Imagens históricas do movimento pelos Direitos Civis nos EUA

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Tradução de JNS

Imagens Históricas do Movimento Pelos Direitos Civis nos EUA

Registro fotográfico do legado de milhares de pessoas que se levantaram e lutaram contra a injustiça nos EUA.

Do Distractify | 18/01/2015

Rosa Parks tem suas impressões digitais colhidas depois de se recusar a ceder o seu assento para um passageiro branco em um ônibus na  cidade de Montgomery, no Alabama, em 1956.

Rosa fez história ao violar as leis de segregação do Alabama. A sua prisão foi seguida por boicotes de ônibus segregados, forçando muitas empresas de ônibus a adotar outra postura no transporte de pessoas.

Martin Luther King Jr. Remove, com seu filho ao seu lado, uma cruz queimada no seu jardim em 1960.

Ruby Bridges, com seis anos de idade, foi a primeira criança negra a frequentar uma escola só de brancos no sul, é guardada pelas forças policiais após contra a sua vida em 1960.

Manifestantes são cobertos de ketchup, mostarda e açúcar durante um “Sit-In”, a loja Woolworth, em Jackson, no Mississippi.

Dion Diamond sentou-se no local reservado exclusivamente para brancos na  Cherrydale Drug Fair, em Arlington, na Virgínia, em 1960.

As ações “Sit-ins”  eram uma forma não-violenta de protesto que viu muitas empresas privadas mudar suas políticas de segregação racial.

Um ônibus da organização “Rider Freedom” é consumido pelas chamas depois que uma bomba foi jogada pela janela, em 1961.

Em 4 de maio de 1961, um grupo de ativistas formado por 13 afro-americanos e brancos lançou os “Freedom Rides”, uma série de viagens de ônibus para protestar contra a segregação nos terminais de ônibus interestaduais. Os Freedom Riders, que foram recrutados pelo Congress of Racial Equality  (CORE), um grupo de direitos civis nos Estados Unidos, partiu de Washington, DC, e tentou usar as instalações dos terminais de ônibus ao longo do trajeto para as cidades interioranas do sul do país. Os “Freedom Riders” tentaram usar “dos brancos” apenas os banheiros e os refeitórios. O grupo encontrou tremenda violência dos manifestantes brancos ao longo da rota, mas chamou a atenção internacional para a sua causa. Ao longo dos meses seguinets, várias centenas de Freedom Riders envolveram-se em ações semelhantes. Em setembro de 1961, a Comissão Interestadual de Comércio editou normas que proíbiam a segregação nos ônibus e nas estações ferroviárias em todo o país.

Um grupo de crianças negras é conduzido para a prisão por protestar em Birmingham, Alabama, em 1963.

Centenas de crianças foram presas por participar deuma manifestação em Birmingham, que foi organizada para promover a integração em uma cidade que possuía o mais alto nível de segregação no país. 

Martin Luther King Jr. e Ralph Abernathy são presos por liderar os protestos em Birmingham, Alabama, em 1963

“Eu tenho um sonho”

A visão a partir do interior do Lincoln Memorial do evento histórico capitaneado por Martin Luther King Jr, em 1963

Mais de 250 mil pessoas assistiram ao discurso de King em 1963.

Manifestantes dos direitos civis recebem jatos de água do Corpo de Bombeiros, em Birmingham, em 1963.

Martin Luther King Jr. lidera a caminhada de março para liberdade entre Selma a Montgomery, em 1965.

O gerente do Monson Motor Lodge derramou ácido na piscina e os “nadadores” foram presos por conduta desordeira, em 1964.

Manifestantes de direitos civis pularam em uma piscina do hotel porque o gerente se recusou a deixar o Luther King Jr. e seus convidados entrar no restaurante.

