Rui Daher
Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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Brasil, a recuperação, por Rui Daher

Foi bom?

Brasil, a recuperação, por Rui Daher

Amanhã à noite, em barco, viajaremos aos EUA. Estimam que chegaremos a Miami em agosto deste santificado ano em que o ex-presidente Lula será crucificado a tempo de um siri recheado e o cacete no Joey’s Crab. De lá, por ônibus, eu, Nestor e Pestana deveremos chegar a New York e Washington DC.

Doppo uma breve passegiata pelas duas cidades, nossa missão será explicar ao “pele-laranja” que o Brasil está se recuperando. A sua racionalidade me permite acreditar que confiará em mim. Pelas suas atitudes, como eu, penso ele também ser um galhofeiro.

Nossa ideia é vender o Grupo N&P, BRD e C&F Insumos Agrícolas aos norte-americanos.

Sua resposta à nossa mensagem foi direta: “Fuck if your economy is recovering. Come quickly! We buy everything in Brazil to stop the ‘chinas’. You’re cheapest than the african subsaarian people”.

Antes, em NYC, se o tempo permitir, pretendemos visitar a exposição ora dedicada a Tarsila do Amaral, no MOMA. Não especifico, enfim, todos scholars do GGN sabem do que se trata e podem esclarece-los.

Já sabemos. O leitorado já caiu fora: mais um texto sem graça do simulacro brasileiro do Monty Python. Nada disso. É sério, a ponto de desafiar os queridinhos do “jornal de todos os 15 Brasis”.

– Veja, Mr. Trump (o tradutor está ao lado, apesar do Nestor insistir no inglês que aprendeu com mestre Guilhermino em ensaios de escolas de samba): o planeta todo se virou para o consumo de itens de luxo, negócio que o senhor e Mrs. Ivana entendem muito bem. Hermès acaba de bater recorde de vendas. Também o Brasil está assim: os setores que mostram sinais de retomada são resultado da concentração de renda proporcionada pelo atual modelo econômico.

– Keep walking. Can I offer you a Johnnie Walker?

Nestor se adianta:

  • For sure, President Trump, a blue one? Mergers and acquisitions are increasing in Brazil.

E não é que o reporter Nestor engata algum inglês (nenhum sentido sexual nisso).

– Go ahead. I am enjoying you, Brazilian guys.

– Aumentam as vendas de carros de luxo, as agências de turismo, antes voltadas aos pobres, agora se dedicam aos milionários e os voos internacionais vivem lotados.

– Great!

– Nada mais de gente pobre indo visitar a família no Nordeste. Bolsa de Valores está em 84 mil pontos e alguns bancos projetam-na em 100 mil até o final do ano.

– Mr. Nestor, one more shot?

– A double one, please.

– Nem tudo, porém, são flores, Mr. Trump. O desemprego é alto, os setores de indústria e serviços estão sufocados, os itens básicos de consumo estão em queda, a população não consegue mais pagar seguros saúde e escolas privadas. Até a venda de medicamentos está caindo, os programas de assistência social reduzidos ou extintos. O maior líder da nação, desde Getúlio Vargas, que tirou 40 milhões de pessoas da miséria está prestes a ser preso sem provas e impedido de se candidatar à Presidência.

– And so?

– Pode haver uma revolta popular.

– Don’t worry. Mr. Meirelles and Mr. Moro had been here a feel weeks ago and I assure them to guarantee our possession.

Foi quando Nestor se levantou, abriu a braguilha, desabrochou o pênis e mijou no Johnnie Walker Blue de Trump, não sem antes bradar: “eu também quero fazer uma tempestade na Stormy Daniels.

A embaixada brasileira está em tratativas para nos trazer de volta.

Nota: Lourdes, considere apenas a parte séria do texto. Quem sabe, um dia, eu caia no triangulinho destaque do GGN, tantos os caras chatos que ali aparecem. E vivam Tarso de Castro e Ivan Lessa;

https://www.youtube.com/watch?v=hYe7nmtVC_g    

 

 

Rui Daher

Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor

2 Comentários

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  1. Você está mais perto da

    Você está mais perto da verdade do que você imagina, Daher. Só ando na dúvida se os brasileiros têm balls para se revoltarem.

  2. Brasil….

    Caro sr., eu faria outro comentário para levantar algumas questões e outras perguntas, para explicação e visão do Especialista. Mas a matéria sumiu. Que rapidez !! Realmente, a maior possibilidade industrial brasileira, a Agropecuária, é tratada como artigo de segunda classe. E tem gente que diz não entender o Brasil? 40% da sua Economia, só isto !! Como disse outro leitor, a voz que clama no deserto. E o Deserto está cada dia mais curto !! Mas o que importa Fertilizantes para esta geração metropolitana e conectada. Só que a comida é produto basicamente nacional. Ninguém vive sem. E o tal do Celular, da Internet é produto que o Brasileiro apenas paga, e caro, para ter. Tudo estrangeiro. Para que discutirmos das nossas possibilidades nacionais, não é mesmo?    

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