“Se explodir, será 10 vezes maior que Chernobyl”: o incêndio em usina nuclear tomada pelos russos

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Agência Internacional de Energia Atômica pede que militares parem de usar armas perto da usina, que ainda mantém nível de radiação controlado

Na noite desta quinta-feira (3), oitavo dia de operação militar da Rússia na Ucrânia, a mídia ocidental acendeu o sinal vermelho com a notícia de que a usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, estava em chamas após um bombardeio provocado supostamente pelas forças russas.

Por volta das 23 horas no horário de Brasília, as autoridades ucranianas informaram à
Agência Internacional de Energia Atômica (em inglês, AIEA) que os níveis de radiação estabilizaram e que a situação estaria sendo monitorada.

“A Ucrânia diz à AIEA que o incêndio no local da Usina Nuclear de Zaporizhzhia não afetou equipamentos ‘essenciais’, e que o pessoal da usina está tomando medidas mitigadoras“, informa a conta oficial da Agência no Twitter.

Segundo informações preliminares na CNN americana, o incêndio teria se concentrado na parte administrativa da usina. Canais no Youtube transmitiram, ao vivo, o momento em que a planta nuclear registrou as explosões, com fogo e fumaça, que parecem ter sido provocadas por mísseis.

Zaporizhzhia foi tomada pelos russos nesta quinta. As forças ligadas a Vladimir Putin alegaram que estavam nos arredores da usina. Não está claro o motivo de um possível bombardeio russo sobre a unidade.

A maior usina nuclear da Europa é considerada mais perigosa do que Chernobyl.

No Twitter, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que “se Zaporizhzhia explodir, será 10 vezes pior do que o desastre nuclear de Chernobyl” em 1986.

“O exército russo está atirando de todos os lados contra a central nuclear de Zaporizhzhia, a maior usina nuclear da Europa. O fogo já começou. Se explodir, será 10 vezes maior que Chernobyl! Os russos devem cessar IMEDIATAMENTE o fogo, permitir os bombeiros, estabelecer uma zona de segurança!”, diz a tradução da mensagem postada pelo ministro ucraniano.

As autoridades russas reafirmaram à Agência Internacional de Energia Atômica que assumiram o controle do território ao redor da usina. A Agência demandou a suspensão imediata do uso de armas na cidade e disse às forças militares que se abstenham de violência perto da usina nuclear.

CHERNOBYL SOB CONTROLE RUSSO

A usina de Chernobyl foi capturada pelas forças russas ainda nos primeiros dias de operação militar na Ucrânia, que fala em “terrorismo nuclear”.

“Os funcionários da usina nuclear de Chernobyl estão sendo mantidos por militares russos por sete dias seguidos. As pessoas estão sob pressão psicológica e moralmente exaustas. Isso é um perigo para a vida humana, bem como para a operação da usina nuclear de Chernobyl”, diz um comunicado publicado pelo governo da Ucrânia no Telegram. A informação foi publicada pelo site UOL na noite de quinta (3).

Com informações dos jornais Newsweek e CNN

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  1. Napoleão invadiu a Rússia alegando esta invadir a Polônia; depois de até fugirem de Moscou, os russo vieram trazer Napoleão em casa;
    Hitler invadiu a Rússia para exterminar os russos e fazer a “grande Alemanha”; os russos depois de amargarem a metade dos mortos da Segunda Guerra trouxeram Hitler de volta e só não chegaram a Lisboa porque os capitalistas ocidentais se acordaram e correram atrás do prejuízo.
    Putin só está começando a reação aos “moleques brigões de sala”, os provocadores da OTAN a serviço de seus banqueiros.
    Com a Rússia forte, a garantia ao Ocidente de pouso suave na retração quando o dólar começar a derreter pra valer; com Rússia fraca, a certeza de um mergulho catastrófico.
    De qualquer modo, a nova Idade Média virá.

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