Araújo foi uma das grandes decepções na minha vida, desabafa professor do ministro

"Ele era uma pessoa normal, uma boa formação cultural. Foi extremamente surpreendente ver a guinada radical em direção a um extremismo de direita sem sentido e contrário à defesa nacional", desabafou professor

Ernesto Araújo (esq.), então ministro das Relações Exteriores, e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

Jornal GGN – “O Ernesto [Araújo] foi uma das grandes decepções que eu tive na minha vida”, disse um dos primeiros professores do ministro no Instituto Rio Branco, o embaixador aposentado Sérgio Florêncio.

“Ele era uma pessoa normal, uma boa formação cultural, de modo que foi extremamente surpreendente ver a guinada radical dele em direção a um extremismo de direita sem sentido e contrário à defesa do interesse nacional”, desabafou Florêncio, em entrevista à coluna de Juliana Dal Piva, no Uol.

“Naquela época, ele era um bom aluno, bom nível cultural, depois já fui chefe dele no Mercosul. Ele era uma pessoa normal, uma boa formação cultural, de modo que foi extremamente surpreendente ver a guinada radical dele em direção a um extremismo de direita sem sentido e contrário à defesa do interesse nacional. Foi uma grande decepção”, disse.

O embaixador aposentado foi professor da turma de Araújo no Instituto Rio Branco para formação ao Itamaraty em 1990. À coluna, lembrou que boa parte da turma era entusiasta do Mercosul. Eles chegaram a escrever juntos o livro “Mercosul Hoje”, entre 1995 e 1998, e posteriormente Araújo escreveu sua tese “Mercosul Negociações Extrarregionais”, com defesa das negociações regionais, bem diferente da postura adotada pelo ministro durante o governo Bolsonaro.

Redação

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