Rejeição a Doria triplica e bate recorde após farinata, remédios descartados e viagens

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Divulgação

Jornal GGN – Após a farinata na merenda escolar, os remédios descartados, as viagens pelo País e outras crises, a rejeição ao prefeito João Dória (PSDB) triplicou, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta terça (5). O tucano agora é mal avaliado por 39% dos entrevistados. O índice é o mesmo de Fernando Haddad (PT) no mesmo ano de mandato, sendo que o petista foi impactado pelos protestos de junho de 2013.

De acordo com reportagem da Folha, Doria ainda tem 29% de ótimo ou bom e 31% que apontam a gestão como regular. Só 1% não soube responder.

Folha escreveu que a despeito da rejeição a Haddad ser explicável pelos protestos contra a classe política, em relação a Doria, “não há um fator único que possa explicar esse desgaste.”
 
O jornal citou os problemas com a farinata e as viagens antecipando a intenção de concorrer à Presidência, uma iniciativa que fracassou.
 
“Do início do ano até agora, a aprovação a Doria caiu 15 pontos percentuais (44% para 29%), enquanto a reprovação nesse mesmo período cresceu 26 pontos (13% para 39%). Somente nos últimos dois meses, sua rejeição subiu 13 pontos –ela estava em 26% no começo de outubro”, frisou o jornal.
 
Doria ainda tem problemas com a expectativa da população. Cerca de 70% (eram 64% em outubro) declararam que ele fez menos do que o esperado. Só 17% acham que ele correspondeu às expectativas e outros 10% consideram a atuação dele acima do esperado.
 
Quando questionados se no seu próprio bairro, Doria foi bom gestor, mais de 80% disseram que esperavam mais. “Ao longo do ano, a cidade seguiu convivendo com seus transtornos cotidianos, sem sinais claros de mudança em relação à gestão anterior, como as falhas de zeladoria”, disparou Folha.
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

15 Comentários

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  1. Que incrível capacidade:

    Que incrível capacidade: enquanto Haddad sofria campanha contra por todos os lados,por ser do PT,massacrado para derrubar a presidenta eleita.e pelos problemas crônicos da cidade,o boneco de plástico,com todo o apoio de seus amigos da mídia golpista,conseguiu sózinho igualr-se a rejeição do antigo prefeito.

    Haja capacidade!

  2. Sesquicentenário e tão moderno!

    “Tudo o que era sólido se desmancha no ar, tudo o que era sagrado é profanado, e as pessoas são finalmente forçadas a encarar com serenidade sua posição social e suas relações recíprocas.”

    Marx e Engels , Manifesto Comunista

  3. Porque desacreditei de Dória

    Vou dizer os fatores:  Confiava nesse cara, na TV parecia uma pessoa sensata, equilibrada.  Bom, aí veio aquela de vestir-se de gari (fez isso por duas vezes), parecia uma nova versão de político que segura criancinha no colo.  Aquilo já me atravessou na goela.  Em seguida, veio aquele episódio das flores, parecia um favelado com aquela senhora que protestava pela volta das ciclovias.  Jogou as flores no asfalto (inclusive isso é infração de trânsito e multa) e saiu xingando aquela senhora.  Atravessou na goela de novo.  Persistiu e dar carinho na cabeça do Aécio, apesar das graves denúncias. inha goela já estava latejando. Agora, o que não guentei mesmo foi a troca de carícias, confete e serpentina no concluio com Michel Temer, inclusive foi visitá-lo quando o bandido conseguiu se livrar das investigações, comprando todo mundo no Congresso. Custei a assimilar, mas concluí: É outro político ordinário igualzinho aos outros. Porque quem apóia bandido, prá mim também é bandido.  

    1. Fiz uma analise de Doria dois

      Fiz uma analise de Doria dois anos antes de ele ser eleito Prefeito, aqui no blog. Quem conhece S.Paulo já sabia o que era.

  4. Lições do caso Doria:
    1.O

    Lições do caso Doria:

    1.O “novo” em politica pode ser uma mera ilusão. Politica, de todas as profissões, é a que mais demanda experiencia.

    2.Humildade > Doria achou que foi eleito por sua propria personalidade e não pelo capital politico de seu padrinho.

    O pior é o personagem acreditar que  é um fenomeno, quando não é nada.

    3.O povo da capital de São Paulo é altamente politizado, pode ser iludido uma vez, não duas, pela mesma pessoa.

    4.MIDIA ajuda mas não cria valor politico em cima de sacos de vento. Se eventualmente conseguir criar, a fumaça se dissipa e se constata que no lugar não existia nada, um mero jogo de luzes, que se dissipa ao abrir da janela.

    5.POLITICA é um jogo infinitamente mais complexo que a atividade empresarial privada e não se aprende na escola.

    1. PIADA DO DIA: Povo de São Paulo altamente politizado!

      “3.O povo da capital de São Paulo é altamente politizado, pode ser iludido uma vez, não duas, pela mesma pessoa.”

