Witzel é responsável pela crise da água no Rio, por Bernardo Mello Franco

O articulista fala do problema enfrentado pelos moradores do Rio e da Baixada Fluminense com a qualidade, ou falta dela, na água que recebem diariamente em suas casas.

Foto AFP

Jornal GGN – Dois momentos do Rio. Há cinco anos, o secretário de Ambiente mergulhou na Baía de Guanabara para provar que água poluída não seria um risco para os atletas das Olimpíadas. Havia lixo, não houve baixas entre os atletas. Agora, o presidente da Cedae tomou um copo de água diante de jornalistas e disse só tomar água da torneira. O personagem é Hélio Cabral. E se for verdade o que disse, deveria deixar os clientes da Cedae entrarem na empresa. Esta é a tônica do artigo de Bernardo Mello Franco, em O Globo.

O articulista fala do problema enfrentado pelos moradores do Rio e da Baixada Fluminense com a qualidade, ou falta dela, na água que recebem diariamente em suas casas. A Cedae diz não haver risco à saúde, mas o mal-estar se multiplica na população. Em todo caso, para se precaver, a população recorre à água mineral comprada em supermercados.

A crise está instalada e o governador Wilson Witzel está de férias em Orlando, performance perfeito para a tática do avestruz assumida pelo Palácio Guanabara. Depois de quase duas semanas de silêncio, o governador tuitou que os transtornos causados pela Cedae são ‘inadmissíveis’.

E daí o texto de sempre: que ordenou apuração da qualidade da água e dos processos de gestão da companhia, e que o consumidor não pode ser prejudicado.

Para Mello Franco era melhor ter ficado calado, já que o problema se arrasta e o responsável pela má gestão da Cedae é o próprio Witzel. Foi ele que prometeu acabar com a ‘política de compadrio’, mas entregou a Cedae a indicado do Pastor Everaldo. E o indicado já afastou mais de 50 servidores de carreira.

Everaldo, chefão do PSC, já tem currículo na política fluminense. É amigo de Eduardo Cunha e foi uma eminência parda nos governos do casal Garotinho. Já foi candidato ao Planalto, mas teve menos de 1% dos votos e foi acusado de receber propina para proteger Aécio Neves nos debates.

Da Cedae, uma última informação dada por Mello Franco, a de que o chefe da estação de tratamento do Rio Guandu, um servidor com 30 anos na empresa, foi afastado do serviço na terça última. E, por fim, a certeza de que, de todos os personagens, deve ser o menos culpado pela água suja.

Redação

2 Comentários

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  1. Espetacularização do Problema para a chegada das PRIVATARIAS DAS ÁGUAS. Não temos Reserva de Mercado? Lembram da Reserva de Mercado Nacional para Informática? O Brasil não pode com estes atrasos. O que vem aí são bilhões e bilhões de reais na privatização da água. Caminhões de Dinheiro Público para tornar tal bem em Produto Privado. Água é Bem Universal e Imprescindível? A ONU já tentou esta nas Privatarias de FHC, há mais de 20 anos. Já esquecemos? Parasitas esperaram por uma nova oportunidade. O Brasil é muito óbvio e muito medíocre. Pobre país rico. Mas de muito fácil explicação.

  2. Witzel e Everaldo tornaram-se alvos da política extremista de afastar possíveis concorrentes do Bolsonaro, por consequência a Cedae, que tem a sua sede no RJ será a principal boicotada nessa história. Há quem diga que isso é culpa da política, há quem diga ser culpa da administração da empresa. No entanto, sabemos que quem indica a presidência da Cedae é seu próprio conselho e a esfera política nada tem a ver com água turva com gosto de terra.

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