Como Israel ‘noticia’ os próprios crimes de guerra

Enviado por Adriano S. Ribeiro

Do Counterpunch

por Patrick Cockburn

Os porta-vozes israelenses já têm muito trabalho tentando explicar como os israelenses assassinaram mais de 1.000 palestinos em Gaza, a maioria dos quais civis, em comparação com apenas 3 civis mortos em Israel por foguetes e fogo de morteiro do Hamás. Mas pela televisão e pelo rádio e pelos jornais, porta-vozes do governo israelense hoje, como Mark Regev, parecem menos enroladores e menos agressivos que predecessores, que eram muito mais visivelmente indiferentes ao número de palestinos mortos.

Há pelo menos uma boa razão para esse ‘aprimoramento’ das capacidades de Relações Públicas dos porta-vozes de Israel. A julgar pelo que se os veem dizer, já estão trabalhando conforme um estudo feito por profissionais, bem pesquisado e confidencial, sobre como influenciar a mídia e a opinião pública nos EUA e na Europa. 

Redigido pelo especialista em pesquisas e estrategista político dos Republicanos, Dr. Frank Luntz, aquele estudo foi encomendado há cinco anos por um grupo chamado “The Israel Project” [Projeto Israel], que mantém escritórios nos EUA e em Israel, para ser usado “por todos que estão na linha de frente da guerra midiática a favor de Israel”.
Cada uma das 112 páginas do folheto é marcada com “proibido distribuir ou publicar” [orig.“not for distribution or publication”], e é fácil entender por quê. O relatório Luntz – oficialmente intitulado “Dicionário de Linguagem Global do Projeto Israel 2009” [orig. “The Israel project’s 2009 Global Language Dictionary[1]] vazou quase imediatamente paraNewsweek Online, mas até hoje só muito raramente mereceu atenção, e sua verdadeira importância ainda mão foi devidamente considerada. 

Deveria ser leitura obrigatória para todos, sobretudo para jornalistas interessados em conhecer a política de Israel, por causa da lista de “Faça/diga X” e “Nunca faça/diga Y” dirigida aos porta-vozes de Israel.

Aquelas duas listas são altamente iluminadoras para que se compreenda a distância imensa que separa o que funcionários e políticos israelenses pensam e creem, e o que eles dizem; o que eles dizem é modelado por pesquisa mantida ativa minuto a minuto, para detalhar o que os norte-americanos desejam ouvir. Com certeza, nenhum jornalista deveria arriscar-se a entrevistar qualquer porta-voz de Israel sem conhecer muito bem aquele manual e ter-se preparado para contra-perguntar sobre os muitos temas – e sempre com as mesmas palavras e frases – que se ouvem hoje da boca do Sr. Regev e seus colegas.

O panfleto é cheio de saborosos conselhos sobre como eles devem modelar suas respostas, para diferentes audiências. Por exemplo, o estudo diz que

“os norte-americanos aceitam que ‘Israel tem direito a ter fronteiras defensáveis’. Mas Israel não tem vantagem alguma em definir com precisão que fronteiras são essas. Evitem falar em fronteiras em termos de pré- ou pós-1967, porque isso só faz relembrar aos norte-americanos o passado militar de Israel. Essa expressão prejudica os israelenses, sobretudo no campo da esquerda. Por exemplo, o apoio da direita israelense a fronteiras defensáveis cai de 89% para menos de 60% sempre que vocês falam em termos de 1967.”

E quanto ao direito de retorno dos refugiados palestinos que foram expulsos ou fugiram em 1948 e nos anos seguintes, e que nunca mais puderam retornar às próprias casas e terras? Aqui, o Dr. Luntz é muito sutil nos conselhos que dá aos porta-vozes israelenses; diz que

“o direito de retorno é questão difícil para que os israelenses falem dela com eficácia, porque praticamente toda a linguagem israelense soa muito semelhante à fala de ‘separados, mas iguais’ dos racistas segregacionistas dos anos 1950s e dos defensores do Apartheid nos anos 1980s. De fato, os norte-americanos não gostam, não acreditam nisso e não aceitam o conceito de ‘separados, mas iguais’.”

Assim sendo, como devem os porta-vozes enfrentar questões que até o manual considera ‘difíceis’? Recomendam que a coisa seja chamada de “demanda” – porque os norte-americanos detestam gente que faz demandas.  O manual ensina:

“Digam portanto: ‘os palestinos não estão satisfeitos com o estado que têm. Agora, estão demandando mais territórios dentro de Israel.”

Outras sugestões para resposta israelense efetiva incluem dizer que o direito de retorno deve ser item de um acordo final “algum dia, no futuro”.

O Dr Luntz observa que os norte-americanos em geral temem qualquer imigração em massa para dentro dos EUA, “portanto falem sempre de ‘imigração palestina em massa para dentro de Israel’ –, e os norte-americanos sempre rejeitarão a ideia. Se mais nada funcionar, digam que a volta dos palestinos faria ‘descarrilhar o esforço para alcançar a paz’”.

O relatório Luntz foi redigido logo depois da Operação Chumbo Derretido em dezembro de 2008 e Janeiro de 2009, quando morreram 1.387 palestinos e nove israelenses.