Presidente Lyndon Johnson e Martin Luther King Jr. discutem táticas sobre como introduzir direitos civis na legislatura para ser submetidas ao Congresso. Meses mais tarde, a Lei dos Direitos de Voto foi aprovada, em 1965

A Lei dos Direitos de Voto foi uma medida monumental na medida em que proibia a discriminação racial nas votações. Anteriormente, os “votos negros” valiam menos que os ‘votos brancos’.

George Lincoln Rockwell, líder do Partido Nazista Americano, confronta Martin Luther King Jr. no Tribunal do Condado de Dallas em uma unidade para registro de eleitores liderados por King, em 1965.

Manifestantes pelos direitos civis em Memphis, Tennessee, em 1968.

O ex primeira-dama Jackie Kennedy, que perdeu o marido em 1963, conforta Coretta Scott King, em 1968.

Wall Street parou por um minuto, às 11 horas, em homenagem ao líder dos direitos civis, em 1968.

Milhares de pessoas acompanham o funeral de Martin Luther King Jr., em 1968.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

16 Comentários

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  1. Olhando estas imagens antigas

    com os olhos de hoje, se percebe como são estúpidas e idiotas essas tais “segregações raciais”. 

    Seria até bem interessante encontrar aqueles pseudo-valentões numa cantina (como numa das imagens) e ouvir a posição deles sobre no que se meteram naquela época e o que acham disso hoje. 

    E o pior é que alguns descendentes daqueles cara-pálidas daquele país ainda hoje procuram manter segregações, especialmente na área militar. 

    Dois exemplos: a tal “Linha Verde”, no Iraque, que determinou um território exclusivo dos invasores, e as centenas de bases estadunidenses pelo mundo, onde os nativos só poderiam entrar (em sua própria terra) portando crachás. 

    E ainda tinha um político brasileiro idiota que quis implantar esse crachá no Maranhão. 

  2. Martin Luther King Jr é o

    Martin Luther King Jr é o símbolo do racismo.O cara foi fera mesmo.

          Mas não tinha nenhum príncípio de ética familiar.

            Casado e com filhos, comeu TODAS e mais algumas( casadas, solteiras,virgens,brancas e negras) não passando uma imagem de uma pessoa de caráter.

          Na sua condição deveria ter maneirado.Muito ao contrário:

                Se prevaleceu de sua fama .

              E isso é grave.E nojento.

     

  3. Penso em muitos que escrevem

    Penso em muitos que escrevem na mídia hoje…em muitos que conheço pessoalmente..e imagino onde eles estariam nessa época…infelizmente, estariam ao lado da segregação.

    1. Um artista

                  “Deus

                    uma só nação

                    com

                    liberdade e justiça para todos”

      George Zimmerman está comercializando a sua nobre arte no eBay

      Parece que George Zimmerman voltou-se para a pintura e está vendendo trabalhos artísticos originais no eBay, uma semana depois que os promotores retiraram as acusações de violência doméstica contra ele .

      A pintura recebeu uma oferta de mais de US $ 100.000.

      A tela apareceu no site de leilões na segunda-feira. A imagem da obra de arte mostra uma bandeira dos EUA pintada somente em vários tons de azul, com as palavras “Deus, uma só nação, com liberdade e justiça para todos”, estampado em letras brancas em listras azuis mais escuros da bandeira.

      O irmão de Zimmerman, Robert Zimmerman Jr., confirmou que o leilão é real, e disse que a pintura é, de fato, o trabalho de seu irmão, que foi absolvido da acusação de assassinato em julho de 2012 de Trayvon Martin, de 17 anos, em Sanford.

      O vendedor da pintura é identificado como o usuário ” therealgeorgez

      A página do leilão incluiu a seguinte descrição:

      “Este é o meu primeiro trabalho pintado à mão. Toda mundo pergunta o que tenho feito. Eu encontrei um criativo e um caminho para mim mesmo. As minhas experimentações são expressadas em símbolos que representam as minhas emoções. O meu trabalho de arte me permite refletir, proporcionando uma terapia, e permanecer em casa:-) Eu espero que você goste de ter esta peça tanto quanto eu apreciei em criá-la. Seu amigo, George Zimmerman.”