      HAHAHAHAHAAHAHAHAHAHHAHA

      É esse povo que come a alfafa do PSDB há décadas??? São Paulo é trampolim para os projetos de poder do PSDB… a prefeitura e o governo de São Paulo são degraus de uma escada na qual o Tucano pisa para se projetar…

      José Serra humilhou o povo de São Paulo com seus vários mandatos inacabados. Envolvido em corrupção até o pescoço, se elegeu, se reelegeu… prefeito, governador, senador… fez o que quis… sapateou na cara do povo paulista… se bobear… se elege de novo.

      Alckmin, também envolvido nos mesmos esquemas de corrupção NUNCA investigados também fez o que quis em São Paulo… 

      Dória… a mesma porcaria de sempre…

      SÃO PAULO É O MAIOR CURRAL ELEITORAL DO PAÍS!!! 

      1. Adorei seu  comentario,

        Adorei seu  comentario, Andre, mas gostei mais do do Rei!

        O “capital politico de seu padrinho” ja diz tudo a respeito da “politizacao” do paulista…

      2. Bom mesmo é a Paraiba onde há

        Bom mesmo é a Paraiba onde há descendentes de Elpidio de  Almeida e Afgemiro de Figueredo há cinco gerações no Poder

        hoje representada por seu descendente Senador Cassio Cunha Lima ou no  Rio Grande do Norte onde Rosados, Maias e Alves estão há mais de 100 anos se revezando, não é mesmo?

    2. Caro André, ousarei discordar

      Caro André, ousarei discordar quanto ao povo da cidade de São Paulo ser altamente politizado.

      Pode ser “pretensamente” politizado. Já elegemos Pitta, Dória, Tiririca para o Congresso, além de quase eleger o Russomano Xerife do Consumidor, entre outras bizarrices.

      É patológico. Só pode ser.

      1. Meu caro, TODAS as eleições

        Meu caro, TODAS as eleições nacionais passam por São Paulo, Getulio em 1930 foi consagrado em São Paulo na sua passagem para o Rio, como não foi em nenhum outro lugar, as eleições nacionais passam por S.Paulo sempre.

        Na media S.Paulo teve governos mais sólidos (pode-se discutir a ideologia) do que em outros lugares do Brasil, tanto que é o unico Estado que não está em crise financeira aguda. Lula teve sua base de partida em SP, Erundina, Marta e Haddad foram eleitos Prefeitos com plataformas de esquerda, Adhemar, Janio (duas vezes) e Maluf foram bons Prefeitos com plataformas conservadoras (desconte-se outros defeitos),  Kassab foi ruim, um erro, SP tambem teve bos Prefeitos não eleitos como Faria Lima, Prestes Maia (foi indicado uma vez e eleito outra), Reynaldo de Barros, Figueiredo Feraz.

        Quanto a Governadores SP teve na media Governadores de padrão melhor do que em outros Estados, Adhemar e Janio fizeram muita coisa, Quercia idem (mas com outros defeitos), Maluf (idem)  Paulo Egydio foi um excelente Governador nomeado., Laudo Natel, Mari e Fleury foram abaixo da média mas foram governadores por cicunstancias especiais.

        Russomano nunca foi eleito para cargo executivo, não confunda pesquisa com resultado eleitoral.

        Quando se analisa LONGOS periodos é precisa ver a MEDIA e não pontos fora da curva.

        Por exemplo, na MEDIA o Rio teve PESSIMOS GOVERNOS nos ultimos 50 anos.

        Analises de espectro politico precisam ser mais sofisticadas do que simples opiniões pessoais.

        1. Caro André, mantenho a minha

          Caro André, mantenho a minha percepção sobre São Paulo, e usarei de exemplo inclusive os políticos que você se valeu para construir os seus argumentos:

          – Getúlio pode ter sido aclamado em 1930 em sua passagem para o Rio, mas foi categorigamente combatido desde então pelos paulistas, notadamente os paulistas conservadores. Não se aceitou por aqui um interventor de fora nomeado por ele, a Revolução Constitucionalista de 1932 contra Getúlio foi aqui, em 1954 Getúlio sofreu dura oposição da mídia daqui, principalmente do Estadão;

          – Lula, apesar de sua base no ABC paulista, só venceu eleições presidenciais no Estado no ano de 2002, atípico por conta de toda a revolta popular contra o melancólico fim do governo FHC e seu apagão energético em 2001. Até o Collor ganhou por aqui;

          – Erundina só venceu a eleição de 1988 por que era em turno único naquela época. Fosse em dois turnos perderia, conforme indica a votação total recebida pelos candidatos conservadores;

          – Marta e Haddad ganharam eleições majoritárias em dois turnos muito mais por conta da rejeição anormal dos prefeitos que sucederam, Pitta e Kassab, respectivamente. Com a extrema rejeição atual do Dória, é capaz que voltem a colocar um candidato do PT para organizar a bagunça em 2020 apenas para devolver a prefeitura saneada para alguém da direita em 2024;

