“Mandando pera”, por Rui Daher
O termo existe, pode ser antigo ou pouco usado, mas até prova em contrário (salvem-se Sérgio Moro, Dallagnol, loiras juízas amestradas), “mandar pera” é uma expressão de fraterno amigo, compartilhada por nós, em nossas escritas e conversas, quando queremos desancar o que e a quem detestamos.
Vejam que seguimos a nova ortografia, sem circunflexo, diferente do que preferiam os dicionaristas de outrora.
No meu caso, consulto o “Novo (?) Dicionário Brasileiro Melhoramentos”, organizado pelo professor Adalberto Prado e Silva (Volume 4, 1971), e noto o gracioso chapeuzinho sobre a letra e, pêra.
Mando pera (registrei em cartório e dou fé, o GGN não ter nenhuma responsabilidade sobre este texto) em determinado site de direita, o covarde “Diário do Poder”, editado por Cláudio Humberto, a quem não ouso chamar jornalista, e que foi porta-voz de Fernando Collor, a quem também não ouso chamar de presidente ou ex. Cargo nem sempre é merecimento.
Aliás, como insano foi, não se espante ele andar braços-dados com o insano atual.
Recebo de amigo coluna de CH (para ele iniciais são suficientes) anunciando boas notícias. Êpa! Corri para ler. Preciso delas.
Do que se tratava? “Genocídio Reverso”. Ouviram falar?
E o que conclui o iluminado (versão Jack Nicholson, no filme de Stanley Kubrick 1928/1999)?
Esquece o número de mais de 420 mil mortes e os mais de dois milhões de cidadãos infectados, por Covid-19, no Brasil, o sofrimento de famílias, para dizer que, em relação ao planeta, estamos indo muito bem.
Para CH, os casos de infecção no Brasil e as mais de 420 mil mortes não são nada, pois “curamos 92,74% do total de casos encerrados”. Vale dizer, 7,26% dos brasileiros estão felizes, podem largar os protocolos sanitários, pois são os salvos pelo “Diário do Poder” (calhorda até quando considera a democracia brasileira ter três Poderes, e não um só).
Segue o gênio que sai de um Aladim ou um pudim: em proporção às populações de países como Suíça, Argentina, México, França, Espanha, EUA, Reino Unido, o Brasil, pela altivez do Poder Executivo, fez o melhor.
Sugiro consultarem a Pfizer.
Queria o quê o imbecil e colorido porta-voz? Qual o seu objetivo (ainda mais pedindo compartilhamento em nome da verdade)? Apelar para o reverso, do reverso, sem reverso, em país com mais de 50% da população sem segurança alimentar, extrema pobreza, e 14 milhões sem emprego? Os palavrões reservarei para mim e para o íntimo de meus leitores.
Os países por ele, covardemente, apontados, como muitos outros, estão saindo da pandemia por vacinação, e nós não chegamos nem a 20% dela, por negacionismo e bobeada na compra de vacinas.
Façam a conta! 2025, talvez. O pobre e inculto porta-voz do caos, contabiliza ao reverso. Sei de parentes, amigos, pessoas essenciais e leais que trabalham comigo afetados por raciocínio burro e genocida de seu nefasto patrão. Pelo contato, somente eu e minha mulher não estamos na mesma, pois a Sinovac nos salvou na segunda dose. Envergonha-me o privilégio.
Porta-voz reverso ou reversa voz, mude seu blog de “Portal do Poder”, e denomine-o “Portal de Bolsonaro”, ou #ForaPfizer. Será mais hilário.
Nota: Quando da excelente entrevista de Lula a Reinaldo Azevedo, a Band, logo após, colocou análise calhorda de CH. Lamentável, Fernando Mitre.
Se quiser processar, vá! Caso sim, (K) Everaldo irá socá-lo, e o Harmônica dará o golpe final, na carótida, que nos propiciará saborosa galinha cabidela.
Inté!
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Bota calhorda nisso!!! É vender a alma ao diabo, que envergonhado deve aceitar a oferenda, até ele, com nojo do sujeito…. Um abraço!!!!
Rui tô contigo. Esse cara é um, falta-me qualificativo, mas não devo expressá-lo. Além disso vc já expressou aquilo que eu penso.