      Zimmerman, mais tarde, adicionou uma foto de si mesmo segurando a sua pintura na página de leilão como mais uma prova de que ela é realmente dele.

      O lance inicial da pintura foi fixado em US $ 50, mais um adicional de US $ 40 para o transporte imediato a partir de Sanford, de acordo com a página do leilão. A cotação da obra subiu rapidamente para a casa dos milhares, e ficou a menos de 100 mil dólares a partir de segunda-feira.

      Na quarta-feira de manhã, o último lance era de 110.100 dólares. A licitação estava prevista para terminar na  segunda-feira, no dia 22 dezembro.

      Em novembro, quatro meses depois da sua absolvição no caso do disparo em Trayvon Martin, Zimmerman foi preso em Apopka depois que a sua namorada, Samantha Scheibe, ligou para o 911 alegando que ele apontou uma arma para ela. 

      Scheibe mais tarde se retratou e optou por não prosseguir com o caso, dizendo ela queria voltar com Zimmerman, cuja ex-esposa, Shellie, pediu o divórcio em setembro.

      Após sua prisão por violência doméstica, Zimmerman disse a um juiz que ele só tinha US $ 144 disponíveis e US $ 2,5 milhões de passivos em dívida. 

      O seu ex-advogado, Mark O’Mara, disse que acredita que a maior parte dessa dívida era o dinheiro que lhe é devido e ao advogado Don West, que representaram Zimmerman no seu julgamento pelo assassinato de Trayvon Martin (foto).

      ( http://www.baynews9.com/content/news/baynews9/news/article.html/content/news/articles/cfn/2013/12/16/zimmerman_artwork.html?cid=rss )

      A assassinato de Trayvon Martin pelo olhar de Huong

      DSC_0649

      ( http://ushypocrisy.com/2013/09/11/trayvon-martin-peace-mural-stirs-up-controversy/ )

  4. “Now” (1965) documentário do

    “Now” (1965) documentário do cubano Santiago Álvarez, sobre a luta pelos direitos civis e contra o racismo. Álvarez migrara para os EUA, onde viveu por muitos anos, e voltou a Cuba pra participar da revolução, e tornou-se um de seus maiores cineasta. A música, “Now”, com Lionel Hampton, é cantada por Lena Horne, sendo ambos militantes pelos direitos civis nos EUA. O filme é um dos primeiros cineclipes do mundo, pois tem exatamente a duração da música.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=vQ6c5n1ycoE%5D

     

      1. Zimmerman

         O animal que rí

        Disse que comercializa pinturas para ajudá-lo a processar as lembranças do assassinato de Trayvon Martin, aos 17 anos de idade, em 2012.

    1. Um escárnio

       

      O perturbado Zimmerman, com 30 anos de idade, que foi absolvido do assassinato de Trayvon Martin, decidiu que era uma boa idéia pintar um retrato do adolescente com as palavras “Justice For All” transcritas no fundo. Parece que, para muitos, “Justiça Para Todos” é exatamente o que Trayvon Martin não recebeu.

      pintura George Zimmerman

      Para turvar ainda mais o lamaçal das tintas da vergonha alheia  e do escárnio total, Zimmerman recebeu uma oferta de 30 mil dólares pela pintura em um leilão online. O imbecil que comprou a pintura divulgou um comunicado para a mídia que dizia: “Zimmerman é agora uma parte da história e eu queria ter a minha parte disso.Ele é um artista muito talentoso e mal entendido, mas é um homem humilde. Eu estou com ele e espero que eu possa comprar outra de suas obras-primas.”

      Os 30 mil dólares recebidos em oferta por este abuso ainda está muito longe dos mais de 100 mil dólares que recebeu pela sua primeira pintura. 

      Essa, tornou-se igualmente objeto de controvérsia, por zombar até do promotor que atuou no seu julgamento por homicídio.

