Rui Daher
Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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Biden, por Rui Daher

É espantosa a capacidade de Tio Sam se repetir em dominação e, antes de tudo, acertar os ponteiros para seus interesses econômicos.

Nick Brandt

Biden, por Rui Daher

No Blog do Rui Daher, parasita incrustrado neste GGN, eu e a equipe de jornalistas evitamos, o mais possível, nos esquivar de temas que serão de forma abundante percorridos nesta tela.

Daí a predominância de galhofas, crônicas ficcionais, personagens estapafúrdios, entrevistas explicitamente fakes, vez ou outra, ataques furiosos a políticos, economistas, jornalistas, sempre que sabujos do sistema vigente.

Para merecido sossego de minha editora, tenho evitado a ameaça de processos. Os vilões do País descobriram a facilidade advocatícia de abrirem processos contra a liberdade de expressão e com isso ganharem indevido dinheiro.

Não nos farão calar. Conforma Zeca Baleiro, são todos bichos saídos do esgoto.

Esperei passar a maré de artigos que entre o “dia histórico”, 07/11, um sábado, e o domingo seguinte, em todas folhas e telas (inclusive esta), às mãos cheias, que opinariam sobre as eleições norte-americanas.

Histórica foi. Até a página nove. A de Trump também não foi? Um imbecil no comando da maior potência econômica (por pouco tempo) e bélica do planeta?

Não cairei na besteira de que vitórias do Partido Democrata são melhores para o Brasil do que dos Republicanos. Depois da Inglaterra, a hegemonia imperialista dos EUA nunca dependeu de qual partido estaria no poder incumbente.

É espantosa a capacidade de Tio Sam se repetir em dominação e, antes de tudo, acertar os ponteiros para seus interesses econômicos.

À uma exceção: a derrota de Donald “Orange Skin” Trump representou uma derrota para RIP, o Regente Insano Primeiro, que de tudo fazia para dar nosso rabo aos EUA. Nosso ogro presidente apostou e perdeu. Do filhote (nunca sei qual deles é 01, 02, 03, ou n), restará voltar ao carrinho de fritar hambúrgueres. Ao “embaixador”, sugiro acrescentar salsichas fritas até racharem – especialista em “rachadinhas” – e refrigerantes. De volta ao começo.

Teria o tresloucado Olavo pedido audiência a Biden para demonstrar suas ideias terraplanistas? Bannon quer ver o presidente eleito e Kamala Harris decapitados. Republicanos, ansiosos, esperam os monges-bandoleiros de Steve marchando em direção à Casa Branca.

Mas, ainda fugitivo da Covid-19, venho ao assunto por outros motivos, ora pois, pois, com almas árabes genuínas, lusitanas e africanas adotadas, eu estou velho, feio e ideologizado.

Foi bom, ao final. O planeta se verá livre de amarras populistas de ultradireita, e poderá, esperançoso torcer por nuances multilateralistas, que façam o desgoverno brasileiro respeitar a preservação dos biomas, que o agronegócio entenda o quanto precisamos ser duros e não subservientes aos nossos concorrentes norte-americanos.

Azuis ou vermelhos, eles nunca nos darão mole. É histórico. Mas a trilha da insanidade poderá arrefecer.

Creio que Gabriel Cohn, Zé de Souza Martins, Belluzzo, saudoso Maurício Tragtemberg (FGV), Bresser-Pereira, outros tantos, me coonestarão.

A cada dia, mais me canso dessa luta. Sete décadas? Acho que sim, depois de cinco anos em calças curtas. Fui da militância nas ruas até a escrita. Com nenhuma repercussão. Quietinho, hoje em dia, percebo-me sozinho.

Continuo como lazer. Falta-me opção melhor do que mostrar as minhas letras de indignação em relação ao que se faz do Brasil.

Confesso, vaidoso, gostar que minha escrita chegasse a milhares de brasileiros. Imagina!

Paro? Não.

Notas: 1) Recentemente, descobri Bruna Viola, que em roupagem moderna e das lindas mulheres, se equipara a Renato Andrade, Heraldo do Monte, Almir Sater, outros, na excelência do tocar viola, ao mesmo tradicional e moderna. Pela vitória de Biden, neste post do Blog, a equiparo à sensacional do blues, Bonnie Raitt; 2) se der vejam as semelhanças das raízes africanas nas sociedades e culturas populares brasileiras e dos EUA. Se não, comprem um carrinho de cachorro-quente em Nona York, e vão TNC.

Inté!

Rui Daher

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