Frevo pode se tornar Patrimônio da Humanidade

Do IPHAN

Frevo pernambucano está próximo de se tornar Patrimônio da Humanidade

O ritmo frenético e eletrizante do frevo promete contagiar Paris, na França, na semana de 3 a 7 de dezembro deste ano. Essa é a expectativa do Ministério da Cultura (MinC) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que estarão presentes na 7ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, na sede da Unesco, quando será avaliada a proposta de inscrição do Frevo – Expressão Artística do Carnaval do Recife como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. A ministra da Cultura, Marta Suplicy, e a presidenta do IPHAN, Jurema Machado, integram a delegação brasileira.Entre os países membros do Comitê, além do Brasil, estão Albânia, Azerbaijão, Bélgica, Burkina Faso, China, República Checa, Egito, Espanha, Grécia, Granada, Indonésia, Japão, Quirguistão, Letônia, Madagascar, Marrocos, Namíbia, Nicarágua, Nigéria, Peru, Tunísia, Uganda e Uruguai. Na pauta do evento está a análise dos relatórios dos países signatários da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, a avaliação dos bens inscritos, em 2012, na Lista do Patrimônio Cultural Imaterial em Necessidade de Salvaguarda Urgente, e a seleção das Melhores Práticas de Salvaguarda desenvolvidas até novembro deste ano. A previsão é que a avaliação da candidatura do Frevo seja realizada no dia 6 de dezembro.

Frevo – Expressão Artística do Carnaval do Recife
Patrimônio Cultural Imaterial brasileiro, o Frevo foi inscrito pelo IPHAN no Livro de Registro das Formas de Expressão em fevereiro de 2007. É uma forma de expressão musical, coreográfica e poética, enraizada no Recife e em Olinda, no Estado de Pernambuco. Trata-se de um gênero musical urbano que surgiu no final do século XIX, no carnaval, em um momento de transição e efervescência social como uma forma de expressão popular nessas cidades.

O Frevo é formado pela grande mescla de gêneros musicais, danças, capoeira e artesanato. É uma das mais ricas expressões da inventividade e capacidade de realização popular na cultura brasileira. Possui a capacidade de promover a criatividade humana e também o respeito à diversidade cultural. As bandas militares e suas rivalidades, os escravos recém-libertos, os capoeiras, a nova classe operária e os novos espaços urbanos foram elementos definidores da configuração do frevo. Do repertório eclético das bandas de música, composto por variados estilos musicais, resultaram suas três modalidades, ainda vigentes: frevo de rua, frevo de bloco e frevo-canção. Desde suas origens, o frevo expressa protesto político e crítica social em forma de música, dança e poesia, constituindo-se em símbolo de resistência da cultura pernambucana e expressão significativa da diversidade cultural brasileira. 

O Frevo se concentra nos bairros centrais do Recife (considerados o território embrionário do frevo), no Sítio Histórico de Olinda e bairros olindenses de Águas Compridas, Bairro Novo, Caixa D’água, Jardim Atlântico e Peixinhos. O frevo ocorre, também, em outras cidades brasileiras: Brasília – DF, Campina Grande – PB, João Pessoa – PB, Maceió – AL, Rio de Janeiro – RJ, São Paulo – SP e Salvador – BA.

Luis Nassif

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