As mulherzinhas, de Louisa May Alcott

“LITTLE WOMEN” , de Louisa May Alcott (no Brasil, Mulherzinhas), romance escrito em 1868

e considerado um clássico, teve muitas adaptações – para cinema, teatro, TV, etc.

Ganhei e li aos 12 anos – leitura tão prazerosa que me levou a pelo menos duas das sequências(Mulherzinhas Crescem e Rapaziada do Jo), e a uma adolescência de muitas leituras… Acho que assisti parte de uma das versões antigas do filme, mas não me lembro bem – o livro marcou mais!

Em filmes, a protagonista Jo foi interpretada por Katherine Hepburn (1933), June Allyson (1949) e Winona Rider (1994), nas produções mais comentadas.

O texto abaixo é de 2004.

“As quatro mulherzinhas de Louisa May Alcott”
Por ISABEL SALEMA
http://static.publico.clix.pt/sites/coleccaojuvenil/livros/27.mulherzinhas/texto3.htm

“�Mulherzinhas� conta a história das quatro irmãs March. É vista como a melhor obra da �romancista das crianças�. Amanhã, publicamos o primeiro volume

�Mulherzinhas� é considerado um dos primeiros romances realistas escrito para adolescentes. Este clássico da literatura juvenil é baseado na vida da própria autora, Louisa May Alcott, e conta a história de quatro irmãs que vivem na Nova Inglaterra do século XIX.

Louisa May Alcott nasceu a 29 de Novembro de 1832 nos arredores de Filadélfia, mas a família mudou-se cedo para Boston. Depois para Concord, seguidamente para Fruitlands, depois para Concord novamente e em 1849 estavam em Boston outra vez… O pai era um filósofo transcendentalista que defendia métodos modernos de educação, acreditando no prazer e no envolvimento das crianças no ensino. Mas os seus projectos idealistas mantiveram a família próximo da pobreza e foi a carreira de escritora de Louisa May Alcott que finalmente trouxe segurança económica à família.

Louisa é Jo March, a irmã de 15 anos, que quer ser uma escritora independente e funciona como narradora. Há ainda Meg, a mais velha e bonita, com 16 anos; Beth, a tímida e frágil, com 13; e Amy, de 12 anos, a boneca loira da família. Como personagens principais, temos ainda a mãe, Mrs. March, e o vizinho Laurie, o rapaz que se muda para a casa ao lado e é rico. O pai, Mr. March, está ausente até ao final do primeiro volume, porque é capelão do Exército durante a guerra civil americana.

�Mulherzinhas� foi um pedido expresso do editor da escritora, Thomas Niles, para escrever �uma história de raparigas�. O primeiro volume foi publicado a 30 de Setembro de 1868 e acaba assim: �O pano caiu sobre Meg, Jo, Beth e Amy. O qual tornará a subir, dependendo da recepção dada ao primeiro acto deste drama doméstico.� O sucesso fez a autora publicar o segundo volume logo em Abril do ano seguinte, já com uma edição de 13 mil exemplares.

�Mulherzinhas� é o retrato do dia-a-dia das quatro irmãs, que hoje pode parecer conservador e moralista, mas que na época não era tanto assim. As irmãs discutem boas maneiras, mas também se devem ou não trabalhar e ganhar a sua independência � as duas mais velhas trabalham para ajudar as finanças da casa. A família também discorda dos castigos corporais que Amy recebe na escola e a mais nova das irmãs nunca mais lá volta. Beth apanha escarlatina, de que nunca recupera, ao dar assistência a uma família de emigrantes alemães.

A obra organiza-se por capítulos, quase sempre à volta de um episódio passado no microcosmos familiar da casa. Cada episódio produz um comentário moral. Os críticos dizem que a sucessão dos capítulos consegue compor um estudo da psicologia adolescente e que o talento de Alcott está exactamente na capacidade de fazer esse retrato completo. O escritor Henry James chamou a Alcott �a romancista das crianças�. “ 

Luis Nassif

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