Retrações, desempregos e quedas na indústria, comércio e serviços

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – A projeção para a economia de 2017 do Brasil é que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha um aumento de 0,5% este ano, quase três pontos percentuais abaixo da economia mundial (3,4%) e mais de quatro pontos abaixo dos países emergentes (4,6%).
 
A avaliação é do Deutsche Bank, que nesta segunda-feira (09), destacou que o risco político no Brasil permanece este ano, ainda que com expectativas de reformas e certa recuperação da atividade, como consequência dos dois anos de forte recessão.
 
“Estamos cautelosamente otimistas com os emergentes em 2017, mas esperamos um início de ano difícil”, publicou o Deutsche Bank, referindo-se não somente ao Brasil, como outros países, entre eles a Turquia, México e África do Sul, que terão dificuldades, ao lado do Brasil, de lidar com problemas nacionais ao passo que o cenário externo se modifica com o governo de Donald Trump, nos Estados Unidos.
 
Mas aqui, os números não estão bons nem para a perspectiva de PIB em comparação a outros países, nem para o comércio, indústria e varejo. O número de empresas que pediram falência cresceu 12,2% em 2016.
 
Desde que a estatística teve início, em 2006, é o segundo ano consecutivo com um alta de dois dígitos nos pedidos de falência no Brasil. Em 2015, foi o record: registrando uma taxa de 16,4%. Se os pedidos aumentam, as falências decretadas também. No último ano cresceu 14,7% essa marcação, enquanto que os pedidos de recuperação judicial atingiram o patamar de 49,4% de aumento.
 
O setor que domina os pedidos de falência é o de serviços, representando 39% do total. Por outro lado, foram as indústrias que se destacaram, com 37% dos pedidos – um aumento de 14,2% a mais do que o registrado em 2015.
 
 
Nos serviços, os dados se confirmam em outro cenário econômico. O comércio varejista teve a maior queda em 16 anos. Encerrou 2016 com o pior movimento de vendas, desde o ano de 2000. Foi uma queda de 6,6% no movimento do comércio, medido por consultas a prazo, cartões de débito e crédito e cheques. 
 
Os números são do Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian. A maior retração até hoje tinha sido a de 2002, com a queda de 4,9%. Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a queda ocorreu pelos juros e desemprego elevados, falta de segurança ao consumidor e alta inflação.
 
E, na indústria, mais resultados negativos. Entre os mais assustadores, o desemprego: o país perdeu quase 2 milhões de postos de trabalho e tem, até novembro do último ano, 12,1 milhões de desempregados.
 
E a responsável por parte dessa falta de vagas foi a indústria, que acabou com 1,026 milhão de empregos. No final do último ano, a indústria teve um crescimento pequeno de 0,2% em novembro, em relação a outubro, mas obteve uma queda de produção de 7,1% no ano. Somando à queda de 8,3% de 2015, os dois anos impactaram uma retração de 15%.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

2 Comentários

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  1. os empresarios retrogrados brasileiros precisam entender que

    Tanto os PATOS DO GOLPE que por ignorancia sairam as ruas contra a Dilma e o PT, sem SABEREM DE FATO O QUE ESTAVAM FAZENDO; quanto A CLASSE EMPRESARIAL BRASILEIRA que é formada por EMPRESARIOS RETROGRADOS, precisam entender que “O BRASIL PRECISA DE GOVERNO COM CREDIBLIDADE NO EXTERIOR, porque SE NÃO TIVER CREDIBLIDADE, os paises NÃO COMPRAM DO BRASIL. E SE O BRASIL NÃO EXPORTAR as empresas QUEBRAM PORQUE OS BRASILEIRO (MERCADO INTERNO) NÃO CONSEGUE CONSUMIR (ABSORVER) TUDO QUE O BRASIL PRODUZ. E o resultado disso é que AS EMPRESAS NÃO CRESCEM OU FALEM, e obviamente DEMITE, o que faz com que CRESÇA O DESEMPREGO e DIMINUA O CONSUMO INTERNO, porque FALTA DINHEIRO PARA O POVO COMPRAR”. De modo que, OS EMPRESARIO RETROGRADOS, precisam parar de ser INGENUOS como OS PATOS DO GOLPE são; que ACREDITAM NOS BOATOS PLANTADOS PELO PERDEDOR INCONFORMADO PSDB, que A GRANDE MIDIA DA VOZ E OS AMPLIAM; para não chegar AO RIDICULO de CONFUNDIR A BANDEIRA DO JAPÃO com UM PROJETO DE MUDAR A COR DA BANDEIRA DO BRASIL; pois PAÍSES COMO A FRANÇA, ALEMANHA E A ITALIA, SÃO GOVERNADOS POR POLITICOS DE ESQUERDAS HA DECADAS; e nem por isso OS TRABALHADORES SÃO FAVORECIDOS E OS EMPRESARIOS SÃO MUITO PREJUDICADOS.” Os tacanhos empresarios brasileiros, precisam PESQUISAR PARA PERCEBER que GANHARAM MUITO MAIS DINHEIRO DURANTE AS ADMINISTRAÇÕES DO LULA E DA DILMA DO PT, do que durante as administrações da Direita, com o Sarney, do Itamar que criou o Plano e Real, e do FERNANDO HENRIQUE CARDOSO do PSDB, que DESTRUIU O PLANO REAL E A ECONOMIA DO BRASIL, como o TEMER ESTÁ FAZENDO AGORA.”

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