre dos SABOTADORES INFILTRADOS nas ESQUERDAS que impedem que este lado ideológico tenha ACESSO às armas (exército ).

    Acorde! Desperte o seu cérebro!

  17. Adendo

    O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,

     DECRETA:  Art. 1o  Fica aprovada a Política de Defesa Nacional anexa a este Decreto.

            Art. 2o  Os órgãos e entidades da administração pública federal deverão considerar, em seus planejamentos, ações que concorram para fortalecer a Defesa Nacional.

            Art. 3o  Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

           Brasília, 30 de junho de 2005; 184o da Independência e 117o da República.

    LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

    . O ESTADO, A SEGURANÇA E A DEFESA

            1.1 O Estado tem como pressupostos básicos o território, o povo, leis e governo próprios e independência nas relações externas. Ele detém o monopólio legítimo dos meios de coerção para fazer valer a lei e a ordem, estabelecidas democraticamente, provendo-lhes, também, a segurança.

  18. Interpretações

    A mensagem ultrapassa essa questão do artigo 142.

    Deixa claro que o ano será pior, na visão do Exército.

    Até mesmo porque muitos militares, desta e das demais Forças, ainda não engoliram a mudança, sim, do comunista, mas sério e gabaritado Aldo Rebelo, pelo deputado de cenho amarrado e pouco discernimento. Além de tudo o que está sendo feito para destruir as bases tecnológicas e econômicas do país.

    O que pode significar inclusive que o presidente não será mais esse. E que o Exército estará atento às mudanças, preservando o sucessor do traidor, caso ele não tenha o imediato respaldo popular (midiático).

    Questão de esperar. E torcer.

  19. O que me preocupa, é a

    O que me preocupa, é a possível perca da noção de nacionalismo de nossos militares, a possível perda do sentimento de defesa da Pátria brasileira.

  20. E a Bíblia Tinha Razão

    “(…) Em meio a persistente crise política, econômica e, sobretudo, ética… Vislumbro, para o ano que se aproxima, o agravamento das dificuldades que ora assola o Pais, com agravamento…”. Mensagem de fim de ano do comandante chefe das Forças Armadas, general Villas Boas.

     

    Nassif: espero que você estenda esta discussão. Porque limitá-la à “mensagem de fim de ano” e algumas outras pequenas fala do general Villas Boas [youtube ~3min] é dizer menos de um terço da questão.

    Tem se falado do art. 142 da Carta Magna. Mas não se comenta do art. 49, incisos II, IV e VI da mesma.

    O Prof. Dr. Ives Grandra Martis, mestre emérito da Escola Superior de Guerra e, presumivelmente, um dos teóricos do golpe atual, aventa a hipótese, seja em suas aulas magnas, seja em alguns apresentados nessa mídia de “50 tons” de marrom.

    Mas, até por seu posicionamento político-ideológico, as lições são válidas tão somente para a mantença do governo atual. No do anterior, era ele pela “deposição”. Você pode pensar “dois pesos para uma só medida”. E estaria correto. É a lição do “Príncipe”.

    A linha de raciocínio do mencionado mestre segue o ditado político de que “para os do bando a Justiça; para os inimigos a Lei, de preferência lenta e corrupta”.

    Expliquemos. Numa Presidenta democraticamente eleita [54 milhões de votos], sobre quem não pesa uma acusação de roubo ou falcatruas, sequer de ser informante de governos estrangeiros, seja de que forma for, inclusive por “coações premiadas”, é admitida e aceita a intervenção para “depô-la” e em seu lugar instalar um Presidento denunciado de receber propina [43 vezes, só na Odebrecht] sob cognome “MT”, por “colegas” de carteirinha. Porém, para este, a intervenção se prestaria para mantê-lo, em nome da “estabilidade democrática”.

    A fala do general é preocupante? Diríamos que sim. Não que represente, de sua parte, uma ameaça, longe disso. Ela antecipa “tempos difíceis”, sombrios. E é nessa penumbra que se movimenta o “ministro” chefe da Segurança Institucional, aquele que conspirava contra deposta Chefe da Nação, a quem haveria de estar subordinado, desde quando comandava a região sul do País, cujo DNA militar guarda lembrança da fase mais triste e penosa dos Anos de Chumbo.

    Também de um ministro da Justiça, que disse “saber lidar com bandidos” e que, politicamente, parece sentir-se em casa. Sem esquecer de sua vontade de contratar mais 8.000 para Guarda Nacional. Assim, as “intervenções” não precisariam de participação das Forças Armadas. As ordens para descer o cacete em qualquer movimento social sairiam diretamente do próprio Jaburu. Até mesmo essa “rebelião” nos presídios é preciso averiguar se não é jogo de cartas marcadas, só para sentir o clima e tomar o pulso das coisas.

    O grupo que hoje governa é matreiro e conta com a conivência do pessoal do Intelectual Tardio, do “Mineirinho”, do Aluísio “300 mil”, do “Boca Mole”, do “Angorá” do “Primo”, do “Bebel”, do “Jucá”, do “Justiça” do “Botafogo” [a fila é enorme] e dos demais 1/3 de bandidos do Congresso. Até mesmo e principalmente daquele senador cujo marqueteiro recebeu “23 milhões” em contas na Suíça, dinheiro que será agora repatriado, com aval dos cúmplices, limpinho para seu bolso.

    E que não se exclua da tramoia a costumeira e habitual participação da Justiça, por grande parte de seus “cabeças”.

    Eis o cerne da mensagem, aparentemente sibilina. Se para as Forças Armadas, cuja benemerência do governo atual já se faz sentir a partir da questão previdenciária, imagine para o Povão.

    Como diz, no Livro Sagrado, “QUEM TEM OUVIDOS, OUÇA”…

  21. As FFAA não devem ficar contra o seu povo, mas a seu favor

    Em caso de manifestação popular contra os recuos sociais impostos pelos golpistas, as Forças Armadas não devem se posicionar contra o povo brasileiro, muito pelo contrário, tem que lhe dar suporte. Se ficar contra o povo brasileiro, fará como o indivíduo que viu um adolescente num ponto de ônibus operando um celular, parou seu carrão, desceu, dirigiu-se ao adolescente e disse-lhe, tomando-lhe o celular:

    – Me dá meu celular, Ladrãozinho.

    Após isso, foi embora enquanto a vítima foi quase linchada pela população.

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