O indiciamento de Paula

Por Josef Borges

Segundo revista Suiça Weltwoche, a brasileira Paula Oliveira confessou que forjou a suposta agressão. Paula se condenada poderá pegar até 3 anos de prisão,se comprovado problemas psíquicos a pena poderá ser atenuada, a policia de Zurich bloqueou seu passaporte e abriu inquérito contra a brasileira. O motivo suspeitado seria o recebimento de 50 a 100mil francos Suiços( aproximadamente 100.000 a 200.000 reias).Segunda ainda a revista o objeto utilizado para fazer os cortes foi uma faca comprada no Migros(uma rede de supermercados Suiço equivalente ao um Pão de açucar)

* http://www.weltwoche.ch

Indiciada por falso testemunho e impedida de sair da Suíça

A Procuradoria Pública de Zurique indiciou Paula O. por suspeita de falso testemunho. A brasileira é obrigada a permanecer na Suíça para responder a processo e aguardar o final das investigações sobre o suposto ataque, informou a autoridade nesta quarta-feira.

Paulo O. havia dito que fora atacada por neonazistas e, em consequência, teria perdido gêmeos. As investigações ainda não estão encerradas, mas peritos revelaram que ela não estava grávida no momento da ocorrência.

Ao contrário das afirmações recentes publicadas na imprensa brasileira e Suíça, Paula O. não poderá sair da Suíça enquanto o inquérito estiver em andamento.

Paula tem visto para permanecer e trabalhar no país (chamado Permis B) válido até meados de dezembro de 2009, conforme confirmou na segunda-feira (16/2), a Secretaria de Migração do Estado de Zurique.

Hoje a Procuradoria Pública de Zurique decidiu bloquear seu passaporte e indiciá-la por falso testemunho. Se ela for condenada por “induzir as autoridades a erro”, poderá pegar pena de reclusão de até três anos ou multa, segundo o Código Penal Suíço. “Caso ela sofra de doença psíquica, isso poderia favorecer uma mitigação da pena”, diz o professor de Direito Penal Daniel Jositsch (leia mais na coluna à direita).

swissinfo traduziu o texto da Procuradoria na íntegra:

“Comunicado à imprensa
Procuradoria Pública de Zurique – Sihl
18 de fevereiro de 2009

Caso na estação de trem de Stettbach de 9 de fevereiro de 2009: orientação

Em prosseguimento aos comunicados à imprensa da Polícia de Zurique de 12 de fevereiro de 2009 e 13 de fevereiro de 2009, a Procuradoria Pública de Zurique-Sihl comunica:

A Procuradoria Pública de Zurique-Sihl decidiu em 17 de fevereiro de 2009 indiciar a brasileira de 26 anos por suspeita de falso testemunho (perjúrio) no sentido do Artigo 304 do Código Penal Suíço.

Ao mesmo tempo, a Procuradoria Pública de Zurique-Sihl decreta contra a mulher, no sentido do parágrafo 72, inciso 1 do Procedimento Processual Penal de Zurique, a retenção do passaporte e dos papéis, como é comum nestes casos.

Essa medida garante que a mulher permanecerá na Suíça o tempo em que for necessária a sua presença no processo criminal e até que as investigações necessárias tenham sido realizadas.

O Tribunal de Zurique indicou ontem à mulher um defensor público.

O inquérito aberto em 12 de fevereiro de 2009 relativo à denúncia de uma agressão cometida por desconhecidos continua em andamento.

Outras informações só serão fornecidas quando a situação das investigações o permitir.”
Defensor público

No texto está claro também que Paula O. passa a dispor de um defensor público. Seu nome ainda não foi divulgado. As autoridades brasileiras também já ofereceram à brasileira uma lista de advogados capazes de defendê-la.

“Fizemos algumas indicações de nomes, mas a família declinou”, explica o conselheiro Acir Madeira, recém-enviado pelo Itamaraty para ajudar o Consulado do Brasil em Zurique nos contatos com a imprensa.
Retrospecto do caso

Paula O. denunciou na segunda-feira da semana passada (9/2) que teria sido atacada por três neonazistas na estação de trem de Stettbach, no subúrbio norte de Zurique. Em consequência das agressões, ela teria perdido gêmeos no terceiro mês de gestação.

O caso teve uma forte repercussão na imprensa dos dois países e chegou a gerar reações enérgicas da diplomacia brasileira, que cobrou uma apuração rápida e sugeriu que a ocorrência tinha conotações xenófobas.

No dia 13 de fevereiro, o diretor do Instituto de Medicina Forense da Universidade de Zurique, Walter Bär, afirmou que, a partir de exames de legistas e ginecologistas, a conclusão era de que a brasileira não estava grávida no momento da ocorrência e que provavelmente teria ela mesma feito os ferimentos em seu corpo. A versão de Paula O. começou a desmoronar.

Mais detalhes sobre a vida particular da advogada, divulgados pela imprensa brasileira na terça-feira (17/2), colocaram ainda mais em dúvida a versão do ataque descrita pela suposta vítima. Ontem à noite, a brasileira recebeu alta do hospital Universitário de Zurique, onde estava internada. As investigações para descobrir como ocorreram os ferimentos continuam.

Leia no blog “Coisas da Suíça” as últimas reações na imprensa helvética.

swissinfo, Alexander Thoele e Geraldo Hoffmann

Luis Nassif

69 Comentários

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  1. Realmente era uma farsa.
    Realmente era uma farsa. Talvez a melhor lição que o jornalista Noblat já teve em sua carreira. Fotos afirmando coisas sem comprovação no anseio do furo jornalistico costumam acabar nisso. Na próxima espero que cheque duas antes de dar a notícia. O feitiço também vira contra o feiticeiro.

  2. Hahah. Induzindo pelo
    Hahah. Induzindo pelo comentário de luka, fui ao blog do Noblat e me deparo com o seguinte contorcionismo:

    – Noblat chama Lula de biruta pois este disse que Dilma deve continuar inaugurando as obras do PAC mas Serra não tem nada que fazer em Cascavel (PR), visto que não há nada para o governo de SP inaugurar lá.