          – Não compartilho da sua opinião sobre Jânio e Maluf. Concordo em relação ao Quércia, apesar de toda a polêmica sobre sua corrupção. Sobre Jânio só acompanhei a sua administração na prefeitura entre 1985 e 1988. Não gostei. Só o fato do mal que ele causou ao país renunciando em 1961 já seria motivo dele jamais sequer ser cogitado à alguma coisa. Maluf fez muitas obras concordo. Mas nos logrou Pitta e algumas condenações na justiça. Adhemar, Laudo Natel e Marin não posso opinar pois não vivi o período. O que ouço e leio sobre eles não é nada abonador. Fleury é lembrado pelo massacre do Carandiru. Isso diz muito sobre sua índole. Faria Lima, Prestes Maia, Reynaldo de Barros, Paulo Egydio, Figueiredo Ferraz, não posso opinar. Do que ouço sobre esses, parece que Faria Lima e Prestes Maia foram bons prefeitos, principalmente Prestes Maia. De qualquer forma, boa parte dos citados não foram eleitos, foram nomeados. E o nosso foco nesse post são os que foram eleitos.

          Nosso período democrático é muito irregular. De 1964 a 1985 não elegemos prefeitos na cidade de São Paulo. Governadores ficamos de 1964 a 1982 sem poder votar. Se considerarmos que o PSDB era uma corrente política do PMDB, e que Montoro foi o primeiro governador eleito após o período da ditadura, São Paulo é governado pelo mesmo grupo político há 35 anos, ou seja, sempre votou nos mesmos.

          Talvez a crise financeira aguda não chegue por aqui seja por conta da pujança econômica que São Paulo sempre ostentou, o que sempre permitiu arrecadações maiores de impostos. Mas se avaliarmos bem, São Paulo, o peso econômico de São Paulo em relação ao país vem caindo ano após ano.  

          Concluindo: estamos em uma cidade e estado extremamente conservadores. Onde a alternância de ideias não é o forte. É uma cidade pretensamente politizada, mas sob o espectro da direita. Uma direita que não dialoga. Você é uma exceção meu caro. Dória é a cara atual do que representa o paulistano-padrão-deslumbrado. Um tipo que vai bajular o Temer após o golpista se livrar da acusação no Congresso e, ao mesmo tempo, veta a homenagem simbólica para a Dona Marisa Letícia a ser dada em forma de nome de rua.  

  5. Cria-Corvos pelo Voto Direto
    Nassif, deve ser culpa da telefonia, pois o alcaide declarou que era capaz de administrar SP pelo telefone, estivesse aonde estivesse. Ou do marketing ter escolhido uniforme de gari e não de super-boy sexagenário para embalar sua preciosa imagem de gestor, muito embora acredite que ele está sendo fiel ao que pregava aos vinte e pouco anos, quando, na direção da Embratur, propôs o turismo-miséria, qual seja, transformar os bolsões da fome nordestinos em pólos turísticos. Nesta direção, está operando milagres ao nivelar as desigualdades e democratizar o colapso dos serviços públicos em todos quadrantes da Paulicéia que, bem dotada em hotelaria, poderá atrair grande massa de turistas abonados interessados em ver de perto os escombros de uma metrópole vendida sem reação alguma de seus donos. Percalços temporários, pois quem transformou uma empresa como a Lide dele, especializada em unir empresários e políticos no país do jeitinho (antigo nome do caixa dois), em símbolo de empreendendorismo, ainda haverá de ser presidente ou liquidante dessa massa falida antes chamada sociedade brasileira – para fazer ex-prefeitos como Olavo Setúbal revirarem de inveja nas covas, diante da genialidade de quem está loteando até o Ibirapuera, antes de, quem sabe, vender a praça da (Santa?) Sé paulistana aos donos de igrejas adversárias interessadas neste símbolo da fé paulista, antes da mesma ser privatizada pelos tucanos que ele, Dória, personifica, com seu bico grande capaz de conquistar o Planalto em 2018 via Alckmin. Aí, com criador e criatura nas alturas, o golpe em curso chegará ao clímax e nós, seus fiadores nas urnas, passaremos à história como cria-corvos pelo voto direto…

  6. Imagina se esse sapo

    Imagina se esse sapo midiático que o antipetismo de SP nos fez engolir goela abaixo sofresse 1/10 do que o Haddad sofreu em quatro anos de mandato? Pedia arrego na primeira semana. Um “lixo” que se acha um “luxo”.

  7. Quando chegar perto de

    Quando chegar perto de reeleição ou eleição pra governador (se for o candidato da tucanalha), o DataFraude tratará de melhorar seus números. Enquanto isso os inocentes se divertem.

  8. Doriana, ops Doria rsrsrs
    Em

    Doriana, ops Doria rsrsrs

    Em parte sua eleição foi um acidente de percurso (basta ver os números da eleição em 2016 para saber o porque). Em parte promessas de melhor qualidade na saúde pública e mais vagas em creches municipais. O tempo mostra a fraude que é o sujeito, um lobista ocupando a prefeitura. Agiu igual o Collor em inicio de mandato e derrete à olhos vistos.

    Agora, São Paulo não reelege prefeitos, isso é histórico. Exceção é Jânio Quadros, único que ocupou a prefeitura duas vezes através do voto popular. 

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