Sabesp admite esgotamento do 2º principal manancial de São Paulo

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) anunciou nesta segunda-feira (21) que vai utilizar o volume morto (aquele abaixo do sistema de captação de água já instalado) do Sistema Alto Tietê. O manancial é o segundo principal na Grande São Paulo e opera, nos últimos meses, com vazão maior para dar cabo da demanda da Região Metropolitana, após a seca no Sistema Cantareira.

Segundo a companhia administrada pelo Estado, 25 bilhões de litros de água serão retirados de duas das cinco represas que formam o Alto Tietê. Com a medida, o sistema ganhará mais 25 dias de sobrevida. Em junho, cerca de 1 bilhão de litro foi retirado do manancial por dia.

“A concessionária informou que poderá retirar 10 bilhões de litros do volume morto da Represa Bitiriba-Mirim já a partir de agosto. Hoje, o reservatório, que tem 35 bilhões de litros, está com cerca de 14% da capacidade. Em novembro, diz a companhia, outros 15 bilhões de litros podem ser captados da reserva da Represa Jundiaí, que está com 13% dos seus 74 bilhões de litros”, informa o Estadão.

Nesta terça (22), o Alto Tietê amanheceu com apenas 22,2% da capacidade armazenada. Há dois meses, o índice era de 31,3%. Segundo especialistas, o volume atual pode resistir por cerca de 120 dias. O Cantareira registra 16,8% e, de acordo com dados da própria Sabesp revelados pelo Estadão, o volume pode se esgotar em 27 de outubro.

Ainda de acordo com o periódico, a Sabesp aguarda autorização da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), órgãos gestores do Cantareira, para retirar mais 100 bilhões de litros do volume morto do manancial.  O montante corresponde à metade final do que já foi retirado desde junho. Até ontem, a Sabesp já havia captado 32,6% da cota liberada do volume morto.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tentará a reeleição em outubro, garante que o volume de água disponível nos mananciais paulistas é suficiente para evitar racionamento generalizado até março.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

27 Comentários

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  1.   Putz… depois do

      Putz… depois do estelionato cambial, para reelger FHC, vem aí o estelionato hídrico.

      Parabéns, meus conterrâneos. Vou votar no Padilha, mas nem sei mais se quero que ele vença.

    1. Pois é

      Eu acho que o Alckmin tem mais é que se reeleeger mesmo. Talvez isso ensine uma lição às pessoas.

      De resto, se qualquer outro se eleger, a mídia vai jogar a bomba de 20 anos de irresponsabilidade na mão do eleito, tornará sua vida um inferno e, consequentemente, garantirá mais 20 anos de tucanagem no estado em 2018.

      1. Mas será que vão aprender a

        Mas será que vão aprender a lição? Ou vão fazer “revolução”? Ou vão arrumar um culpado (o mais provável todos sabem)?

        1. A “culpada” será a Dilma.

          Fonte dígna de crédito, de dentro da equipe de marqueteiros do PSDBpaulista, garantiu-me que já foi gravada uma mensagem que será inserida no horário eleitoral do partido, acusando o governo federal, de não ter participado dos investimentos estaduais do governo paulista, concernentes aos reservatórios, neste últimos 20 anos de suas administrações.

          E como a maioria das pessoas, não sabem, que a administração do sistema de abastecimento, é “exclusivamente”de responsabilidade dos governos estaduais, esta mentira, vai soar como verdade, e a culpa é …

          1. E o pt vai deixar mais essa

            E o pt vai deixar mais essa prosperar e os odiadores do pt vão bem gostar, afinal vale tudo e qualquer coisa para derrubar o “lulopetismo”.

            Pra mim já está mais do que claro há muito tempo: a oposição já renunciou de eleborar qualquer proposta, projeto, programa pra qualquer coisa porque o que a move são somente o olho grande no poder e os ressentimentos pessoais.

            Estão muitíssimo aquém do que a sociedade brasileira precisa.