    Noblat deve estar sendo sondado pelo Cirque du Soleil. Impressionante.

  3. Nassif

    Como sabe, desde o
    Nassif

    Como sabe, desde o incio desconfiei de tal acusação.
    Pela falta de hematomas, das fotos dos braços que deveriam demonstrar as marcas de defesa..etc..

    Mas sobre a autoflagelação…desconfio e muito.

    alguns outros detalhes que vi…

    As fotos foram tiradas com ela de pé (tem flash batendo em parede), com roupa, e de calcinha…?

    Tem muito mais sobre este fato.
    Espero que não escondam, mesmo sendo um cidadão suiço envolvido.

  4. Nassif, desde o inicío do
    Nassif, desde o inicío do caso não
    me prenunciei, esperando uma conclusão. Agoro cunclui que a Suiça não é a chuíssa de José Serra.

  5. Para aclarar o primeiro
    Para aclarar o primeiro parágrafo:

    A Die Weltwoche ressalta que vítimas de violência na Suíça recebem consideráveis quantias de indenização (entre 50 a 100 mil francos suíços), com agravante se a vítima está grávida e perde os filhos.

  6. Nossos Diplomatas não têm
    Nossos Diplomatas não têm mesmo nada que pedir desculpas. Só faltava essa…

    Acaso a diplomacia de outros países tem por hábito se desculpar com o Brasil quando justo? O Embaixador da Espanha acaso se desculpou pelo tratamento dispensado aos brasileiros pela segurança de Barajas?

    Quem disseminou a mentira sim deveria se desculpar (leia-se aqui Noblat e JN). Se não com a Suíça, ao menos com seus leitores e telespectadores que embarcaram na insanidade.

  7. Agora não adianta ficar
    Agora não adianta ficar botando a culpa neste ou naquele. A história era tão absurda para ser uma farsa que poucos de nós não caiu neste verdadeiro conto do vigário.
    Evidente que o jornalista deve conferir a veracidade para só assim publicar, mas cá entre nós, como ele poderia checar? Ou ele esperava um tempo até que os fatos ficassem mais claros . Correndo o risco de ser verdade e a suporta vítima não ser tratada como merecia, ou ser uma farsa e ninguém saber antes, só depois de tudo.
    Quanto ao governo brasileiro, não vejo motivo para desculpas. Não houve ofensa.

  8. LMaria, acho que as fotos
    LMaria, acho que as fotos divulgadas foram tiradas pelo marido, para divulgar o que havia ocorrido. É o que li por aí.

    Quanto à auto-flagelação, o detalhe que mais me intrigou era o S que, a meu ver, estava claramente de ponta-cabeça (tirando o relativismo do “ponta-cabeça”). Claro que isso não prova nada, mas desde início não engoli muito aquele S com o lado maior invertido.

    Agora, me parece que a diplomacia brasileira não fez nada de mais. Não lembro de nenhuma acusação a respeito. Apenas pedidos de que se esclarece-se logo e que o caso tinha indícios de xenofobia. E tinha mesmo, ora.

    Seria estranho, e haveria um baita estardalhaço interno, uma diplomacia que, em primeiro lugar, levantasse suspeitas sobre a moça.

    Triste caso. Espero que a moça tome tento agora.

  9. È um delírio geral. É apenas
    È um delírio geral. É apenas um caso de polícia, que querem (quem?) transformar num incidente diplomático de primeira grandeza,

    Tem mais um lebre nesses arbustos: o noivo da moça (namorado, companheiro, sei lá) esse Marco Trepp ainda ñ apareceu pelo que sei. Tem alguma culpa no cartório que estão escondendo.

    A imprensa suíça (que me dei ao trabalho de verificar on line) pouco fala nele.

  10. Espero que lá exista o devido
    Espero que lá exista o devido processo legal, advogado de defesa brasileiro, exames feitos por médicos brasileiros, etc. E provas, por enquanto é tudo boato. E se o processo está correndo em sigilo, como diz a Polícia de lá, pelo que se lê em jornais, como é que a revista sabe tudo e publica? Lá também tem vazamento para a Veja?

  11. O que se comenta é que o
    O que se comenta é que o namorado dela, que é SUÍÇO, também pode estar envolvido na farsa. Ele teria feito os cortes na namorada, afinal como ela se cortaria nas costas? E tudo para ter direito a receber um certo seguro…

    O que se espera agora é que se apure rigorosamente os fatos. Ficando evidente a culpabilidade, que essa moça assuma a responsabilidade de seus atos. Que cumpra a devida pena de prisão e que, ao final, seja expulsa do país. A justiça deve prevalecer sempre.

    E ao namorado, se comprovado que é mesmo co-partícipe, também os rigores da lei. Não é porque é suíço que não deveremos acompanhar os fatos em relação a ele. Agora sim saberemos se há mesmo discriminação na Suíça, se somente ela, por ser brasileira, pagará pelo erro.

    Se se provar que Paula não estava em suas plenas faculdades mentais, que seja encaminhada a um tratamento psiquiátrico adequado. O que não se pode negar é o amplo direito de defesa.

    E nossa diplomacia deve acompanhar de perto o desenrolar dos fatos, sempre dando total apoio jurídico a uma cidadã brasileira. Pais não ficam ao lado dos filhos em bons e maus momentos? Pois ela é filha do Brasil e merece uma defesa e acompanhamento dignos, mas sem que deixe de pagar por seus atos.

    Essa é a verdadeira justiça. Que seja feita!

    Bianca

  12. O interessante disso tudo, é
    O interessante disso tudo, é que a nossa imprensa entra nessa jogada sempre, essa coisa de perseguição aos humildes brasileiros, e o foco da questão não é debatido.

  13. Continuo achando que o pai
    Continuo achando que o pai desta moça é o verdadeiro vilão desta história. Nada disso tria ocorrido se ele não tivesse feito este estardalhaço todo. A se confirmar esta versão de auto-mutilação esta família vai precisar de fazer uma bela análise psicológica.

