Comandante Rolim e a importância do atendimento ao cliente

Por jns

Comentário ao post “Carta à presidente da TAM

Fui roubado!

 

Sim, roubaram uma fita cassete com uma extraordinária – inesquecível – palestra que o meu grande Comandante proferiu no lançamento do FIAT Tempra em Betim – nem sei mais qual foi o ano do lançamento.

Ele disse, para a platéia, que não se interessava por carrões potentes porque a concorrência poderia, sem nenhum toque de mágica, produzir um veículo mais possante a cada momento.

Rolim, um bravo, afirmava que ficava aborrecido por não receber nenhuma ligação dos vendedores e fabricantes para saber se ele estava satisfeito ou não com o produto adquirido.

Ele revelou que ‘ficou puto’ com uma montadora brasileira, cujo carro, recém-adquirido, ter apresentado defeitos primários como a maçaneta para acionamento do vidro das janelas ficar emperrada ao ser movimentada.

O grande Amaro afirmou que gostaria de, apenas, receber um tratamento cordial e que o valor da tecnologia embarcada no veículo não poderia ser mais importante que o atendimento ao cliente e a assistência pós-venda.

[ Por isso, os ‘japas’ arrebentaram e continuam dominando o mercado automobilístico com base na filosofia do TQC – Total Quality Control. ]

Rolim contou que durante o lançamento de uma nova aeronave, ocorreu um acidente cabuloso e vários jornalistas morreram (acho que foi na Baía da Guanabara).

O que estava delineado como uma catástrofe sem precedentes e prejuízos irreversíveis, transformou a TAM em uma grande companhia aérea.

Ele se orgulhava de ter disponibilizado uma linha telefônica conhecida como ‘FALE COM O PRESIDENTE’ e pouca gente acreditava que estava falando diretamente com ele, quando ligavam para fazer alguma reclamação.

Mais orgulhoso ele se mostrava ao descrever uma cena improvável que ocorreu quando uma passageira teria ligado, pela manhã, para reclamar da qualidade das balas fornecidas em um voo interestadual Rio-Sampa.

No mesmo dia ele mandou trocar todas as balas que eram oferecidas nas suas aeronaves.

A mesma reclamante, surpreendentementeno, no mesmo dia, à tarde, voltou a ligar e tornou a reclamar: “Pô, você não precisava trocar estas balas tão rapidamente”.

Amaro, meu ídolo, afirmou: ‘Se eu pedisse ao meu pessoal para trocar essas balinhas, a área financeira iria demorar um século para descobrir a de menor custo e os nutricionista iriam retardar, ao máximo, a liberação de documentos para compra e assim, para evitar este desconforto para os meus passageiros, eu mesmo liguei para um fornecedor e pedi para substituir todas as guloseimas das minhas aeronaves, no mesmo dia.”

Rolim afirmava que ‘os comissários e comandantes andam tão perto do céu e tão próximos de Deus que ficam com dificuldade para reconhecer as necessidades do passageiro comum’.

Por isso ele fazia questão de estender o famoso e lendário tapete vermelho para recepcionar os seus passageiros antes do embarque.

Bem humorado, ele contava que uma senhora – carregando os filhotes cheios de marra e algumas malas – se apresentou para alçar um vôo TAM – Transportes Aéreo Marília.

Na pista, o intrépido Rolim orientou a passageira a ocupar o seu lugar e carregou as suas malas para o interior do avião.

Quando ele se preparava para sair, a passageira perguntou quem ele era.

Rolim se identificou e foi aplaudido estrepitosamente por todos os passageiros que ocupavam as suas poltronas na aeronave.

Esse era o meu Comandante!

Redação

10 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. O Governo tinha que ter um

    O Governo tinha que ter um comandante Rolim em cada setor de comunicação, pois quando você escreve para o governo, quase nuca recebe uma resposta positiva. Nunca ví um governo tão ruim de comunicação, e olha, que se gasta bilhões nesse setor. 

  2. Um gênio do marketing (o

    Um gênio do marketing (o marketing real, aquele que se apoia em ações positivas e reais e não em fantasias…). Levei o Rolim algumas vezes para dar palestras na empresa em que trabalhava, uma grande multinacional americana, e sempre me surpreendia com sua energia interminável e sua forma de encarar o cliente – na opinião dele, o único patrimônio que uma empresa de fato tem. Faz muita falta em um ambiente empresarial cujo objetivo parece ser apenas o retorno financeiro de curtíssimo prazo.

