SUS vive estado de “sítio fiscal”, afirma Fundação Oswaldo Cruz

Jornal GGN – “O SUS está ameaçado”, afirma a Fundação Oswaldo Cruz. A proposta de impor um teto para as despesas públicas “elimina as perspectivas de avanços na sua proposta de universalidade e melhoria de qualidade”.

O Projeto de Lei 241/2016, que está tramitando no Senado Federal libera a União de realizar investimentos mínimos na saúde e educação e impõe um valor máximo para esses gastos públicos. Pior, o ano base para o teto é 2016, “marcado por recessão e gastos sociais baixíssimos”.

Para a Fiocruz, o SUS, que já é “cronicamente subfinanciado”, sofrerá com esse “sistema de tributação regressivo e injusto”. A fundação lembra que os gastos em saúde no Brasil já são menores do que em países como Chile, Argentina e Uruguai.

A Fundação Oswaldo Cruz vai realizar um debate sobre o tema no próximo dia 16 de agosto. A intenção é proporcionar à sociedade um conjunto de informações e argumentos que elucidem o real impacto dessa proposta para o futuro do SUS. O evento conta com a parceria do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes). As entidades estão chamando a atual conjuntura brasileira de “sítio fiscal”.

O debate contará com a presença da procuradora do Ministério Público de Contas, Elida Graziani Pinto, a assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e conselheira do Cebes, Graziele Custódio David, e de um representante da Comissão de Direitos Humanos do Senado. A mediação será feita pelo coordenador do CEE-Fiocruz, Antonio Ivo de Carvalho.

O evento será realizado no auditório térreo da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), na Rua Leopoldo Bulhões, 1.480, no bairro de Bonsucesso, Rio de Janeiro. A organização fará uma transmissão aberta via internet, e quem acompanhar poderá enviar perguntas aos palestrantes em tempo real.

Redação

3 Comentários

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  1. típico de todo traídor e golpista…

    não se preocupar com a possibilidade de ter a educação e saúde públicas atoladas em despesas

    mercado agradece e promete dar todo apoio

    se durar mais que 2 anos, teremos miséria por toda parte

  2. Lei Genocida

    Pra esse Projeto de Lei 241/2016 não tem meias palavras é uma lei genocida que vai acabar com uma geração inteira, vai quebrar o SUS e ‘antecipar’ a morte de milhões de pessoas e limitar o futuro de outras tantas. É uma lei genocidade porque vai literalmente matar milhões de pessoas.

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