Observação do Blog: o trabalho de Mara L. Baraúna foi modificado na montagem, o que foi um erro de edição. Agora está correto, conforme enviado.
Por Mara L. Baraúna
Craque imortal – Domingos da Guia
Nos anos 30 e 40, zagueiro bom era aquele que dava chutão, carrinho e que parava as jogadas adversárias de qualquer maneira, sem técnica alguma. Zagueiro ótimo era aquele que além de parar jogadas conseguia dominar a bola com certa categoria e efetuar passes para os companheiros do meio de campo, sem afobação. E havia uma categoria superior a todas as demais: a dos gênios, que paravam jogadas, sabiam dominar a bola e, acima de tudo, driblavam, iniciavam jogadas e olhavam para o gramado de cabeça erguida, com imponência e ar soberano. Mas existia apenas um integrante nessa categoria tão restrita: Domingos Antônio da Guia, o Domingos da Guia, maior zagueiro do futebol brasileiro em todos os tempos e um mito da grande área na América do Sul por duas décadas.
Domingos tinha a essência do craque cravada em si a começar pelo nome, elegante, clássico e marcante. Já seu futebol era simplesmente mágico, exuberante e único. O craque tinha também uma cara de poucos amigos e impunha respeito e até medo nos atacantes adversários. Em apenas um ano jogando no futebol uruguaio, pelo Nacional, Domingos ganhou o apelido que carregou por toda vida: Divino Mestre.
Na Argentina, também foi mítico vestindo a camisa do Boca Juniors. Quando retornou ao Brasil se consagrou de vez com a camisa do Flamengo e levantou três troféus estaduais. Uma pena que o craque tenha disputado apenas uma Copa do Mundo, em 1938. Pois ele merecia mais, muito mais. No entanto, as poucas partidas realizadas com a camisa da seleção foram o bastante para a sua imortalidade, que foi passada de geração quando seu filho, Ademir da Guia, também cumpriu a divindade em campo.
A habilidade de Domingos no trato com a bola começou bem cedo, nas peladas disputadas no subúrbio de Bangu, no Rio. O jovem era um dos mais talentosos da região e sabia como ninguém dominar uma bola, driblar um adversário e sair jogando. Em 1929, Domingos começou sua carreira de futebolista no Bangu, claro, e depois de um tempo jogando como volante central foi recuado para a zaga pelo técnico Sá Pinto.
Domingos não gostou, mas nem por isso deixou de ser abusado à frente do goleiro. Ele quebrava os paradigmas do “becão de cintura dura” e tratava de dar show com a bola no pé, postura reta, futebol artístico e muita categoria. Além de ser jogador, Domingos conciliava os compromissos em campo com a profissão de carpinteiro e matador de mosquitos (!). Depois de três temporadas jogando o fino no Bangu e ter estreado com apenas 18 anos pela seleção brasileira, Domingos da Guia despertou o interesse do Vasco, que o contratou em 1932. No clube da colina, o zagueiro ficou apenas um ano e voltou a despertar o interesse de vários clubes. No entanto, o craque decidiu ir para o já profissional futebol uruguaio e assinou com o Nacional. Em terras estrangeiras, nasceria o Divino.
O eterno zagueiro faleceu em 2000, aos 87 anos, no Rio de Janeiro, e deixou para o futebol um legado único de arte, exuberância com a bola nos pés e partidas inesquecíveis para um zagueiro, um ícone e exemplo para as diversas gerações que vieram depois dele. Porém, nenhum outro conseguiu igualar ou mesmo superar o futebol do Divino Mestre, comparado às obras de Machado de Assis por Gilberto Freyre e tido como um “intelectual de calção, meias e chuteiras” por José Lins do Rego. Zagueiro por acaso, nascido para ser atacante, Divino por natureza. Que seja eterno Domingos da Guia. Um craque imortal.
Texto na íntegra aqui: Craque imortal : Domingos da Guia
Domingos é pai de Ademir da Guia, maior ídolo da história do Palmeiras e irmão de Ladislau da Guia, o maior artilheiro da história do Bangu (com 215 gols), clube que revelou as duas gerações de craques.
Outras fontes:
O discutido pênalti de Domingos
Divino Mestre nos campos da fiscalização
Domingos: Buteco do Flamengo, por Adriano Melo
Domingos da Guia na Wikipédia
Domingos da Guia, por Marcel Aoki
Domingos da Guia: o Divino Mestre
Domingos do Brasil: futebol, raça e nacionalidade na trajetória de um herói do Estado Novo, por Leonardo Affonso de Miranda Pereira
Em desenho animado, Esporte Espetacular conta a história de Domingos da Guia
Um salve para o Divino Mestre! Domingos da Guia, zagueiro de fino trato com a bola, por João Pimentel
A superioridade das raças na charge de um caricaturista baiano, por Nelson Cadena
Domingos da Guia, maior zagueiro brasileiro de todos os tempos, ganha, finalmente, um livro biográfico, cinco anos depois de sua morte.