      2. Bomba que nem a Prefeitura da Capital.

        Este fenômeno de ter que “desarmar” a bomba cujo efeito estava programado para explodir, ocorreu com o Fernando Haddad, que herdou a pior herança que um Prefeito poderia esperar, uma cidade cheia de problemas estruturais, com uma máquina enferrujada e viciada, nas mãos de funcs. corrúptos, que locupletavam-se em prejuízo dos munícipes, e que com a instalação de uma “faxina”, arrumou inimigos de tamanhos inimagináveis, desde o funcionalismo público estável e intocável, até uma imprensa que só destaca os êrros, e jamais os acêrtos, desta administração, que está fazendo “das tripas, coração” com uma arrecadação 30% menor que as despesas fixas e obrigatórias, e que quando resolveu fazer uma arecadação justa, que atingisse os mais ricos, e diminuisse os tributos municipais dos mais pobres, teve contra estas medidas, o “facão” do STF, e hoje, sofre o maior desgaste que um Prefeito ouzado, poderia esperar, com uma taxa de rejeição altíssima, ao contrário do que deveria ocorrer. 

      3. Exatamente o que eu penso.

        Exatamente o que eu penso. Que ganhe ou  Alkimim ou Skaf, mas Padilha não deve retirar a candidatura, para que a Dilma seja obrigada a subir em um só palanque. Pois se ganha o Skaf a Dilma será certamente a culpada…

  2. E como prêmio…

    E como prêmio por essa lambança o excelentíssimo governador Alckmin ganha do povo paulista a reeleição em 1o turno e, de quebra, quase 50% de rejeição à Dilma. E ainda acham que sabem votar e que o nordestino é quem é burro. Tsc, tsc… Detalhe, sou paulista.

  3. Irresponsabilidade

    Alckmin é um dos governadores mais irresponsáveis da história de São Paulo,

    Não realizar o racionamento eleva a probabilidade de faltar totalmente água em São Paulo para níveis assustadores.

    Mas, a população paulista é ainda mais irresponsável pois não só deixa de tomar uma atitude, como pretende reeleger o atual governador.

  4. Mais represas secas…

    Quantos peixes estão morrendo por está má administração hidrica ?

    A Mariana estava preocupada com os Bagres, e com estes peixes não….

    1. Lógico!

      E depois paulistas e paulistanos ainda se doem quando digo que o elegerão, ainda que ele privatize o ar e cobre por cada suspiro…

    2. Lembremos das eleições anteriores.

      A continuar ocorrendo o que já ocorre a 4 eleições estaduais, e lá se vão 20 anos de governos PSDBistas, sim.

      Lembremo-nos: Franco Montoro deixou o Estado de São Paulo, com a maior taxa de desemprêgo, e fez seu sucessor;

      Mário Covas deixou que seu staff responsável pelas Secretarias de Transportes(CPTM, Metrô,Fepasa) e Educação, fizessem as maiores maracutaias com os fornecedores, e desviassem milhões e milhões de Reais, dos cofres paulistas,e fez o seu sucessor.

      José Serra e seu vice(Geraldo Alckimin)deram continuidade às improbidades administrativas dos seus antecessores, e permitiram que um conselheiro do TCE(Robson Marinho)transformasse o Tribunal de Contas do Estado, em caixa eleitoral do PSDB, e tambem fez o seu sucessor;

      Geraldo Alckimin(governador interino e depois eleito) não somente continuou os desmandos administrativos dos seus antecessores(impunidades para Paulo Preto e Cia), compras super-faturadas de produtos e serviços da Alston, Siemens e outras fornecedoras, como deixou que a água, acabasse nos nossos sistemas de abastecimento e seus reservatórios, e deve ser reeleito.

  5. Pena que a lei eleitoral

    Pena que a lei eleitoral impede que o governador compareça a esse evento de inauguração de volume morto, senão seria mais uma excelente oportunidade para nossa mídia destacar outra das grandes realizações do PSDB em SP.

