Izaias Almada
Izaías Almada é romancista, dramaturgo e roteirista brasileiro nascido em BH. Em 1963 mudou-se para a cidade de São Paulo, onde trabalhou em teatro, jornalismo, publicidade na TV e roteiro. Entre os anos de 1969 e 1971, foi prisioneiro político do golpe militar no Brasil que ocorreu em 1964.
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A Casa da Mãe Joana, por Izaías Almada

A CPI da Covid está fazendo o circo pegar fogo e, com certeza, teremos nas próximas semanas uma subida de temperatura, o que não é nada mal, pois o inverno já dá sinais de que vem com tudo para cima de nós aqui no sul do país.

A Casa da Mãe Joana

por Izaías Almada

Quando um deputado, em plena sessão de trabalhos na Camara Federal, ameaça de morte duas de suas colegas, alegando que já matou outras pessoas na sua vida, o diagnóstico para o Brasil atual é o de um país quase que em estado terminal.

Digo quase pelo fato de nós, seres humanos, guardarmos sempre uma pontinha de esperança de que a situação pode mudar para melhor.

Claro que pode, mas está difícil de acreditar. O país está sem governo, ou melhor, o governo que está aí não disse a que veio, a não ser lançar vitupérios sobre nossas instituições e sobre aqueles que são considerados esquerdistas, numa demonstração infindável de ódio e preconceitos sustentados pela ignorância e a arrogância social e intelectual.

Mas, já dizia o Conselheiro Acácio, nada como um dia depois do outro. Verdade, mas na contramão do significado otimista do provérbio, nos dias que correm o governo do Jair vai enfiando os pés pelas mãos, pois não sabe fazer outra coisa senão gritar, falar mal, esbravejar, ameaçar e outros tantos verbos que deixam a nu os incompetentes que são.

A CPI da Covid está fazendo o circo pegar fogo e, com certeza, teremos nas próximas semanas uma subida de temperatura, o que não é nada mal, pois o inverno já dá sinais de que vem com tudo para cima de nós aqui no sul do país.

Os Arts. 2 e 3  da Constituição dizem que “São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.  E que “constituem os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil”:

I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II – garantir o desenvolvimento nacional;

III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Uma leitura atenta desses dois e pequenos artigos indicam, sem deixar qualquer dúvida, que em 2016 a Constituição foi simplesmente jogada no lixo, num golpe que abriu as portas para a bandalheira e o salve-se quem puder.

Não por acaso advogados, acadêmicos e professores entraram ontem, dia 13, com uma ação civil junto ao Supremo Tribunal Federal pedindo a declaração de incapacidade do atual presidente da república e seu afastamento do cargo.

Senhores membros do STF, se a Constituição permite que o façam, o povo brasileiro espera que interrompam essa caminhada trágica que o Brasil faz em direção à terra de ninguém.

Ordem e progresso! Não é o que diz a nossa bandeira? Que ela não seja apenas um agasalho para desordeiros e fascistas de fundo de quintal!

Izaías Almada é romancista, dramaturgo e roteirista brasileiro. Nascido em BH, em 1963 mudou-se para a cidade de São Paulo, onde trabalhou em teatro, jornalismo, publicidade na TV e roteiro. Entre os anos de 1969 e 1971, foi prisioneiro político do golpe militar no Brasil que ocorreu em 1964.

Este artigo não expressa necessariamente a opinião do Jornal GGN

Izaias Almada

Izaías Almada é romancista, dramaturgo e roteirista brasileiro nascido em BH. Em 1963 mudou-se para a cidade de São Paulo, onde trabalhou em teatro, jornalismo, publicidade na TV e roteiro. Entre os anos de 1969 e 1971, foi prisioneiro político do golpe militar no Brasil que ocorreu em 1964.

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