Revelado pelo Bangu, assim como seus três irmãos e filho, sua ligação com o Bangu é tão grande que seu nome é citado no hino do clube.
A família Da Guia: os quatro filhos de Domingos da Guia. * Ademir da Guia em destaque.
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Onde foi parar meu trabalho original?
Caro Nassif
Onde foi parar meu trabalho original?
Você publicou o texto integral do Imortais do futebol e pulou todo o resto dos links e algumas fotos sobre o homenageado (http://imortaisdofutebol.com/2013/04/25/craque-imortal-domingos-da-guia/)
Onde estão?
Domingos é pai de Ademir da Guia, maior ídolo da história do Palmeiras e irmão de Ladislau da Guia, o maior artilheiro da história do Bangu (com 215 gols), clube que revelou as duas gerações de craques.
Outras fontes:
O discutido pênalti de Domingos
Divino Mestre nos campos da fiscalização
Domingos: Buteco do Flamengo, por Adriano Melo
Domingos da Guia na Wikipédia
Domingos da Guia, por Marcel Aoki
Domingos da Guia: o Divino Mestre
Domingos do Brasil: futebol, raça e nacionalidade na trajetória de um herói do Estado Novo, por Leonardo Affonso de Miranda Pereira
Em desenho animado, Esporte Espetacular conta a história de Domingos da Guia
Um salve para o Divino Mestre! Domingos da Guia, zagueiro de fino trato com a bola, por João Pimentel
A superioridade das raças na charge de um caricaturista baiano, por Nelson Cadena
Domingos da Guia, maior zagueiro brasileiro de todos os tempos, ganha, finalmente, um livro biográfico, cinco anos depois de sua morte.
Revelado pelo Bangu, assim como seus três irmãos e filho, sua ligação com o Bangu é tão grande que seu nome é citado no hino do clube.
A família Da Guia: os quatro filhos de Domingos da Guia. * Ademir da Guia em destaque.
Peço que, por favor, você recupere o que eu postei.
Obrigada
Abraços,
Mara Baraúna
O automóvel, o cigarro e o posto de gasolina
A chegada de três craques negros nos anos 30 explica o início da popularidade do Flamengo: Domingos, Leônidas e Fausto ( a Maravilha Negra).
Episódio relatado no grande livro ”O Negro No Futebol Brasileiro” de Mário Filho revela o despreparo dos até então humildes atletas com o repentino sucesso financeiro.
Serei breve confiando na memória. O fato é que Leônidas foi provavelmente o primeiro negro a dirigir um carro de luxo na então capital do Brasil. Parece que era um Buick Y-job. Levando a bordo Domingos e Fausto, chamavam a atenção de todos.
Hora de reabastecer. Para relaxar, Domingos tira do paletó um cigarro Veado – o mais charmoso da época. É quando Leônidas se assusta e repreende o amigo.
”- Tá maluco, meu back ? Fumar no posto de gasolina?”
”- Que é isso, rapaz? Depois de rico ficou preconceituoso?”
A memória falhou e estragou a história, rs.
A resposta de Domingos foi: ”- Que é isso, rapaz? Depois de rico, ficou SUPERSTICIOSO?
A se julgar pelo estilo clássico de Ademir da Guia
O talento de Domingo da Guia era genético. Nada mais bonito, em termos de esportes, do que um zagueiro de categoria jogando futebol. Dos últimos que eu vi jogar, chamava a atenção o estilo do zagueiro uruguaio Montero, que jogou na Juventus e na Celeste Olímpica, cracaço de bola. Parecia um general romano em campo, pura categoria. O Brasil não produz mais zagueiros como Domingo da Guia e Montero faz é tempo. O último talvez tenha sido Luizinho, da Copa do Mundo de 1982.
Tirante este post,pergunto:
Tirante este post,pergunto:
Quem foi um craque,mas craque mesmo de carteitinha.que o filho foi ainda melhor que o pai?
Repito. Domingos da Guia não vale.
Pra mim Djalma Dias e
Pra mim Djalma Dias e Djalminha. Tem outro? Não me lembro.
Aquele menino, cumé o nome mesmo?
Pelé, filho de Dondinho.