Se o Senado quer “fazer história”, deveria rejeitar a indicação de Bolsonaro ao Supremo

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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"Isto significa, do ponto de vista institucional, enfraquecer o presidente da República, mostrar que ele não tem mais apoio das instituições e restabelecer o equilíbrio nas relações do Estado"

Jornal GGN – A procuradora de Justiça aposentada, Maria Betânia Silva, disse na manhã deste sábado (7) que o Senado faria “história” e traria “equilíbrio” às relações de Estado se rejeitasse o nome de André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro para ocupar a vaga de Marco Aurélio de Mello no Supremo Tribunal Federal. O mesmo pode ser dito a respeito da recondução de Augusto Aras à Procuradoria-Geral da República, disse.

Para ela, se adotasse essa medida, o Senado faria “um resgate importante da democracia, porque isto significa, do ponto de vista institucional, enfraquecer o presidente da República, mostrar que ele não tem mais apoio das instituições e restabelecer o equilíbrio nas relações do Estado.”

A declaração de Maria Betânia ocorreu durante debate promovido pelo Grupo Prerrogativas, com a presença de Pedro Serrano. O jurista argumentou que o Judiciário está “isolado na defesa da democracia” justamente porque a Câmara dos Deputados, com Arthur Lira na presidência, poderia tirar Bolsonaro do poder, mas não deflagra o impeachment. Ao mesmo tempo, a PGR também é omissa em relação a condutas criminosas do presidente na pandemia. Serrano lembrou que existe também a figura do impeachment do PGR.

Bolsonaro já emplacou um ministro no Supremo ao indicar Kassio Nunes Marques para a vaga deixada por Celso de Mello. No entanto, as relações com os senadores mudaram quando eles conquistaram, na Justiça, o direito de instaurar a CPI da Pandemia.

Acompanhe:

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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