Massacre do Carandiru tem julgamento retomado hoje

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A terceira fase do julgamento do Massacre do Carandiru começou nesta segunda (17), a partir das 9h, no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo. Nesta etapa, 15 policiais militares sentarão no banco dos réus por participação na morte de oito detentos que ocupavam o quarto pavimento (terceiro andar) da antiga Casa de Detenção Carandiru, há 21 anos. Presidido pelo juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo – o mesmo que decretou a prisão dos policiais ouvidos no segundo júri –, o julgamento deve se estender ao longo da semana.

O julgamento terá início com o sorteio de sete pessoas que vão compor o Conselho de Sentença. Em seguida, serão ouvidas as seis testemunhas de acusação, cinco de defesa e os réus. Dessa vez, é aguardada uma mudança de estratégia por parte da defesa. Nos primeiros dois julgamentos, boa parte dos réus se manteve em silêncio por orientação dos advogados. 

O Massacre do Carandiru ocorreu no dia 2 de outubro de 1992, quando 111 detentos foram mortos e 87 ficaram feridos durante uma operação policial destinada a reprimir uma rebelião iniciada a partir de uma briga entre os detentos do Pavilhão 9.

Por envolver grande número de réus e de vítimas, o julgamento do Massacre foi desmembrado em quatro etapas, de acordo com o que aconteceu em cada um dos quatro andares do pavilhão.

Na primeira etapa do julgamento, em abril de 2013, 23 policiais foram condenados a 156 anos de reclusão cada um pela morte de 13 detentos. Na segunda etapa, em agosto, 25 policiais foram condenados a 624 anos de reclusão cada um pela morte de 52 detentos.

Do total de mortos, 102 presos foram baleados e outros nove morreram em decorrência de ferimentos provocados por armas brancas. Os policiais são acusados de disparar contra presos que estariam desarmados. A perícia constatou que vários deles receberam tiros pelas costas e na cabeça. De acordo com o relatório da Polícia Militar, 22 policiais ficaram feridos.

Com informações da Agência Brasil e UOL

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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