Um capítulo inteiro é dedicado a “isolar o Hamás, apoiado pelo Irã, como obstáculo à paz.” Infelizmente, agora, quando está em curso a Operação Fio Protetor, iniciada dia 6 de junho de 2014, e nova matança de palestinos, há um problema grave para a propaganda de Israel, porque o Hamás está rompido com o Irã por causa da guerra na Síria e está completamente sem contato com Teerã. Só reataram relações amistosas há poucos dias – e por causa da invasão israelense.

Muitos dos conselhos do Dr Luntz tratam do tom e do modo de expor o pensamento de Israe0l. Diz que é absolutamente crucial mostrar vastíssima simpatia pelos palestinos:

“Os persuasíveis [sic] não dão importância ao que você saiba, até que se convençam de que você lamenta muito, do fundo do coração, toda a situação. Mostre empatia PELOS DOIS LADOS!”

Isso provavelmente explica por que tantos porta-vozes israelenses vão praticamente às lágrimas quando falam do sofrimento dos palestinos bombardeados por bombas e mísseis israelenses.

Em frase escrita em negrito, sublinhada e toda em maiúsculas, o Dr Luntz diz que os porta-vozes ou líderes políticos israelenses NÃO DEVEM, NÃO PODEM, nunca, de modo algum, justificar “o massacre deliberado de mulheres e crianças inocentes”, e devem reagir agressivamente contra qualquer voz que acuse Israel por tal crime. Vários porta-vozes israelenses esforçaram-se muito para seguir esse conselho na 5ª-feira passada, quando 16 palestinos foram mortos num abrigo da ONU em Gaza.

Há uma lista de palavras e frases a serem usadas e uma lista de palavras e frases a serem evitadas. Há de tudo: “O melhor meio, o único meio, para alcançar paz duradoura, é alcançar respeito mútuo.” O mais importante é que o desejo de paz de Israel com os palestinos tem de ser sempre enfatizado, porque é o que os norte-americanos mais querem que aconteça. Mas se se observarem pressões para que Israel realmente faça alguma paz, a pressão deve ser imediatamente reduzida; nesse caso, os israelenses devem dizer:

“um passo de cada vez, um dia depois do outro” – expressões que serão facilmente aceitas como “abordagem de bom senso, para a equação ‘deem-nos A terra, que lhes damos a paz’.”

O Dr Luntz cita como exemplo de “pegada israelense muito eficaz” a seguinte frase: “Quero muito particularmente falar às mães palestinas que perderam seus filhos. Nenhum pai ou mãe deveria ter de enterrar suas crianças.” 

O estudo admite que o governo israelense não quer, de fato, qualquer solução de dois estados, mas diz que isso não pode ser declarado publicamente, porque 78% dos norte-americanos são favoráveis àquela solução. Devem-se enfatizar sempre as muitas esperanças de que os palestinos progridam economicamente.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu é citado com elogios, por ter dito que “já é hora de alguém perguntar ao Hamás: o que, afinal, estão fazendo para melhorar a vida de seu povo?!” A hipocrisia, aí, é inacreditável: é Israel, com os sete anos de bloqueio econômico que impõe a Gaza, quem reduziu Gaza ao estado de pobreza e miséria em que vive hoje.

Em todos os casos e ocasiões, o modo como porta-vozes israelenses apresentam os fatos é planejado para dar a norte-americanos e a europeus a impressão de que Israel desejaria muito a paz com os palestinos e estaria disposta a ceder para chegar à paz. Todas as evidências, e também o Manual do Dr. Luntz, sugerem que tudo aí, são mentiras. Embora não tenha sido requisitado ou produzido com essa finalidade, poucos estudos mais reveladores foram jamais escritos sobre a Israel contemporânea, em tempos de guerra e paz. *****


[1] Pode ser lido (ing.) em http://www.docstoc.com/docs/8303274/The-Israel-Projects-2009-Global-Language-Dictionary [NTs].

Propaganda para encobrir as atrocidades que Israel comete 

Como Israel ‘noticia’ os próprios crimes de guerra
28/7/2014, Patrick Cockburn, Counterpunch
http://www.counterpunch.org/2014/07/28/how-israel-spins-war-crimes/  

 
Redação

39 Comentários

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  1. Caro Nassif e demais
    Israel

    Caro Nassif e demais

    Israel tem seus Joaquins Barbosas, e o palestinos, são os “mensaleiros” de lá.

    A mídia de lá, não é diferente da midia daqui..

    Saudações

    1. Mas a batalha midiática não

      Mas a batalha midiática não se dá em ISrael e sim nos EUA.

       

      São os EUA, e sua imprensa,  que decidem quem pode atacar militarmente ou não, quem tem razão e é justo, que govenos são legítimos e quais devem ser derrubados, etc. Vide Líbia, Síria, Iraque, Afeganistão, Ucrânia, Honduras, Paraguai, etc, etc, etc….

  2. Recomendo o compartilhamento.

    Infelizmente, ainda há ingênuos que acreditam que a mídia é neutra.

    Para estes, é muito recomendado o compartilhamento do artigo acima.

  3. Quando pessoas começam a

    acreditar nas próprias mentiras que falam, elas acabam sendo ultrapassadas pelas verdades que escondem .

    O grupo de pessoas que poderiam ter dito isso, são todos os tiranos que foram apeados de seu poder.

  4. Goebbels…

    … fazendo escola de pós graduação, mestrado e doutorado em canalhice, mal caratismo, vilania, hipocrisia… e tudo de ruim que se pode imaginar.

