Jornal GGN – A empresa brasileira Avibrás anunciou que vai desenvolver, junto com o fabricante europeu de mísseis, MBDA, um sistema antiaéreo de defesa. A empresa espera conseguir 70% de conteúdo local no projeto. Até recentemente, o Palácio do Planalto esperava adquirir o sistema antiaéreo russo, o Pantsir-S1. Esse novo projeto pode comprometer as negociações.
Enviado por Marco St.
Brasil desenvolve concorrente do sistema antiaéreo Pantsir-S1
Por Tatiana Russakova
Da Gazeta Russa
Empresa brasileira irá, juntamente com o conglomerado europeu MBDA, desenvolver um sistema de defesa antiaéreo de média altura próprio. Projeto conjunto pode comprometer planos do Palácio do Planalto de adquirir o sistema russo Pantsir-S1.
A empresa brasileira Avibrás e o principal fabricante europeu de mísseis, MBDA, anunciaram em meados de novembro a decisão de desenvolver em conjunto um sistema de mísseis antiaéreos de média altura. Segundo a revista “Jane’s Defense Weekly”, a decisão poderia influenciar a decisão do governo brasileiro de comprar os sistemas de defesa antiaéreo russo Pantsir-S1.
Embora os detalhes do projeto AV-MMA (Avibras Medium Altitude Missile) ainda não tenham sido divulgados, sabe-se que a base do sistema será a família de mísseis modulares antiaéreos CAMM. A ideia é desenvolver uma versão específica adaptada às condições climáticas do Brasil, com ampla utilização de componentes e tecnologias de propriedade da Avibrás (por volta de 70%, segundo fontes internas).
Especula-se que o módulo de combate poderá ser implantado sobre um caminhão militar Rheinmetall MAN, de design alemão, ou sobre a plataforma TATRA, a qual já é a base da nova geração brasileira de lançadores de mísseis e foguetes, Astros 2020. Segundo a “Jane’s”, o projeto da Avibrás será capaz de concorrer com os sistemas consagrados já em operação de média e baixa altura.
“O surgimento de um concorrente direto do sistema russo, no mesmo nicho de utilização, tem o potencial de alterar a decisão de compra do Pantsir”, aponta a revista. Atualmente, Brasil e Rússia mantêm negociações sobre a compra de três baterias do sistema antiaéreo Pantsir-S1 (12 a 18 lançadores) e, de acordo com o chefe do Estado-Maior do Exército brasileiro, general De Nardi, as conversações incluem transferência de tecnologia para a produção do Pantsir no Brasil.
O vice-diretor do Centro de Análise de Estratégias e Tecnologias, Konstantin Makienko, confirma que a Rússia está pronta para transferir tecnologia de armamentos inteligentes ao Brasil. “No entanto, o país tem preferência por tecnologia ocidental. Além disso, o Brasil tem um PIB quase que equivalente ao da Rússia, o que os tornam concorrentes geopolíticos globais. Isso cria de certa forma problemas para o aprofundamento da cooperação técnico-militar entre os países”, afirma Makienko.
A assinatura do contrato para fornecimento do sistema antiaéreo Pantsir-S1 estava planejada para outubro de 2014, mas não há previsão ainda de quando o acordo será fechado. “Apesar de haver um contrato com as intenções de compra do sistema russo, o risco do fracasso das negociações é sempre iminente.”
Aposta arriscada
A família de mísseis modulares CAMM foi desenvolvida primeiramente para a Marinha da Inglaterra. A MBDA tenta desde então vender o sistema não apenas para utilização marítima, mas também em plataformas terrestres. “O sistema será colocado em serviço ativo no Reino Unido a partir de 2015-2016, mas a exportação dele é considerada essencial para os fabricantes originais. O anúncio do desenvolvimento conjunto de um novo sistema antiaéreo deve estar preparando terreno para a introdução do míssil no mercado externo”, diz o editor-chefe do jornal de defesa “Vestnik PVO”, Said Aminov.
Segundo ele, o sistema russo Pantsir, que é utilizado não só pela Rússia, mas também por países como Argélia, Iraque, Emirados Árabes Unidos e Síria, não possui análogos no mundo: sob um único chassi blindado, o módulo de combate é composto por dois tipos de armamentos – canhões e mísseis que se complementam no tiro contra alvos aéreos e terrestres distantes até 20 km a uma altitude de 15 km.
“Os brasileiros estão correndo um risco técnico em apostar em um sistema não testado”, avaliou o editor-chefe. “Há uma grande probabilidade das Forças Armadas brasileiras adquirirem o Pantsir, mas não excluo a possibilidade de no futuro o Brasil ter dois sistemas de defesa antiaérea para diversificar os fornecedores de armamentos.”
De um modo geral, o desenvolvimento de um sistema nacional próprio também tende a ser caro e demorado. “O desenvolvimento de um sistema como anunciado exigiria o investimento de 1,5 a 2 bilhões de dólares em um período de pelo menos 5 anos. Analisando a conjuntura atual, não parece a melhor escolha para o Brasil”, diz Makienko, do Centro de Análise de Estratégias e Tecnologias.
