Para não esquecer 5 de março de 1933

A perseguição atingiu o seu auge quando o Estado alemão controlado pelo partido organizou o assassinato sistemático de cerca de seis milhões de judeus e cinco milhões de pessoas dos outros grupos-alvo

Em 05 de março de 1933, o Partido Nazista, de Adolf Hitler, recebeu 43,9% dos votos nas eleições, o que permitiu que os nazistas aprovassem mais tarde a Lei de Concessão de Plenos Poderes e estabelecessem uma ditadura.

Mas a ascensão de Hitler ao poder havia começado há mais de dez anos, em 1919. Primeiramente ele se juntou ao DAP, o Partido dos Trabalhadores Alemães. Em 1920, esse partido desapareceu e ele mudou para o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, que se tornou conhecido como Partido Nazista.

Fatores como o início da Grande Depressão nos Estados Unidos (1929) e o desemprego maciço na Europa geraram um descontentamento geral com o regime democrático na Alemanha. Isto fez com que parte do povo alemão passasse a ansiar por uma revolução socialista de fato e outra parte, a pertencente à alta burguesia alemã (empresários e clero), passasse a temer essa mesma revolução. A alta burguesia apoiou a extrema direita do espectro político, optando por extremistas de partidos, como os pertencentes ao Partido Nazista.

O termo Nazi é alemão e decorre do Nationalsozialist. (junção de Nacional Socialista ou Nacionalismo Alemão).

Essa defesa de um país puro, ou raça pura (a alemã), levou à formação de uma cultura paramilitar racista e populista. Os seus adeptos, os “nazistas”, lutaram contra os levantes comunistas que foram surgindo após a primeira Guerra Mundial (início dos anos 20). A estratégia política nazista focou em opiniões “antigrandes empresas”, “antiburgueses” e “anticapitalistas”. Esses aspectos, entretanto, foram posteriormente minimizados a fim de ganhar o apoio das grandes entidades industriais e, em 1930, o foco do Partido Nazista mudou para o antissemitismo e o antimarxismo [mais ou menos assim, não importa a bandeira, é preciso ter um inimigo para manter o poder…].

Em nome da suposta pureza e força de uma “raça superior, a raça ariana”, os nazistas tentaram exterminar ou impor segregação excludente sobre os “degenerados” e “antissociais”, que incluía judeus, homossexuais, ciganos, negros, pessoas com deficiência, Testemunhas de Jeová e até adversários políticos. A perseguição atingiu o seu auge quando o Estado alemão controlado pelo partido organizou o assassinato sistemático de cerca de seis milhões de judeus e cinco milhões de pessoas dos outros grupos-alvo, triste capítulo da história da humanidade, que se tornou conhecido como o Holocausto.

A imagem que se vê na foto aqui compartilhada refere-se ao Memorial do Holocausto, localizado próximo ao portão de Brandemburgo, em Berlim. Inaugurado em 2005, é uma homenagem aos seis milhões de judeus mortos nos campos de concentração nazistas.

“Para que não se esqueça, para que não se repita”.

P.S. – O presente texto faz parte de uma série de relatos que estamos publicando diariamente, sobre eventos que constituem graves lesões a direitos humanos. As informações são baseadas em textos da Wikipedia.
Nossa intenção é dar visibilidade à I Caminhada do Silêncio, em prol das vítimas de violações estatais, que a CEMDP está organizando para o dia 31 de março de 2019, em São Paulo.

Maiores detalhes sobre a Caminhada podem ser vistos em https://www.facebook.com/events/2327473097484498??ti=ia.
***Apesar das dificuldades de acesso, é possível abrir a página. Agradecemos sua compreensão e apoio na divulgação do evento.

Redação

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