Começa a revolta popular contra a Decadência
por Sr. Semana
Em 1870 o jurista, filósofo e poeta sergipano Tobias Barreto publicou o poema “Decadência!”. Defensor do regime republicano, Barreto mostrava-se realista quanto à dificuldade da implantação da República na época, mas ao mesmo tempo apontava um caminho para sua fundação. Hoje, quando as instituições republicanas estão sob forte ameaça, as manifestações deste último sábado tornam atual o poema de Barreto, alguns versos do qual são citados abaixo.
Nós já não temos caracteres nobres,
Nem voz, nem sombra de Catões e Grachos:
O céu tem pena de nos ver tão pobres,
O mar tem raiva de nos ver tão fracos.
Por que não te ergues, oh Brasil fecundo,
Por vastas ambições, por fortes brios? …
Que glória é esta de mostrar ao mundo,
Em vez de grandes homens, grandes rios? …
Que o povo fale, isto é, prenda na boca
A escuma, a raiva, o fel dos oceanos,
E a brasa dos vulcões! matéria pouca
Para cuspir na face dos tiranos …
O povo falou neste 19J.
Tobias Barreto, Obras Completas, edição do estado de Sergipe, 1925, vol. I, pp. 154-155.
Este artigo não expressa necessariamente a opinião do Jornal GGN
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