  3. paixão

    ‘Acautelai-vos contra os juízos arrebatados pela paixão porque esta desfigura muitas vezes a verdade. Aquele que olha por um vidro de cor vê todos os objetos da cor desse vidro: se o vidro é vermelho, tudo lhe parece rubro; se é amarelo, tudo lhe apresenta completamente amarelado. A paixão está para nós como a cor do vidro para os olhos. Se alguém nos agrada, tudo lhe louvamos e desculpamos; se, ao contrário, nos aborrece, tudo lhe condenamos, ou interpretamos de modo desfavorável.’

    Malba Tahan

  4. puxaram o tapete

    Anac proíbe pilotos e co-pilotos de recepcionarem passageiros no ‘tapete vermelho’ das companhias

    18/04/2008

    Uma resolução publicada nesta quinta-feira pela ANAC, põe fim a uma polêmica acirrada entre aeronautas, entidades ligadas à segurança aérea e as companhias de aviação, principalmente a TAM. A Anac proibiu definitivamente que o piloto e co-piloto recepcionem os passageiros no chamado “tapete vermelho” do embarque das aeronaves.

    De acordo com entidades como a Associação Brasileira de Parentes e Amigos das Vítimas de Acidentes Aéreos, Associação dos Familiares e Amigos das Vitimas do Vôo JJ 3054 e Sindicato Nacional dos Aeronautas, fazer com que o piloto e o co-piloto deixem a cabine para dar boas-vindas aos passageiros no período em que eles deveriam estar cuidando dos preparativos da viagem diminui a segurança do vôo.

    A decisão da Anac, tomada na reunião de diretoria realizada na segunda-feira, foi publicada na página 37 da Seção 1 do “Diário Oficial da União” de quinta-feira. Trata-se da resolução de número 24, assinada no dia 16 de abril, pela diretora-presidente da Anac, Solange Paiva Vieira.

    O texto diz:

    “A diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), no uso da competência que lhe conferem o inciso VIII do art. 7º e o inciso I do art. 101, ambos do Regimento Interno, aprovado pela Resolução nº 1, de 18 de abril de 2006, tendo em vista o disposto no inciso X do art. 8º da Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005, e considerando a decisão prolatada na Reunião de Diretoria de 14 de abril de 2008, resolve:

    Art. 1° Fica proibido o afastamento dos tripulantes técnicos da cabine de comando para recepção de passageiros durante a preparação da aeronave para o vôo.

    “Art. 2° Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.”

    Fonte: Globo Online

    1. Nada mais acertado

      Sempre posto aqui no blog mas desta vez posterei como anônimo pois não quero prejudicar profissionalmente meu pai que foi comandante da TAM e um tio que ainda o é.

      Nada mais acertado do que retirar esta obrigatoriedade do comandante receber o passageiro. Com a enorme pressão para a redução do tempo em terra e os atrasos dos vôos, quem sai perdendo é a segurança. Acredite, quando voce entra afobado no avião o piloto talvez já esteja trabalhando há mais de 5 horas (fora 1 hora antes para apresentação e o transito até Guarulhos), ele quer chegar em casa antes de voce e a companhia também não quer atrasar.

      Um avião não é um carro que voce liga a chave e sai andando. Existe toda uma rotina de cheques, avaliações recursivas, atenção total aos mínimos detalhes vindos de diversas fontes que é irresponsabilidade deixar o comandante na porta da aeronave para dar prazer aos passageiros.

      Talvez, se ao invés de menos atenção as balinhas e ao tapete vermelho e mais gastos com manutenção correta, treinamento e as tradicionais jornadas TAM muito além da regulamentação (se não me engano o pessoal da nacional trabalha uns 40% a mais que o pessoal da GOL que trabalha no limite máximo da lei) teríamos mais passeiros e tripulantes vivos para contar a história.

      1. Nos dias de Hoje

        SRº Anônimo Voador, boa noite. Lendo seu comentário, concordo com o escrito. Já voei de Helicóptero e tive a oportunidade de decolar com ele ainda desligado, é uma preparação totalmente demorada. Infelismente, hoje o tempo voa mais que imaginemos. Sei que deveria ser ótimo ser recebido  pelo comamdante também, mas infelismente eu não tive essa oportunidade. Prezemos pela segurança !