    1. Sou do tempo…

      Sou do tempo, em que os adms.públicos faziam festas, para entregar obras, ou expansões de obras já existentes, porem o que vemos hoje em São Paulo, é o atual Governador, fazer festa, para iniciar a captação de uma reserva técnica(que tecnicamente não deveria ser usada)de um reservatório do sistema abastecedor da Grande São Paulo, e colocar o Estado aonde paga-se o mais caro preço pela água e esgôto, no Brasil, na situação constrangedora, de “rezar” para São Pedro, para que chova”imediatamente” nas cabeceiras de nossos rios abastecedores de nossos reservatórios, ou começar um reacionamento de água, para toda a Região Metropolitana de São Paulo.

      Será que até o dia 5 de Outubro, tudo ficará bem, e os eleitores paulistas,nem se lembrarão desta situação constrangedora, na hora de escolher, o novo governador do Estado, que na verdade, vai receber esta herança maldita  ?

  6. Nunca antes neste Estado !

    E pensar que esta situação crítica, ocorre no Estado mais desenvolvido do país, e aonde pagamos o maior preço, pelo sistema de água e esgôto do Brasil, e que tendo um sistema de reservatório de água, composto por 5 centros de captação e distribuição, seria mais do que lógico e seguro, manter um mínimo de investimento nestes reservatórios, para que nenhum colápso viesse a ocorrer, porem durante os últimos 20 anos, os governos paulistas(coincidentemente, todos do PSDB) não fizeram isto, e agora correm contra o tempo, e ameaçam deixar toda a Região Metropolitana se São Paulo, sem água, a não ser, que São Pedro, resolva ajudar o có-irmão, e ao PSDB paulista, a ganhar mais uma eleição, e adiar o que já devia ter sido feito.

  7. Estão exagerando
    Não está faltando água em SP. É tudo invenção do PT e o PIG afirma isso. Em SP tudo funciona como a Suíça. Funciona muito bem o metrô, a Educação Pública, a Segurança Pública etc. Agora no partido dos tuCANALHAS tem até negros políticos. E para finalizar, o xuxu e picolé vai se reeleger porque os paulistas acreditam que estão vivendo na Suíça. Viva o PIG.

  8. Caraca maluco !
    E o cara

    Caraca maluco !

    E o cara ainda tem 54% do votos válidos ?

    O bagulho é doido !

    Diria assim um jovem das comunidades cariocas se entendesse o que ocorre em SP.

    1. Se os amigos que tenho…

      Se os amigos que tenho em São Paulo corresponderem à realidade da maioria é fácil entender porque. O anti-petismo desse povo supera em muito qualquer credo religioso. Para eles a falta dágua em São Paulo será culpa da Dilma, assim como os problemas na saúde e educação, e não adianta argumentar. Para esses, neste momento o Estado não tem responsabilidade nenhuma em nada, a culpa de qualquer problema será sempre ou do prefeito ou do presidente.

    2. Gilson, se infelizmente, mais

      Gilson, se infelizmente, mais de 50% de bucéfalos querem a sua reeleição, só há uma saída, que centenas de paulistas/pauilistanos lúcidos entrem com uma uma monstruosa ação judicial acusando-o desta tragégia,e assim, impedindo-o de assumir qualquer cargogo público .

      Espero que esta a coleta de assinaturas para a abertura da ação judicial comece imediatamente, de preferência amanhã de manhã .

      Vambora galera, amanhã de manhã, todos com baldes de plásticos ou de alumínio (pra fazer barulho) na Praça da Sé e na Av Paulista colhendo assinaturas .

      Se fosse aqui no RJ  a galera já tinha descido as comunidades com baldes, bacias e latões .

  9. A insegurança hídrica de Alckmin em dois atos

    Meu post de blog comentando essa notícia, bem como a solicitação da extração de mais 100 bilhões de litros do volume morto do Cantareira (também anunciada hoje):

    https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/a-inseguranca-hidrica-de-alckmin-em-dois-atos

