Bolsonaro, Araújo e a Venezuela Ou Sobre as iniciais e o que elas revelam, por Franklin Frederick

E parece que eles não perceberam ainda que Venezuela se escreve com V de Vietnã. Com V de Vitória.

Foto O Globo

Bolsonaro, Araújo e a Venezuela Ou Sobre as iniciais e o que elas revelam

por Franklin Frederick

Em mais uma dessas coincidências estranhas e reveladoras, o Presidente Jair Bolsonaro, a julgar pelas iniciais de seu nome, parece mesmo ter sido predestinado à promover a violência. J e B são também as inicias dos nomes dos grandes mitos da cultura popular anglo-saxônica, alguns dos principais veículos ,no imaginário coletivo de nosso tempo, da violência como «solução»: James Bond, Jason Bourne e Jack Bauer. Mas enquanto James Bond – o defensor do imperialismo britânico, protótipo de todos os «heróis» criados depois pela indústria culural de massa – tinha apenas uma «licença para matar», Bolsonaro, no mundo real, concede armas e licenças para matar; superioridade inconteste sobre o fictício agente secreto inglês.

Já nas inicias do nome do Ex-Juiz e agora Ministro Sérgio Moro, encontramos cifradas a tragédia de sua própria história recente: de Sua Majestade da luta contra a corrupção passou ao Sem Moral ridículo que todos vêem hoje, perdido dentro de um governo incompetente e bizarro.

O chanceler Ernesto Araújo partilha as mesmas inicias – involuntariamente- e as mesmas idéias – o que é bem mais grave – do seu colega americano, o criminoso de guerra e notório mentiroso Elliot Abrams. E ambos parecem estar convencidos de que as iniciais do nome do Presidente Donald Trump são um claro sinal de que Deus está com ele – em latim Dominus tecum – na luta pela «salvação do Ocidente». Para Elliot Abrams e para o defensor da «diplomacia moral» Ernesto Araújo, instigar a invasão armada de um país latino-americano, a Venezuela, e a morte de seu Presidente eleito Nicolas Maduro é um ato perfeitamente ético e legal. Ao que tudo indica, para eles a «salvação do Ocidente» passa pela tomada das reservas de petróleo e demais recursos naturais da Venezuela pela única «nação excepcional» do planeta, os EUA e suas empresas multinacionais que, como todos sabem, sempre atuaram na defesa dos direitos humanos, do meio ambiente e do bem estar social em todo o planeta.

Mas parece que eles não perceberam ainda que Venezuela se escreve com V de Vietnã. Com V de Vitória.

Franklin Frederick

Redação

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