      Zimmerman ocupou espaço nas manchetes, novamente, depois de concordar em participar uma luta de boxe com o rapper DMX, uma celebridade de New York. O evento só foi cancelado depois que o público começou a manifestar a sua desaprovação.

      Informações da Internet

  5. “We Are All Trayvon Martin”

     

    A obra-prima de Huong contra o racismo

    Criamos este trabalho, para garantir que todos saibam da monstruosidade do racismo e dos horrores que ainda são evidentes em nossa sociedade.” – Huong

    por Caleb Gee

    Um artista de Miami que simplesmente atende pelo nome de Huong pintou um mural em homenagem a Trayvon Martin intitulado “We Are All Trayvon Martin.”

    O mural, que foi exibido no Capitólio do Estado da Flórida em 9 de agosto de 2013, mostra um homem com uma impressionante semelhança com o segurança George Zimmerman, que alvejou Trayvon Martin em 26 de fevereiro de 2012, em Sanford, na Flórida, atirando em uma figura vestindo moletom, usando um capuz na frente de uma imagem de Martin Luther King Jr.

    Em vez de pintar um rosto na figura encapuzada, no entanto, Huong inseriu um espelho, no qual os observadores poderiam ver a própria imagem na tela. 

    De acordo com Huong, um ativista da paz e de defesa dos refugiados da Guerra do Vietnã, ” Nós não decidimos ficar tranquilos, até ter a certeza de que nós seríamos a voz  que não foi permitida a Trayvon Martin. É por isso que nós criamos este trabalho, para garantir que todos saibam dos horrores que ainda são evidentes em nossa sociedade e para educar o público sobre a monstruosidade do racismo.”

    modelo

    Huong também revelou outro grande mural contendo pinturas de vários ativistas de renome mundial na luta pelos direitos civis de todas pessoas do mundo, incluindo Nelson Mandela, Malcolm X, Harriet Tubman, Abraham Lincoln, WEB DuBois, Carlor Manuel de Céspedes, Mahatma Gandhi, Walter White, Oskar Schindler, Ruby Bridges, Cesar Chavez, Huey P. Newton e Robert Purvis.

  6. A Ponte

    O Grand Dragon da Ku Klux Kan Edmund Pettus

    Manifestantes marcharam sobre a ponte – a mesma que o povo atravessou neste fim de semana – que ainda tem o nome de Edmund Winston Pettus, um ex-Grand Dragon da organização racista Ku Klux Klan do Alabama.

    Uma ponte em Selma fixa É o nome de uma KKK-Membro.  É aqui como um grupo é tentando mudar isso.

    Um poderoso documentário de Stefan Sharff, recentemente descoberto, mostra cenas da manifestação realizada entre Selma e Montgomery, no Alabama, em 8 de março de 1965, para reclamar direitos de votos para a população negra americana.

    [video:https://youtu.be/BFhcR362RyE width:600 height:450]

    John Lewis é atirado ao chão por um policial do Estado de Alabama e recebe pancadas de cassetetes usados para dispersar a marcha “Bloody Sunday” pelo direito ao voto, em Selma, em 7 de março de 1965.

    "Bloody Sunday" em Selma, Ala.

    O Rev. Dr. Martin Luther King Jr. na ponte Edmund Pettus em Selma, em 21 de março de 1965, dias após o “Bloody Sunday” | Associated Press

    Trailer oficial do filme “Selma”, que foi lançado em 25 de dezembro de 2014. No filme “Selma”, Martin Luther King, Jr., interpretado por David Oyelowo, lidera, em 1965, em face da violenta oposição, uma perigosa campanha para garantir os direitos de voto. A marcha de Selma a Montgomery culmina com o presidente Johnson (Tom Wilkinson) assinando a Lei dos Direitos de Voto de 1965, uma das vitórias mais significativas para o movimento dos direitos civis nos EUA.