    Não me admira a situação que os eua (minusculo mesmo) se encontram em termos de decadencia moral.

  5. gostaria que os colegas

    gostaria que os colegas anti-semitas disfarçados de defensores dos palestinos me dissessem quantos israelenses deveriam morrer antes de que o estado de Israel atacasse o agressor?

    como fazer para deter os ataques do Hamas, se eles não usam uniformes, não tem bases determinadas e se utilizam de suicidas que se disfarçam de membros da cruz vermelha, usam uniformes israelenses e o mais tradcional disfarce de mulher!

    como o estado de israel deveria agir contra um grupo terrorista que insiste em disparar diariamente foguetes contra Israel com o intuito de provocar paralisações que comprometem a economia do pais!

    como Israel deve negociar com um grupo que insiste em manter a decisão de destruir o estado de Israel em seu projeto de futuro!

     

     

     

    1. “gostaria que os colegas

      “gostaria que os colegas anti-semitas disfarçados de defensores dos palestinos”:

      Eu.  Me chamou por nome!

      “gostaria que os colegas anti-semitas disfarçados de defensores dos palestinos me dissessem quantos israelenses deveriam morrer antes de que o estado de Israel atacasse o agressor?”:

      TODOS.  Israel nao eh pais, nunca foi, e nunca vai ser.  Entendeu agora?  Eles estao FADADOS aa morte.

      Que essa gentalha pare de falar em nome do judaismo de uma vez por todas.

    2. como Israel deve negociar com um grupo que insiste em manter a decisão de destruir o estado de Israel em seu projeto de futuro!

      Está certo, a negociação seria inútil. Só restaria a neutralização militar do grupo opositor onde a morte de civis é um preço a se pagar.

      Porém, posso fazer a mesma pergunta pelo outro lado. Isto é, como o povo palestino deve negociar com um grupo cujo objetivo, usando seus próprios termos, é destruir o Estado Palestino em seu projeto de futuro.

      Logo a solução “neutralização militar do grupo opositor onde a morte de civis é um preço a se pagar” poderia ser admitida para os palestinos. Ou seja, pensar dessa forma não vai legitimar a violência de qualquer lado. Legitima apenas a lógica da guerra.

    3. Questões pertinentes

      Mario Blaya, parabéns. Quatro questões pertinentes e que os defensores do Hamas por aqui (são  muitos) não conseguirão responder. Aos dirigentes do Hamas interessa financeiramente manter esse estado de guerra, mesmo a custa de centenas de civis. Eles sempre têm fotografos a postos para a campanha midiática contra Israel. Querem o que em uma gerra que Israel não começou? Esperar centenas de vitimas israelenses para não haver a desproporcionalidade mencionada pelo nosso desasstrado ministrop das Relações Exteriores? O que causa espanto é que não vejo essa indignação com as mortes na Síria, as vitimas da ditadura cubana. Por que?

    4. A única possibidade de Israel

      A única possibidade de Israel ficar livre de ataques de foguetes ou de qualquer outra forma de seus vizinhos eh  um justo tratado de paz entre as partes em conflito. Ações militares por mais agressivas que sejam só serão respondidas com outras agressões . Este eh um jogo de perde perde. Um bom exemplo de boa convivência entre árabes e judeus pode ser buscada aqui mesmo no Brasil, que cultiva excelente relações com seus 12 vizinhos sem nenhuma disputa territorial desde a guerra do Paraguai a mais de um século.

  6. Batalha da “Informação” e Midia

     Desde 1948, Israel percebeu que muitas guerras são ganhas na midia, e um dos primeiros departamentos criados pelas FDI, ligado ao Diretório de Inteligência, e hj. de Estratégia, é a Unidade de Porta-Vozes da Diretoria Estratégica do Estado – Maior das FDI, ou na sigla, em hebráico fonético “DOTZ” ( Dover T’sahal).

      Comunica-se com o Mundo, através da imprensa internacional, em varias linguas, inclusive com um Escritório para a América Latina ( 5 “porta-vozes” latino americanos, nenhum, ainda brasileiro – todos hispanicos).

      Quem “vende” as guerras de Israel, tanto para o publico interno, como externo, é este departamento militar, atualmente com Twitter, Facebook, Youtube e um website.

       Quem quiser ver como funciona, até deixar criticas, pode ser em português, espanhol, inglês, dois canais:

        http://www.idfblog.com/    ou em videos: http://www.youtube.com/user/idfnadesk

  7. Fico contente

    Quando não respondemos a provocadores e imbecis assemelhados, estamos todos fazendo uma coisa boa. Dar voz aos idiotas é correto em espaços democráticos, pois falar é direito do outro como é da gente. Mas daí a reverberar, há uma distância imensa. Isso por que por um lado há o entupimento do debate honesto e por outro há sempre pessoas ainda mais imbecis, loucas por encontrar respaldo em suas ideias, por mais miseráveis e asininas que elas sejam.

  8. “O Dr Luntz observa que os

    “O Dr Luntz observa que os norte-americanos em geral temem qualquer imigração em massa para dentro dos EUA, “portanto falem sempre de ‘imigração palestina em massa para dentro de Israel’ –, e os norte-americanos sempre rejeitarão a ideia”:

    Sim.  Rejeitarao espetacularmente.  E os israelis ainda vao descobrir porque mais cedo ou mais tarde porque nao vai haver saida pra eles exceto os Estados Unidos.  So que…

    Se eles aprontarem nos EUA um centesimo do que aprontam no Oriente Medio, eles nao sobrarao vivos.

