Rui Daher
Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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Até breve, ou não, por Rui Daher

Rui, Ivan, Nassif

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Foto: Pixabay

Por Rui Daher

Diz a lenda que meus textos começaram a alimentar o BRD – Blog/Boteco Rui Daher, em 25 de setembro de 2013, às 14:34 horas, neste GGN, certas vezes Luís Nassif Online, outras “Revista”. Passado mais um mês e estaria escrevendo aos 72 anos, outro mês, e aqui incomodando há quatro anos. Foram cerca de 180 textos ou, como vocês preferem, postagens.

Nem tudo começou aí. Quando o landlord deixou a Folha, como assinante, fui seu leitor assíduo e grato. Quando descobri seu blog, interagi frequente comentarista. Conquistei amigos jurássicos, confrontados aos milhares que, felizmente, hoje aqui escrevem.

Fernando J, Raí, Marco Santo, Désirèe, Maria Luiza, Cafezá, Sérgio Troncoso, Nilva, Anna, Odonir, Roberto G – meu orientador informal na GV e na USP – e tantos mais. Me senti gostado e abduzido. Com o final do Terra Magazine, do Bob Fernandes, vim pra cá expressar minha liberdade.

Na época, contávamos o número de adesões. Chegamos a … membros. Festejávamos as metas em saraus ao som do bandolim de Nassif, grandes chorões, e “canjas” dos músicos que por lá apareciam. Se alguma vez saí de lá apoiado por algum amigo ou familiar, não foi efeito de produtos salineiros, mas por ter entrado em alguma roda de samba, arrastado as sandálias com o amigo nordestino Portela, ou ouvido Juliana Ladeira interpretar “Geni e o Zeppelin”, do Chico.

É um fim? Espero que não.  

O escrever diletante mais que profissão, é paixão. Nunca acaba, mas, vez ou outra, cansa, desanima, desilude, faz perguntar por quê?

É como me sinto hoje vendo o que nos aconteceu e assumindo o que Mino Carta pergunta, na última edição de CartaCapital, a seus botões: “Cadê o povão? Onde estão os 90% de brasileiros que aprovaram o presidente mais amado quando desceu pela última vez a rampa do Planalto”?

Intuição minha, Mino, espero equivocada: será algemado e impedido de o povão votar nele?

https://www.youtube.com/watch?v=uy7kTTZe0m8]

Notas:

1.     Apenas continuarei com as colunas semanais sobre agronegócios, em CartaCapital. É da profissão. Se o BRD aqui for mantido, em período sabático, ficarei grato se puderem sugeri-las como “Fora de Pauta”, o que for, para reprodução. Até breve, espero, se meu tempo deixar. Não pretendo escrever em outro lugar, nem ter meu próprio BRD; 

2.     Luís Nassif, caro amigo, obrigado pelas oportunidades e pelo prefácio do “Dominó de Botequim”;

3. Aos colaboradores do livro Fernando Juncal e Manoel Vieira, da FEPAD;

4. A Pilar Velloso pela inspirada capa, Ali Onaissi revisor e Sérgio Lírio, por tudo;

5. Ao incentivo dos escritores Márcio Alemão e Ivan Ângelo;

6. Beijos

[video:https://www.youtube.com/watch?v=ST9QRk8MpJM

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16 Comentários

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  1. São tão poucos os que

    São tão poucos os que escrevem LIBERDADE e tão poderosos os que não a querrem para o povo. Espero que continue a escrevê-la, por nós. 

    1. hasta luego

      Rui,

      Ya que te vas, que te vayas bien, que no te piquen los mosquitos y que no te pise el tren.

      Quedámos nosotros muy tristes por aca mas deseamos felicidad y, quizá, su pronto regreso.

      Hasta luego, amigo.

  2. Rui, para quem é profissional

    Rui, para quem é profissional do jornalismo deve ser difícil achar inspiração para escrever colunas regulares. Deve ser um dos ossos do ofício da profissão de vocês. Sem a obrigação de escrever, escrevendo apenas quando quiser e tiver uma inspiração, é mais gostoso para o escriba. Obrigado pelas suas contribuições enriquecedoras. 

    1. Zé Gomes,

      infelizmente, não sou profissional do jornalismo. Tanto no GGN como em CartaCapital escrevo por gostar e por serem publicações sérias, honestas e que me dão toda a liberdade para opinar. Em nenhuma delas nunca fui censurado. Mas, ao contrário de profissional, sou assinante e, no fundo, pago para escrever.