  14. Nassif, está ficando chato
    Nassif, está ficando chato já, digito o comentário, e depois me aparece uma mensagem dizendo que digitei rápido demais??? Assim, se perderão vários comentários, afinal de contas quem se animará a digitar tudo de novo?

  15. Acho que ainda falta muito
    Acho que ainda falta muito para a história acabar.
    – Alguém tem mais informações sobre o senhor Marco Trepp? Para alguém que ia casar com a moça (não sei se eles moravam juntos e de quem era o ap) e que fotografou-a após o incidente, por que tanta ausência agora? Sabemos que ela era bem empregada. E ele? Eles tinham dívidas? Existem vizinhos que os conheciam? Quais seus hábitos?
    – Para avaliar o lúpus existem exames e médicos especialistas, mas ela pode ter uma labilidade emocional, mesmo sem se tratar da forma grave de doença psíquica associada à crise do lúpus.

  16. Eu tenho recorrido ao
    Eu tenho recorrido ao sistema: escreve no word e passa depois tudo para o espaço dos comentários. Enquanto não se arruma isto… é o jeito de inserir um comentário sem perder tudo.

  17. Suiços ,também ,dão para
    Suiços ,também ,dão para serem grandes escroques. Aquela disciplina helvética ,desequilibra ,principalmente os jovens. Aqui ,um dos crimes de maior repercussão nos anos ´70,foi de autoria de um cidadão suíço,que se evadiu com a ajuda do pai e voltou a viver nos alpes,até morrer(de over dose).Não recordo de nenhuma autoridade daquele país,pedir desculpas,ou visitar a família da vítima. Convenhamos, que a tradição também não ajuda.Receptor (ou será receptador? ),universal de numerário de origem duvidosa.

  18. Se o andamento do caso
    Se o andamento do caso continuar neste sentido, logo logo haverá uma decisão administrativa (judicial ou não, não conheço os detalhes do sistema de imigração suiço) considerando-a inadmissível na Suiça (e potencialmente na UE), o que consequentemente resultaria numa deportação a suas custas e mais a interdição de vistos aos países da UE para os próximos 5 ou 10 anos…

  19. Se realmente for confirmado
    Se realmente for confirmado no decorrer das investigações, ou confessado por ela mesma que foi tudo armação, muito provavelmente teve participação de terceiros, talvez noivo…muito difícil, quase impossível, fazer aqueles riscos sem estar posicionado de frente e, mais ainda, com tanta precisão, conforme pode ser vistos em riscos parecidos com letras p, y, k, e outras, principalmente na barriga…se não apontar quem participou com ela da armação, certamente será presa. Melhor alegação de defesa é a de que foi usada, ou induzida, por amor…já que a moça é tão chique e inteligente, como foi defendido na nossa imprensa !
    Também foi feito um estudo sobre movimentação diária de pessoas no local e em vários dias horários diferentes, mas principalmente na hora alegada…também quase impossível não ter havido testemunha !
    De repente essa moça precisa de muito cuidado, muito carinho e compreensão…se perdeu por completo em busca da felicidade, talvez por culpa de “terceiros” muito próximos !!!

  20. A propósito, criminosos
    A propósito, criminosos roubam, fraudam empresas, até matam. Alguém se lembra de algum que provocou ferimentos por todo o corpo para receber dinheiro? O bom criminoso faz isto nos outros, não nele! Acho que ninguém, em sanidade perfeita, faz isto em si próprio.

  21. Nassif,
    Li esta triste
    Nassif,
    Li esta triste história no blog do Noblat. Qdo surgiram as primeiras dúvidas, enviei comentário a ele perguntando se não havia excesso de “pernambucanismo”, ainda mais sendo a “vítima” filha de assessor do deputado Roberto Magalhães. Perguntei a ele, Noblat, se teria se arriscado tanto se fosse a “vítima” uma simples brasileira.
    Entretanto, não dá pra esquecer o papel desse pai, que recebe um telefonema tão alarmante de uma filha, distante além do oceano. Vc mesmo, Nassif, que tem uma filha morando na Argentina, acho q tomaria as mesmas atitudes.
    Mas vamos falar sobre a Suíça, este enigma europeu. “País da neutralidade”. Lá ficaram escondidos as fortunas dos nazistas. Seus bancos relutaram até onde podiam para esconder o paraíso fiscal. Recusam-se a integrar a União Européia.
    E, na década de 70, acolheram Michel Frank, acusado no Brasil de um crime brutral que chocou a classe média, a morte de Cláudia Lessin Rodrigues. Sexo, drogas e rock´n´rool.
    Não defendo essa Paula – mas poupo o seu pai. Mas critico toda a Imprensa que comprou e vendeu esta história. A despeito da tragédia que milhares de brasileiros estão vivendo nos EUA, na Europa e no Japão neste momento.

  22. Suíça vem colaborando
    Suíça vem colaborando bastante com qualquer tipo de investigação sobre dinheiro sujo…principalmente o que foi tirado do povo brasieliro…hehe
    enigma mesmo é a nossa justiça que sabe dos donos !!!

  23. “Paula O”.

    Golpe baixo da
    “Paula O”.

    Golpe baixo da imprensa suíça fazendo uma anologia com o nome dela [ Paula oliveira” com o livro História de O [ Geschichte der O, em alemão ] da autora Pauline Réage.

    “A História de O, da autora francesa Pauline Réage, é uma novela sadomasoquista que veio a público poucos anos antes da morte da autora. Publicada em 1954, em francês, é uma fantasia de submissão feminina de uma fotógrafa parisiense de moda que é vendada, acorrentada, chicoteada, marcada, feita para usar máscara, e ensinada a estar sempre disponível para o sexo oral, vaginal e/ou anal. Trata-se de um clássico do gênero erótico na linha de Venus in furs , pois o sadomasoquismo é seu ponto forte. É sobre uma jovem que no início joga como dominada, mas quanto mais resiste à tortura, mais gosta de ser escrava. Anos antes do movimento feminino, essa história ensina as mulheres a assumir o controle de seus desejos sexuais e não permitir que ninguém faça escolhas por elas. Em fevereiro de 1955, o livro ganhou o prêmio francês de literatura Prix des Deux Magots, embora isso não tenha evitado que as autoridades francesas acusassem o editor de obcenidade. As acusações foram rejeitadas pelos tribunais, mas um boicote publicitário ocorreu durante longos anos. Isso porque a sociedade não teve cabeça aberta o suficiente para entender o caminho que a sexualidade pode tomar em seus momentos mais escuros.

    http://pt.shvoong.com/books/98009-hist%C3%B3ria/

  24. Não acho que o motivo seja
    Não acho que o motivo seja dinheiro, isso é apenas para justificar uma condenação maior para a moça, afinal o jornal e ligado ao partido nacionalista envolvido no episodio.