    A insegurança hídrica de Alckmin em dois atos

    Hoje, 22 de Julho, é um dia importante para quem acompanha a crise hídrica em São Paulo e para a cidadania paulista de modo geral. Contrariando discursos otimistas – que beiraram a arrogância, dado o não reconhecimento da gravidade dos problemas –, nos deparamos com dois anúncios fundamentais sobre o futuro de curto prazo com relação ao abastecimento de água para quase metade da população do Estado: 1) a declaração do uso, já para Agosto, do volume morto da represa de Biritiba-Mirim, integrante do Sistema Alto Tietê (conforme notícia do G1: http://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2014/07/sabesp-preve-utilizar-volume-morto-do-sistema-alto-tiete-em-agosto.html); 2) a confirmação da solicitação da SABESP à ANA para a retirada de mais 100 bilhões de litros de água do volume morto das represas integrantes do Sistema Cantareira (conforme a notícia da Folha:http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/07/1489368-sabesp-pede-para-utilizar-mais-agua-do-volume-morto-do-cantareira.shtml).

    O percurso sinuoso encontrado a partir da observação dos discursos de Alckmin constitui um indício sobre a forma com que a crise hídrica tem sido gerida. O que percebemos é que, necessariamente, Alckmin apenas se pronuncia para conceder as notícias “boas”, “positivas”, “alentadoras”. Nunca o governador admitiu que a situação é dramática. Esses discursos preocupantes, quando são publicizados, provém apenas de alguns dos técnicos do governo. Caberia aqui, como um adendo, perguntar como é possível que as falas de Alckmin, conforme mostraremos abaixo, jamais tenham sido contestadas diante das realidades que vêm à tona posteriormente, que invariavelmente desmentem os seus pronunciamentos.

    A complexidade e a profundidade da crise do Sistema Alto Tietê haviam sido apontadas neste artigo da semana passada (https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/um-diagnostico-sobre-a-dramatica-situacao-do-sistema-alto-tiete), no qual apresentava um diagnóstico a respeito da duração do abastecimento de água a partir desse conjunto de reservatórios e indicava as dificuldades acerca da exploração dos respectivos volumes mortos – uma necessidade inevitável.

    Curiosamente, até o final de Junho Alckmin assegurava que o Alto Tietê não se encontrava em situação adversa. Por sinal, não só não havia problemas como, em nota de 13 de Junho, a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos ainda atacou o jornal Estado de São Paulo, numa demonstração da extrema dificuldade do governo em lidar até mesmo com críticas moderadas. Diz o texto (contido em http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,para-governo-alto-tiete-n…):

    “A Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos lamenta que, depois de reiteradas e infrutíferas tentativas de provar que a água do Cantareira vai acabar, o Estadão agora encampa a tese de que outro sistema – o Alto Tietê – vai ‘secar’ e ‘entrar em colapso’”

    A nota ainda dizia que “Não é razoável, como tem feito sistematicamente a reportagem do Estadão, traçar sempre o cenário mais desfavorável”. À época, o governo assegurava, com bastante confiança, a continuidade do abastecimento de água por meio desse Sistema sem a necessidade de extração do volume morto até a chegada do período mais chuvoso.

    Apenas no dia 11 de Julho é que a SABESP reconheceu a necessidade de realização de estudos para a eventual retirada da água abaixo nos níveis operacionais dos reservatórios (conforme notícia do Estadão: http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,sabesp-quer-usar-mais-volume-morto-e-repetir-tatica-no-alto-tiete,1527381). Apesar disso, Alckmin garantia (conforme notícia do G1 de 13 de Julho – apenas há 9 dias, portanto):

    “É sempre importante ter esta reserva técnica que possa ser utilizada, senão não tem sentido, mas nós não pretendemos utilizá-la. Todos os estudos que nós estamos fazendo mostram que nós chegaremos às próximas chuvas sem precisar utilizar a reserva técnica”, garante Alckmin.

    Tal qual comentado no último artigo que publiquei, a extração do volume morto, no caso do Alto Tietê, será um feito mais complexo. Há controvérsias entre a matéria publicada pelo G1 e pelo Estadão (http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,volume-morto-do-alto-tiete-sera-usado-em-agosto-imp-,1532149), já que enquanto dá a entender que serão retirados 25 bilhões de litros da represa Biritiba, o segundo (linkado no começo deste texto) aponta para a sucção de 15 hm³ dessa represa e mais 10 hm³ de Jundiaí. Mesmo na segunda hipótese, mais plausível, essa extração significará o esvaziamento praticamente completo das duas represas, conforme diagnóstico que apresentei.

