Se entrego à tua mão meu atropelo
por Romério Rômulo
1.
Vi tua mão brilhante e adormecida
Arcar sob o mundo, um calabouço
A me quebrar, eu todo carne e osso
Como se quebra a carne dividida.
2.
Teu olho a dizer do meu presságio
Tua estrada a mostrar tudo que faço
Teu rosto traduzido em Caravaggio
Tua mão como um segredo de Picasso.
3.
Se deixo à tua mão meu atropelo
E rasgo a carne doce como nada
Eu tenho a tua mão como uma estrada:
A minha vida é fio e é novelo.
Romério Rômulo
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