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Governo Bolsonaro não confirma Copa América, mas diz que atletas teriam prioridade na vacinação

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Jornal GGN – O ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro, Luiz Eduardo Ramos, disse no final da tarde desta segunda (31) que não há confirmação de que a Copa América será realizada em solo brasileiro a partir de junho. A declaração ocorreu após uma série de reações negativas porque a CBF e o presidente Jair Bolsonaro teriam concordado em acolher o evento depois que a Argentina e a Colômbia recusaram, considerando o estágio grave da pandemia de Covid-19 no continente.

“Fomos muito criticados por alguns governadores e outras pessoas por a gente estar manifestando, ainda não tem nada certo. Quero pontuar de uma forma bem clara. Estamos no meio do processo, mas não vamos nos furtar a uma demanda, caso seja possível atender”, respondeu Ramos.

Mais cedo, estados como Pernambuco, Rio Grande do Norte e Bahia manifestaram recusa em sediar os jogos. São Paulo afirmou que poderia considerar, desde que não houvesse público nos estádios, entre outras medidas sanitárias. A definição dos locais das partidas é feita pela CBF.

Ramos ainda disse que caso a Copa América – que já ganhou o apelido de CoVa América nas redes sociais – seja sediada no Brasil, as delegações e atletas serão vacinados com prioridade.

O ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha criticou o “fura-fila”. “Copa América MATA-MATA impõe o fura-fila vacinal privado oficial. Segundo o Ministro de Bolsonaro, a seleção será vacinada p/participar da Copa. Sabe todos aqueles sul americanos c/ doenças, grávidas, lactantes que aguardam seu lugar na fila? Bolsonaro também despreza”, disparou.

O neurocientista Miguel Nicolelis é um dos duros críticos da Copa América no Brasil. No Twitter, ele escreveu: “Teve a variante inglesa! Teve a variante indiana! Tem até a variante vietnamita! Se preparem para a chegada da #varianteCopaAmérica! Europa vai aceitar jogadores levando ela daqui pra lá?” Nicolelis ainda defendeu que “o STF tem q ser acionado pra barrar esta insanidade de evento caça níquel da Vergonhabol no Brasil” (sic).

O epidemiologista da Universidade Federal de Pelotas, Pedro Hallal, também aderiu às críticas. “A Copa América no Brasil é um deboche e um desrespeito com as 460 mil famílias em luto no país. A decisão foi tomada exatamente no momento em que a terceira onda se inicia. Como fã de futebol, lamento que o esporte esteja cada vez mais se afastando do povo.”

O PT anunciou uma ação no STF para barrar a realização dos jogos. O senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI da Covid, vai convocar a presidência da CBF para explicar as medidas sanitárias que serão adotadas.

Redação

Redação

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