  9. Desconfio que os tucanos

    Desconfio que os tucanos possuem um manual semelhante para falar mal do PT.

    As desculpas mais esfarrapadas e hipócritas parecem que são combinadas.

    Desde o enriquecimento dos bancos, friboi, Lula milionário, Rosemary, mensalão, inflação, endividamento público.. são sempre as mesmas críticas hipócritas e sem embasamento…

  10. as gueras geram tantas

    as gueras geram tantas mentiras que só podem ocasionar outras guerras maiores – daí a luta pelo fim dos ataques israelenses e a criação do estado palestino i9mediatamente.

    as mentiras nos atingem tb.

    para nós o problema é que estas manipulações descbidas aí retratadas atingem a mídia estadunidense que a nossa retransmite… lembro do temo da upi – uma única fonte de informação provinda dos eua que todos os jornais davam auitomaticamente.

    agora o problema continua com o esquemão do murdok exalando raiva e ódio direitista pelo mundo….

  11. Direito de defesa X Expedição Punitiva

      Nunca fui anti-semita ( sou descendente de arabes, seria ridiculo), ou anti-judeu ( fui em mais bar-mitvhaz, que em batizados), muito menos contra o Estado de Israel ou a israelenses ( tenho até visto em folha avulsa,  eles pagam bem, as mulheres são lindas, o País é legal – nas areas não religiosas).

       Portanto concordo plenamente, que Israel tem o direito de se defender, contra quem quer que o ataque, MAS este direito deve ser balizado, com respostas firmes, decisivas – até passiveis de um “uso excessivo de força”, visando intimidar o agressor, mas os parametros relativos a apenas combater o agressor, sem agredir civis, devem ser claros, pois ao ultrapassar tais limites, a “defesa”, torna-se uma punição generalizada a uma população, ação que no ambito da politica interna israelense, pode gerar dividendos imediatos, mas que futuramente gerará ainda mais agressões, pois o acuado, atacado, com sua propriedade destruida, seus familiares mortos ou feridos, serão a massa critica, as “tropas” futuras, de qualquer movimento de libertação – é a guerra sem fim.

         Expedição Punitiva:  Sei que vcs. não gostam de explicações doutrinárias, ou de como é na realidade uma operação militar em areas como Gaza e/ou Cisjordania – é punitiva aos civis, sempre – não tecnicalizando muito, vou dar um exemplo da doutrina israelense:

         1. Um drone identifica o lançamento de Qassam ou R75 disparado de um prédio em Gaza ( Gaza, nas areas centrais é uma conurbação urbana – tipo uma favela – prédios de até 5 andares, espremidos e grudados uns aos outros).

         2. Opção 1: Com o drone ainda acima, marcando o objetivo (laser,IR, GPS), aviões F-16 ou helicopteros Apache, lançam misseis, ou bombas, a menor tem o impacto de 50kg explosivo – ou seja, atinge a “janela”, o resto do prédio, casas vizinhas – a IDF geralmente avisa do ataque ( 3,0 minutos), para as pessoas sairem do local, muitas não saem, e as que sairem não terão mais casa para voltar.

        2.1. Opção 2: Caso o objetivo esteja ao alcance da artilharia ( muito mais barato que aeronave), envia-se um mini-drone ( skylark ) para orbitar a area, confirma-se, e “meia-bateria” ( 2 canhões de 105 mm M109 ), disparam 2 salvas por peça – o que ocorre após: o mesmo da opção 1.

         3. Opção 3 – a mais “punitiva” contra civis, totalmente terrestre: Creio que ninguem deste blog já viu um tanque Merkava III/IV Baz, ou um VCI Achazarit, 65 e 40 toneladas de blindagem, um canhão de 120mm, mais metralhadoras, mais, em um GC urbano ( 1 Merkava + 4 Achazarit ) 40 infantes armados até os dentes – A “doutrina”:  Tanques e blindados quando atuam em areas urbanas, densas em construções, tornam-se alvos faceis, portanto as FDI atuam assim: a) destruir o objetivo b) “limpar” area e estabelecer  um perimetro defensivo – Como ela o faz: Simples, destroem-se todas as edificações em um raio de 15 há 20 metros, casas, prédios, escolas, o que for – coloca-se abaixo, rés do chão.

         4. Punição da “fome”: É cruel, imaginem estar com um barco de pesca, uma traineira, aportada , há 6 milhas nauticas, de seu ancoradouro, cardumes passando pelo Mediterraneo, e seu barco não podendo ir alem de 3 milhas da costa, onde nada tem, e caso se arrisque ( seja muito desesperado ou burro ), será afundado, sem prévio aviso, por disparos de uma lancha de patrulha israelense.

          Hamas, um grupo de resistência, pode-se até classifica-lo de “terroristas” ( o Haganah e Palmachim tambem já o foram, Begin, Tumpledoor, de acordo com o otomanos e depois os ingleses, assim os consideravam ), mas quem se vê sem perspectivas, sem casa, com parentes mortos, filhos mortos, irmãos mortos, sem remédios, sem energia, sem agua, sem nada, na maior HUMILHAÇÂO, não sejamos “coxinhas”: Como disse a judia Hannah Senesh, ou os resistentes do Gueto de Varsóvia – Resistir, matar, antes de morrer.