  25. 18/02/2009 – 21:04 Enviado
    18/02/2009 – 21:04 Enviado por: Eduardo

    Xenofobia é uma situação justificável quando a maioria do corpo prisional do país é formado por estrangeiros. Oras, há anos a América Latina odeia americanos e ninguém fala nada. Eu gostaria de ser xenófobo em relação ao governo do Sudão, mas não vem ao caso, certo?

  26. Ê Paula… vai tomar um chá
    Ê Paula… vai tomar um chá de cadeia merecido.

    E eu, que estava esperando para vê-la mostrar o ultrassom, vou desabafar:

    O ruim é o prejuízo de imagem que fica:

    Se o brasileiro já tinha fama de malandro… imagine agora.
    Se advogado já tinha fama de pilantra… taí mais uma.
    Se o DEM já tinha fama de golpista… ah, tudo bem, este está blindado.

    Isso aí! Se fosse a filha de algum secretário do PT, as manchetes estariam falando da ‘Filha do Petista’, não de ‘Paula Oliveira’ ou da ‘Brasileira agredida’.

    Até onde o pai da moça estava ciente da farsa, não sabemos e nem vamos saber, pois o máximo de jornalismo que vamos ver sobre o pai da moça é o Fantástico abrir o microfone para um chororô de justificativas e defesas sobre um crime.

    Não veremos nenhuma menção ao DEM nem à mobilização gerada pelo deputado e senador do partido que fizeram com que o governo acionasse os mecanismos consulares, além da repercussão na mídia (também procurada pelo pai).

    Aposto que se fosse a filha de um petista, veríamos jornais, TV’s e alguns blogs defendendo uma versão a respeito da mobilização da máquina pública em função de uma farsa, de um crime.

  27. Confirma-se o que já se
    Confirma-se o que já se sabia, não podemos confiar nas notícias da mídia brasileira, sejam elas nacionais ou internacionais
    Provàvelmente, pensavam em arrumar um “factóide”, para envolver o governo através do Itamarati, em um imbroglio diplomático.
    Já escreví aqui, o governo que se cuide e nunca”ponha a mão em cumbuca”, oferecida pelo noticiário nacional.Sdc

  28. é uma boa hora para reler os
    é uma boa hora para reler os comentários do post do dia 12/02:
    http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/02/12/o-caso-da-brasileira-torturada/

    veja que nesse post acima, já havia a hipótese de farsa – é incrível como muitos opinam no emocional, com o lado racional anestesiado.

    jogar a culpa na mídia é desculpa furada; se for emitir opinião, a obrigação de coletar provas é da própria pessoa, não da mídia.

  29. Ainda é cedo para
    Ainda é cedo para condenações, brasileiros. Leiam o blog do Noblat, transcrito abaixo:
    “Deu na Folha de S. Paulo:

    Caso Paula – Revista que cita farsa é ligada a partido

    A revista semanal suíça “Die Weltwoche”, que noticiou a versão de que a brasileira Paula Oliveira confessou ter mentido à polícia suíça, tem claros laços ideológicos com o partido ultranacionalista SVP (Partido do Povo Suíço), cuja sigla foi escrita com um objeto cortante na pele da brasileira.

    Considerada há uma década a publicação preferida da elite intelectualizada de esquerda da Suíça, nos últimos anos ela começou a se inclinar para a direita, e hoje sua linha editorial é alinhada com a ideologia do SVP. A guinada se consolidou com a compra da revista, em 2006, pelo empresário conservador suíço Roger Köppel.

    Até hoje persistem os rumores, não comprovados, de que o semanário é financiado pelo magnata Christoph Blocher, um dos homens mais ricos do país e que está entre os principais dirigentes do SVP.

    Na guerra de mídia em que se transformou o caso Paula Oliveira, com ataques constantes na Suíça ao comportamento do governo e da imprensa brasileiros no episódio, a reportagem do “Die Weltwoche” assume um tom de que desvendou a farsa montada pela brasileira. Mas em nenhum momento cita a fonte de suas informações.

    Para muitos suíços, o primeiro indício de que Paula estava mentindo foi a associação entre o SVP e neonazistas, que lhes parece exagerada. Mas não faltam imigrantes para dar exemplos de xenofobia na Suíça, alguns violentos.

    “Fui agredido por homens de cabeça raspada, só por ser estrangeiro”, contou o mecânico brasileiro Warley Alves Pinto, 19, que mora em Dübendorf, perto de Paula. “Me falaram que aqui não é meu país e começaram a me bater.”

    * Do jornal O Estado de S. Paulo:

    O brasileiro Warlei Alves alerta que já foi alvo de um ataque de neonazistas na região onde Paula vive, três anos atrás. “Recebi socos e me ofenderam por ser estrangeiro”, afirmou o brasileiro, de 19 anos.

    Ele conta que não apresentou denúncia, mas seus amigos confirmam a história. “Esses ataques ocorrem mesmo e, quando ouvi a história, pensei que era mais uma delas”, afirmou.

    Ontem, um carro com dois skinheads rodeou a casa de Paula, para a surpresa dos que estavam no local.

