Descoberta nova espécie de dinossauro com chifres

Jornal GGN – Paleontólogos norte-americanos descobriram, recentemente, uma nova espécie de dinossauro herbívoro da família do Triceratopis. A novidade em relação ao novo fóssil descoberto em escavações feitas na região Sul de Utah, nos EUA, em comparação a outros membros da família, é que o exemplar possuía um par de chifres com uma formação diferente, partindo de um ponto central na testa e curvando-se acima dos olhos. A pesquisa foi publicada na edição desta quinta-feira (18) da revista científica britânica Proceedings of the Royal Society B.

Encontrados ao longo dos anos, os fósseis que possuem chifres – “ceratopsídeos”, como são chamados na paleontologia –, especialmente os Triceratopis, têm crânios grandes, um único chifre sobre as fossas nasais, um chifre sobre cada olho e um alongado folho ósseo na parte traseira da cabeça. Já as espécies recém-descobertas, batizadas de Nasutoceratops titusi, possuem características únicas, incluindo um nariz enorme em relação a outros da família e um “excepcionalmente longo” par de chifres, orientados sobre os olhos.

O folho ósseo, ao invés de possuir ornamentações elaboradas, como ganchos ou pregos, segundo os pesquisadores, é relativamente sem adornos, com uma margem simples, com contornos curvados. O primeiro nome usado pelos paleontólogos para designar e identificar a nova espécie – Nasutoceratops – faz referência às características dos tamanhos do nariz e dos chifres, enquanto o segundo – tiusi – homenageia o paleontologista Alan Titus, que, há anos, vem realizando escavações no Grand Staircase-Escalante National Monument, onde o dinossauro foi encontrado.

Intimidação e acasalamento

A nova espécie, contudo, mantém o mistério da grande cavidade nasal dessa família de dinossauros. Os pesquisadores ainda não sabem explicar a função da grande abertura da cavidade, uma vez que não tinha finalidade de olfato, já que os receptores olfativos se localizam na área atrás da cabeça, ao lado do cérebro, segundo Scott Sampson, principal autor do estudo que descobriu o novo fóssil.

Agora, o paleontólogos especulam se a função dos chifres, além de ajudar a reconhecer membros da mesma espécie, tinha função competitiva, para intimidar outros animais da mesma espécie ou atrair fêmeas para acasalar.

“Os chifres surpreendentes do Nasutoceratops eram provavelmente usados como sinais visuais de dominação e, quando isso não era suficiente, como armas para combater seus rivais”, afirma Mark Loewen, coautor do estudo responsável pela descoberta. A área das escavações se concentrou em uma região de cerca de 1,9 milhões de hectares no Sul do estado norte-americano de Utah, uma imensa e inóspita região considerada um dos últimos grandes cemitérios de dinossauros, ainda inexplorado em grande parte, dizem os pesquisadores.

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador