Pezão exonera secretário que disse acreditar na cura gay

Jornal GGN – Luiz Fernando Pezão (PMDB), governador do Rio de Janeiro, exonerou do cargo de secretário da Assistência Social e Direitos Humanos o pastor Ezequiel Teixeira (PMB). Na última quarta-feira, em entrevista ao O Globo, Ezequiel disse acreditar na “cura gay” e era criticado por esvaziar o programa Rio Sem Homofobia, além de fechar quatro centros de assistência para a população LGBT.

Pezão lamentou as declarações de Ezequiel e disse ser “totalmente contrário” às posições do ex-secretário. No lugar de Teixeira, será nomeado o atual secretário de Governo Paulo Melo, também do PMDB.

Enviado por Gilberto Cruvinel

Do Extra

Pezão exonera Ezequiel Teixeira, o pastor-secretário que diz acreditar na ‘cura gay’
 
Por Berenice Seara e Fabiana Paiva 

O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) acaba de exonerar o pastor Ezequiel Teixeira (PMB) da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos.

Em seu lugar, será nomeado o atual secretário de Governo, o ex-presidente da Assembleia Legislativa Paulo Melo (PMDB). No lugar de Melo, entra o atual chefe de Gabinete de Pezão, Affonso Monnerat.

Em dois meses à frente da pasta, Ezequiel deixou suas convicções religiosas prevalecerem. Esvaziou o programa Rio Homofobia e fechou quatro centros de assistência à população LGBT.

Em entrevista publicada pelo jornal O Globo desta quarta-feira (17), Ezequiel disse acreditar na “cura gay” e subiu o tom ao responder críticas feitas pelo coordenador do Rio sem Homofobia, Claudio Nascimento.

Ezequiel afirmou que os incomodados deviam se mudar, e se defendeu lembrando que “havia sido convidado” para estar à frente da pasta. E aqueles que o chamaram “sabiam se suas convicções”.

Diante da repercussão da reportagem, o governador lamentou as declarações do seu secretário. Pezão disse ser “totalmente contrário às posições de Ezequiel”.

O deputado federal, fundador da igreja evangélica Projeto Nova Vida, havia sido nomeado para a pasta no último dia 15 de dezembro, no lugar da economista Teresa Cosentino.

Redação

11 Comentários

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  1. Cura?

    Pastores, pastores! Curem primeiro a cupidez, a soberba, a ganância, a impostura, a desonestidade que tanto os assola! Defendam que suas igrejas paguem impostos e comecem a  pagá-los. Abram mão de seus sigilos bancários e fiscais. Só então comecem a querer ditar regras…

    1. bem colocado…

      na minha modesta opinião, se encaminham para a política com a única intenção de justificar ou tornar público e aceitável as convicções vindas da religião

      desenhando:

      das coisas públicas cuidam as leis

      das secretas a religião

      se misturar já era, se perde, passa a ser algo sem cabeça, sem raciocínio, nem uma coisa nem outra

  2. fez bem…

    e tem muitos outros que merecem o mesmo

    acho bom quando certas convicções vindas da religião são submetidas à razão

    que vá delirar na sua função principal, não na política direta, não na função

  3. A questão que Pezão deve responder é outra

    A questão que Pezão deve responder não é se deveria ou não demitir, mas porque nomeou alguém com essa postura?

    Pezão não sabia que o secretário é evangélico? Nunca conversou com ele? Nomeou no escuro?

    1. Pezão é um reacionário.

      Talvez as crenças de Pezão não estejam muito longe das do pastor. Ele é extremamente conservador e apoiou o deputado do PMDB pré-candidato a prefeitura do Rio de Janeiro que espancou a esposa. Só demitiu o pastor por causa da reação pública negativa à entrevista.

  4. é que muitos acreditam em liberdade de escolha…

    eu acredito em leilão de cargos

    esse nosso sistema de escolha é vergonhoso

    já deixou muita gente boa de fora, funcionários de carreira excelentes, mas que se recusam, e com toda razão, a aceitarem o beija mão tradicional

  5. secretário-pastor da

    secretário-pastor da assistência social e direitos humanos, curandeiro charlatão nas horas vagas, em impagável momento falastrão, enfiou os dois pezão na jaca…

  6. Bem que a Dilma poderia seguir o exemplo…

    E mandar pastar o ministro da doença e o ministrasto da injustiça. Faria um bem danado para as pastas e para o país.

  7.  
    Não gosto desse rapaz. O

     

    Não gosto desse rapaz. O Pezão. Mas, como diria o juizeco moro, isso não vem ao caso. Pportanto, eu aplaudo o pé na bunda que o governador aplicou no derrier desse pastor reacionário de merda. Ponto.

    Orlando

  8. É a política
    Tem uma coisa aí nessa demissão que é pura política. O Ezequiel Teixeira era um dos mais fortes opositores da Dilma, seu partido era coligado ao PMDB aqui no Rio, Piciani precisava ser eleito líder do PMDB, Pezão precisava dar um agrado ao eleitorado evangélico, Jean Willians precisava aparecer.

    Pezão deu o agrado, Jean Willians apareceu, o pastor perdeu o cargo, mas elegeu o Piciani. Agora o Teixeira volta para Brasília, vai voltar a poder falar mal do governo mas depois de sido usado.

    É a política estúpido.

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