  30. Acho que este texto do
    Acho que este texto do observatório da imprensa fecha o caso.

    CASO PAULA OLIVEIRA
    A credulidade que fecunda “barrigas”

    Por Sylvia Moretzsohn em 17/2/2009

    O que nos foi apresentado inicialmente como uma clássica e terrível história de violência, intolerância, racismo e xenofobia pode não passar da velha e patética história da moça enlouquecida que forja a gravidez e se autoflagela para forçar o casamento. Seja uma coisa, seja outra, ou qualquer das várias hipóteses intermediárias ainda a serem investigadas, esta é, desde logo e com toda a certeza, uma história de grave irresponsabilidade jornalística………..(continua)

  31. Ricardo,

    Em diversas
    Ricardo,

    Em diversas oportunidades, você não consegue esconder sua face preconceituosa. “Dipromatas”?
    Solicitaram apuração rigorosa no embalo das informações passadas pelo pai e repercutidas nos meios de comunicação. Algum “pobrema”?

  32. Olá,
    Aos que acham correto a
    Olá,
    Aos que acham correto a “cara de paisagem” que nossos “dipromatas” fazem agora e parafraseando um dito comum por estas bandas: cada país tem a diplomacia que merece.
    Querer defender o governo e/ou sua ideologia é uma coisa mas fazê-lo rifando o bom senso, por favor, é muito míope. Pouco a pouco o Itamarati se transforma num diretório acadêmico da década de 70.
    [ ]´s

  33. Caro Nassif, esse post tá
    Caro Nassif, esse post tá parecendo uma piada de mau gosto. Será que ele não lembra alguma coisa? “…segundo revista suiça…”, “..segundo a veja…” ou “…foi uma faca comprada no Migros…” (essa foi de lascar!). É de uma conveniencia aterradora. A “mídia” suiça já condenou e agora só falta convencer aos brasileiros. Não faltam voluntários.

    Este post traz uma notícia nova sobre o caso. Se for uma piada, em breve aparecerão comentários desmontando a piada. É assim que funciona a interatividade do Blog.

  34. Isso ai é coisa de
    Isso ai é coisa de psicopata…..que segundo as estatísicas, estão mais perto da gente do que suspeitamos. Pode ser seu vizinho, seu parente, seu chefe, e até aquele político que você tanto admira…..
    “São calculistas e capazes de mentiras inteligentes possuindo brutal capacidade de manipulação e nenhum sentimento de culpa ao fazer isto”

    A psicopatia não é uma doença mental mas uma zona fronteiriça entre a sanidade e a loucura.

    Mas lamentável foi o Celso Amorim pedir “investigação séria” à polícia suiça. Esses caras das “relações exteriores” vivem no mundo da lua….

  35. Olá,
    Hamilton, eu não chamei
    Olá,
    Hamilton, eu não chamei os suiços de xenófobos, neonazis e muito menos aventei levar o caso à ONU como nossos representantes fizeram, e ainda assim vc. acha qme chama de preconceituoso.
    Mas fique a vontade, pois eu não entro em concurso de coitadismo.

  36. Não acredito na versão de que
    Não acredito na versão de que ela agiu para receber o dinheiro do seguro. Tenho bons motivos para pensar assim, mas prefiro aguardar as declarações da Polícia Suiça.

  37. Olá,
    Acho que fiz besteira no
    Olá,
    Acho que fiz besteira no teclado:
    Complementando ao Hamilton: se nossos representantes só tivessem se limitado a “pedir apurações rigorosas” como voce disse seriam merecedores de todo o respeito que vc. cobra que eu tenha com eles. Não foi o caso aqui e voce sabe disso. Agora se escondem atrás da barriga da mídia como se não tivessem dito o que disseram.
    Repito: a nós, comentaristas de blog, é facultada a estridência, a um Diplomata (com “D” maiúsculo) não.
    Outra coisa: “dipromata” é crítica sim, preconceito não.
    [ ]´s

  38. “A Paula “poliglota”, a Paula
    “A Paula “poliglota”, a Paula “bem empregada em multinacional”, a Paula estagiária de desembargadora, a Paula culta, a Paula “frágil, a Paula “delicada”, a Paula perfeita…só esqueceram que estas qualidades não ENCOBREM A “PAULA PILANTRA”…Tudo que o dinheiro podia lhe comprar, em termos educacionais, lhe foi dado…mas esqueceram de forjar-lhe o CARÁTER. Pelo comportamento do pai…(ajudado por Noblat) “filha de peixe…peixinha é”.

    Vamos aguardar um pouco mais para tirar conclusões. Ainda está tudo muito nublado.

  39. Antes do indiciamento, quando
    Antes do indiciamento, quando a imprensa suíça já especulava sobre um possível processo contra a brasileira, o professor de Direito Penal Daniel Jositsch disse ao jornal Basler Zeitung (em 16/2) que considera “pouco realista” que Paula O. seja condenada à prisão.

    “É mais provável que ela receba uma pena pecuniária ou seja condenada em liberdade condicional”, disse o especilista.

    A pena dependerá, entre outras coisas, da avaliação se ela estava “em pleno gozo das faculdades mentais” no momento da ocorrência, disse Jositsch. Caso ela sofra de uma doença psíquica, isso poderia favorecer uma mitigação da pena, acrescentou.

    OBS: Onde se lê: “Segunda ainda a revista o objeto utilizado para fazer os cortes foi uma faca comprada no Migros(uma rede de supermercados Suiço equivalente ao um Pão de açucar)” Peço desculpas ao Nassif e aos leitores do blog, eu traduzi errado o correto é: Segundo ainda a revista o objeto utilizado para fazer os cortes,uma faca comprado no Ikea. No Migros foi comprado o teste de gravidez.

  40. Realmente, esse governo é
    Realmente, esse governo é composto por burros, sendo o supremo o Sr. Lula. Não aprenderam, depois de 8anos que essa mídia nativa só quer “dar bolinha nas costas” deles. Levam meia-verdades ou mentiras para eles e, sem nem saberem do que se trata, já saem a tagarelar. Mais um ponto para Globo, Band, Frias, Civita e cia ltda. É de goleada!

  41. Tem gente condenado o
    Tem gente condenado o jornalista Ricardo Noblat, a imprensa brasileira e o Celso Amorim.
    Para mim, Celso Amorim foi exemplar ao defender a Brasileira.
    Não tenho simpatias pelo jornalista Ricardo Noblat, mas ele não errou. Os fatos eram mais que evidentes e duvido que algum outro jornalista não daria a noticia do modo como Ricardo Noblat deu.