      Abraços 

  3. Caro Rui,

    Vamos rediscutir essa decisão, lá no bunker palestino. O que diferencia este espaço dos demais, é a excelência e a qualificação dos colaboradores/articulistas, e porque não dizer também dos leitores. Foi um trabalho de anos e anos, muitos saraus e encontros. Volte logo, precisamos da AK-47 giratória mais do que nunca. Abraço 

    1. Querido Fernando,

      concordo. Um pouco menos, se você ler o que respondi acima. Agora, no bunker, quando quiser, embora tenha notado umas atrações um pouco esquisitas por lá. Sei lá se meu quibe tradicional aguentará. Saudade de você, Diméa e do bunker. Estou por aí. Abraço

    2. Fica a pena

      Fernando esta certo. Vamos discutir a “relação” ;), mas so se for com muita bebida, comida e musica, que ninguém é de aço.

      O prazer também foi nosso. Rui Daher Brasileiro: Presente!

  4. Mar aberto

    Caro Rui, o desalento que hora toma conta da nossa desorientada populaçao nos dá a sensação de flutuarmos em mar aberto, mas é neste momento que os textos dissonantes são o farol e ainda que extenuante o trabalho de construi-lo nada pode se comparar a grandeza do resultado, assim desejo que continue iluminando neste ou em qualquer outro forum que possa oferecer sua valiosa contribuição.

    Obrigado 

    1. Agradeço eu, Sérgio

      Para ser verdadeiro com você, o que vale também para meus amigos que comentam abaixo, o meu desalento é não conseguir, diante da monstruosidade que fizeram, fazem e farão com o Brasil, deixar de ser repetitivo nos textos que aqui publico. 90% do postado se repete, parece sempre um “mais do mesmo”, o que me dá muito trabalho tentar não ser repetitivo e bater sempre em teclas já amareladas de tão usadas.

      Vejo na escrita algo muito além de comentar o que um falou, outro fez, alguém mais retrucou. Um amigo mencionou no FB, verve. Pois é o que tentei aqui, sem muito sucesso. Mas o que fazer se assim me ensinaram os professores, certo Fernando Juncal?

      Daí reduzir minhas opiniões escritas, apenas nas colunas semanais em CartaCapital enquanto ela existir. Lá falo de caboclos, campesinos, sertanejos e ruralistas, povo que vejo todas as semanas construindo alguma coisa com trabalho. Quer um exemplo? Se me esforço para responder a todos os comentários de vocês e inclusive aqui republico o que escrevo na CartaCapital é, justamente, para mudar de tecla. Pois é, você ficou sabendo da situação do etanol e da Embrapa? Creio que não. 

      O assunto é importante. Na terça-feira continuo no tema. Lá.

      Abraços

  5. Caro Rui, continue jogando estrelas-do-mar de volta ao oceano
    Rui, Nassif e demais colegas,

    (uso o nick “Let’s Rock the rats”, mas para ocasiões especiais, hasteio uma bandeira mais civilizada… e o Rui merece! rs)

    Rui, como já comentei em outra ocasião, quando se trata do boteco e de artigos pessoais aqui no Blog do Nassif, escreva se quiser e sobre o que lhe aprouver, o que lhe “der na telha”, e… boas!
    Se não quiser, não escreva, e… boas também!

    (no caso de artigos técnicos, as implicações são outras, bem como os critérios de continuidade ou não, e prefiro não “meter a colher”)

    A sua liberdade de escolha é mais importante do que a opinião de outros, inclusive os próximos.
    Escreva sobre as amenidades ou seriedades, do que lhe dá prazer ou preocupa, e não fique com neuras do assunto ser repetido ou não agradar tribo A, B ou C…

    Esse seu episódio recente com as feminazi que ficaram achando pelo em ovo na sua prosa, aconteceu com o Nassa uns anos atrás, e eu havia segerido o Nassa para q não levasse o assunto para a página principal, deixasse rolar o debate nos comentários do próprio artigo, pois feminazis, bem como esquedanazis e direitanazis (acabei de inventar… lol) não tem argumento lógico, conciliatório, para dialogar, pois se apoiam em dogmas, não no bom senso ou no diálogo construtivo.
    Ou vc pensa como eles (os privados da razão ou qquer.coisa…nazis), ou vc é um inimigo a ser combatido sem compaixão (rs). Não há muitos elementos construtivos nesse tipo de interação…
    Resumindo, não se avexe, não se deprima, com gente radical (note que o bom senso e gentileza não foram distribuidos igualitariamente à humanidade… rs)
    Lembre-se que vc escreve para uma maioria, não um minoria, e ninguém que coloca sua palavra em público, nem Jesus, é(foi) unanimidade… então, não se incomode com as críticas descabidas…. responda singelamente “obrigado pela leitura e opinão” e continue feliz!

