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Com previsão de frio intenso, movimentos de São Paulo pedem doações de agasalhos e cobertores

da Rede Brasil Atual

Com previsão de frio intenso, movimentos de São Paulo pedem doações de agasalhos e cobertores

Por Redação RBA

São Paulo – Com o frio intenso esperado no Brasil, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o portal Mídia Ninja e a Associação Rede Rua estão organizando uma ação para arrecadar agasalhos e cobertores para proteção da população em situação de rua na cidade de São Paulo nos próximos dias. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), está confirmada a previsão de frio intenso a partir desta quarta-feira (28), com a chegada de uma massa de ar frio que predominará do Sul ao Sudeste e Centro-Oeste. A onda de temperaturas baixas, que pode ser a pior de todo o inverno, deve se estender até domingo (1º). 

Na região metropolitana de São Paulo, a previsão aponta para uma máxima de 15°C e uma temperatura mínima que pode chegar até 3°C na quinta-feira. Na Serra da Mantiqueira, divisa entre São Paulo e Minas Gerais, as mínimas devem oscilar entre -2°C e -3°C. Para sexta (20), há ainda alerta de geada para todo o estado paulista. 

Diante do alerta de frio intenso, as organizações montaram três pontos de coleta na região central de São Paulo, onde se concentra a maior parcela de pessoas sem-teto, para que a população possa fazer doações.

Onde doar

Há um posto de coleta na loja Armazém do Campo do MST, localizada na Alameda Eduardo Prado, número 499, no Campos Elíseos, região central da capital paulista. O horário de funcionamento é das 11h às 17h, de segunda a sábado. Um segundo posto foi montado na Quadra dos Bancários, na rua Tabatinguera, 192, região da Sé. As doações poderão ser feitas das 8h30 às 13h30. 

Também foi instalado um posto de coleta de agasalhos e cobertores na Chapelaria Social, localizada na rua Campos Sales, 88, no bairro do Brás. O local fica aberto das 9h às 13h, às segundas, quartas e sextas. “Sabemos que com o agravamento da crise econômica cresceu também a população de rua e o número de pessoas que precisam de ajuda. Esse é um momento de solidariedade”, destacam o MST, o Mídia Ninja e a Rede Rua, em nota conjunta. 

Mortes no frio

De acordo com o Movimento Estadual da População de Rua, ao menos 13 pessoas já morreram de frio na cidade de São Paulo neste ano. Os óbitos foram registrados em locais diferentes da capital, da região central às zonas norte e oeste. Um problema histórico que se agrava com a falta de política pública de assistência social e investimentos nos chamados Centros Temporários de Acolhimento (CTA). O Ministério Público investiga se há omissão da prefeitura de São Paulo sobre o tema.

Em entrevista ao Jornal Brasil Atual desta segunda (26), o coordenador da divisão nacional do movimento, Darcy Costa, ressaltou que o país precisa investir em habitação permanente aos sem-teto e pediu apoio da população. “Estamos lutando para que seja possível criar um programa de moradia social que tenha a oferta de moradia primeiro para que as pessoas possam se organizar, porque na rua é difícil. E quanto mais tempo na rua, mais difícil a ressocialização”. Segundo estimativas, antes da pandemia as ruas de São Paulo abrigavam cerca de 24 mil pessoas em situação de vulnerabilidade. Desde então, o cálculo dos movimentos já apontam mais de 40 mil pessoas desabrigadas na capital paulista. 

Outras ações de solidariedade

Histórico defensor da população de rua, o padre Júlio Lancellotti também organiza uma campanha para doação de agasalhos, meias, toucas, moletons, cobertores e alimentos. As doações para amenizar o sofrimento causado pelo frio em São Paulo podem ser entregues na Paróquia São Miguel Arcanjo, na rua Taquari, 1.100, na Mooca, zona leste da cidade. Os agasalhos e cobertores também podem ser doados na Casa de Oração da Pastoral do Povo de Rua, na rua Djalma Dutra, 3, no bairro da Luz. 

À frente do projeto “Químicos contra a Fome”, o sindicato da categoria também aceita colaboração para a fabricação e distribuição de pães às pessoas em situação de rua. Interessantes podem entrar em contato pelo Whatsapp (11) 9.6199-3900. O sindicato também aceita doações de farinha branca, farinha integral, cacau, açúcar mascavo, óleo e margarina. Na periferia de São Paulo, a Fraternidade Missionária Emaús (FME) também arrecada itens para o povo de rua do Jaraguá, na zona noroeste. O endereço para levar alimentos ou insumos é a sede do grupo, na rua Maria da Cruz Cunha, 216 – Jardim Shangrila ou na Comunidade São Francisco de Assis, rua Máximo Barbosa, 66, no Jardim Taipas. 

Redação: Clara Assunção

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