  42. Nassif,

    Concordo com a
    Nassif,

    Concordo com a Mônica e a Vera Borda.

    Onde está esse namorado? Se a moça é rica, por que faria isso? Profissionais brasileiros serão chamados ou foram? Quais dos profissionais suíços, que atenderam a moça foram ouvidos pela imprensa?
    Ó jornal suíço que afirma ser uma farsa e afirma a confissão de Paula, é ligado ao partido envolvido?

    Vocês se “lembram” que aqui na querida terra brasilis, partidos manipulam edições de renome?Instituições de expressão e tudoomás?

    Que um famigerado, fascínora, inescrupuloso e pulha, manipula nas últimas 2 décadas uma conhecida edição semanal? Não só o referido semanário, mas….

    Hamlet me diga, diretamente do Castelo de Elsenor: “Há algo de podre no reino da Suíça?”

    Abraço
    Soledad

    A casa caiu … Está rachando, me parece. Quando as fundações não aguentarem mais, paciência… Reconstrua-se novamente, dentro do que sobrou.

  43. Quem não se lembra dos
    Quem não se lembra dos famosos comerciais das facas Guinso e das meias Vivarina? As Guinso eram tudo o que havia de mais eficiente em matéria de cutelaria: não tinha o que não cortassem. As Vivarina, ao contrário, eram resistentes a qualquer instrumento cortante ou perfurante. Daí surgiu o chiste, próprio da verve brasileira, de que para cortar a meia Vivarina só mesmo a faca Guinso. Paula deve ter procurado a faca Guinso, mas, na Suíça não é fácil encontrar esses prodígios da tecnologia tupiniquim. Contentou-se com um canivete “Swiss made”. Essas meninas andam vendo muito comercial de televisão.

  44. Olá,
    Pelo jeito vale a pena
    Olá,
    Pelo jeito vale a pena uma sessão ‘recordar é viver”.
    Não foi o “preguiçoso” aqui que disse:
    “Não podemos fazer nenhum pré-julgamento, mas há uma aparência evidente de xenofobia, o que é uma coisa preocupante”.
    Nem disse:
    “A investigação é deles, nós obviamente podemos assessorar no que foi solicitado. Mas acho que o Ministério das Relações Exteriores tem ampla condição de investigar e punir os responsáveis por este crime que parece ser hediondo”
    http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/02/12/materia.2009-02-12.1130907015/view
    Este “preguiçoso” tambem não disse:
    “Eu acho que nós não podemos aceitar e não podemos ficar calados diante de tamanha violência contra uma brasileira no exterior.”
    Nem disse:
    “O crime traz de volta o horror do holocausto”.

    Agora chega que este diz-que-diz deixou o “Macunaíma” aqui com uma preguiça…

    [ ]´s

  45. Do artigo na
    Do artigo na wikipédia:

    http://en.wikipedia.org/wiki/Die_Weltwoche

    “The magazine’s editorial stance today is considered to range between economic liberalism and neo-conservatism – regularly along the lines of the Swiss People’s Party as critics allege.[1][2]”

    “A linha editorial da revista varia do liberalismo econômico ao neoconservadorismo – normalmente dentro da linha de pensamento do Partido do Povo Suíço (SVP).”

    Bom, adivinhem que partido é o SVP?

  46. “E agora Jose? ”
    Depois desta
    “E agora Jose? ”
    Depois desta mais recente “barrigada”da nossa imprensa,que levou a um constrangimento desnecessário ao governo brasileiro,dá pra acreditar em alguma coisa que vira sensacionalismo,em nossa imprenssa e que causa este efeito manada,nestes veículos de comunicação, que deveriam investigar até a exaustão,qualquer fato,antes de colocar em suas manchetes?

  47. Penso que a obrigação do
    Penso que a obrigação do jornalista, além de narrar os fatos e ouvir as versões de ambas as partes ( o que, no caso, era impossível) seja realmente tratar toda situação em que há acusados de práticas delituosas como ” supostos”, até que haja um indício bastante poderoso de culpabilidade. Mas é evidente que, na situação em comento, tudo levava a crer que a história narrada pela moça era autêntica. Primeiro, pela anormalidade de um comportamento auto-lesivo e a ausência_ segundo a família_ de histórico de problemas psiquiátricos ( aliás, a Suiça, país considerado desenvolvido, deveria evitar tratar pessoas com problemas como criminosos, como parece estar fazendo). Segundo, pela conjuntura atual européia, xenófoba e extremista, onde ataques dessa natureza não são raros. De sorte que a imprensa costuma cometer enganos bem maiores do que este. Quanto à postura do governo, é aquela história. Se correr, o bicho pega, se ficar o bicho come. Se espera a conclusão de autoridades suiças, é chamado de leniente e omisso ( vide o caso do brasileiro morto em uma estação de trem em Londres, confundido com um terrorista, em que nada aconteceu). Se solicita providências, crendo, como todos, que algo de fato teria acontecido, é acusado de precipitação. Depois do caso Michel Frank ( suíço, aliás), Cacciola ( na mesma Itália que deseja punir um suposto criminoso quando se omitiu em punir um banqueiro fugitivo da justiça de um país também democrático) e do citado brasileiro em Londres, o que se deveria esperar do governo brasileiro? O velho complexo de vira-latas, com o consequente silêncio? Os tempos são outros. Se o episódio deixa uma lição jornalística e talvez até diplomática, as circunstâncias que o envolveram são aptas a compreender a atitude de jornalistas e diplomatas. Gostaria que outro tipo de conduta da imprensa também merecesse a comparação com o que os manuais de redação pregam.

  48. Desde a divulgação da prova
    Desde a divulgação da prova do crime – as fotos do corpo da vítima dilacerada – eu vi óbvia incongruência naquele fato que se traduziu, na mídia, por ululante inverossímilhança da notícia ou até se tal, fosse uma narrativa de ficção policial. Tremenda barriga do Noblat&Fátima&Cia, como tal, do padrão Global.
    Vamos a científico-etnográfica elucidação: O PADRÃO DAQUELE POVO SUIÇO SÃO PEQUENOS FUROS IRREGULARES DE DIVERSOS TAMANHOS E, NUNCA! AQUELE PADRÃO RISCADINHO ORDENADO.
    Elementar, meu caro Amorim.