  12. israel

    estado terrorista

    estado facista

    estado nazista

    estado assassino

    vergonha

    não deveria existir

    estado anão moral

    povo terrorista

    povo facista

    povo nazista

    povo assassino

    vergonha

    povo anão moral

     

    não existe estado de israel sem o respectivo povo de israel!

     

  13. Quem são os assassinos.

    Adriano Ribeiro, não foram 3 civis israelenses mortos por morteiros do Hamás. Foram 2 rapazes e um garoto sequestrados por palestinos, posteriormente assassinados a tiros. Os três estavam aguardando carona, num ponto de tradicional de carona no Sul de Israel. Houve festa em Gaza quando os corpos foram encontrados. Ao contrário, em Jesuralém, os ortoxos que capturaram um jovem palestino e lhe atearam fogo nas vestes, foram presos e aguardam julgamento por assassinato. Além disso, foram “só” 3 judeus mortos, porque nenhum deles era seu filho. Se fosse, você estaria com a boca no trombone. Passar bem.

  14. uma faísca e tenha o que escrever…

    saiba como escrever o que vem depois e convença qualquer idiota

    tantas Israel já fez, entre se vingar e justificar, que a imprensa americana só repete

        1. no meu entender…

          são como as crianças bonitinhas que estão nos sinais de trânsito do Rio, correndo perigo, todas,

          a nos perguntar se podem colar o plástico Aécio45 nos nossos carros…………………..

           nunca vi algo tão execrável………………..uso de crianças de no máximo 8, 9 ou 10 anos, incrível

           

          fica a pergunta: pode TSE?

          1. e todas correndo para lá e para cá……………razão do perigo

            como se estivessem brincando…………………………realmente inacreditável

  15. E no Brasil também….

    O uso desse manual já não é dirigido apenas à mídia norte-americana ou européia. Ele já é aplicado aqui no Brasil de uma forma aberta e sem cerimônia, pelo menos em um canal noticioso da TV paga: a Globonews. Hoje, por exemplo, na edição do “Jornal das 18h”, a apresentadora Leilane Neubarth chegou ao absurdo de mudar uma declaração do líder do Hamas atualmente exilado, Khaled Meshaal, que entrevistado afirmou que a luta do Hamas era contra os colonos judeus que ocupavam território palestino e não contra Israel, o Estado judeu. Falando em seguida, por três vezes, Leilane mudou a declaração do líder palestino, afirmando que ele dissera que todos os israelenses era colonos e, portanto, chegando à absurda conclusão de que todo o Estado de Israel era reivindicado pelo árabes. Por seu sobrenome, Leilane parece ser judia, como judias são diversas outras repórteres e correspondentes da emissora paga das Organizações Globo. Uma delas, a correspondente em Israel, Daniela Kresch Shahar, já esteve envolvida em polêmica com delcrações anti-Palestina e foi acusada de sionista. Essas moças, boas profissionais por sinal, usam e abusam da cartilha de que fala esta postagem nas notícias sobre Israel e Palestinos, mostrando piedade para com os árabes, mas sempre cercada da necessária ressalva de que Israel “pratica seu direito a auto-defesa”. Pelo visto, continuamos sendo manipulados como há muito tempo. Desde os anos 60 do século passado, quando os “Latin americans desks” tanto da UPI (United Press International) quando da AP (Associated Press), por exemplo, eram chefiados por jovens e competentes jornalistas judeus que sempre direcionaram noticiário dessas agências em tudo favorável a Israel, a Terra Prometida em luta com os loucos árabes. O manualzinho está funcionando a todo vapor, como funcionam em toda a grande mídia brasileira as “pautas negativas” que dominam o noticiário sobre o Brasil. 

  16. Nassif
    Israel é uma base

    Nassif

    Israel é uma base militar americana criada depois da 2ª guerra no oriente médio para defender o interesse ianque……

    Quem manda em tudo lá é o tio sam….

  17. a televisão e as faíscas dos olhos…

    sinal de que interpretam tudo como se merecêssemos a mesma fúria………………..

    fica a pergunta: o que fizemos para merecer?

  18. Para parte de alguns que aqui
    Para parte de alguns que aqui escrevem, parece correto um estado, que se diz democratico, sair matando por compensacao. Morreram tres inocentes por barbarie, facamos o mesmo – bem pior – e oficialmente. Um linchamento tao parecido como aqueles que as vezes percebemos por aqui, soh que em massa, autorizado, pensado. Na verdade, o que Israel e EUA dizem eh: O holocausto era previsivel e aceitavel. E sempre serah! Quando bater a raiva a gente vai lah e faz. Que vergonha por todos nos!

  19. ISRAELENSE OU JUDEU?

    Em momentos como este, de forte tensão, surge uma dúvida grande em relação ao fato de ser judeu, ser sionista, ser israelense, ser brasileiro-judeu, e qualquer outra denominação subalterna (convertido, etc.). Gente comum precisa saber para poder opinar com maior propriedade neste assunto. Muitos de nós somos chamados a toda hora de anti-semita, racista e outros apelidos e gostaria, assim como tenho certeza que outros também gostariam, de podermos opinar com um pouco mais de liberdade (e de conhecimento neste tema onde, confesso, me sinto ignorante) neste blog de todos.

