Causo mineiro: as máximas de Claudionor

Meu inesquecível amigo Zé Grandão ficou muito impressionado quando Roberto Campos cunhou as “máximas de Kafka” – um conjunto de princípios desenvolvidos por Alexandre Kafka, representante brasileiro junto ao FMI. E cunhou as “máximas do Claudionor”.

Claudionor era um amigo de Poços que não vejo faz tempo e que tinha hábitos curiosos. Lá pelos idos dos anos 80 ficou dono de uma gráfica em Campinas e saiu candidato a vereador. Fomos visita-lo e comentamos não ter visto nenhuma propaganda dele na cidade.

E Claudionor, muito sério:

–        Estou devendo alguns impostos para a Prefeitura e não quero me expor muito.

Não me lembro de todas as máximas do Claudionor. Vão ai algumas de cabeça, contando com a ajuda de vocês para outras máximas do mesmo nível:

1.     Gelo se jogar açúcar em cima, emborca.

Depois de dias analisando o efeito do ato de pedir suco de laranja com gelo, esperar o gelo chegar até a borda, despejar açúcar em cima dele e ver o gelo ficar de lado, que nem um transatlântico desequilibrado.

2.     Nota molhada não queima.

Depois de reparar que se pegar uma nota, molhar e tentar queimar, não queimava.

3.     Costa de homem é cabeluda porque cai nela cabelo com raiz.

Depois de observar o barbeiro cortando o cabelo do rapaz que estava sem camisa.

Quem conhecer personagem igual (superior, sei que não existe) que o apresente.

Luis Nassif

22 Comentários

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  1. “Quando Barbosa se levanta e

    “Quando Barbosa se levanta e segura o espaldar da poltrona com as duas mãos, está querendo voltar à infância e brincar de carrinho, passando por cima dos réus da åp. 470.”

    Minha.

  2. Pessoas interessantes

    Na minha cidade natal havia um inspetor de alunos, no ginásio, conhecido pela alcunha de Sabugo. O apelido foi devido ao fato de ser muito esguio, quando veio para ser o centroavante do time da cidade. Gostou do lugar, arrumou emprego como bedel, casou-se com uma moça nativa e formou sua família. Tinha uma característica impar, trazia todas as respostas prontas na ponta da língua.

    No primeiro aniversário de casamento, Sabugo foi  a uma loja e comprou para a esposa uma linda camisola toda rendada e a entregou na hora do almoço, dizendo que gostaria de vê-la usar à noite.

    Porém, ao sair do serviço, Sabugo passou no boteco de costume e por lá ficou bebendo com os amigos, até uma hora da madrugada, foi quando se lembrou do aniversário. Pediu licença a todos e se mandou para casa.

    Era uma noite fria, e ele sem blusa, tremendo bateu na porta e ninguém respondeu. Na terceira batida ele gritou:

    — Abra a porta mulher.

    Então a esposa respondeu:

    — Não vou abrir não.

    —Abra logo, que está muito frio aqui fora.

    —Problema teu, vai dormir com teus amigos, eu não valho nada para você.

    E essa discussão continuou por uma hora, aproximadamente, até que os vizinhos começaram a acender as luzes das varandas e saíram para ver o que acontecia.

    — Mulher, abra logo essa porta, porque os vizinhos já se levantaram e estou passando a maior vergonha.

    Foi a palavra mágica, a vergonha para com os vizinhos. Logo a esposa abriu a porta.

    Ele entrou e reparou que a esposa estava usando a camisola rendada. Ele olhou bem e falou:

    — Ei mulher, você está parecendo a torcida do Corinthians, só briga e renda.

    ****

    Passado alguns anos, Sabugo arrendou um bar, mas não era um bar qualquer não, era o bar do ponto e tinha três mesas de snooker. O movimento começava cedo.

    Ele colocou seu cunhado para cuidar de manhã até às cinco horas da tarde, quando ele saía do ginásio e assumia o bar.

    Teve um dia, quando ele chegou, parou na porta e ficou conversando com um freguês. O cunhado ao ver que a conversa se prolongava, gritou:

    — Sabugo, venha logo acertar o caixa, porque eu estou com pressa.