  49. Nunca, jamais me guio pela
    Nunca, jamais me guio pela mídia.Sempre aguardo conclusões técnicas (se sei confiáveis, jamais confiaria numa conclusão do mp gaúcho e da bm e mp de sp, aliás, de sp não confio em QUASE nada).Todos que postamos aqui, sabemos das intenções da mídia e discorremos sobre, Acreditar na midia, depois de tantas barrigadas, é ser ingênuo demais.
    Sr. Nassif, têm vários comentários seus que gostaria de enviar para outras pessoas, mas não estou conseguindo acessar compartilhe. .

  50. Nassif,

    Há um bom post no
    Nassif,

    Há um bom post no blog do editor da BBC Brasil. Segue o seu início e link…

    Caso Paula e o poder da dúvida

    * Rogério Simões
    * 18/02/2009, 05:35 PM

    paula.jpgHá quem não acredite na imprensa. Sei que algumas pessoas dizem não acreditar em praticamente nada do que lêem em jornais, revistas, ouvem no rádio ou vêem na televisão. Tal pensamento representa para nós, jornalistas, um desafio. Mas também deveria servir de inspiração. Afinal, a dúvida, ou muitas vezes até o ceticismo, é uma das maiores armas do bom jornalismo. Qualquer repórter, ao receber no colo uma informação nova, deveria fazer duas coisas: em primeiro lugar, duvidar; em segundo, correr atrás das fontes pertinentes para saber se sua dúvida tem, ou não, fundamento. É preciso se mexer, mas sem abandonar seu papel de questionador.

    (cont.)

    http://www.bbc.co.uk/blogs/portuguese/editores/

  51. Marco Antonio (11:08)

    Os
    Marco Antonio (11:08)

    Os casos do Michael Frank e do Cacciola, protegidos pela Suiça e pela Itália, trata-se de procedimento normal de qualquer país já que eles tinham as cidadanias daqueles respectivos países.
    Neste caso a falha aconteceu nas suas fugas do Brasil.

    Já no caso do italiano assassino (ou você acha que eu deveria colocar “suposto”?) Battisti, o que causa estranheza é o governo brasileiro defendê-lo, imiscuindo-se nas leis e ferindo a soberania do seu país de origem para tratar dos seus próprios cidadãos.

  52. Ministerio Publico Suiço abre
    Ministerio Publico Suiço abre inquerito para apurar vazamento de informações confidenciais no Caso Paula de Oliveira.

    Ministério Público abre novo processo

    O Ministério Público de Zurique anunciou,nesta quinta-feira (19) a instauração de um processo contra “desconhecido” por vazamento de informações confidenciais. A revista semanal suíça Die Weltwoche, publicou, um artigo citando fontes próximas da polícia, afirmando que a brasileira Paula Oliveira teria assinado uma confissão quando ainda estava hospitalizada.

    O Ministério Público admite, em comunicado divulgado hoje, que parte das informações contidas no artigo são corretas. Com a abertura do processo, o MP quer saber quem forneceu as informações confidenciais à revista.

    O jornal Tagesanzeiger.ch publicou informações adicionais à nota divulgada pela Procuradoria Pública de Zürich. Segundo o diário, o procurador público encarregado do caso, Marcel Frei, teria dito que “a brasileira Paula Oliveira continua sendo interrogada. Enquanto esses interrogatórios não forem concluídos, será mantido o bloqueio de seu passaporte e ela terá que permanecer em solo Suiço”.

    Questionado o procurador público que cuida do caso, Marcel Frei afirmou que o retorno de Paula Oliveira ao Brasil poderia ser acelerado se ela admitisse que inventou o suposto ataque neonazista. “Se ela me dissesse isso na presença de um advogado, então avançaríamos um enorme passo”, disse Marcel Frei ao Tagesanzeiger.ch. Ele ressaltou, porém, que até agora não recebeu uma confissão dessas,desmentindo assim a reportagem da revista Weltwoche..

    http://www.tagesanzeiger.ch/panorama/vermischtes/Staatsanwaltschaft-bestaetigt-Paula-O-hat-gestanden/story/17222513

  53. De um lado um governo de
    De um lado um governo de extrema direita, um partido xenófobo, e um jornal idem. De outro, uma moça filha de um Demo(sem trocadilho) e que faz parte da comunidade do Orkut “Eu odeio o PT”. “Me inclua fora dessa”. Agora, quem não poderia ficar de fora era a diplomacia brasileira. Se ficasse diriam que é porque a moça é do DEM. Agora acusam o Amorim de incompetente. Uma tremenda sinuca de bico. PS: Se é verdade que ela se auto-mutilou, deveria fazer parte é da comunidade “Eu me odeio”

  54. No início, quando parecia que
    No início, quando parecia que era vítima o PIG se referia a ela como “a moça brasileira”. Agora, com a fraude exposta, virou “a pernambucana” ou “advogada pernambucana”, ou seja é de outro “país”.

  55. Armando,

    Agora para o PIG
    Armando,

    Agora para o PIG ela virou pernambucana porque o Lula nasceu em Pernambuco também… A criatividade deles para bater no governo é incrível…

    Quanto ao Itamaraty, motivado ou não por “reportagens”, fez mais do que sua obrigação de dar apoio incondicional aos cidadãos brasileiros no exterior (desde que atue dentro da legalidade). Os setores consulares em tese sempre apoiam seus concidadãos, seja eles ilegais ou não, suspeitos de crimes ou não, assassinos etc. O que eles não fazem (ao menos explicitamente) é orquestrar planos de fuga, dar novo passaporte para permetir alguém fugir etc. O Itamaraty exagerou talvez em alguns pronunciamentos, coisa que qualquer um naquela altura do campeonato faria (ainda mais com as declarações da consul “confirmando” a falta de colaboração por parte da polícia), mas ao meu ver eles até o que houve foi muito mais uma recuperação por parte da grande imprensa para politizar o caso e com isso querer ganhar de um jeito ou de outro, independente do que viesse a acontecer. O negócio foi tão escrachado que o Itamaraty teve que desmentir informações que andaram circulando por jornais e blogs…

  56. De uma hora para outra,
    De uma hora para outra, parece que as pessoas resolveram acreditar piamente na versão da polícia suíça e a crucificar a brasileira. E se a versão dela for verdadeira?