    [video:https://youtu.be/kPgs2zshD9Y width:600 height:450]

    Obama na ponte Edmund Pettus, em Selma, Alabama, no 50º aniversário do “Bloody Sunday” | Twitter

    Link permanente da imagem incorporada

    Barack Obama segura as mãos de Amelia Boynton Robinson e de John Lewis, que foram espancados durante o “Bloody Sunday”, ao atravessar a ponte Edmund Pettus em Selma, Alabama, nas homenagens prestadas ao 50º aniversário do “Domingo Sangrento”, um marco do movimento dos direitos civis, no sábado. | AP

    A caminhada simbólica pela Ponte Edmund Pettus, realizada em 8 de Março de 2015, em Selma, no Alabama – Foto de Bill Frakes / Associated Press

    Informações e imagens da Internet

     

  7. We Shall Overcome

     

    A força inspiradora de uma poderosa canção

    A música que foi cantada fervorosamente pelos ativistas na luta inglória pelos diretos civis nos EUA

    [video:https://youtu.be/RJUkOLGLgwg width:600 height:450]

    Em 15 de março de 1965, o presidente Lyndon Johnson fez um pronunciamento, assistido por 70 milhões de americanos na televisão, convocando o Congresso para fazer a alteração da legislação sobre o direito de voto.

    As marchas de Selma a Montgomery,  capital do Alabama, tiveram um forte impacto em Washington. Após ver a cobertura televisiva do “Bloody Sunday”, o presidente Lyndon Johnson encontrou-se com o governador George Wallace, em Washington, para discutir com ele a situação dos direitos civis. Ele tentou convencer Wallace a parar a perseguição do Estado contra os manifestantes. Duas noites depois, em 15 de março de 1965, Johnson apresentou um projeto de lei para uma sessão conjunta do Congresso. O projeto de lei seria aprovado e, mais tarde, tornar-se-ia a Lei dos Direitos ao Voto. O discurso de Johnson à frente do Congresso seria considerado um momento divisor de águas para o movimento pelos direitos civis.

    “Mesmo que consigamos passar este projeto, a batalha não estará acabada. O que aconteceu em Selma é parte de um movimento muito maior que atinge cada canto e cada estado da América. É o esforço dos afro-americanos de garantir para si todas as bênçãos da vida americana. As causas deles devem ser também as nossas causas, porque não são somente os negros, mas todos nós que temos de superar o legado paralisante do fanatismo e da injustiça. E nós devemos superá-lo”, disse LBJ.

    [video:https://youtu.be/lnFwR8G6u2g width:600 height:450]

    Muitos integrantes dos movimentos pelos direitos civis comemoraram o discurso e ficaram emocionados por, depois de tanto tempo e luta, finalmente, um presidente estar disposto a defender o direito ao voto dos negros. De acordo com o ativista C.T. Vivian, do SCLC, que estava com Luther King quando o discurso foi transmitido,

    “… olhei e Martin estava muito quieto, sentado na cadeira, e uma lágrima rolou do seu rosto. Foi uma vitória como nenhuma outra. Foi uma confirmação do movimento.”

    O projeto tornou-se lei em uma comemoração em 6 de agosto, proibindo grande parte das práticas injustas usadas para impedir os negros de votarem e disponibilizou fiscais oficiais para o Alabama e outros estados com uma história de discriminação eleitoral para garantir que a lei fosse cumprida.

    Alguns ativistas, certamente, não perceberam que o presidente Johnson havia se apropriado da frase que se tornou icônica dos movimentos dos direitos civis. Mas John Lewis, acompanhado por Martin Luther King Jr., assistiu, pela TV, a exibição do discurso do presidente naquela noite e escreveu mais tarde: “As suas palavras foram as de um estadista e, mais, eram as palavras de um poeta”, acrescentando: “Dr. King deve concordar, porque ele enxugou uma lágrima no momento em que Johnson disse as palavras ‘vamos vencer.'”

