Temer enaltece seu governo e se diz “magoado” com “ataques morais”

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Reuters
 
Jornal GGN – Logo após ser alvo de uma denúncia e o pedido de abertura de outros inquéritos pela Procuradoria-Geral da República, o presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta quinta-feira (20) que levará “mágoas” sobre os “ataques de natureza moral”.
 
A declaração foi feita durante um encontro de encerramento do ano com os funcionários do Palácio do Planalto. Sem mencionar diretamente a denúncia e os inquéritos solicitados por Raquel Dodge, Temer disse que teve uma “vida pública muito exata, muito correta” e que tem “orgulho” de seu trabalho.
 
“Eu tive uma vida muito enaltecida, muito enaltecida, mas, apesar de tudo, uma vida discreta, porque vocês percebem que, sem embargo estar na vida pública e na política brasileira, eu não me transformei em carro alegórico. Pelo contrário. Eu sempre fui extremamente discreto em tudo aquilo que eu faço”, introduziu o mandatário.
 
De modo irônico, chamou estes “ataques de natureza moral” como algo “interessante” porque, segundo ele, teve “uma vida na universidade, uma vida na profissão, uma vida pública muito exata, muito correta”. “E, portanto, quando vêm os ataques de natureza moral, daí que realmente isso me caceteia, me chateia, me aborrece. A única coisa que me aborrece. No mais, só posso orgulhar-me do que fiz ao longo do tempo”, continuou.
 
O encontro não foi para se manifestar a respeito das novas acusações que recaem contra ele, mas para apresentar um balanço de sua gestão, também enaltecendo seus mais de dois anos de mandato, após o impeachment que derrubou a ex-presidente Dilma Rousseff.
 
Entretanto, acabou mencionando o caso em meio aos elogios que fazia ao seu próprio governo. Nesta quarta-feira, Raquel Dodge enviou uma denúncia contra o emedebista no inquérito dos Portos ao Supremo Tribunal Fedeal (STF), visando que a investigação não seja arquivada como as demais denúncias pelo Congresso. Isso porque, já ao fim do mandato, a peça será analisada quando Temer estiver fora do poder e, portanto, tramitará na Justiça comum.
 
 
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

2 Comentários

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  1. Se é por falta de adeus…

    Coitado do Temer, né, da uma doh…  As malas ja estão prontas para a fuga com o dinheiro bem investido? Melhor dizer para ja esta pronto para ser embaixador em alguma cidade civilizada da Europa. A elite brasileira adora o termo civilização, mas ela é incivilizada e faz tudo para que o Brasil também o seja. 

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