    Grande parte dos habitantes de Israel (israelenses) é chegada de outros lugares, pois Israel surge apenas depois da 2ª guerra mundial. Então, trata-se de judeus que resolveram viver a sua religião / raça em plenitude, em território próprio, como uma nação (coisa que antes da 2ª guerra parece nunca pensaram, em séculos de vida hospedados e misturados em outros povos). Em poucos anos de vida, Israel apresenta-se hoje ao mundo como uma nação extremamente desenvolvida e bem aparelhada, até com armas nucleares, coisa que a maior parte das nações do mundo não tem.

    Esse enorme desenvolvimento é devido, então, ao apoio que judeus do mundo têm dado e continuam dando ao seu estado nacional, pois, embora convivendo no seio de outros povos, eles continuam, em alguma proporção significativa, sendo fundamentalmente judeus e não necessariamente cidadãos convictos da nação onde moram.

    São milhares de jovens de origem judaica, inclusive no Brasil, que viajam para Israel a prestar serviço militar ou morar em determinados acampamentos (não sei o nome), por exemplo, comprovando esta situação de dupla nacionalidade. Outros jovens brasileiros ou não tão jovens migram para Nova Iorque (ou outros centro de alta densidade judaica), onde parecem sentir-se mais à vontade. Também, não podemos fingir que Hollywood, bancos globais e outros grandes centros de poder judaico não têm nada a ver com Israel e o seu vitaminado crescimento.

    Em muitos países, como Brasil, os meios de comunicação (não apenas a rede Globo, mas toda a mídia, em geral), financeiros, as grandes fortunas e os círculos de poder, em geral, são ocupados e dominados por cidadãos de origem judaica, caracterizando uma absurda desproporção de poder acumulado a uma comunidade que atinge apenas 0,1% da população brasileira. Sou levado a pensar que, embora haja competência e qualidade individual, existe também confraria; apoio mútuo; privilégios; trabalho em equipe; ou qualquer coisa que faça acontecer o que aqui vemos: um enorme e desproporcional domínio por parte da comunidade judaica neste país. Nações antigas e de forte imigração, como alemães, portugueses, espanhóis, italianos e outros, não apresentam um quadro tão exagerado como o aqui apresentado, em relação ao poder da comunidade judaica.

    Hoje, cobrados pela sua dualidade mal explicada, acusam aos seus detratores como anti-semitas e racistas. Acho que não cabe a estes explicar ou defender-se de apelidos ou adjetivos colocados unilateralmente por judeus, mas sim cabe aos judeus uma explicação bem melhor sobre esta dualidade raça / religião, que é o que propõe este post.

    É difícil explicar às pessoas que um judeu é, mas não é. Que a rede Globo contrata por competência. Que uns são sionistas e outros não são tanto assim, que judaísmo é uma religião e que israelense é apenas um cidadão de Israel, que por acaso é judeu. Tem alguns que trocaram o sobrenome (assim como Silvio Santos e outros), ajudando a criar esta situação. Eu, particularmente, tenho muita confusão com isso e, por essa causa, posso – equivocadamente – ter extrapolado e generalizado (embora existam os censores de plantão que me adjetivam de racista e anti-semita a toda hora), mas, no caso aqui discutido, não existe um aparelho do tipo “bafômetro” para saber se o individuo pertence a esta ou a outra categoria.

    Acho que cabe a eles esta explicação e, pela atitude assumida da Federação Israelita de São Paulo (o filminho que circulou aqui no blog) parece que assumiram uma postura equivalente a quem é mesmo cidadão israelense.

    Antes de chamar de anti-semita ou racista, gostaria que nos ajudassem a compreender melhor este assunto e, assim, parar de sermos injustos com pessoas que são apenas de origem judaica. 

    1. concordo plenamente…

      muito importante a separação “israelense ou judeu?”

      acredito que este pequenino grupo de pressão está querendo substituir a comunidade, opinar por ela

      e sempre desfavoravelmente ao Brasil, coisas que a comunidade nunca fez; e nenhuma outra

       

      a meu ver merece um post em destaque, para ser mais debatido; muito útil para todos

  20. Muito sensato

    Este comentário do Alexis, vem colocar  um pouco de critério nas discussões ora postas.

    Realmente existe muitas dúvidas quanto a estas colocações se judeu, se israelense, se sionista, se nazista, enfim titudes que confrontam nada mais!

    Eu particularmente, pelas pesquisas efetuadas na Rede, e pelas afirmações de vários intelectuais, inclusive judeus, considero que há muito o que divulgar, pois as manipulações que muitos fazem, apenas confundem  ainda mais e geram  esta animosidade que não leva a nada!

    Dito isto, transcrevo o abaixo do Site Radio Islam:

    “Os Judeus não são uma Raça!

    Por Dr. Alfred M. Lilienthal

     

    Dr. Alfred M. Lilienthal, historiador, jornalista e conferencista, é um graduado da Cornell University e da Columbia Law School. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele serviu com o Exército norte-americano no Oriente Médio. Ele depois serviu no Departamento de Estado, como um conselheiro da delegação americana no encontro organizador das Nações Unidas em San Francisco.

    Desde 1947, ele tem estado na linha de frente da luta por uma política americana balanceada no Oriente Médio. Ele é o autor de diversos famosos livros sobre o Oriente Médio, incluindo The Zionist Connection (A Conexão Sionista). Ele agora vive em Washington, D.C.