    John Lewis, o único sobrevivente dos seis grandes líderes dos movimentos pelos direitos humanos, que é, agora, um congressista da Geórgia, em seu livro Walking with the Wind: A Memoir do Movimento, fala que se juntou à causa dos direitos civis quando era um adolescente na região rural do Alabama. Ele tornou-se um dos líderes do movimento, foi preso e espancado. O seu crânio foi fraturado em Selma no dia que foi chamado de “Bloody Sunday”. Ele disse que a canção “We Shall Overcome” sustentou o seu estado de ânimo ao longo dos tempos de luta, especialmente naqueles momentos em que os manifestantes, que haviam sido espancados, presos ou apenas detidos, temporariamente, se reuniam para cantá-la. A canção deu-lhe “um sentido de fé e uma sensação de força, para continuar a lutar e fez perder o sentido de medo”, diz Lewis. “Você era preparado para marchar até o fogo do inferno.”

    A canção foi levada pelo movimento dos direitos civis para todo o sul, erguendo-se no ar saturado pelo gás lacrimogêneo lançado pela repressão policial, tornando-se um murmúrio de homens e mulheres durante a noite nas prisões do sul e representou uma afirmação cantada por centenas de milhares de pessoas que promovem protestos na área do entorno da cúpula do Capitólio.

    [video:https://youtu.be/l7hmUm570Lw width:600 height:450]

    A  mensagem poderosa e a promessa de superação de We Shall Overcome virou tema nos discursos e sermões de King, incluindo o discurso proferido em 31 de março de 1968, no domingo anterior à sua morte no dia 4 de abril, na quinta-feira.

    “We shall overcome”

    [ Deve ser entendido como “nós venceremos” (nós iremos superar os obstáculos), na tradução do discurso de Martin Luther King Jr. ]

    “No fundo do meu coração, eu creio: Nós venceremos!

    Sabe, eu já juntei minhas mãos tantas vezes com estudantes e outras pessoas atrás das grades da prisão cantando isso: Nós venceremos!

    Algumas vezes tínhamos lágrimas nos olhos quando nos uníamos para cantar, mas ainda decididos a cantar: Nós venceremos! Ah, e antes que esta vitória esteja ganha, alguns ainda terão que ser jogados na prisão um pouco mais, mas nós venceremos!

    Não se preocupe com a gente. Antes que a vitória esteja ganha, alguns de nós vão perder seus empregos, mas nós venceremos!
    Antes que a vitória esteja ganha, alguns terão que lidar até mesmo com o abuso físico. Mas se a morte física é o preço que alguns têm que pagar para libertar seus filhos de uma morte psicológica permanente, então nada será mais redentor.

    Antes que a vitória esteja ganha, alguns serão mal interpretados e chamados por nomes feios; tratados como turbulentos e agitadores, mas nós venceremos!

    Nós venceremos porque o arco do universo moral é longo, mas se curva em direção à justiça.

    Nós venceremos porque Carlyle estava certo: “Nenhuma mentira pode viver para sempre”.

    Nós venceremos porque William Cullen Bryant estava certo: “A verdade lançada por terra erguer-se-á novamente”.

    Nós venceremos porque James Russell Lowell estava certo: “A verdade, sempre no cadafalso vergonhoso; a injustiça, sempre no trono glorioso. Mas é o cadafalso que transforma o futuro, e, por trás do que é desconhecido e obscuro, eis que nas sombras está o nosso Deus, velando sempre pelos seus”.

    Nós venceremos porque a Bíblia estava certa: “o que o homem plantar, isso colherá”.

    Nós Venceremos!

    No fundo do meu coração, eu creio: Nós venceremos!

    E com está fé nós sairemos e adiaremos os conselhos de desespero e traremos nova luz para as câmaras escuras do pessimismo e nós seremos capazes de erguer-nos da fadiga do desespero, para flutuarmos sobre a esperança. E esta será uma grande América! Nós seremos os realizadores disto.

    E assim que eu deixá-los esta noite eu direi: Andem juntos filhos! Não se permitam cansar!”

    [video:https://youtu.be/VeHNbGE3tJw width:600 height:450]

    Informações e imagens da Internet

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