MPF chama procuradores franceses para destruir projeto do submarino nuclear, por Miguel do Rosário

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Foto: Carlos Magno/ GERJ

Do Cafezinho

Lava Jato chama procuradores franceses para destruir projeto do submarino nuclear
 
por Miguel do Rosário

Depois de paralisar a construção do submarino nuclear por dois anos, a Lava Jato se organiza para destruir completamente o projeto, varrendo do mapa qualquer anseio do Brasil de entrar no seleto mercado dos países com esse tipo de tecnologia.

A notícia mostra que membros da Procuradoria Geral da República, como sempre agindo de maneira ilegalmente autônoma, sem participação do congresso ou do Ministério da Justiça, estão trazendo procuradores franceses para o Brasil, com objetivo de encontrarem problemas que justifiquem o cancelamento do projeto do submarino nuclear brasileiro.

A ação da PGR, é bom lembrar, é vinculada às investigações e ao modus operandi da Lava Jato.

A ação evidencia que o Brasil, se quiser voltar a ser uma nação soberana, precisa mudar completamente o seu Ministério Público, submetendo-o ao governo e ao interesse nacional.

As instituições jurídicas não democráticas do Estado se tornaram inimigas do nosso desenvolvimento tecnológico e soberano.

A Lava Jato capricha na destruição de qualquer veleidade brasileira de se desenvolver.

Os fundamentos para as ações da Lava Jato / PGR são, como sempre, as delações arrancadas à força dos executivos da Odebrecht.

O resultado é desemprego, atraso tecnológico e convulsão social.

Os prejuízos causados pela paralisia das obras e por seu eventual cancelamento são infinitamente superiores a qualquer suposto desvio, que aliás são sempre exagerados, para legitimar o espetáculo midiático. Mas ninguém pensa nesse detalhe.

Só não pode, claro, faltar dinheiro para pagar o salário de procuradores e juízes, que anda na média (somando as regalias) de mais de R$ 100 mil ao mês.

***

No Estadão

Franceses investigam projeto de submarino brasileiro

Procuradores do país europeu estão no Brasil para apurar suspeitas de irregularidades em negócio bilateral com participação da Odebrecht

Por Beatriz Bulla e Fabio Serapião

BRASÍLIA – O Ministério Público Financeiro da França investiga a construção de estaleiro para montagem de um submarino de propulsão nuclear no Brasil – projeto lançado em 2008 e chamado de Prosub. Uma equipe de procuradores franceses está no Brasil para apurar, além do suposto esquema de compra de votos de membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) para a realização dos Jogos Olímpicos no Rio, conforme revelou o Estado nesta manhã, 8, as obras do projeto ligado ao submarino.

Anunciado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Prosub foi uma “parceria estratégica” entre Brasil e França. A empresa francesa DCNS ficou responsável pela transferência de tecnologia ao País e escolheu como parceira a Odebrecht. Não houve licitação.

Em dezembro, o Estado revelou que o Ministério Público Federal no Distrito Federal investiga sobrepreço de 100% na obra, que teria subido de R$ 5 bilhões para cerca de R$ 10 bilhões. O MPF aponta que os pagamentos saíram do Tesouro Nacional.

O Prosub também aparece nas delações de executivos da Odebrecht. Em delação premiada, o ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Júnior disse que a empresa pagou 40 milhões de euros para o lobista José Amaro Pinto Ramos para estabelecer a parceria com a DCNS para a construção de cinco submarinos, sendo um deles movido a energia nuclear. Foram pagas propinas, segundo o delator, ao ex-presidente da Eletronuclear Othon Pinheiro e para o PT.

Ao receber os franceses no Brasil, nesta manhã, o Secretário de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República (PGR), Vladimir Aras, disse que a viagem ao Brasil tem como objetivo aprofundar apurações sobre dois casos, sem detalhar as investigações.

“Nós temos alguns casos importantes com a França, mas essa missão deles diz respeito a dois casos, um do Rio de Janeiro e outro de Brasília”, afirmou Aras, que não comentou casos concretos em razão do sigilo. Os representantes franceses irão participar de reuniões com as equipes de investigação de Brasília e do Rio de Janeiro sobre o assunto. “São reuniões de trabalho justamente para troca de dados de inteligência tanto para aprofundar investigações lá como aqui”, completou Aras.

O caso sobre o submarino é conduzido pelo procurador Ivan Marx, do MPF do Distrito Federal. As revelações da Odebrecht sobre o caso do submarino foram encaminhadas inicialmente ao Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2), sediado no Rio de Janeiro, pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. Em razão da existência de uma investigação em andamento em Brasília, no entanto, os trechos da delação devem vir para Brasília.

Comitiva. Estão no Brasil para as reuniões a procuradora nacional para assuntos de crimes financeiros, Eliane Houlette; o procurador nacional adjunto Jean-Yves Lourgouilloux; e o comissário-chefe da unidade nacional de polícia contra crimes financeiros, Thomas de Ricolfis. A Procuradoria-Geral da República e a Embaixada da França sediaram um evento com participação da equipe do chamado Parquet Financier francês, criado em Paris para apurar crimes de corrupção e evasão fiscal.

Ao abrir o encontro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, destacou a cooperação internacional entre os dois países e mencionou a possível criação de uma equipe conjunta de investigação entre os Ministérios Públicos dos dois países.

“Já tive oportunidade de estar no Parquet Financier francês quando tínhamos interesse em obter documentos que interessavam em investigações em curso no Brasil. Fomos profissionalmente atendidos, pessoalmente bem recebidos e ao final e ao cabo obtivemos os documentos que nos interessavam. Recebo com muito prazer a equipe francesa”, afirmou Janot.