  57. Miniserio Público de Zürich,
    Miniserio Público de Zürich, em coletiva a imprensa nesta quinta-feira comunicou a imprensa que a advogada brasileira Paula Oliveira confirmou frente a policia e na presença de seu advogado o falso testemunho.

    Staatsanwaltschaft Zürich-Sihl und Staatsanwaltschaft I des Kantons Zürich teilen mit: Angeblicher Vorfall am Bahnhof Stettbach:

    Comunicado de Imprensa do Ministério Público de Zurique – Sihl

    19 de Fevereiro de 2009

    Suposto caso na estação de trem de Stettbach: falso testemunho reconhecido

    A mulher, que afirmou ter sido atacada, reconheceu frente à polícia ter dado falso testemunho. O exato desenrolar dos acontecimentos e os motivos ainda são motivo de investigação criminal. Em outro processo paralelo deverá ser esclarecido como detalhes do interrogatório policial dessa mulher foram tornados públicos.

    Em ligação ao comunicado de imprensa do Ministério Público de Zurique-Sihl de 18 de fevereiro de 2009, informam aqui também o Ministério Público I do Cantão de Zurique que:

    A brasileira de 26 anos e detentora da nacionalidade brasileira, que afirmou ter sido atacada em 9 de fevereiro de 2009 na estação de trem de Stettbach em Zurique, desmente suas declarações frente à polícia. Em 13 de fevereiro de 2009 ela esclareceu não ter ocorrido nenhum ataque e que ela mesma provocou os ferimentos de cortes. Confrontada aos resultados dos exames ginecológicos, ela também confirmou que não estava grávida.

    Frente aos testemunhos foi necessária a abertura imediata de mais inquéritos.

    O Ministério Público de Zurique-Sihl investiga em conjunto com a Polícia da Cidade de Zurique para descobrir motivos que justificassem os atos e se, e até quanto este foi premeditado e se há outros participantes. Isto dentro do contexto do inquérito penal por suspeita de falso testemunho. Já em 9 de fevereiro de 2009 foi recolhida uma grande quantidade de provas. Sua avaliação criminal técnica ainda estão em andamento. Também a investigação, feita com base na queixa original aberta devido ao ataque, continuam.

    As afirmações de 13 de fevereiro de 2009 ainda não haviam sido confirmadas pelo Ministério Público em um interrogatório formal. Sobretudo frente ao comportamento contraditório da mulher no momento das declarações, sua testemunha devem ser examinadas em concordância com os resultados das investigações médicas legais e de avaliação técnica de pistas. Por essas razões a Polícia e o Ministério Público de Zurique não tornaram públicas suas declarações de 13 de fevereiro de 2009.

    Agora as supostas testemunhas da mulher foram divulgadas pela mídia. Os correspondentes relatos são verdadeiros em parte. Sobre detalhes dos testemunhos o Ministério Público de Zurique-Sihl e a Polícia da Cidade de Zurique não tomam posição no atual momento. Isso por respeito às investigações em andamento e por proteção à personalidade das pessoas envolvidas.

    Em um inquérito separado será esclarecido por quais caminhos os conteúdos de interrogatórios policiais da mulher conseguiram chegar ao conhecimento público. O Ministério Público I do Cantão de Zurique abriu processo contra desconhecido em 19 de fevereiro de 2009. Nesse caso não está apenas em foco a questão da violação de segredos oficiais; se este ocorreu, ainda não foi esclarecido.

    O Ministério Público de Zurique-Sihl e o Ministério Público I irão informar ativamente em tempo hábil as mídias.

    Eventuais questões de esclarecimento sobre este comunicado de imprensa podem ser respondidos pelo porta-voz Rainer Angst hoje na quinta-feira de 15:30 às 18:00 através do número 044 265 77 34.

    Este comunicado estará hoje a partir das 18 horas nas suas versões em inglês e português no seguinte endereço: http://www.stadtpolizei.ch
    Presidente suíço reage

    O presidente suíço e ministro das Finanças, Hans-Rudolf Merz, disse nesta quinta-feira (19) que o caso da brasileira indiciada pelo Ministério Público de Zurique por falso testemunho “é um caso menor, que esquentou demasiadamente os ânimos.” Ele comentou o caso em encontro com a imprensa estrangeira em Berna, capital suíça. O encontro foi relatado pela agência de notícias espanhola EFE.

    “Houve muito barulho na sociedade, porém isso não terá qualquer efeito a nível de Estados”, descartando que o assunto possa deteriorar as relações entre a Suíça e o Brasil.

    “Agora teremos um processo penal através do qual se saberá a verdade e não devemos dar mais transcendência a esse assunto”, concluiu o presidente suíço.

    tradução:swissinfo
    http://www.stadtpolizei.ch zur Verfugung gestellt.
    Stadtpolizei Zürich
    Infostelle
    Marco Cortesi, Chef Medienstelle

  58. cara Soledad…

    nada que
    cara Soledad…

    nada que venha do humano deveria te surpreender… achar que uma pessoa que tenha recursos finaceiros, ótima educação ou um excelente emprego seja suficiente para imunizá-la das misérias humanas mostra certa ingenuidade…infelizmente essa moça passa por uma situação de miséria humana…oxalá consiga um tratamento…
    as investigações devem ser aprofundadas, e que se investigue o namorado…
    – acho que poderia ser menos Otelo, não dando muita atenção para as conversas do Iago…

    abraços

    PS: grandeza é quando a gente admite: errei. Ou enganei-me. Ou fui enganado. É simples, fácil e indolor.

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