Quantos deputados estão presentes na sessão?

Redação

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  1. Cría cuervos que te sacarán los ojos

    Li aqui no 247 que numa conversa de Whatsapp vazada hoje o deputado Cabuçu Borges, PMDB-AP, revelou fato que, se confirmado, pode determinar a anulação de todo processo de impeachment e representar uma reviravolta no cenário político do País.

    Na conversa, com um interlocutor não identificado, Cabuçu Borges revelou que o vice-presidente Michel Temer teria prometido que se o impeachment fosse aprovado no Congresso, ele acabaria com os desdobramentos da Operação Lava Jato; diante da dúvida do interlocutor, o deputado Cabuçu Borges disse que Temer o colocou com os “chefes do MP e Judiciário e confirmaram”.

    O mais grave: o deputado peemedebista não teria negado a autenticidade da conversa.

    Esse fato é grave e apenas reforça a narrativa de que estamos diante de um quadro de traição, conspiração, desonestidade e ingratidão.

    Lembrei do ditado popular espanhol “Cría cuervos que te sacarán los ojos”, que alguns atribuem a um fato que teria acontecido com Don Álvaro de Luna, de Castela, durante uma caçada.

    Teria Don Álvaro ficado impressionado com cicatrizes horríveis de um mendigo com quem ele encontrou-se; as cicatrizes desfiguravam o rosto e ocupavam o lugar dos olhos.

    Don Álvaro perguntou ao desafortunado sobre a origem das feridas e o mendigo respondeu: “Foi um corvo que eu tinha recolhido ainda pequeno, quase morto; eu o tratava com amor; gradualmente foi se tornando grande e autoconfiante e um dia, enquanto eu lhe dava de comer, ele pulou em meus olhos e logo eu estava cego”.

    O PMDB, o PP, o PR e outros partidos e parlamentares comportam-se como os corvos do ditado espanhol e arrancam do povo brasileiro a possibilidade de um presente e de um futuro.

    Talvez por falta de virtudes, em especial a gratidão e a honestidade, a Câmara dos Deputados aprova o encaminhamento do Processo de Impeachment para o Senado, tornando Dilma Rousseff vitima da ingratidão dos corvos que vivem da politicagem travestida de política.

    E isso acontece apesar de a Presidente Dilma Rousseff ser, segundo o Deputado Federal Aguinaldo Ribeiro, líder do PP: “dedicada, disciplinada, obstinada e fiel às suas convicções”. O citado deputado fez esse registro, segundo ele, em homenagem à verdade, à História à Justiça e para ficar em paz com sua consciência.

    Outro líder que, constrangido e contrariado, encaminhou pelo encaminhamento do processo ao Senado foi o jovem Deputado Federal Leonardo Picciani, do PMDB. Ele encaminhou a deliberação da bancada, mas ressalvou que seu voto será contrario ao impeachment.

    Fato é que não existe crime de responsabilidade, trata-se de um simulacro, assim como é possível afirmar que quem de fato apóia o combate a corrupção não aceita um governo Temer/Cunha, pois será a vitória da impunidade, da corrupção e da velha política.

    Temer é um canalha e escreve seu nome na História de forma vil.

    A luta democrática agora é no Senado, sempre a partir da nossa militância nas ruas.

    Pedro Benedito Maciel Neto, 52, advogado, sócio da MACIEL NETO ADVOCACIA, autor de “Reflexões sobre o estudo do Direito”, Ed. Komedi, 2007.

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