Para que Delegacias da Mulher funcionem 24 horas em São Paulo

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Da Catraca Livre

A cada 11 minutos, uma mulher é estuprada no Brasil. Os dados, divulgados pelo 9º anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelam uma situação alarmante: são mais de 50 mil vítimas de violência sexual todos os anos no país. E esse número pode ser ainda maior, pois a pesquisa só leva em conta casos que foram registrados em boletins de ocorrência – apenas 35% do total.

Embora a violência não tenha hora marcada, em São Paulo apenas nove delegacias têm atendimento especial para as mais de 5 milhões de mulheres que vivem na capital paulista. E, para piorar, nenhuma dessas delegacias funciona 24 horas por dia ou aos fins de semana.

Por isso, a rede “Minha Sampa” lançou uma petição on-line, direcionada ao secretário de segurança de SP, Mágino Alves, para exigir que as Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) fiquem abertas 24 horas, em todos os dias da semana. Além disso, o texto procura aumentar a pressão por outras melhorias na qualidade do atendimento. Para assinar, clique aqui.

Atendimento

De acordo com dados do Ipea, 90% dos casos de violência sexual no Brasil nunca chegarão a ser investigados. A estimativa é que sejam mais de 527 mil estupros por ano no país e o fato de não existir atendimento todos os dias, a qualquer hora, reduz as oportunidades para as denúncias ocorrerem.

“Quanto mais rápido a vítima puder fazer o boletim de ocorrência, maiores as chances de encontrar o agressor e obter provas das agressões. A agilidade também contribui na recuperação do trauma vivido pela mulher”, diz a petição.

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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