Anistia Internacional aponta retrocesso nos direitos humanos no Brasil

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Jornal GGN – Em relatório divulgado nesta terça-feira (21), a Anistia Internacional afirma que a crise no Brasil está provocando retrocessos nos direitos humanos no país. 
 
“O que vimos em 2016 foi o desmantelamento de estruturas institucionais e programas que garantiam a proteção a direitos previamente conquistados, além da omissão do Estado em relação a temas críticos, como a segurança pública”, afirmou Jurema Werneck, diretora executiva da instituição no Brasil. 
 
Para a ONG, a crise política e econômica travou o debate sobre políticas de promoção de direitos humanos. O relatório aponta para o avanço de agendas conservadores e para o aumento de violações em determinadas áreas.

A extinção do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos e a aprovação da PEC que limita os gastos governamentais pelas próximas duas décadas são citados como retrocessos no país no ano passado. 
 
A Anistia Internacional também chama a atenção para a violência policial, afirmando que as forças de segurança seguem fazendo uso excessivo da força contra manifestações políticas
 
Além disso, os jovens negros moradores de comunidades carentes continuam sendo as maiores vítimas de ações policias violentas. 811 pessoas foram mortas pela polícia no Rio de Janeiro entre janeiro a novembro de 2016, a maioria em favelas. 
 
Em outro ponto, a ONG destaca que diversas propostas no Congresso podem prejudicar direitos já adquiridos, afetando os povos indígenas, as mulheres e a população LGTBI. 
 
Outro retrocesso do país foi a suspensão, em junho do ano passado de acordos entre o governo federal  e os governos estaduais para programas de proteção aos defensores dos direitos humanos.
 
“O programa de proteção aos defensores de direitos humanos foi completamente desmantelado, um decreto do Ministério da Justiça alterou as regras de demarcação e titulação de terras indígenas, houve uma limitação de gastos em saúde e educação”, afirmou a Renata Nader, relatora de Direitos Humanos da organização no Brasil.
 
Leia o relatório completo aqui
 
Com informações da Deutsche Welle
 
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Redação

2 Comentários

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  1. Crise política? Houve um GOLPE DE ESTADO!

    E a repressão policial é SEMPRE contra manifestações pacíficas contra o golpe. As dos coxinhas golpistas conta com a proteção dos bandidos de farda.

  2. Povo deverá estar preparado para o confronto contra os golpistas

    E vai piorar ainda mais pois a camada midiática de controle da população demonstra seus furos.  O povo já percebe que há perseguição aos petistas e, especialmente, a Lula. Também percebe que uma Presidente honesta foi tirada do poder para que uma súcia de corruptos façam uma alegre “suruba” com o seu dinheiro.

    O episódio do Atle-tiba não foi isolado do contexto. Ao contrário, foi um sintoma de que a máscara de “isenção” da mídia golpista está se esfarelando.

    Quando a camada de controle ideológico não funciona, a camada de coerção escancarada mostra a que veio. A ida de Alexandre de Moraes para o STF mostra de forma evidente que o aparato repressivo carrega sua armas para atacar a população. O estopim, provavelmente será a jornada de lutas contra a infame reforma da Previdência.

    Do lado de cá da trincheira, a tarefa da população será aperfeiçoar suas formas de luta em todos os campos nas quais ela será necessária.

     

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