Com risco de rompimento de barragem da Vale, moradores de Barão de Cocais precisarão mudar

A barragem é da Mina de Brucutu, que fica no município de São Gonçalo do Rio Abaixo (MG), mas o trecho que tem risco de rompimento atinge Barão de Cocais. A mina é uma das maiores da Vale em Minas Gerais;

Jornal GGN – Barão de Cocais, em Mina Gerais, pode virar uma cidade-fantasma. Quem decreta é a Vale e suas barragens em risco. Os moradores da cidade precisarão se mudar por conta do risco do rompimento da barragem Norte/Laranjeiras. O anúncio oficial da mudança foi feito no dia 18 e, agora, os moradores precisarão escolher as futuras moradias.

A barragem é da Mina de Brucutu, que fica no município de São Gonçalo do Rio Abaixo (MG), mas o trecho que tem risco de rompimento atinge Barão de Cocais. A mina é uma das maiores da Vale em Minas Gerais;

A remoção, segundo a Vale, afetará pelo menos 34 pessoas. Esta é uma ação preventiva pois a barragem não recebe rejeitos e, desde dezembro de 2019, não faz parte do plano de produção de minério de ferro.

A Vale informa que a remoção será feita de forma programada, conduzida pela Defesa Civil. Diz, ainda, que prestará toda a assistência necessária às famílias até que a situação seja normalizada.

Para a remoção dos moradores será levada em conta as limitações impostas pela pandemia, informa a Defesa Civil de Minas Gerais. Com isso, ninguém irá para hotel. A opção prioritária é de que as famílias já sejam realocadas em casas que elas escolherem. Um tempo será definido para que a escolha aconteça.

Outro ponto é a questão dos moradores que desenvolvem atividades agropecuárias, com logística também para a remoção de 790 animais.

A remoção ocorre porque a Vale elevou a barragem Norte/Laranjeiras para o nível de emergência 2, conforme a classificação estabelecida pela Agência Nacional de Mineração (ANM). A escala vai até 3, quando o risco de rompimento passa a ser considerado iminente. De acordo com a Defesa Civil, a situação decorre de uma trinca em uma ombreira da barragem. Segundo a Vale, a elevação do nível de emergência foi decidida com base em uma abordagem conservadora da empresa, já que não teriam sido observadas alterações relevantes.

Esta não é a primeira evacuação realizada em Barão de Cocais, onde há uma das quatros estruturas da Vale que estão atualmente no nível 3 de risco de rompimento. Trata-se da barragem Sul-Superior, da Mina de Gongo Soco. Na cidade, quase 500 pessoas estão foram de suas casas.

A situação é um desdobramento das duas tragédias ocorridas no estado nos últimos anos. Em novembro de 2015, uma enorme devastação na Bacia do Rio Doce e a morte de 19 pessoas foram consequência do rompimento de uma estrutura em Mariana (MG) mantida pela Samarco, uma joint-venture de Vale e da BHP Billiton. Já em janeiro de 2019, outra barragem se rompeu em Brumadinho (MG) deixando 270 mortos. A responsável pela estrutura era a mineradora Vale.

Com informações da Agência Brasil.

Redação

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