    Esses 25 bilhões de litros significarão mais 25 dias de sobrevida ao Alto Tietê. O problema é que, quando essa água acabar, é bem provável que isso signifique o seu fim. Isso porque a represa de Ponte Nova, situada anteriormente no fluxo de encaminhamento da água, envia o líquido via estação elevatória, e não por gravidade. Como Biritiba se encontra com apenas 6,4 hm³ e Jundiaí com 6,7 hm³, é extremamente possível que o esgotamento dessa represas ocorra em prazo ainda inferior ao que dispõe a SABESP para a extração da água. É bastante plausível supor, a essa altura, que o esvaziamento dessas duas represas esteja crítico ao ponto de inviabilizar o transporte da água via gravidade, tornando inevitável, já nesse momento, o uso das bombas. Trata-se, então, eventualmente, de uma situação ainda mais crítica do que a aventada no diagnóstico.

    No que se refere ao Cantareira, a proposta de extração de mais 100 bilhões de litros já havia sido ventilada há algum tempo. De fato, o presidente da ANA, Vicente Andreu, já havia se manifestado publicamente contra a autorização dessa retirada em audiência pública de 3 de Junho (conforme esta notícia da Isto É:http://www.istoe.com.br/reportagens/366584_RESERVA+DO+CANTAREIRA+PODE+AC… ). Alckmin, pelo contrário, mais uma vez concedia declarações extremamente confiantes sobre a situação desse sistema. De acordo com matéria publicada pelo Estadão em 07 de Julho (http://www.diariodolitoral.com.br/conteudo/37667-sistema-cantareira-alckmin-fala-em-minima-da-minima), o governador de São Paulo assegurava que não pretendia retirar ainda mais água situada abaixo dos mínimos operacionais: “Ainda há uma reserva de 218 milhões de metros cúbicos que não pretendemos destacar”.

    Mais uma vez, após uma série de afirmações contundentes a respeito da não-gravidade da crise da água em São Paulo, verificamos práticas que vão de encontro a essas convicções. A cada vez em que isso ocorre (e já notamos esse imenso descompasso em outras ocasiões, como na negativa da existência de crise aguda do Cantareira – ainda em Janeiro –, e na rejeição sobre a necessidade de extração da primeira parcela do volume morto desse sistema – em Fevereiro), nos questionamos, diante da falta de transparência, se se trata de 1) incapacidade extrema de lidar com críticas, resultando nesses discursos agressivos e completamente descompassados; 2) falta de capacidade de diagnóstico; 3) concepção de que não é direito do cidadão entender o que ocorre; 4) a noção de que a crise é ainda muito mais grave do que pensávamos. Particularmente, creio que seja uma combinação explosiva das quatro hipóteses, o que em nada nos deixa tranquilos a respeito do futuro do Estado, cada vez mais próximo da insegurança hídrica completa.

  10. A BLINDAGEM É DE TIRAR O CHAPÉU

    Melhor blindagem que essa só a do JN, ontem, para falar do Aeroporto dos Neves, em Claudio. Uma pisação de ovos de se admirar. Só faltou o “Bolnner” dizer: Aécio não tem culpa. Fizeram o Aeroporto a minutinhos de sua fazenda e não avisaram nada pra ele… Com Alckmin a desculpa é do incompetente do São Pedro que nem pra fazer chover serve mais! Isso mesmo, a Sabesp ISO9000 fez de tudo para não faltar água pra elite paulistana.

  11. Estão contando que as chuvas

    Estão contando que as chuvas voltarão em outubro

     

    Mas aqui sugestões para casos de surpresas:

     

    Criar uma usina de dessalinização de água do mar no litoral e bombear para São Paulo. ( caso a seca persista será uma grande opção)

    Aquífero Guarani ( Opção mais próxima, só mil metros de profundidade perfurados na rocha basáltica)

     

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