MP do Acre inicia investigação criminal no caso Telexfree

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – A Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Decco) do Acre instaurou inquérito que investigará os sócios da Telexfree. O Decco quer apurar os envolvidos cometeram crime contra a economia popular e lavagem de dinheiro, além de outros delitos. Esta é a segunda investigação criminal contra a empresa, suspeita de criação de pirâmide financeira, a maior em curso no Brasil e no exterior.

O inquérito policial foi aberto a pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-AC. O MP faz a investigação na esfera civil, e a inclusão da Decco leva as investigações para a esfera criminal.

“Se a pirâmide está de fato configurada, haverá a possibilidade de cometimento, em tese, de crime contra a economia popular, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e eventualmente outras tipificações”, declarou promotor Danilo Lovisaro, integrante do Gaeco e um dos responsáveis por solicitar a abertura do inquérito, ao portal iG .

A Telexfree, que tem sede no Espírito Santo, se diz uma empresa de venda de pacotes de telefonia por internet, ou VoIP, por meio de marketing multinível. A Justiça do Acre, entretanto, suspeita que o negócio é uma pirâmide, determinando a suspensão de pagamentos aos divulgadores e entrada de novos associados. Os bens dos sócios foram bloqueados, pois o MP-AC pretende exigir a devolução do dinheiro a todos os divulgadores envolvidos.

Os advogados da empresa afirmam que vão tentar reverter a decisão e negam qualquer irregularidade. O delegado Nilton Boscaro, responsável pela investigação criminal da Decco, aponta para um inquérito em andamento, com uma suspeita de que pode ter ocorrido crime, e ainda vai ouvir os envolvidos.

Outros inquéritos

A Delegacia de Defraudações de Vitória (ES) abriu um primeiro inquérito policial, também este ano, depois que os ministérios da Justiça e da Fazenda colocaram a empresa sob suspeita. Foi feito um pedido de prisão dos sócios da Telexfree pela delegada Gracimeri Gaviorno, que foi negado pela Justiça. A delegada investiga se os sócios cometeram crime de especulação, além daquele contra a economia popular por montar pirâmide financeira.

A Telexfree também foi investigada pelo Ministério Público do Mato Grosso (MP-MT), mas os dados foram enviados para compor o inquérito do Espírito Santo. Um inquérito civil está em andamento no MP-MT.

Com informações do iG.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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