Consórcio Nordeste trabalha para divulgar primeiro edital de compra coletiva ainda em agosto

Grupo discute também agenda de visitas à Europa, para atração de investimentos; Encontros devem acontecer a partir de Novembro na Alemanha, França, Espanha e Itália

Jornal GGN – Representantes dos nove que formam o Consórcia Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste, se reuniram nesta quarta-feira (21), em Teresina (Piauí) para discutir os próximos passos da cúpula dos estados nordestinos.

O Consórcio Nordeste foi lançado no final de julho. Mas foi idealizado em 2011, durante o Fórum dos Governantes do Nordeste. “Nós pretendíamos [ter lançado o Consórcio] em 2015 ou 2016, a partir daquele segundo mandato [da Dilma]. Mas a crise política, que gerou a crise econômica, foi fatal”, comentou o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho em entrevista à TV GGN.

O objetivo da organização é estabelecer compras conjuntas em diversas áreas, reduzindo o custo na aquisição de bens e serviços. Outra proposta do Consórcio é atrair investimentos para os estados da região.

No encontro desta quarta-feira (21), foi anunciada a constituição de um grupo de trabalho para acelerar os arranjos necessários à compra coletiva de insumos e equipamentos de saúde. Na próxima terça-feira, 27 de agosto, os secretários de Saúde vão se reunir em Salvador (Bahia) para avançar na implementação do primeiro edital de compras coletivas, que os estados querem publicar ainda neste mês.

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O grupo também definiu na reunião de ontem sobre as datas de visita à Alemanha, França, Espanha e Itália. O governador da Bahia e presidente do consórcio até 2019, Rui Costa, destacou que a inclusão de Portugal no roteiro à Europa está sendo negociado. O encontro com representantes desses países será para apresentar projetos atrativos ao financiamento externo nos estados do Nordeste.

Os representantes dos nove governos anunciaram ainda a realização de uma reunião técnica em Fortaleza, na próxima semana, para fechar os detalhes do Termo de Referência para parceria público-privado na área de tecnologia e informação. A proposta denominada Nordeste Conectado visa, principalmente, atração de investidores internacionais.

“Somos eminentemente ainda um região agropecuária, mas já conseguimos nos inserir numa cadeia mais dinâmica da economia. Nós temos setor automotivo; refinaria; uma matriz energética diversificada, renovável e limpa; precisamos ter oportunidade de nos articular e fortalecer essas vocações e acho que o consórcio tem um papel decisivo nessa direção”, comentou a vice-governadora de Pernambuco Luciana Santos.

“É um momento de auge. Paradoxalmente temos um ambiente nacional de muita desesperança, mas aqui a gente procura trabalhar para alimentar e lutar para que cheguem os serviços essenciais para nossa gente”, completou.

“O consórcio é a consolidação de um esforço muito saudável, de um conceito integrado que entende que nós temos situações muito parecidas, sejam de problemas históricos como a ausência de um projeto nacional de desenvolvimento que incluísse as regiões e enfrentasse as desigualdades regionais, até questões condicionantes como as similaridades na convivência com o semiárido ou no potencial turístico, por exemplo, então temos que buscar convergência também nas questões econômicas”, avaliou.

Além de Luciana Santos (PE) participaram da reunião os governadores Flávio Dino (MA); Rui Costa (BA); Belivaldo Chagas (SE); João Azevedo (PB); Fátima Bezerra (RN), Camilo Santana (CE), Wellington Dias (PI), e os vice-governadores Luciano Barbosa (AL) e Regina Sousa (PI).

A próxima reunião discutirá como ponto principal a Reforma Tributária e acontecerá em Natal, no Rio Grande do Norte, com data a ser definida entre os dias 15 e 17 de setembro, período que a capital recebe o Encontro Brasil – Alemanha.

Veja a seguir a carta divulgada ao final da reunião com a síntese dos debates e uma preocupação sobre o anúncio do governo Bolsonaro de privatização das empresas estatais:

“Sem estudos técnicos aprofundados e a necessária compreensão de todos os impactos, tais vendas poderão trazer consequências negativas para a soberania nacional e um possível retrocesso à integração regional”.

Carta de Teresina Consórcio Nordeste
Redação

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  1. Esse consórcio deve construir um programa que lhe permita adquirir as estatais que o governo privatizar, muitas vezes à preço de banana.

  2. Esse consórcio deve construir um programa que lhe permita adquirir as estatais que o governo federal privatiza, muitas vezes à preço de banana. Aí sim, estaremos vendo crescer um novo e pungente Brasil!

  3. O Nordeste decola enquanto o sul e o sudeste afundam na insanidade e no caos. Me mudarei para essa região querida quando for possível porque o futuro está lá!

  4. Acredito também ser muito importante o investimento em pesquisa, ou mesmo a compra de aparelhos já existentes, que permitem a retirada de água do ar, ou algo que o valha. O governo federal já começa a boicotar a transposição das águas do São Francisco. Com a água nas mãos do governo federal que temos atualmente, já podemos imaginar o que virá a acontecer.

  5. Quem conhece sua casa é você. Esse consórcio, se ultrapassadas a instância de “puxar a brasa para seu assado” é certo que trará inúmeros benefícios para os Estados envolvidos. Inciativa que deve ser expandida para as demais regiões do pais. No setor privado tem os Arranjos produtivos locais que funcionam quando todos tem um só objetivo nas empresas envolvidas. No setor público esse consórcio é uma novidade bem vinda.Espera-se que o governo federal, como sempre, não crie entraves a essa inciativa.

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