Com Bolsonaro, programa Cisternas corre riscos e atinge pior índice

Foram construídas no governo de Jair Bolsonaro apenas 30 mil cisternas, o que representa uma diminuição de 80% em cinco anos

Programa Cisternas – Foto: divulgação

Jornal GGN – O Programa Cisternas (Programa Nacional de Apoio à Captação de Água de Chuva e outras Tecnologias Sociais) foi criado em 2003 pelo ex-presidente Lula, levando água para o consumo humano e produção de alimentos a centenas de milhares de brasileiros, atingindo 1,2 milhão de cisternas ainda em 2016. Agora, o programa corre riscos e no ano passado atingiu seu nível mais baixo.

Foram construídas no governo de Jair Bolsonaro apenas 30 mil cisternas, o que representa uma diminuição de 80% em cinco anos. Para se ter como exemplo, no ano de 2014, foram mais de 149 mil construções financiadas pelo governo no programa que é reconhecido mundialmente e recebeu diversas premiações internacionais.

No ano passado, de acordo om o Ministério da Cidadania, foram usados R$ 67 milhões no Programa, o que representou a queda drástica na produção que era feita até os anos anteriores. Também chamada de “caixa d’água do sertão”, por garantir as condições de sobrevivência no semiárido do nordeste brasileiro, 343 mil famílias ainda aguardavam as cisternas e mais de 700 mil de “segunda água”, que é o modelo para usar em pequenas produções agrícolas.

“O programa Cisternas simboliza uma verdadeira revolução na perspectiva do acesso à água pelas populações difusas do semiárido”, afirmou o coordenador-executivo da ASA (Articulação do Semiárido) no Ceará, Marcos Jacinto, à reportagem do Uol.

A diminuição dos investimentos pelo governo Bolsonaro no programa é vista com grande preocupação pelas milhares de entidades que integram a ASA. “E isso se acentua quando relacionamos o contexto de anos seguidos de secas, como o que temos vivido desde 2012, com a demanda das famílias que vivem no meio rural do semiárido e que ainda não possuem acesso regular a água de qualidade para o consumo humano e atividades produtivas.”

 

Redação

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