Após o Estado revelar que um dos casos de interesse dos franceses é a apuração da compra de votos para que o Rio sediasse os Jogos Olímpicos, o procurador nacional adjunto do país disse que eles possuem elementos que levam a crer que votos podem ter sido comprados. A vinda ao Brasil, segundo ele, tem como objetivo apurar se os elementos colhidos na França condizem com os elementos que os brasileiros possuem.

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Redação

18 Comentários

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  1. Perde-se tudo que foi

    Perde-se tudo que foi investido e leva um processo nas costas para pagar o que ainda falta…

    Com certeza será este o nosso caminho…

  2. Esses procuradores são lesa

    Esses procuradores são lesa pátria, antinacionalista que foram comprados pelas grandes corporações para vender o Brasil a preço de bananas. FORA FACISTAS, ENTREGUISTAS!

  3. Vai vendo. Justamente o Aras
    Vai vendo. Justamente o Aras que veio ao GGN defender a cooptaçao sic cooperaçao com o bloco da OTAN

  4. Antes que alguém fale.

    Ou já teve alguém que falou que a culpa é da Dilma, já vai um aviso a quem se referir a infelicidade da escolha, que se comprometa a indicar alguém que preste em meio a essa corja de concurseiros. Porque se alguém vai a uma pocilga escolher um animal, terá necessáriamente de escolher um PORCO!!

  5. Lista tríplice.

    Inda mais se o escolhido tiver que sair de uma lista eleita pelos próprios porquinhos. Aí que não dará jamais cachorro e nem gato. Tem que ser PORCO mesmo!!

  6. Francamente… se fizessem a

    Francamente… se fizessem a mesma coisa que seus colegas do MPF os procuradores norte-americanos seriam presos. Na Rússia eles apareceriam boiando no rio Neva com vários buracos na cabeça. 

    A atuação do MPF ultrapassou todos os limites da razoabilidade.

    O órgão passou a agir como se fosse um INIMIGO do Brasil.

    E em algum momento o Brasil terá que reagir.

    Afinal, nenhum promotor mequetrefe vai trocar tiros com os verdadeiros inimigos do país quando eles chegarem ao nosso litoral. 

     

  7. tem gato na tuba  ..estoria

    tem gato na tuba  ..estoria mau contada

    e as Forças Armadas não iriam reclamar ?

    DUVIDO  ..ta falta coisa nessa versão  ..ou gente interassada dentro das armas

  8. E tem fila ou o pedido de

    E tem fila ou o pedido de colaboração acabou em outra pasta como disse o MP-SP, quando vão receber os procuradores que investigam a CBF e FIFA?

  9. rio
    “Na Rússia eles apareceriam boiando no rio Neva com vários buracos na cabeça. ”
    cá não temos o Neva, mas temos um excelente substituto.
    pra quem se lembra, o Rio da Guarda.

  10. submissão ao governo, qual?

    “precisa mudar completamente o seu Ministério Público, submetendo-o ao governo”……

    Que tal a submissão ao governo temer?

    Questiona-se, há tempo, a submissão da própria Advocacia Geral da União ao geverno federal. Diz-se que a função desse órgão é defender os interesses da União, jamais do governo. A questão está em distinguir interesse do governo e interesse do ente público, nem sempre, raramente coincidentes, frequentemente conflitantes.

    Imaginemos um Ministério Público atrelado ao governo, da União ou do Estado membro. Seria retroceder aos tempos que precederam a Revolução Francesa, na qual o Ministère Publique foi dotado de autonomia, tornando-se uma ‘magistrature debout’, magistratura em pé.

    Sim, uma atuação destas, tendente a destruir o projeto do sub nuclear, é um crime gravíssimo. Mereceria punição exemplar. Isso, falando sem precisão jurídica. Contudo, é preciso cuidado, é preciso menos emoção ao aventar soluções. Isso é complexo, não pode ser tratado de modo amador. A emenda pode ser pior.

     

    1. Ministerio Publico autonomo a

      Ministerio Publico autonomo a partir da Revlução Francesa? Mas onde? Só existe no Brasil e de forma menos autonoma na Espanha. No resto do mundo o Ministerio Publico faz parte do Governo, não é autonomo. Nos EUA os Procuradores Federais são nomeados pelo Presidente , não tem concurso, nem mandato, podem ser demitidos a qualquer momento.

    2. submissão….

      Está claro como água. É a volta das Privatarias. Este embate é apenas para exterminar o que foi realizado de bom com o nacionalismo revivido pelo pt. E nem era bandeira política do pt. Pena que as saídas políticas e econômicas nunca foram abraçadas por nossa esquerdopatia tupiniquim como Politica de Estado. Mas a proposta pelo Tucanato é disparado a pior de todas. Entregar economia e soberania a interesses estrangeiros mantendo o parasitismo paquidérmico do Estado. Por exemplo, um MP que combate o próprio Estado que representa e seus cidadãos a custos estratosféricos de salários de 100 mil reais mensais. Ou o Brasil acorda de tamanho pesadelo ou nossa auto escravidão se perpetuará. 

  11. Interesse nacional.

    Observamos a tempos o total desinteresse do pgr e do MPF pela saúde financeira do Brasil. Esta nova facetado descaso com a segurança nanional tem cara de crime lesa pátria . Vida longa e justiça para Almirante Othon, maior expressão brasileira da energia nuclear.

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