    A 18 de dezembro de 1993, Dr. Lilienthal celebrou tanto seu 80º aniversário quando o 40º aniversário de seu primeiro livro, What Price Israel? (A Que Preço Israel?) Dr. Lilienthal, um corajoso judeu anti-sionista, se juntou com mais de 200 convidados que viajaram de todo o mundo aos Estados Unidos para comparecer. 
    O seguinte excerto é retirado de seu primeiro livro, A Que Preço Israel?

     

    Hoje, traçar a ascendência de qualquer um à antiga Palestina seria uma impossibilidade genealógica; e presumir, aforismaticamente, tal ascendência aos judeus, sozinhos entre todos os grupos humanos, é uma asserção de significado puramente fictício. A maioria no Mundo Ocidental poderia manter alguma reivindicação de ascendência palestina se as árvores genealógicas pudessem ser estabelecidas por dois mil anos. E existem, ainda, pessoas que, apesar de nem no mais amplo exagero de imaginação judias, orgulhosamente fazem esta reivindicação: algumas das mais velhas das famílias aristocráticas do Sul jogam um jogo de comparação cuja linhagem vai até “Israel”. Ninguém sabe o que aconteceu às Dez Tribos Perdidas de “Israel”, mas especular que poderia ser alguém de passado anglo-saxônico, e Rainha Vitória pertenceu a uma Sociedade “Israelita”, que traçava as origens de seus membros de volta àquelas tribos perdidas.

    Doze tribos começaram em Canaã cerca de 35 séculos atrás; e não apenas dez delas desapareceram – mais da metade dos membros das restantes duas tribos jamais voltou de seu “exílio” na Babilônia. Como então, pode alguém reivindicar descender diretamente da comunidade relativamente pequena que habitava a Terra Santa no tempo do Pacto de Abraão com Deus?

    O mito racial judaico vem do fato de que as palavras hebreu, “israelita”, judeu, judaísmo e o povo judaico tem sido usadas com o mesmo sentido para sugerir uma continuidade histórica. Mas é um uso errôneo. Estas palavras se referem a diferentes grupos de pessoas com variados estilos de vida em diferentes períodos históricos. Hebreu é um termo corretamente aplicado ao período do começo da história bíblica até a chegada a Canaã. “Israelita” se refere corretamente aos membros das doze tribos de Israel. O nome Yehudi ou Judeu é usado no Velho Testamento para designar membros da Tribo de Judá, descendentes do quarto filho de Jacó, bem como para indicar cidadãos do Reino de Judá, particularmente no tempo de Jeremias e sob a ocupação persa. Séculos depois, a mesma palavra veio a ser aplicada a qualquer um, não importa a origem, cuja religião era o Judaísmo.

    O nome descritivo Judaísmo jamais foi ouvido pelos hebreus ou “israelitas”: aparece somente com a Cristandade. Flavius Josephus foi um dos primeiros a usar o nome em seu recital da guerra com os romanos para indicar uma totalidade de crenças, leis morais, práticas religiosas e instituições cerimoniais na Galiléia que ele acreditava superiores ao helenismo rival. Quando a palavra Judaísmo nasceu, não mais existia um Estado hebreu-“israelita”. As pessoas que abraçavam o credo do Judaísmo já eram misturas de muitas raças e fontes; e esta diversificação estava crescendo rapidamente…

    Talvez a mais significantes conversão em massa à fé judaica aconteceu na Europa, no século 8 d.C., e esta história dos Khazares (povo turco-fínico) é bem pertinente ao estabelecimento do moderno Estado de “Israel”. Este povo parcialmente nômade, provavelmente relacionado com os Búlgaros do Volga, primeiro apareceu na Trans-Caucásia no século II. Eles se estabeleceram no que é agora o sul da Rússia, entre o Volga e o Don, e então se espalharam até as costas dos Mares Negro, Cáspio e de Azov. O Reino de Khazaria, governado por um khagan ou khakan caiu para Átila o Huno em 448, e para os muçulmanos em 737. Nesse intermédio, os khazares governaram uma parte dos búlgaros, conquistaram a Criméia, e aumentaram seu império sobre o Cáucaso longe ao noroeste incluindo Kiev, e na direção leste até Derbend. Tributos anuais eram levantados dos russos eslavônicos de Kiev. A cidade de Kiev foi provavelmente construída pelos khazares. Haviam judeus na cidade e na área ao redor antes que o Império Russo foi fundado pelos varenguianos a quem os guerreiros escandinavos algumas vezes chamara os Rus ou Ross (cerca de 855-863).

    A influência dos khazares estendeu-se ao que é hoje a Hungria e a Romênia. Hoje, as vilas de Kozarvar e Kozard na Transilvânia dão testemunho da penetração dos khazares que, junto com os magiares, então prosseguiram até a atual Hungria. O tamanho e poder do Reino da Khazaria é indicado pelo ato que ele mandou um exército de 40.000 soldados (em 626-627) para ajudar Heráclio dos bizantinos a conquistar os persas. A Enciclopédia Judaica orgulhosamente se refere à Khazaria como tendo “um bem constituído e tolerante governo, um comércio florescente e um exército bem disciplinado.”