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Tentativa de sabotar o
Tentativa de sabotar o negócio do Brasil com Rússia!
Já vimos isso acontecer em 100% das vezes em que o Brasil tentou fazer negócio que não seja com os EUA ou que estejam sob sua influência direta.
“De um modo geral, o desenvolvimento de um sistema nacional próprio também tende a ser caro e demorado. “O desenvolvimento de um sistema como anunciado exigiria o investimento de 1,5 a 2 bilhões de dólares em um período de pelo menos 5 anos. Analisando a conjuntura atual, não parece a melhor escolha para o Brasil”, diz Makienko, do Centro de Análise de Estratégias e Tecnologias.”
Nem precisa sabotar
A Rosoboronexport já se sabota ela mesma.
Os equipamentos russos são tão bons quanto os ocidentais, europeus ou americanos, o problema é que falta flexibilidade em negociar, alguns funcionários graduados da Roso/Rostec,ainda acreditam que a geopolitica da guerra – fria ainda é viavel comercialmente, não compreendendo que para competir no mercado é necessário algumas concessões, e que “parcerias” são fundamentais para conquistar novos mercados.
Fica dificil quando vc. acorda com o 1o ministro a aquisição de um sistema, caso do Pantsyr, com possivel compartilhamento de tecnologias ( não transferencia, mas apenas compatibilização com sua rede ), e a missão precursora, chega na Russia ( Almaz-Antey – Rostec), e estes lhe oferecem outro produto, uma versão digitalizada do S-125 Neva, já batizada de “Paraná” – ou seja, vc. adquire o Pantsyr do jeito que ele é ( prateleira), mas desenvolve um sistema “novo” ( o S-125, que a Venezuela possui, é uma elevação digitalizada do SAM-3 Goa da década de 60).
Como sempre ,esperemos a
Como sempre ,esperemos a opini]ao do Junior 50
Verdade
Quando se trata de tecnologias e contratos militares, eu também fico esperando pelo comentário do junior50.
O BRasil tem sim que investir
O BRasil tem sim que investir no seu próprio veiculo e utilizar toda a rede da inbdustri nacional, se for necessario que compre dos russos, mas nao abara mão de forma nenhuma de desenvolver o seu. Quem pensa diferente só pensa em compa de prateleira e esquece o mais importante que é o conhecimento e desenvolvimento de tecnologia de ponta para o país e por brasileiros.
Sai prá lá seca
Sai prá lá seca pimenteira.
Olho gordo.
Quer puxar para trás o nosso país.
o melhor ataque é a defesa –
o melhor ataque é a defesa – do pre-sal.
Há espaço para os dois sistemas.
Um sistema está pronto e em operação, logo pode ser adquirido e colocado na ativa logo, o outro é uma promessa para no mínimo daqui a cinco anos, poderiam desdobra o investimento em um período mais longo e desenvolver o sistema no país.
Noticia velha e noticia nova
Situação do Pantsyr em 04/2014, durante a FIDAE 2014 no Chile: http://www.defesanet.com.br/br_ru/noticia/14934/PANTSIR-S1-Divergencia-nos-testes-entre-EB-e-Russia/, russo quando fala ” se Deus quiser “, é por que a coisa desandou.
Noticia nova: Novas corvetas classe Tamandaré, sistema antiaéreo escolhido: CAMM, leiam em http://www.naval.com.br/sea-ceptor, em 29/11/2014
Avibrás e europeus:
Alem do sistema CAMM, tanto Naval como Terra, a Avibrás tem outros acordos com a MBDA, como prime-contractor e base de transferencia de tecnologia, e validação de sistemas, pois em conjunto com a MB/Mectron/Arsenal da Marinha, opera a remotorização dos Exocet MM-40, e junto com a Helibrás ( Airbus Helicopters), MB, Mectron e MBDA, tambem tem o contrato referente a compatibilização dos misseis AM39B2 Exocet ASM, com os helicopteros EC725 (UH15A) e os A4M, da AN-MB.
Já na parte terrestre, alem dos Astros 2020 e do sistema AV-MT 300 (missil de cruzeiro ), desenvolvimentos próprios, realizou acordos operacionais, com compartilhamento de tecnologia, para duas concorrencias do EB, com empresas européias (francesas), o do veiculo leve – propõe o Tupi, evolução do Sherpa da Renault Trucks – e do futuro sistema de artilharia rebocada, com o sistema Caesar em associação com a Nexter.
Enquanto os europeus realizam acordos com empresas de defesa, como é o caso da MBDA e BAe Systems ( esta é até associada a ABIMDE ), como os israelenses o fazem, até mesmo a SAAB e Boeing fizeram, os russos se associam, aliás são apenas representados, por uma empreiteira, a ODT ( Odebrecht Defesa e Tecnologia).