Em 2017, pilotos impediram deportação de 222 pessoas na Alemanha

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Nesta semana, viralizou na internet o vídeo da estudante sueca Elin Ersson, que recusou-se a sentar e adotar as medidas de segurança exigidas durante um vôo até que um homem que seria deportado para o Afeganistão fosse retirado da aeronave. Durante a transmissão, a ativista disse que era direito do piloto não levar o passageiro que contava com seu apoio – a jovem de 21 anos representava, ali, um movimento que atua contra a política de deportações da Suécia.
 
Em 2017, o jornal Independent noticiou que esse tipo de ação, na Alemanha, impediu 222 deportações entre janeiro e setembro daquele ano. Mas foram os próprios pilotos que decidiram, “caso a caso”, não levar os passageiros que eram objeto de deportação.
 
A reportagem (leia aqui) informa que “muitos dos pilotos se recusaram a assumir o controle dos voos levando as pessoas de volta ao Afeganistão, onde a violência ainda é abundante após anos de guerra e ocupação por forças ocidentais.” Alguns dos voos pertenciam à Lufthansa e à sua subsidiária Eurowings, acrescenta.
 
O porta-voz da Lufthansa Michael Lamberty disse ao jornal alemão Westdeutsche Allegeimeine Zeitung que os pilotos argumentam que alguns casos de deportação poderiam representar um “risco à segurança” da tripulação. Essa justificativa é utilizada principalmente porque, se ajudasse um deportado por “motivos morais”, o comandante da nave poderia ser punido.
 
“Publicação alemã RBB24 citou um piloto da Lufthansa que não quis ser identificado como dizendo que os pilotos normalmente se recusariam a decolar se um potencial deportado responder ‘não’ quando perguntado se eles querem pegar o vôo. Os pilotos podem enfrentar medidas disciplinares se se recusarem a voar por motivos morais”, diz o site.
 
O porta-voz do Grupo Lufthansa negou qualquer “caso em que um dos nossos pilotos se recusou a levá-los por razões de consciência”.
 
POLÍTICA DE DEPORTAÇÕES
 
Ainda segundo a reportagem do Independent, a “Alemanha  processou mais pedidos de asilo do que todos os outros 27 países da UE combinados” em 2017. “A agência européia de estatísticas Eurostat disse que o Escritório Federal para Migração e Refugiados (BAMF) decidiu 388.201 casos de asilo nos primeiros seis meses” daquele ano.
 
Na Suécia, em 2015, “mais de 160 mil pessoas – incluindo 35 mil adolescentes – chegaram ao país e solicitaram refúgio. A maior parte deles veio do Afeganistão. Apenas 28% conseguiram obter o status de refugiado”, informou o G1.
 
 
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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  1. Qualquer pessoa que informar
    Qualquer pessoa que informar ao cmt da aeronave que está voando contra sua vontade, já e motivo para o mesmo não decolar. Por padrão a hora estimada de calços fora não se inicia até o desembarque do pax que pode colocar o voo em risco.

  2. Conforme informam as

    Conforme informam as pesquisas…

    Aqui, o número de indecisos supera o número de votantes declarados!

    Como se nosso tempo fosse infinito…

    O mundo vai nos esperar daqui a vinte anos…

    Tudo muito tardio, o brasil precisava de seu povo para ontem…

    Depois que venderem tudo, podemos aposentar até nossas forças armadas…

    Qual riqueza vão proteger?

    Proteger o povo já não fará sentido algum, com nossas riquezas criando escolas e empregos no estrangeiro…

    Sem educação, saúde e trabalho, só vai dar bandido e as forças armadas só servem para guerra, não servem para policia…

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