    Se vc escreveu, e o Nassa não quis “subir” os artigos na página principal do Blog, se outros(as) colegas não quiseram ler (ou até leram, não entenderam e criticaram levianamente), “pobrema seus” (deles)… eu leio todos os que saem aqui no Blog e compartilho da mesma opinião na maioria deles… Ponto! rs

    Vc fez sua parte de jogar as estrelas-do-mar que estavam ao seu alcance de volta à água, e é isso que importa (e é isso que eu tbém tento fazer, mesmo com vento, maré, preguiça, e até opiniões, contra).

    Os meus votos para seu caso são:
    01) continue;
    02) permaneça;
    03) não pare;
    04) insista;
    05) resista;
    06) não esmoreça;
    07) anime-se sempre;
    08) perdure;
    09) demore-se nesta seara quanto quiser ou até enfadar-se;
    10) revoguem-se as disposições em contrário.

    Gostou dos meus votos? DEZ x zero pra vc ficar!!!

    Brincadeira… Minha opinião sincera é: analise friamente, detalhadamente, os prós e contras continuar escrevendo, compartilhe com algumas poucas pessoas de bom senso, peça a opinião delas, MAS… faça o que vc mesmo achar melhor! e boas!)

    Um forte abraço e ânimo inesgotável!!!
    (don’t worry, be happy! as vezes precisamos ter pele grossa para lidar com serviço bruto — ou com os comentários non sense! rs)

    1. Honored comrade,

      Caro, tantas considerações assim para comigo não precisariam de agradecimento. Fluem diretamente ao espírito que me faz escrever. Em todo o caso, obrigado.

      Não procuro unanimidade. Se o fizesse acrecentaria ainda mais razão a Nelson Rodrigues. Recebo muitos comentários que divergem de minhas posições e faço questão de respondê-los individualmente, às vezes de forma até ríspida. Velhos, erroneamente, sentem esse direito. E como aqui estamos no meio de “iguais”, mais do que “Políticonazis”, os comentários costumam ser mais construtivos do que depredadores. 

      O caso das feminazis me incomodou, realmente, um pouco. Nem tanto aqui, mas onde começou, no Facebook, onde uma pessoa, bastante conhecida e a quem admirava, me agrediu de forma completamente ignorante. Mas passou. Não seria essa bobagem a fazer-me parar o que aqui faço com paixão há 4 anos. O mesmo em relação às minhas matérias subirem ou não. Nassif e editore(a)s me dão liberdade total no que escrevo. O mínimo é devolver-lhes liberdade sobre o destaque.

      Pele grossa tenho para a intolerância. Em relação ao GGN viajo em céu de brigadeiro perto da repercussão no Facebook da CartaCapital. Meus “likes” variam de 500 a 10 mil. Tanto faz. Escrevo sobre uma nova tecnologia para a produção de pepinos e metade dirá que o mérito foi do PT e a outra de FHC. Burro, imbecil, chapa-branca, colunista pago pelo Lula, e minha pele nada sente.

      O teu ‘score’ é significativo e nada é definitivo, mas realmente eu não estou contente com o meu blog. Pensei num freio-de-arrumação e voltar em outro formato. A coluna da Carta é mais fácil, pois está dentro das minhas atividades profissionais o que me permite encontrar temas com mais facilidade.

      Obrigado. Camaradas sei que continuaremos.

      Abraços 

       

  6. Queridíssimo Rui,

    soubesse eu do peso mortal das despedidas, teria pedido, ainda bem jovem, por um fim suave e próximo, que me livraria da dor de ler despedidas e assistir a retiradas depois de já colecionar minhas madeixas acinzentadas. Dói na alma.

    Fico feliz de termos nos abraçado e sorrido um para o outro, e de poder guardar na memória a doçura e suavidade da tua presença.

    Veja que somente hoje me deparei com teu artigo. Eu também me despeço, apesar da minha rabugice com as ausências e retiradas dos amigos e, infelizmente, dos amores.  Eu também me retiro.

    Como tão claramente posto pelos teus amigos, repito: não te ausentes. Seja bissexto – muitos e bons o são – mas esteja aqui, ali, onde mais for possível com tuas letras e tua VERVE.

    Sempre a festejei e continuarei festejando.

    Um grande e caloroso abraço.

    Da Anna.

    1. Anna, querida,

      Creio já ter-me manifestado sobre a felicidade que foi te conhecer naquele badaladíssimo lançamento do “Dominó”, no Rio de Janeiro. Foi o que bastou para, na sua imagem, conhecer todos os meus demais leitores, aqui no BRD. Quem sabe no “Sol de Primavera” (Beto Guedes): “Quando entrar setembro, e a boa nova andar nos campos”, estarei por aqui de novo”. Beijos.   

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