  5. Fui marcado por um

    Fui marcado por um acontecimento ímpar envolvendo o Comandante Rolim e que serviu de lição para o resto da minha cida profissional. Pois bem, ao entrar no Focker da TAM que me levaria à Uberlândia para tentar fechar alguns grandes negócios com os Atacadistas da região, após ter sido recepcionado por Rolim e seu tapete vermelho, eis que o mesmo (que pilotaria o avião) sai da cabine e faz um apelo aos passageiros: “Senhores, nosso vôo está marcado para as 7 horas, mas são 6:45, está todo mundo aqui, o avião está pronto para a decolagem, e eu gostaria de saber se por vocês está tudo bem, que saiamos 15 minutos antes?”. A resposta foi um demorado aplauso de todos os passageiros. Precisa dizer mais alguma coisa? 

  6. Comandante Rolim – UMA

    Comandante Rolim – UMA LENDA…….De fato, o simples Rolim deixou história. Uma versão de forte ambição profissional colaborada com a sua forte personalidade. É fácil dizer isso para quem com ele esteve por muitas vezes sentado nos bancos da “AFA” em CGH nos idos anos 60 e depois ceder o seu lugar no PT BXD e PT BNB – Beech Baron A55 (primeiros bimotores) a voarem no Brasil de propriedades então do SESC/SENAC SP, para obter a sua licença de PLA. Sua ambição começou a voar e seus sonhos também. Dali para o próximo passo, sua “simpatia” , sonhos e ambição se revelaram. A idéia do VDC (Voo Direto ao Centro) e a aquisição sucateada dos F100 vieram no bojo dos negócios. Há outros fatos que daria para escrever um livro. Mas, sua personalidade frutificou bem com o apoio do Grupo OMETTO e posterior OLACIR MORAES. Com o primeiro ganhou notoridade e “fama” de bom administrador. Que o diga o grupo CESSNA AVIOTION com a aquisição dos Cessna 411 e 412. Enfim, sabia se comunicar bem e muito bem sabia se “virar” nos 30″. Assumiu de perto aberto a grandeza da TAM e enfrentou gigantes da aviação sempre aplicando seu “golpe de mestre”. Quando a VARIG se perdeu, ele ainda teve tempo de “saltar a frente” do avanço na aviação. O business com a AIRBUS era para a TAM comprar a LAN e outras na America Latina e não ser vendida a preço de banana numa grande jogada e cheia de filigramas do contencioso juridico e legal. Quem perdeu essa foi a TAM após a sua “tragica” morte. Agora, quem manda são os “gringos”. A família se retirou do business, ficando com o “belo” resultado, ocupa-se os cargos figuras meramente representativas do grupo majoritário e continuamos a voar aplicando a famosa frase:  hoje aqui amanhã lá, significa hoje na TAM amanhã na LAN e vice versa, perdendo somente os passageiros e obtendo-se tão somente o MAIOR LUCRO projetado pelos seus administradores e o mundo aeronautico caminhando para cinco ou seis grupos dominarem os ares. Vencerão os que venderem mais barato e investirem mais, restando as pequenas migalhas para outros, sob o signo do sacrificio quem sabe até do desastre. De fato mesmo, esse não foi o “CARTOLA” da aviação, tais como os demais que sempre mamaram nas tetas do Governo. Na realidade quem faz a aviação são os pilotos,demais aeronautas e aeroviarios, mas o que se vê, é a embalagem. 

  7. E a Fiat não aprendeu!

    Como já postado aqui, comecei um blog em julho contando a minha saga com o meu Fiat Grand Siena comprado em maio, depois de tê-lo levado inúmeras vezes à concessionária e não ter os defeitos reclamados resolvidos.

    Estamos em outubro, no total o Grand Siena já foi 12 vezes para a oficina da concessionária, diversos foram os defeitos reclamados, um deles ainda persiste [desde o dia em que tirei o carro da concessionária], inúmeras reclamações foram feitas à montadora Fiat, enviei e-mail até ao presidente mundial da montadora. Ninguém, repito, ninguém da Fiat se preocupou em dar a mínima para as minhas reclamações. 

    Procurei o Procon e na primeira audiência fui simplesmente ignorado pela montadora, na segunda a resposta foi padrão e sem nenhuma intenção de atender a minha solicitação: a troca do carro ou a devolução do meu dinheiro.

    Por fim, a documentação está nas mãos do meu advogado e o caso será resolvido pela justiça.

    É uma pena, a Fiat teve um aula de como atender o cliente e não aprendeu nada!

    http://www.defeitosdomeucarro.blogspot.com.br

     

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador