A vencedora do Prêmio Direitos Humanos

Oi Nassif e pessoal, olhem que coisa boa e importante.

Não consegui publicar o vídeo.

Agradeço se fizerem isso.

Abaixo segue o texto.

Parabéns Mikhaila.

Com admiração, Gustavo Cherubina.

Vencedora do Prêmio Direitos Humanos, estudante carioca evitou que linchamento tivesse consequências mais graves

A carioca Mikhaila Gutierrez Copello, de apenas 22 anos, acaba de receber o Prêmio de Direitos Humanos, a mais alta condecoração do governo brasileiro a pessoas e entidades que se destacam na defesa, na promoção e no enfrentamento às violações dos Direitos Humanos em nosso país.

Mikhaila foi agraciada na categoria Enfrentamento à violência, que compreende a atuação relacionada à garantia do direito à segurança cidadã, bem como as ações de enfrentamento à violência institucional, ao crime organizado e às situações de violência e de maus-tratos a grupos sociais específicos.

No dia 7 de maio de 2014, Mikhaila realizava uma entrevista para a pesquisa que realiza como estudante da UFRJ quando presenciou o linchamento de um homem acusado de roubar um celular, intervindo logo em seguida para evitar uma execução pública no bairro da Freguesia, em Jacarepaguá (RJ).

“Eu estava fazendo a entrevista e de repente ouvi um ‘pega ladrão’. Em um primeiro instante eu tive aquele impulso de me proteger, mas segundos depois percebi que estava acontecendo um linchamento a dois, três metros de mim, e eu vi uma atrocidade acontecendo: um homem já esfacelado, levando chutes e pontapés”, relembra.

A reação de Mikhaila foi proteger o acusado, gerando revolta entre os transeuntes. “As pessoas diziam ‘ele mata por menos que um celular’, mas eu revidava que eles também matariam por menos que um celular. Ao mesmo tempo que eu estava nervosa, chorando, aquela situação me dava mais força para argumentar e defender aquele homem”, afirma.

A premiada defende que o ciclo da violência só pode ser quebrado com atitudes em que o ser humano seja protegido, qualquer que seja a situação. “Aquela atitude representa toda uma ideologia que eu fui cercada a minha vida inteira, e isso vem da educação. Eu não esperava ser tão bem vista por esse tipo de atitude tão polarizadora, ou seja, defender a vida de um assaltante, e na verdade eu não estava reconhecendo ele como o grande causador dos nossos problemas, e sim uma vítima também”, diz.

Para acessar o vídeo, clique aqui.

 

Redação

7 Comentários

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  1. Além de corajosa, é linda.
    A

    Além de corajosa, é linda.

    A sua atitude e o seu carater esbanjam beleza.

    Sininho, ao seu modo, também luta para proteger pessoas injustiçadas.

    Hoje, é uma foragida política, pois a “justiça” da Casa Grande não perdoa e, se revidar, mata. 

  2. A Lei de Talião não serve

    A Lei de Talião não serve para um país dmocrático de direitos. Do mesmo modo que não se pode sair delinquindo pelas ruas, o povo, que não tem o perfil de delinquente tem que ser cidadão, como foi a moça bonita. Enfrentou um homem armado para defendê-lo da sociedade desvairada. Que Sheherazade se inspire nela pra não reproduzir bobagens com o fito de aparecer. 

  3. Dê a notícia, Raquel Sheherazade!

    Seria muito interessante que a jornalista de extrema-direita Raquel Sheherazade tivesse que dar a notícia da premiação de alguém que evitou um linchamento.

  4. Parabéns a moça corajosa e bem educada

    Não consigo entender a tara das pessoas pelo linchamento. Acho estranho a sede de ver alguém morrer e ainda de forma cruel.Ccomo dizia um velho professor de sociologia: o homem, sempre que puder e não tiver ninguém vendo ou com cumplices, vai revelar sua pior face: roubara, matara e enganara. 

     

  5. já na Alemanha

    jovem morre ao tentar defender jovem de assédio sexual..

    Blog Catraca Livre..

    https://catracalivre.com.br/geral/cidadania/indicacao/jovem-e-espancada-e-morre-por-defender-adolescentes-de-assedio-sexual/

    Jovem é espancada e morre por defender adolescentes de assédio sexual

    Redação em 

    1 de dezembro de 2014 às 15:05

     

     

    Tuğçe Albayrak ouviu os gritos de socorro de duas adolescentes que estavam sendo assediadas por um grupo de homens em Offenbach, cidade próxima de Frankfurt, na Alemanha. A jovem de 23 anos correu em direção ao banheiro de uma rede de fast-food onde estavam as meninas e conseguiu defendê-las dos abusos.

    Pouco tempo depois, Albayrak foi brutalmente agredida no estacionamento do restaurante e recebeu um golpe na cabeça de um dos homens que confrontou. Ele usou um taco ou pedras, segundo a polícia alemã, e causou uma lesão cerebral tão grave que a jovem entrou em coma.

    Mártir do machismo

    Na última sexta-feira os pais de Albayrak decidiram desligar as máquinas que a mantinham viva depois que médicos confirmaram sua morte cerebral. Centenas de pessoas faziam vigília no hospital onde ela estava internada e o caso causou grande comoção na Alemanha e no mundo.Uma petição que pede que Albayrak receba a uma homenagem póstuma de honra ao mérito já recebeu mais de 100 mil assinaturas.

    A polícia prendeu um garoto de 18 anos identificado como Senel M. que teria confessado o crime.O vídeo abaixo mostra o momento da agressão. Nem os empurrões de outro rapaz que tentou impedir a ação e presença de diversas pessoas inibiram o agressor.

     

     

    Abaixo a impunidade
    Embora casos como esse intimidem ações de combate à violência contra a mulher, Tuğçe Albayrak virou uma heroína na Alemanha e está se tornando um exemplo de coragem contra o machismo.

    No Brasil há um número específico para receber denúncias de crimes ou ameaças como essa,180, a Central de Atendimento à Mulher. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano e a ligação é gratuita. Há atendentes capacitados em questões de gênero, políticas públicas para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.

    O Conselho Nacional de Justiça do Brasil recomenda ainda que as mulheres que sofram algum tipo de violência procurem uma delegacia, de preferência as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher. Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.

    A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e nos centros de referência de atendimento a mulheres.

    Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.

     

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