    Na bucha o Sabugo respondeu:

    — Não esquenta a cabeça, meu rapaz. Traga para mim o que você tem no bolso e o que tem no caixa você pode levar.

    1. Muito boa! Você sabia que no

      Muito boa! Você sabia que no passado, quando ainda não havia papel higiênico, as pessoas usavam sabugo? Não estou brincando não, é verdade!

    2. Sabugo

      Calandrelli, você é de Echaporã? Se for, o Sabugo em questão se chamava Geraldo de Abreu Pinto.

      O único detalhe errado nessa história é que o cara do bar não era cunhado, mas irmão e se chamava Aroldo.

      Sabugo não era um excelente centro-avante, mas tinha um chutaço, e este era temido em toda a região – no âmbito da segundona do campeonato paulista de futebol.

       

      Abs30ss.

      1. Sabugo

        Oi José Maria Furtado, eu nasci em Echaporã, na fazenda Fanchona, que fica na antiga estrada para Marília. É verdade o fato de não ser nenhum dos dois cunhados do Sabugo, Bira e José, me confundi com outro José, mas também não foi o irmão, conheci apenas o Paulo Abreu irmão do Sabugo que jogaram juntos. estive com  o Paulo em SJ dos Campos. Não conheci o tal Aroldo, nem soube da sua existência. Recorri a um primo que me informou ser o José cunhado do Oswaldinho Aoki. E você, nasceu por lá?

         

    3. Sobre O Sr Sabugo

      O nome dele como poucos sabem Geraldo Abreu Pinto, era uma figura, e virou nome de rua em Echaporã. Ainda tenho constume de ir a cemitério, sempre lembrando do espetor de alunos e deixando uma oração para ele.

  3. Não demora, o plim! plim! do

    Não demora, o plim! plim! do logotipo da globo vai se transformar em pum! pum!, tamanho o esgoto dela tem crescido, chegando a vazar pelas TVs. Por causa disso, a globo irá comprar a Folha, para estancar seu Estado de saúde.

  4. Em Mauriti, no Cariri

    Em Mauriti, no Cariri cearense, terra da minha família, havia uma espécie de mendigo oficial, sujeito muito espirituoso, chamado Geraldo de Deira (não sei se Deira era o apelido do pai ou da mãe dele). E o que ouvi dele: Recebendo um pão de alguém, Geraldo de Deira sentou-se num banco da praça para comer. Uma mulher passou e disse que era feio comer “no meio da rua”. E Geraldo respondeu:  e eu vou alugar uma casa pra poder comer um pão?/// Na praça, Geraldo ouvia dua mulheres conversando. Uma, então, disse que não sabia mais o que fazer para emagrecer. Aí, ele atacou: venha morar dois meses comigo, comendo do que eu lhe der, e quero ver se você não emagrece…/// Depois de cinco anos de namoro, Geraldo ouviu a queixa da namorada: Geraldo, tu num acha que tá na hora da gente se casar não? E ele perguntou: “e quem quer casar com nós?/// Numa discussão numa padaria de Mauriti, o dono da padaria atirou um quilo, que ele usava pra pesar o pão,  no oponente. Este se desvencilhou, mas o quilo ainda lhe acertou a testa, causando um hematoma. Depois do ruge-ruge veio e disse-me-disse e Geraldo, que presenciara tudo , comentou: “a sorte de fulano é que o quilo de beltrano só tem oitocentas gramas…/// Mas o melhor de Geraldo de Deira era quando ele queria dizer que algo era muito bom. Ele dizia: “Isso é igual a um pão com dois miolo”.
     

  5. os filhos da pata

    Claudionor???

    Contavam em minha terra que uma pata teve cinco patinhos e lhes deu os nomes de

    Pata

    Peta

    Pita

    Pota 

    e

    Claudionor.

    Juro que é verdade.

  6. Claudionor

    Nassif,

    Também faz tempo que não vejo o Claudionor -a última vez deve ter sido em 2000, quando estive com ele em Campo Grande e o levei até parte do Pantanal. Continuava fumando muito e isso me impressionou demais. Mas não “cantou” nenhuma nova máxima. Ele estava assessor da Associação de Magistrados do Mato Grosso do Sul.Depois disso perdi a pista,

    Abs 

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