Por Marco Antonio L.
Da Carta Capital
“Conselho de Segurança com o Brasil seria mais representativo”, diz embaixador da França
“Há vários motivos [para esse apoio], mas achamos que um Conselho [com o Brasil] poderia ser mais representativo, eficaz e legítimo”, disse Delaye. “O Brasil, como uma nação democrática e portadora de valores, com um modelo de desenvolvimento inclusivo, contribuiu muito para as relações internacionais”, completou.
Delaye reforçou uma posição adotada pelo ex-presidente francês Nicolas Sarkozy em 2010. À época, o mandatário defendeu que o Brasil se tornasse membro permanente do órgão, em um momento no qual o país negociava a compra de 36 aviões-caça franceses Rafale.
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Sarkozy pediu uma reforma no conselho e a ampliação dos membros permanentes, englobando grandes países emergentes. “Quem pode pensar em resolver os problemas do mundo sem Brasil, Índia ou África?”, disse em 2010. A posição foi reafirmada no final do ano passado pelo ministro das Relações Exteriores Laurent Fabius.
Os membros permanentes do conselho são Estados Unidos, Rússia, China, Inglaterra e França, que têm poder de veto nas decisões do órgão. Ao todo são 15 integrantes.
A expansão das vagas no órgão mais poderoso da ONU é uma demanda de países emergentes que querem mais poder e representatividade. Na última semana, quando esteve no Brasil, a embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice, defendeu uma expansão “modesta e pragmática”. Mas disse que os eventuais novos membros do conselho não teriam poder de veto.
Desde o segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil almeja um lugar como membro permanente no Conselho de segurança, para se firmar como uma potência regional na América do Sul. Também disputam uma eventual vaga Alemanha, Japão e Índia.
O Brasil busca o apoio dos EUA, mas nunca o conseguiu oficialmente. Em 2010, o presidente Barack Obama manifestou abertamente apoio às ambições da Índia por um assento permanente para fazer um contraponto à expansão chinesa.
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