    Judeus que haviam sido banidos de Constantinopla pelo governante bizantido Leo III acharam um lar entre estes khazares então pagãos e, em competição com os missionários maometanos e cristãos, converteu-os à fé judaica. Bulan, governante da Khazaria, se converteu ao Judaísmo por cerca de 740 d.C. Seus nobres e, um pouco depois, seu povo o seguiu. Alguns detalhes destes eventos estão contidos em cartas trocadas entre o Khagan Joseph da Khazaria e R. Hasdai Ibn Shaprut de Córdoba, doutor e quase ministro do exterior do Sultão Abd al-Rahman, o Califa da Espanha. Esta correspondência (cerca de 936-950) foi publicada pela primeira vez em 1577 para provar que os judeus ainda tinham um país próprio – nomeadamente, o Reino da Khazaria. Judah Halevi sabia das cartas até em 1140. Sua autenticidade foi desde então estabelecido além de dúvidas.

    De acordo com estas cartas Hasdai-Joseph, Khagan Bulan decidiu um dia: “Paganismo é inútil. É vergonhoso para nós sermos pagãos. Vamos adotar uma das religiões divinas, Cristianismo, Judaísmo ou Islamismo”. E Bulan chamou três clérigos representando as três religiões e os fez discutir seus credos diante dele. Mas, nenhum clérigo conseguiu convencer aos outros, e ao soberano, que a sua religião era a melhor. Então o governante falou a cada um deles separadamente. Ele perguntou ao clérigo cristão: “Se você não fosse cristão ou tivesse que abandonar o Cristianismo, qual você iria preferir – Islamismo ou Judaísmo?” O clérigo falou: “Se eu fosse abandonar o Cristianismo, me tornaria um judeu.” Bulan então perguntou ao islamita a mesma questão, e o muçulmano também escolheu o Judaísmo. Assim Bulan escolheu o Judaísmo para ele mesmo e para o povo da Khazaria no século sétimo depois de Cristo, e a partir daí os khazares (às vezes se escreve cazares ou cozares) viveram de acordo com as leis judaicas.

    Debaixo do comando de Obadiah, o Judaísmo ganhou força adicional na Khazaria. Sinagogas e escolas foram construídas para dar instrução sobre a Bíblia e o Talmud. Como o Professor Graetz escreve em sua História dos Judeus, “Um sucessor de Bulan que carregava o nome hebreu de Obadiah foi o primeiro a fazer esforços sérios para espalhar a fé judaica. Ele convidou sábios judeus a se estabelecerem em seus domínios, recompensou-os realmente… e introduziu um serviço divino modelado nas comunidas antigas. Após Obadiah veio uma longa série de Khagans judeus, pois de acordo com uma lei fundamental do Estado apenas aos governantes judeus era permitida a ascensão ao trono.” Mercadores khazares não trouxeram apenas seda e tapetes da Pérsia e do Oriente Próximo mas também sua fé judaica ao Vístula e ao Volga. Mas o Reino da Khazaria foi invadido pelos russos, e Itil, sua grande capital, caiu a Sviatoslav de Kiev em 969. Os bizantinos haviam se tornado temerosos e invejosos dos khazares e, numa expedição conjunta com os russos, conquistaram a parte khazariana da Criméia em 1016 (Criméia era conhecida como “Chazar” até o século 13). Os judeus khazarianos se espalharam através do que é hoje a Rússia e a Europa Oriental. Alguns foram levados ao Norte onde se juntaram à comunidade judaica estabelecida em Kiev.

    Outros voltaram ao Cáucaso. Muitos khazares de re-casaram na Criméia e na Hungria. Os Cagh Chafut, ou “judeus da montanha” no Cáucaso e os judeus hebraile da Geórgia são seus descendentes. Estes judeus “ashkenazim” (como os judeus da Europa Oriental são chamados) cujos números foram aumentados pelos judeus que fugiram da Alemanha no tempo das Cruzadas e durante a Peste Negra, tem pouco ou nenhum traço de sangue semítico.

    Que os khazares são os ancestrais lineares dos judeus da Europa Oriental é um fato histórico. Historiadores judeus e livros-texto religiosos reconhecem o fato, apesar de propagandistas do nacionalismo judaico consideram isso propaganda pró-árabe.Um pouco ironicamente, o Volume IV da Enciclopédia Judaica – porque essa publicação soletra khazares com “C” ao invés de “K” – é intitulado “Chazares para Dreyfus”: e foi o caso Dreyfus, conforme interpretado por Theodor Herzl, que fez os modernos judeus khazares da Rússia esquecer sua ascendência de convertidos ao judaísmo e aceitar o anti-semitismo como prova de sua origem na Palestina.

    Até onde os antropólogos conhecem, a ascendência de Hitler pode ir até uma das Dez Tribos Perdidas de “Israel”; enquanto Weizmann pode ser um descendente dos khazares, os convertidos ao judaísmo que não estavam por nenhuma ligação antropológica relacionados com a Palestina. A casa para onde Weizmann, Silver e tantos outros sionistas ashkenazim tanto reclamaram para voltar muito provavelmente jamais foi deles. “Aqui temos um paradoxo, um paradoxo, o mais ingênuo paradoxo”: antropologicamente, muitos cristãos podem ter muito mais sangue hebreu-“israelita” do que muitos de seus vizinhos judeus.

    Raça pode aplicar armadilhas engraçadas naquelas pessoas que fazem desse conceito a base de seus gostos e desgostos. Pessoas obcecadas pela raça podem se achar odiando pessoas que, de fato, podem ser de sua própria parentela.

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