Por Gilberto de Carvalho
Do UOL
Entre outros feitos, foi premiado três vezes no Festival de Cannes, duas vezes no Festival de Veneza e outras duas no Festival de Berlim. Em fevereiro deste ano, Resnais apresentou seu mais recente longa-metragem no evento alemão, o longa “Aimer, boire e chanter” (Amar, beber e cantar, numa tradução livre), onde também recebeu uma homenagem.
O filme, que conta a história de três casais que fazem teatro amador e estão ensaiando uma peça, foivencedor do prêmio da crítica internacional durante o Festival de Berlim. “Ele estava preparando, comigo, um outro filme, do qual ele também era roteirista”, afirmou Livi, que produziu os três últimos títulos de Resnais.
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Não entendi mas gostei.
“Hiroshima, Meu Amor” um grande filme. “O Ano Passado em Mariembad” , que quem assistiu, eu incluso nessa galera, está até hoje sem entender picas. Mas dizem alguns que é uma obra prima, uma obra “seminal” da nouvelle vague. Então tá bom. De qualquer forma, um gande e importante cineasta.
O ano passado em Marienbad
O mais belo filme sobre o espaço e o tempo da memória que se confunde à imaginação: o mundo fantasmagórico do cinema.
[video:http://www.youtube.com/watch?v=yc6n2McMAnY%5D
Hiroxima, meu amor
Clássico do cinema moderno, também sobre a memória viva e a dor do esquecimento. Aula de direção de atores, fotografia, montagem, música e roteiro (escrito por Marguerite Duras).
[video:http://www.youtube.com/watch?v=R-VgIR26Eis%5D
“Noite e névoa”
Alain Resnais também foi um dos maiores documentaristas do mundo. Fez o primeiro filme sobre os campos de extermínio nazistas: Nuit et brouillard.
[video:http://www.youtube.com/watch?v=M7CFBQkkk5I%5D
(Sem título)
[video:http://www.youtube.com/watch?v=wZPxNp_UIp4%5D
Uma lastima, que descanse em paz!
Dois de meus filmes favoritos: Hiroshima Mon amour e Providence…..
Excelente post
Excelentes comentários
Alain Resnais
A memória é o tema central da obra do cineasta francês Alain Resnais. Seus longas mais importantes, O Ano passado em Mariembad, Hiroshima, Meu Amor, Meu Tio na América e os curtas Noite e Nevoeiro e Toda a memória do mundo, não só têm a memória como tema explícito mas parecem ser ainda transposições para a linguagem do cinema, brilhantemente bem sucedidas, dos procedimentos mentais de organização da memória, tanto pessoal quanto coletiva. Resnais se utiliza com maestria dos movimentos de câmera, dando-lhes sentido poético.
Foi a partir da análise dos seus filmes que o crítico Luc Moullet escreveu a frase imediatamente adotada no Brasil pelo Cinema Novo: “o traveling é uma questão moral”. A rigorosa utilização da palavra, a repetição e o ritmo, aproximam o cinema de Resnais da poesia, uma poesia de imagem e som.
O crítico Helio Nascimento sintetiza com perfeição: “a arte de Resnais torna a palavra um elemento cinematográfico, sem que resulte desta opção um cinema literário. Resnais descobriu que a palavra poderia ter um outro papel, bem mais importante do que aquele até então a ela reservado. Um papel semelhante à composição de um plano.”
Trecho de um texto sobre cinema e psicanálise, original em:
http://www.casacinepoa.com.br/as-conexões/textos-sobre-cinema/anotações-para-um-debate-sobre-memória-cinema-e-psicanálise
Em que outro blog temos o
Em que outro blog temos o Jorge Furtado comentando sobre a obra de Alan Resnais?…
Sem dúvida, sem Resnais, o cinema fica mais pobre e desmemoriado.
Mas faremos todo o possível para sempre lembrá-lo.
Alan Resnais.
Alguns documentários de Alain Resnais:
São filmes poéticos, pequenas jóias raras.
Toda a memória do mundo (1956) : https://www.youtube.com/watch?v=i0RVSZ_yDjs
Guernica, 1950 : https://www.youtube.com/watch?v=_da3eciNlpE
O canto do Estireno (1958) : https://www.youtube.com/watch?v=Pvl4h8vdGFA
“As estátuas também morrem”
Lembro também esse ótimo doc poético-ensaístico, de Resnais em parceria com outro grande cineasta francês, Chris Marker, que morreu no ano passado. Les statues meurent aussi trata da arte e da cultura africanas, no quadro brutal da colonização europeia da África. Por motivos políticos, a segunda parte do filme foi censurada na França. De 1953.
[video:http://www.youtube.com/watch?v=hzFeuiZKHcg%5D
Mudança de última hora!
E atenção, galera do circuito de Ondina: em homenagem ao desaparecimento do nosso irmãozinho Alain Resnais, deixamos de apresentar o show do Pissirico e passamos a apresentar a obra seminal ”Ano Passado Em Marienbad”. Usem camisinha.
Grande diretor
Vai fazer falta.
E respondendo ao comentário aí de cima: Marienbad é um grande filme. Poético, onírico e atemporal.