Propostas de ações para redução e prevenção do risco de contaminação por alimentos por falta de higiene, e cuidado à saúde do consumidor, principalmente ao se alimentar fora de casa, foram aprovadas no encerramento do XI Seminário Internacional Proteste de Defesa do Consumidor. Realizado no dia 4, em Campinas, o evento promovido pela Proteste Associação de Consumidores em parceria com o Núcleo de Estudos em Alimentação (NEPA) da Unicamp reuniu mais de 300 participantes.
Entre as sugestões que serão enviadas ao Ministério da Saúde e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estão a fiscalização mais rigorosa e regular dos estabelecimentos e do comércio ambulante em relação a todas as etapas do processo produtivo e reforço do treinamento de manipuladores de alimentos.
Diante dos resultados alarmantes de falta de higiene nas análises microbiológicas feitas pela Proteste em 150 alimentos prontos para consumo vendidos em restaurantes e por ambulantes em nove cidades brasileiras, a entidade cobra medidas para mudar essa situação.
O resultado apontou que o consumidor corre risco quando se alimenta fora de casa: 57% dos alimentos tinham higiene insatisfatória e 11% estavam impróprios para o consumo. E só 32% apresentaram higiene satisfatória.
Veja outras sugestões:
• Campanhas de conscientização dos comerciantes sobre a importância do cumprimento das boas práticas de fabricação;
• Adoção do sistema de classificação por higiene para todo o País e não somente para as cidades da Copa;
• Maior controle e rigor nas autorizações dos pontos de comercialização;
• Aperfeiçoamento e aplicação de normas sanitárias adequadas ao comércio ambulante;
• Estabelecimento de um sistema de vigilância sanitária e informação epidemiológica de doenças veiculadas por alimentos comercializados em vias públicas;
• Adoção de medidas governamentais que visem a regularização, concessão de licenças e mecanismos de controle de atividade;
• Incentivar e conscientizar os proprietários de estabelecimentos comerciais de pequeno porte, em relação ao cumprimento das normas e regulamentos para a comercialização de alimentos;
• Políticas públicas permanentes, para a promoção da educação do consumidor para priorizar alimentos saudáveis;
• Escolha por estabelecimentos que apresentem condições higiênico-sanitárias adequadas;
• Valorizar o papel do consumidor na fiscalização, aumentando a transparência da informação ao público, sobretudo na internet.
As apresentações do seminário estarão disponíveis no site: http://seminario.proteste.org.br/
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