Mais um morto em Pedrinhas, Maranhão

Sugerido por antonio francisco

Do Yahoo

Enforcamento eleva para 6 o número de presos mortos em Pedrinhas

A Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (SEJAP) do Maranhão informou neste domingo que encontrou o corpo de um preso com sinais de estrangulamento no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, o que aumenta para seis o número de detentos mortos nessa prisão em 2014.

O corpo de Pedro Martins Viega, de 31 anos e que cumpria uma condenação por tráfico de drogas, foi encontrado no sábado em uma cela de Pedrinhas, prisão na qual aconteceram 59 assassinatos em 2013, segundo a SEJAP.

De acordo com as autoridades carcerárias maranhenses, os indícios permitem dizer que o preso foi estrangulado dentro da cela.

Segundo estatísticas do Conselho Nacional de Justiça, desde o início deste ano aconteceram seis assassinatos de presidiários nas diferentes unidades que compõem o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

Dos 59 internos assassinados no ano passado, nove morreram em uma rebelião em dezembro. Desde então a segurança no presídio foi reforçada por membros da Polícia Militar do Maranhão e da Força Nacional de Segurança Pública, cuja atuação em um centro carcerário foi autorizada pelo Ministério da Justiça.

A maioria das mortes foi atribuída a uma guerra entre duas gangues rivais de presos que atuam em Pedrinhas, um complexo com capacidade para 1.770 reclusos, mas que até o mês passado abrigava 2.196.

As autoridades do Maranhão determinaram em janeiro transferência a presídios de segurança máxima em outras cidades de nove presos que estavam em Pedrinhas e que eram apontados como os líderes das organizações em disputa.

Também em janeiro, uma comissão legislativa de Direitos Humanos denunciou que familiares de alguns internos eram obrigados a ter relações sexuais com os líderes das gangues rivais durante os dias de visitas.

A rivalidade entre as organizações criminosas extrapolou o presídio no início do ano e chegou às ruas de São Luís na forma de ataques a delegacias e ônibus públicos que causaram a morte de uma menina de seis anos. EFE

Redação

2 Comentários

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  1. Segundo o CNJ, Pernambuco tem o pior sistema carcerário do país

    Agora virou moda falar do Maranhão… E de Pernambuco, que tem o pior sistema carcerário do país, ninguém vai falar? O Brasil terá de responder na Comissão Interamericana de Direitos Humanos não somente pela questão de Pedrinhas, mas também em função das barbaridades cometidas no presídio Aníbal Bruno do Recife. Quanto a isto ninguém fala nada… Porque o blog não publica esta reportagem? Segue um trecho e a íntegra logo depois:

     

    “Localizado a cerca de 120 quilômetros do Recife, o Presídio Rorenildo da Rocha Leão, no município de Palmares, na Mata Sul, é o hoje o maior símbolo da superlotação do sistema prisional de Pernambuco. A unidade abriga dez vezes a capacidade para qual foi projetada. No lugar onde caberiam até 74 detentos, existem hoje 741 homens apinhados em celas pequenas e sem assistência médica. Em dezembro, o Ministério Público de Pernambuco requisitou ao Estado, por meio da Secretaria de Ressocialização (Seres), a transferência de 200 deles. Mas, até agora, não há nenhum sinal de que o governo vá cumprir integralmente a medida. (…)”

     

    Símbolo da agonia do sistema prisional

    Presídio Rorenildo da Rocha Leão, em Palmares, Mata Sul, abriga hoje dez vezes mais homens do que a capacidade. MPPE quer a transferência de presos

    Publicado em 15/01/2014, às 10p5

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    Jorge Cavalcanti

    Do Jornal do Commercio

     

     / Foto: Ministério Público de Pernambuco

    Foto: Ministério Público de Pernambuco

    Localizado a cerca de 120 quilômetros do Recife, o Presídio Rorenildo da Rocha Leão, no município de Palmares, na Mata Sul, é o hoje o maior símbolo da superlotação do sistema prisional de Pernambuco. A unidade abriga dez vezes a capacidade para qual foi projetada. No lugar onde caberiam até 74 detentos, existem hoje 741 homens apinhados em celas pequenas e sem assistência médica. Em dezembro, o Ministério Público de Pernambuco requisitou ao Estado, por meio da Secretaria de Ressocialização (Seres), a transferência de 200 deles. Mas, até agora, não há nenhum sinal de que o governo vá cumprir integralmente a medida.

    No presídio, há homens que ainda aguardam julgamento, os chamados presos provisórios. E os que foram condenados, os sentenciados. Por ofício, o promotor Marcellus Ugiette argumentou que os detentos que ainda não foram julgados deveriam ser levados a unidades próximas às comarcas onde respondem a processos. Os que já estão no cumprimento da pena deveriam seguir para as penitenciárias situadas no local mais próximo possível de onde residem suas famílias, como determina a Lei de Execuções Penais.

    No dia 18 de dezembro do ano passado, o promotor foi à unidade e constatou que não há médicos para assistir os presos, muito menos espaço exclusivo para o atendimento de saúde. A contratação imediata de um profissional foi recomendada. Caso o Estado não cumpra as determinações, o promotor estuda entrar com uma ação para que a Justiça o obrigue a fazer.

    OUTRO LADO-Em nota, a Seres afirmou que está providenciando a transferência de 18 presos. Outros 50 serão levados às cadeias públicas. “Falta ainda a homologação das respectivas comarcas”, disse, no texto. Sobre a falta de médicos, a secretaria admite a ausência. Como paliativo, “encaminha, uma vez por semana, um médico para atender a demanda da unidade”.

    Em relação à superlotação, a Seres é evasiva. Diz que a capacidade do projeto original, de 74 homens, “não corresponde à realidade atual, tendo em vista as reformas e expansão da área”. Não, diz, porém, quantos homens o presídio de Palmares comporta e quantos abriga no momento. Apesar da posição da Seres, o MPPE e o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) reconhecem como limite do presídio a lotação de até 74 homens.

    Todas as 16 unidades – entre presídios, penitenciárias e um hospital de custódia e tratamento psiquiátrico – e as 69 cadeias públicas do Estado abrigam mais pessoas do que suportariam. Pernambuco, segundo a Seres, precisava ter três vezes a capacidade atual (10.500) para livrar o sistema prisional do rótulo de superlotado. Hoje são 29.967 detentos.

    http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/geral/noticia/2014/01/15/simbolo-da-agonia-do-sistema-prisional-113316.php

     

    1. Modelo dudu fields arraes

      Esse é o modelo dudu arraes campos de administração. Como ele tem a certeza da impunidade, a certeza de que ele não vai preso,  ele num tá nem aí :o)

       

       

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